terça-feira, 21 de agosto de 2012

O labirinto ou como sair dele


Quando as coisas correm mal ao futebol (refiro-me a resultados em competições internacionais) não me recordo de ouvir dizer que o problema é de não haver futebol na escola. Invocam-se outras razões que não aquela. E o futebol nacional, tem no plano internacional, um elevado grau de competitividade. Num momento em que os Jogos Paralímpicos se vão iniciar e com eles a saga das medalhas conquistadas pelos nossos atletas, também não é de esperar que a excelência alcançada venha a ser atribuída à qualidade do desporto que esses nossos concidadãos praticam na escola. Com as outras modalidades a coisa muda de figura. E no rescaldo das grandes competições desportivas internacionais, em que os resultados alcançados ficam aquém do desejado, é comum responsabilizar a escola pelo atraso verificado na situação desportiva nacional. É um exercício a que se dedicam políticos, dirigentes e toda a espécie de comentadores.
O que pode ajudar a explicar esta situação? Que o futebol não precisa da escola para recrutamento e formação de praticantes, mas que as outras modalidades sim? Que o futebol, desde o tempo da Mocidade Portuguesa em que era proibido nas escolas, sempre teve alternativas à formação escolar e as outras modalidades não? Mas quantas modalidades são possíveis de praticar na Escola? Que a excelência do desporto paralímpico tem outras razões para o sucesso que o dispensa na escola? É possível ter resultados de excelência sem o contributo da escola?
As perguntas anteriores e este modo de colocar o problema são necessariamente provocatórios. Pretendem apenas chamar atenção de que o sistema desportivo comporta vários segmentos e que nem todos obedecem às mesmas lógicas de desenvolvimento. Em tese é fácil de sustentar que a evolução desportiva de um país será sempre proporcional ao que for a evolução físico-motora da sua população infanto-juvenil. Compreende isto a sua literacia motora, o desenvolvimento das capacidades e qualidades físicas gerais, em suma, a elevação da condição física das crianças e dos jovens. E neste contexto a escola é um dos espaços privilegiados para o acesso dos jovens à prática do desporto.
Contrariamente ao que se diz e escreve não partilho a ideia de que o desporto escolar não existe. Conheço excelentes experiências locais. E até programas nacionais de colaboração com federações desportivas nacionais e com autarquias. Com bons resultados. E a percentagem dos que hoje estão integrados nos quadros competitivos escolares é bem maior que no tempo da Mocidade Portuguesa, num contexto, convém recordar, em que a escola era então apenas para alguns e não para todos e onde a prática desportiva feminina era inexistente. O problema é outro.
Para além de medidas governamentais de desvalorização da disciplina de educação física- de que a questão da carga horária ou da notação para efeitos de acesso ao ensino superior são apenas alguns factos recentes que o evidenciam -a escola, em relação a várias aprendizagens sociais, perdeu atratabilidades e protagonismo. E no desporto também. Mas não só. O modo como a escola abordou a educação física e o desporto esteve muitas vezes subjacente, e ainda está, uma questão de natureza ideológica e doutrinária - que é permanentemente subestimada - e que se prende com a perspetiva com que os responsáveis educativos e os professores equacionam essa relação. Num número significativo de casos, constituiu um fator adicional de bloqueio à exata compreensão do problema. No desporto, a escola argumenta que a sua função não é formar “campeões”, sequer “atletas” e mantém em relação à competição desportiva formal uma indisfarçável reserva. Permaneceu em muitos professores e em algumas escolas de formação, uma “cultura de desconfiança” em relação ao desporto formal, designadamente ao que se convencionou chamar de “desporto federado”.
Contudo, e isso é importante também ser reconhecido, no quadro atual é difícil pedir à escola resultados significativos sabendo que o empenhamento motor que os alunos têm durante um ano é, no geral, o equivalente a um mês de treino e competição num clube desportivo, praticando a modalidade de que gostam. Pelo que se não deve alimentar expetativas exageradas em relação ao que a escola neste momento pode oferecer. Por outro lado, o desenvolvimento desportivo é de origem multipolar e não tem origem num centro único, qualquer que ele seja, incluindo a escola.
Mas se a escola pretende, para além de aspetos de formação geral e generalização da prática do desporto ajudar a detetar uma criança ou um jovem que demonstrem possuir aptidões especiais para uma carreira desportiva, então várias questões se colocam. É possível beneficiar, se esse for o seu interesse, do necessário acompanhamento técnico e pedagógico que conduza à sua integração na disciplina desportiva para o qual se encontra mais vocacionada? A escola pode constituir-se como um local de valorização dessa excelência? Deve assumir-se como reveladora desse talento, fazendo dele, não apenas um motivo de orgulho, mas também de mobilização desportiva da população escolar?
Se as respostas, às questões anteriores, forem positivas isso obrigaria a reformular e a recentrar o papel que a escola pode ter perante a educação e a formação desportivas das crianças e dos jovens. O que vale por dizer que não basta mais do mesmo. Seria preciso fazer diferente. E então sim, a escola poderia ter um papel ativo no desporto nacional se articulada a sua ação com os restantes fatores de desenvolvimento.

85 comentários:

Anónimo disse...

Presumo que o Sr. Leite está completamente de acordo.

Anónimo disse...

O Dr. Constantino a pedido do Dr. Bento devia estar calado e não falar destas coisas.
Até que o Jorge dêm ordem em contrário devia estar calado. Estamos de nojo

Anónimo disse...

Caro Dr.Constantino.
As minhas sinceras felicitações. Encontrou uma maneira airosa de tirar o Professor Olímpio Bento do Labirinto em que ee se encontrava.
Vamos ver se não se arrepende.
Muitos parabéns.

Anónimo disse...

A pergunta que aqui na FADE mais se faz é a seguinte:
O Dr. Constantino pediu ao Doutor Bento autorização para furar o período de nojo instituído?
Responda quem souber.

Luís Leite disse...

Concordando genericamente com o texto, convém referir que não há UMA "Escola".
Há MUITAS "escolas".
Não podemos comparar o Colégio Salesiano de Manique ou o S.João de Brito com uma qualquer escola básica sempre degradada de um suburbano miserável e descaracterizado, com uma maioria de imigrantes.
Aquilo que é possível fazer, face aos diferentes cenários sociais é muito variável.
A descoberta de talentos para algumas modalidades é sempre possível.
Mas na esmagadora maioria dos casos, a Escola Pública não tem condições para ir além dum possível encaminhamento para os clubes, quando existam nas proximidades.
O que é muito pouco provável a nível nacional.
O sistema depende muito de professores que são também treinadores de uma modalidade.

Anónimo disse...

O Sr. Luiz Leite revela altos conhecimentos sobre a matéria. O Dr. Constantino deve estar satisfeito com o apoio de peso que recebeu.
Será que o Sr. Luis Leite tem algumas estatísticas sobre desporto Escolar?
Se tiver, por favor, não as divulgue porque, para confusão, já basta a que existe.

Anónimo disse...

Este é o tipo de texto típico dos portugueses. Não diz nada de concreto, fala de banalidades, filosofias genéricas do comportamento humano, é feito com muita emoção, é feito de moralidade e de frases-feitas completamente ocas para se iniciar qualquer trabalho ou mudança concretas. É este tipo de contributos que tem sido a causa do atraso de Portugal.
Depois do desafabo não fica nada que não tenha já sido dito há cem anos. Ou não?

Luís Leite disse...

Quem escreve aqui deveria optar por mencionar os outros apenas pelo nome por que são conhecidos.
Ou, se preferirem, à boa maneira portuguesa, pelo título profissional ou académico que detêm.
Isso não está a acontecer.
Chateia-me que me tratem por Sr. Leite.
Ou Luís Leite ou Arq. Luís Leite (título profissional) ou professor Luís Leite (igualmente certo).
Qualquer um serve.
Mas o critério deveria ser o mesmo para todos.
Quanto aos anónimos, são anónimos.
Temos pena.
Obrigado.

Anónimo disse...

Por acaso estou de acordo com o Sr. Leite. não vale a pena estarmos a exibir títulos. Títulos são títulos devem ser protegidos. Eu por acaso não tenho título nenhum embora tenha uma pós graduação em gestor desportivo numa universidade privada que não digo o nome para não criar problemas.
Conformemente pergunto se quiserem dirigir-se-me como já fizeram como é que me devem mencionar- sr. gestor Gonçalo. Sr. Gestor Gonçalo País. Sr. pós graduado ou simplesmente sr. graduado embora nãotenha nenhuma graduação. Reconheço que Dr. está fora de causa. não estou de acordo. Tal como o Sr. Leite desejo só que me tratem por Sr. Gonçalo, ou Sr. Pais. Nós valemos por aquilo que valemos e o Sr. Leite vale muito mais do que os títulos que tem. Ele não precisa de título. Estou de acoro com ele.
Goçalo Pais
(gestor desportivo)

Anónimo disse...

“Labirinto” é uma boa palavra. Porque rima com «Dispersão», e com a necessidade de um «modelo mais concentrado» como a Folha A4 propõe.
J.M.Constantino tem razão, é de um “labirinto” que se trata ao caracterizarmos a realidade que diz respeito à «relação entre Desporto e Escolas/Universidades».
O texto de J.M.Constantino ajuda, com muita pertinência, a discernir alguns dos fatores que caracterizam essa «relação entre Desporto e Escolas/Universidades». Podíamos até usar a imagem que o grande intelectual brasileiro António Houaiss utilizou para caracterizar a Língua Portuguesa (dando razão a J.O.Bento no quanto importante era sabermos renovar uma parceria com o Brasil, ao que acrescento a CPLP, a China, a Índia, e todas as relações que fizeram a especificidade de Portugal desde o início): “um rio que teve a humildade de se colocar num patamar abaixo dos afluentes para colher deles todos a sua riqueza”. É esta também a riqueza deste texto de J.M.Constantino, ao ajudar a discernir os “afluentes” que contribuem para pensarmos a dita «relação entre Desporto e Escolas/Universidades».
E, ao se fazer um Diagnóstico bem feito, tem-se imediatamente capacidade de induzir a prática e consequências concretas.

Permitam que junte a esses “afluentes” (variáveis) que J.M.Constantino referiu apenas mais um: - Por que razão o Desporto teima em não fazer parte do Projeto Educativo das Escolas Básicas e Secundárias do Ensino Público em Portugal (entendendo-se por «Projeto Educativo» ser parte integrante e intrínseca da formação básica dos cidadãos dada pelo Sistema de Ensino Público. Porquê este acto continuado de exclusão desportiva)? Em vez de uma «imposição», ou de uma «obrigação», o Desporto não devia ser apresentado como o Saber (teórico e prático) que ensina, através das diferentes modalidades desportivas, a Competir em Sociedade, e a lidar com os resultados dessa competição. Este elemento Ético e Pedagógico não beneficiaria todas as outras disciplinas, e todos os outros saberes e saberes-fazer não-desportivos ao longo de toda a Vida dos cidadãos/ãs? Não seria indispensável, por essa razão, incluir o Desporto na Escola/Universidade ao mesmo nível e com o mesmo estatuto pedagógico do que as outras Disciplinas?

A palavra “Labirinto” é uma palavra feliz também porque nos permite recordar o símbolo do Conhecimento usado pelo Iluminismo do séc. XVII (uma torre que permitisse ver acima do labirinto). Um texto que nos faça olhar por cima da Dispersão. Por cima das várias variáveis e fatores que caracterizam «aquilo de que julgamos estar a falar».

Para ser possível concretizar este, e os outros aspetos referidos pelos outros Comentadores, talvez fosse interessante começar a formatar uma espécie de «Proposta».

Mas há um aspeto concreto que é imprescindível. Que no início das Governações e das Legislaturas (ou depois do começo) os «secretários» digam aos «primeiros-ministros» que só aceitam o lugar depois de uma reunião-de-trabalho com os «ministros da educação» para estabelecer um modelo concentrado e entrosado de governação da coisa desportiva. Só desse modo se poderia ganhar eficiência e eficácia em termos de reforma, de infraestruturas, de orientação, de planeamento e execução operacional, etc., etc. Quando olhamos para trás e avaliamos essa relação entre as governações do Desporto e da Educação/Ciência ficamos cientes de que alguma coisa há a fazer, hoje.

Talvez

Anónimo disse...

Não fica nada que não tenha já sido dito há cem anos...para ser ainda mais rigoroso com a factualidade histórica que não sido dito há mais de 103 anos... afinal porquÊ desvalorizar a monarquia que como se sabe dedicou ao tema do desporto escolar o melhor de si....

Anónimo disse...

Ao Anónimo de 21Ago2012 12:48, apenas digo que, para este texto de J.M.Constantino, usou mal essas minhas palavras.

Talvez

josé manuel constantino disse...

Recordo a regra dos meus textos para os que estão esquecidos e em nome do anonimato clamam pela liberdade de expressão.
Nos meus artigos sou eu que modero os comentários. Todos os comentários que têm registo de autoria são publicados. Os anónimos que opinam sobre os meus textos idem. Os que a propósito dos meus textos aproveitam para opinar sobre outros autores e outros textos são imediatamente apagados.

Anónimo disse...

Comentário anónimo ao texto do Doutor Constantino (21 de Agosto de 2012 21:44).
O Doutor Constantino no seu texto revela uma característica que se lhe desconhecia. Ele é um apagador. Ele apaga. Mas não apaga todos, só apaga aqueles que não se identificam. Nestas circunstâncias, o Doutor Constantino apaga. Ele está a revelar-se o um “grande apagador”. E está mal porque está a utilizar de uma maneira errada o seu pequeno poder enquanto autor do blogue. As regras da “Colectividade Desportiva” permitem comentários anónimos. E, segundo se sabe, em nome da liberdade de expressão. Não foram os comentadores que estabeleceram esta possibilidade. Agora, o Doutor Constantino não gosta do que se está a passar. E descobre uma maneira airosa para salvar a situação. Está enganado. Não lhe fica bem servir-se de sofismas para fazer censura. Sabe o que é que quer dizer “fair Play”? Houve insultos? Se houve, ninguém deu por isso. Houve críticas “ad hominem”? Claro que houve e foram legítimas e até justas. Os articulistas (com todo o poder que têm) nas suas intervenções devem revelar algum pudor e, pelo menos, não pretenderem fazer dos outros idiotas. Porque, aquilo que escrevem deve estar de acordo com aquilo que já escreveram e, sobretudo, aquilo que fazem na sua vida pública. E quando não está devem poder ser criticados independentemente de quaisquer incómodos que o Doutor Constantino possa sentir. Mas, ao Doutor Constantino não lhe fica nada bem assumir as dores de um parto que não foi seu. Por mim, julgava que a “Colectividade Desportiva” era um espaço de livre reflexão, critica, debate, troca de ideias e até de algum humor. E o Doutor Constantino era esse garante. Afinal, a menos que inverta o caminho, a “Colectividade Desportiva” não passa de mais um local onde, a par de alguns bem-intencionados, uns “chicos espertos” de rédea solta e sem qualquer vergonha, aproveitam para afirmarem ainda mais o exagerado poder que já têm.

Anónimo disse...

Vai o Sr. Constantino conseguir sair do labirinto onde se meteu?
Não acredito. Porque o Labirinto não é dele. O Sr. Constantino resolveu brincar com um labirinto que, presumimos, não conhece as regras. E é muito perigoso quando se entra num labirinto do qual pouco ou nada se sabe. E, até ver, o Sr. Constatino nada sabe desses labirintos do desporto e da vida.

Anónimo disse...

Caro José Manuel Constantino
Um amigo comum alertou-me para os acontecimentos mais recentes do Colectividade Desportiva.
Não me identifico porque aqui no Norte (para bom entendedor)os tempos não dão para isso. A democracia tem braços armados que aprópria democracia desconhece. Todavia, não posso deixar de te dizer que estás completamente errado.Liberdade é liberdade. Não existe liberdade condicionada.
Lamento por ti.
De qualquer maneira, um grande abraço.
Um teu amigo,embora desilodido.

Anónimo disse...

Caro Dr. Constantino
Infelizmente o seu texto não passa de um "déjà vu". Está a liberdade de expressão em Portugal em risco?
Por muito que nos custe todos somos responsáveis por defender essa liberdade. Nem que seja atravésde pequeninas coisas. Como, por exemplo, este texto que é só para lhe fazer um apelo ao seu bom-senso

Anónimo disse...

Não estamos num labirinto, apenas continuamos no caminho errado. Pelo andar da carruagem e os protagonistas que se perfilam assim continuaremos, ao melhor estilo político partidário.

Anónimo disse...

Não sabíamos que o Dr. Constantino tinha regras especiais para os textos dele. O nosso pedido de desculpas. Mas, pensando melhor, somos levados a perguntar se somos nós que estamos esquecidos das regras do Dr. Constantino ou é o Dr. Constantino que está esquecido das regras da democracia.
Anónimo

Anónimo disse...

Ex.mo Sr. Dr. Constantino:
O melhor é apagar o colectividade.
Lamento.

Anónimo disse...

Houve um comentário que sugeriu o fim das Federações, enquanto entidades intermediárias entre os «praticantes/clubes» e os «resultados desportivos». J.M.Constantino, pelo contrário, há uns anos, defendia “o papel central das Federações Desportivas”. E a Folha A4 propõe que o Estado deixe o dito «sistema desportivo» escolher qual o modelo de organização que prefere para se alcançar o desejado sucesso desportivo. São posições diferentes, o que é salutar.
Mas neste Debate quase sempre se coloca, como causa de todos os males, o Estado (razão pela qual o modelo da Folha A4 acabaria de vez com esse oportunismo manipulador, vindo das Federações, do COP, e de outras entidades intermediarias que se consolidaram burocraticamente na mediação entre «os praticantes/clubes», «a organização» e «os resultados desportivos». A mudança que propus para esse novo posicionamento do Estado serve também para esta questão do Desporto Escolar.
A este propósito é muito interessante o Relatório que a “famosa” Agência Moody’s fez sair agora, intitulado “Euro Area Periphery: Structural Reforms Have Significantly Improved External Imbalances, But Full Resolution May Still Take Years” (“Periferia da Zona Euro: Reformas Estruturais Melhoraram Significativamente os Desequilíbrios Externos, mas Resolução Completa Ainda Pode Levar Anos”).
É que a páginas tantas diz o seguinte: “A causa dos “desequilíbrios acumulados destes países [Portugal, Grécia, Espanha, Irlanda, Itália] é atribuída ao comportamento contrário à poupança nos seus respetivos sectores privados nacionais em vez de nos seus governos”. E não, como se tem ouvido, ao endividamento do Estado. E propõe que se faça o mesmo aos Privados que fizeram a Suécia e a Finlândia nos anos 1990, pois foi isso que foi, passo a citar, “de uma importância crítica para as reformas estruturais alcançarem sucesso e ganhos sustentáveis”.
A Folha A4 curiosamente vai nesse sentido, de se acabar, de uma vez por todas, com a manipulação que os Privados e os Intermediários fazem ao Desporto (escolar e não-escolar).
A culpa afinal talvez esteja do lado de «quem acusa de quem a culpa é». Isto dito por uma instituição do Capitalismo Neoliberal é «obra».
E esta, hem?
E se fosse este também o «caminho» (etim. Método) a seguir no Desporto aqui em Portugal, agora?

Talvez

Anónimo disse...

Ao Dr. José Manuel Constantino
Venho por este meio e desta maneira manifestar o meu incondicional apoio ao Sr. Dr. José Manuel Constantino. Sempre fui de opineão de que o nosso portugal nececita de autoridade. >E se o nosso portugal necessita de muita autoridade o desporto ainda percisa de mais disciplina.
Veja-se lá o atrevimento de dizerem mal do nosso comandante Vicente. O dr. Sobral, que nem sei quem é não se devia autorizar a tais desquilates. Por cima de tudo ainda ponho a posição do Dr. Bento. Esse sim é um homem de autoridade. 19 anos na FADE, carago.É obra como se diz.
Veja-se também o Sr. Leite. Um homem abituado a concordar com tudo. Édestes portuguezes que portugal precisa. Considerando assim nos termos em que ponho a questão da autoridae e disciplina pode o Dr. Constantino continuar a contar com os meus apoios.
Gonçalo Pais
(gestor desportivo)

Anónimo disse...

Caro Constantino:
Apesar das ameaças não és capaz de deixar de ser aquilo que sempre foste: um democrata.
Um amigo do Norte

Luís Leite disse...

Acho espantoso (ainda me espanto) com a ignorância, falta de educação, analfabetismo, etc. que a maioria da gente mais nova exibe, sem se dar conta.

Ideias de democracia sem regras, como se pudesse haver democracia sem regras...

Enorme dificuldade em pensar, ler, interpretar e redigir um texto, cheio de erros ortográficos e sintáticos (regras)...

Muitos destes últimos comentários são bem elucidativos.

Triste país de Abril.

Anónimo disse...

O Sr. Leite tem rasão.
À uma grande falta de conhecimentos lígoísticos e até falta dde educação. Não se compreende como que num local destes como é a coletividade do desporto se pratiquem tantos erros gramaticais.
Agora não estou dacordo com o Sr. Luís quando ele diz que a culpa é do 25 de Abril que é uma data sagrada.
O Sr. leite devia saber que foi uma data da libertação . Agora o que o país nessecita é ordem, disciplina, autoridade que ele propõe. Estou de acordo à que educar a juventude.
Com toda a consideração e respeito
Gonçalo Pais
(gestor desportivo)

Anónimo disse...

O texto de J.M.Constantino tem um outro motivo de interesse, para além da questão «Escolar». Refiro-me à «imagem/foto» que o acompanha.
A questão que essa «imagem» coloca é deveras interessante neste momento de «mudança técnica e conceptual do Mundo» (i.e., no momento em que estamos perante a tentativa de uma nova descrição daquilo que considerávamos ser anteriormente o Real, sobretudo devido aos novos avanços na ciência, a nível da Física e da Biologia Molecular da Cognição).
A imagem permite deslocar esse desafio para o «Debate sobre o Desporto».

Repare-se no seguinte, posto numa interrogação: «Praticar xadrez é Desporto?
Os praticantes da imagem escolhida por J.M.Constantino são «jovens», e por isso a imagem serve para ilustrar o debate sobre o «Desporto Escolar». Mas, tentemos ir um pouco para além disso. E continuemos a interrogar: Esses praticantes-jovens usam que apetrechos, objetos, equipamento, e trajo para praticarem o que estão a praticar? Por que parte do seu Corpo estão a praticar Desporto?

Nesta Primavera de 2012, no México, realizou-se o designado «Campeonato do Mundo de Robótica». As modalidades praticadas foram, passo a citar: futebol, dança, missões de busca e salvamento. Participaram 35 países, ao todo contabilizaram-se 3000 participantes. E na final houve 1000 pessoas a assistir.
O automobilismo serve-se de um automóvel; a equitação serve-se de um belo animal designado equídeo; a columbofilia de um belo acrobata alado; isto para não recuar ao seminal artigo que deu origem à antropologia do desporto, «Deep Play: Notes on the Balinese CocKfight (C. Geertz, 1972). Pistorius serve-se de duas próteses, etc., etc..

Foi esta mudança, que a «Realidade dos Factos» vai colocando à compreensão do Desporto na contemporaneidade, que me obrigaram a conceber o projeto/programa de musealização do Desporto interligando as tais 6 variáveis que vieram em 2008 a público pela voz dos Políticos, concretamente: i) Corpo; ii) Atividade Física; iii) Jogo; iv) Desporto; v) História/Mudança; vi) Património. Na presunção de que um Visitante apenas poderia alcançar a «compreensão daquilo que o Desporto é» (ou conseguir responder á pergunta: «O que é o Desporto?») não esquecendo esses 6 patamares.

Quando vemos, pelos exemplos que referi, milhares de pessoas a deslocarem-se para outros modos de praticar o Desporto; e quando vemos que a manipulação Política está a passar do «Higienismo» para o «Cientifismo» (concretamente, a querer que essa prática desportiva esteja, agora, ao serviço do designado STEM (isto é, «educação» em Science, Technology, Engeneiring, Mathmatics)… podemos agradecer também, a J.M. Constantino este Texto.

Isto são tudo pequenos afluentes que se entrecruzam na questão “labiríntica” do dito «Desporto Escolar». Ou não?

Talvez

Anónimo disse...

Caro Dr. Constantino,
Correndo o risco de passar por ser um pseudointelectual que se serve do “futebolês”, sempre lhe digo caro Dr. Constantino que existem “líderes” com tanto apego ao poder que já nem reparam que vão nus. Nada na sua jactância corresponde ao seu comportamento pedagógico, político e social. O umbigo cresceu-lhes até lhes apanhar o corpo todo. Eles já são só umbigo. O país não os suporta e eles nem dão por isso. Em conformidade, aqueles que o estimam, caro José Manuel Constantino, não gostam de o ver fazer o papel de “guardador de rebanhos” só porque entende que uma ovelha anda tresmalhada.
O desporto baseia-se na vida não como matéria mas como forma. Ele é um produto directo do pensamento que exige comportamentos apropriados. É o pensamento tornado vida que se expressa das mais diversas formas numa geometria variável através do corpo e da mente no acto sublime que é competir. Neste sentido, é um desejo de superação realizado por cada um que é capaz de o viver e de o amar para além das circunstâncias e dos desejos de poder. Há muitas pessoas que estão ligadas ao desporto pela simples razão de que querem poder. Para fazerem qualquer coisa de útil? Não, por simples vaidade e benefício pessoal. Na sua ânsia de poder elas deturpam a competição e destroem o desporto e a vida. Não as podemos excomungar mas também não as devemos desculpar.
Entretanto, sem que ninguém seja excluído, os profissionais e os amadores, os inteligentes e os broncos, os feios e os bonitos, os altos e os baixos, os intelectuais e os trabalhadores, seria útil que se desencadeasse uma discussão séria acerca dos objectivos que, da Educação Física ao Alto Rendimento, o desporto deve prosseguir durante os próximos três Ciclos Olímpicos. Desta maneira, a “Colectividade Desportiva” prestava um serviço ao país e libertava-se de um tipo de intervenções mais ou menos nojentas que só são compreensíveis por estarmos em plena “silly season”.

Cumprimentos

Anónimo disse...

Completamentede acordo com o comentario das 17:35. Mas para que a proposta tenha um vedadeiro sentido de sussesso é neceçário conseguir a colaboração de Jorge Bento e Vicente Moura. São 19+16 anos de esperiencia. Quer dizerum montante total de 37 anos. O desporto olimpico e a ginástica não podem dispensar tanta expeirenci. Esta é a minha proposta para o Dr.José Constantino.
Gonçalo Pais
(gestor desportivo)

Anónimo disse...

Felicitações ao Dr. Constantino por ter iniciado este debate. Estou de acordo com a proposta. Contudo deve-se pedir a colaboração ao Ministério. O Dr. Relvas podia ser uma boa ajuda para levarmos a educação física para patamares de desenvolvimento mais elevados. Até porque se não fosse a educação física nem havia desporto em Portugal. Relativamente às federações o Governo devia aumentar-lhes a verba para que elas, como o Dr. Constantino diz, possam ter uma melhor intervenção nos estabelecimentos de ensino. As escolas deviam estar mais ligadas às federações para que estas facilmente fossem lá buscar atletas. Elas devem ser uma espécie de viveiros de atletas. Então, talvez pudessemos ter melhores.

Anónimo disse...

Caro Doutor Constantivo
li a sua escritacom grande interessse e profundidade. Como disse que o sistema desportivo comporta vários segmentos pedia-lhe para me indicar-me quais os que entende. E já agora que estou a perguntar solicito-lhe também esclarecimentos respeitantes às lógicas segmentares desenvolvidas porcada qual.
Agradecido desde já
Com os maisrespeitosos comprimentos.
Gonçalo Pais
(gestor desportivo)

Anónimo disse...

Não há ninguém que mande calar o Gestor Gonçalo?
Ainda vamos ter de dar razão ao Professor Olímpio Bento. Instituir o nojo.

Anónimo disse...

Diz o José Manuel Constantino (JMC) que não partilha da ideia de que o Desporto Escolar não existe. E afirma: (1º) - Conheço excelentes experiências locais. (2º) E até programas nacionais de colaboração com federações desportivas nacionais e com autarquias. Não chega. JMC devia indicar quais são as excelentes experiências locais que conhece e quais os programas nacionais com as federações desportivas. Quanto às autarquias todos sabemos que para além do 1º ciclo pouco ou nada fazem de verdadeiramente significativo em termos de desenvolvimento. Portanto, não são as duas ou três andorinhas do JMC que fazem a Primavera. A menos que a Primavera que JMC nos quis trazer serviu tão só para ultrapassar o gélido Inverno de Olímpio Bento.

Anónimo disse...

Caro Constantino
Muito parabéns pelo teu excelente texto. És das poucas pessoas que sobre a educação física e o desporto escolar têm uma posição esclarecida.
Pergunto o que é que queres dizer quando escreves: “O modo como a escola abordou a educação física e o desporto esteve muitas vezes subjacente, e ainda está, uma questão de natureza ideológica e doutrinária” (…) “que se prende com a perspetiva com que os responsáveis educativos e os professores equacionam essa relação.”
Qual é verdadeiramente a questão ideológica? E a doutrinária?
Na perspectiva da escola, do ministério, dos professores. Podes esclarecer.
Como é que é equacionada a referida relação entre os responsáveis educativos (quem são?) e os professores.
Agradecido, um abraço.

Anónimo disse...

No dia 22 de agosto de 2012, Talvez
fala sobre o comentário, onde aborda o fim das Federações e que esta são intermediárias entre praticantes/clubes e os resultados desportivos.
Vou mais longe. As federações são meros intrepostos bancários entre atletas e competição. A exemplo do que foi criado pelos mercadores portugueses, no sec XV, para armazenar e comerciar as especiarias vindas do oriente, as feitorias, que serviam como entrepostos comerciais que só atrapalhavam o desenvolvimento do comercio, as federações atrapalham o desenvolvimento desportivo.
A bem do desporto nacional, há que pensar sériamente quais a federações que realmente interessam que contuinuem e as que não interessam e depois disso pensar que modelo desportivo queremos que mais interessa á realidade do país.

Anónimo disse...

O texto publicado por JMC, na linha do texto de Francisco Sobral, não passa de, como ele próprio diz, "de mais do mesmo". Ámbos os textos são uma espéciede discurso profissionalmente correcto para agradar aos vários poderes instituídos: os políticos, os corporativos, os administrativos, os sindicais, os das universidades públicas e privadas e os das empresas municipais que dão empregoa a muitos profissionais de educação física. Nenhum dos autores apresenta um modelo concreto e claro com as respectivas rupturas e linhas estratégicas de acção em termos de organização não só do desporto na escola como do desporto na sociedade. Dizem umas coisas. De qualquer maneira qualquer deles abre uma discussão e só por isso os discursos sempre são melhores do que o do Presidente do COP que não diz coisa com coisa ou o do Olímpio Bento que quer que se diga coisa nenhuma.
Continuem.

Anónimo disse...

Depois de tanto blá, blá, blá, gostaria de saber objectivamente qual é a opinião do Dr. Constantino no que respeita à disciplina de educação física e ao desporto escolar no âmbito do desenvolvimentodo desporto no país.
Do Prof. Sobral já sabemos que
agora a perspectiva dele é a americana, já foi a soviética e, muito possivelmente, amanhã, será a chinesa.
Será que o Dr. Contantino é capaz de ser tão claro como o Prof. Sobral?

Anónimo disse...

Talvez não seja possível nem desejável as duas opções extremas: i) o fim do papel importante das Federações; ii) ou o completo arbítrio dada a cada praticante/clube. Mas talvez fosse possível outro «caminho».
Os sucessivos Governos têm construído a ditadura das Federações (intermediários) através de densos atos legislativos. As Federações conseguiram colocar Políticos que trataram de lhes perpetuar e consolidar um poder de efetivo monopólio sobre essa «relação constitutiva do sucesso desportivo». É nessa parte que se poderia talvez fazer/alterar alguma coisa.
Em vez desse «monopólio da intermediação», que mata a competitividade e a iniciativa, talvez se pudesse introduzir alguma flexibilidade. No Modelo que sugeri (Folha A4) o Estado deixaria à dita «Agência para o Desenvolvimento do Desporto» a (auto)-regulação do peso dessa intermediação. Isto porque, tal como referiu J.M.Constantino para o «desporto escolar», provavelmente haverá «modalidades desportivas» que necessitam de diferentes tipos e diferentes pesos para essa intermediação federativa. O Estado ao intervir diretamente, e ao adoptar aquilo que as Federações querem, acaba por beneficiar apenas um «ator/agente do Sistema». E isso não apenas desequilibra o Sistema (vejam-se as legislações quaisquer que seja o partido que governe), como o fragiliza ao colocar-se à mercê das manipulações de que tem sido alvo. Cujo resultado, na minha pouca opinião, provoca desperdício de recursos e improdutividade.
Não é mera coincidência os perfis dos governantes serem preponderantemente da área «jurídica» (sem qualquer desmerecimento pessoal ou profissional). Este perfil não resulta de uma maquinação ou maldade a priori contra o Desporto, como é óbvio. O que pretendo chamar a atenção é de que resulta de um certo Modelo, caracterizado pelo excesso de intervenção no Sistema, e pela excessiva preponderância dada aos intermediários (Federações). Não estou a afirmar que a solução é acabar com tudo, e substituir por uma coisa de sinal contrário. Estou a tentar pensar se uma solução mais flexível e menos interventiva, que fizesse equilibrar melhor o Modelo atual, não poderia trazer mais produtividade (resultados desportivos, custos, e recursos).
No Modelo que sugeri (Folha A4) o Estado recuaria para uma atuação mais «concentrada», e «menos interventiva» nos desígnios industriais-comerciais que conduzem hoje o Desporto Federado (aquele Desporto que quer obter resultados a nível mundial). E apostaria num trabalho necessariamente em sintonia com os «ministérios da educação e ensino superior». A escala desse Ministério, e a sua estabilidade nas várias orgânicas dos Governos, são garantes de um ação sustentada a médio e longo prazo.
O Estado em vez de, em todas as governações, apostar ou na «Legislação» ou nas «Infraestruturas» passaria a apostar num «terceiro fator do Desenvolvimento do Desporto». Concretamente, na implementação de um «Quadro Competitivo Não Federado» com dois segmentos: i) por um lado, a partir das Escolas/Universidades (talvez congregando anualmente uns «Jogos Escolares e Universitários de Portugal»); ii) e por outro, para classes etárias e ocupações socio-profissionais diferentes, através de uma parceria com as Autarquias (já existem inúmeros Jogos Concelhios pelo País fora; talvez pudessem dar origem, se houvesse vantagem, a uns «Jogos Desportivos de Portugal»).
A flexibilidade viria do Estado não se meter excessivamente na vida privada dos negócios milionários do Desporto de Alto Rendimento, deixando aos mais capazes encontrarem no mercado dessa competição o caminho do sucesso; e, com o que com isso poupava (em tempo e em recursos) apostar numa via que dava aos Cidadãos uma alternativa sistemática e séria para «Competirem Desportivamente entre si», tivessem ou não capacidades para alcançar marcas/resultados compatíveis com uns J.O. Porque não estou a ver as Federações a quererem fazer esse trabalho-de-base, ou a querem Políticos que fossem por esse «caminho»... Exatamente pela inércia (monopólio) que o Sistema já adquiriu.

Talvez

Anónimo disse...

José Constantino pergunta se a escola pode constituir-se como um local de valorização da excelência desportiva.É evidente que pode. Mas não é com este ministro da educação. Ele tirou meia hora aos horários de educação física do 12º ano.Como é que com tal atitude do ministro os professores podem conscientemente promover um ensino desportivo de excelência que conduza à obtenção de medalhas olímpicas. O Dr. Constantino é um idealista incorrigível.

Anónimo disse...

Muito se tem escrito aqui. mas do que se tem dito, e todas as ideias que aqui se tem exposto, nenhuma delas leva o desporto portugês a lado algum. O caminho dá a nenhures. Nada é exequivel. O desporto nacional precisa de um rumo. JMC já esteve à frente do Desporto, e o que fez? Levou e elevou o desporto nacional ao patamar dos EUA, da ex. URSS, da China ou do Quénia por ex. A resposta é simples. Não. Então que tal e, porque não, seguir os bons exemplos como o da China. A China participou pela 9ª vez em JO, das quais resultaram na totalidade das nove participações 600 medalhas. Portugal em 23 participações conseguiu um total de 24 medalhas.
A 1ª participação da China em JO aconteceu em 1952 em Helsinquia, não conseguindo uma unica medalha. Após isso, esteve ausente dos JO por 28 anos, tempo para repensar o seu modelo desportivo. Regressou em 1984 nos JO de LA onde levou para casa um total de 32 medalhas. Desde essa data foi sempre a somar medalhas ao seu curriculo, onde hoje se cifra nos 600 exemplares.
Certo é que a China aproveitou o desmembramento da ex URSS e ex RDA, contratando tecnicos destes dois ex. paises para formar os seus técnico. Não esquecer que a China a pouco mais de 20 anos atrás, o ocidente a tratava como um país do 3º mundo. Hoje, no sec.XXI é um dos paises emergente (BRIC).
Em vez de se discutir a folha A4, que ninguém conhece, porque não discutir olhos no olhos com quem de direito sobre um modelo desportivo concreto e viavel para o desporto nacional?
Porque não importar/adotar o modelo desportivo dos EUA, da Russia, da China, do Quénia, da Jamaica, da Inglaterra por ex.
Poque não acabar com a totalidade das federações que só servem para atrapalhar o desenvolvimento do desporto nacional, uma vez que a estas só lhes interessa a parte ecnomicista?

Anónimo disse...

Para um novo modelo desportivo nacional se torne viavel e vencedor, será necessário:

1º - apostar na formação técnica dos nossos professores, tecnicos e treinadores,

2º - nas escolas, apostar na formação desportiva e o incentivo à prática desportiva

3º - dar meios técnicos às escolas e aos professores de educação fisica, para a deteção de novos talentos no desporto;

Anónimo disse...

Nos países da Lusofonia, o Brasil tem este assunto do Desenvolvimento do Desporto da Escola à Alta Competição, resolvido e com excelentes resultados, porque não estudar e ajustar o modelo brasileiro a nossa realidade, tudo começa no Ministério da educação e o envolvimento de todos os profissionais de Educação Física e Desporto, activos no ensino publico e privado, o programa "Caça Talentos" é uma boa base de trabalho.

Anónimo disse...

Mas afinal o que é isso da Folha A4?
Existe uma A3?
Está prevista uma A5.
O Dr. pode-me esclarecer.

Luís Leite disse...

Qualquer ideia de desenvolvimento para o Desporto passa por uma completa reforma cultural e de exigência no ensino, acabando com o facilitismo.
E uma reforma estrutural geral do Desporto Português.
Para implementar um modelos destes, seja ele qual for, são precisas décadas.
Era preciso que existisse uma convergência de interesses políticos, sem demagogias nem eleitoralismos.
E que o Desporto fosse considerado prioritário na formação dos cidadãos.
Não há vontade nem há dinheiro.
Se tivermos dinheiro para comer já não é mau.
Esqueçam.

Luís Leite disse...

Qualquer ideia de desenvolvimento para o Desporto passa por uma completa reforma cultural e de exigência no ensino, acabando com o facilitismo.
E uma reforma estrutural geral do Desporto Português.
Para implementar um modelos destes, seja ele qual for, são precisas décadas.
Era preciso que existisse uma convergência de interesses políticos, sem demagogias nem eleitoralismos.
E que o Desporto fosse considerado prioritário na formação dos cidadãos.
Não há vontade nem há dinheiro.
Se tivermos dinheiro para comer já não é mau.
Esqueçam.

Anónimo disse...

Sendo assim, talvez fosse vantajoso os «institutos do Desporto» ficarem nos «ministérios da Educação e Ensino Superior», ou não?

Talvez

Anónimo disse...

E porque não acabar também com o IPDJ, já que também é um entreposto/banco do desporto?
O IPDJ serve de intermediário na distribuição das percentagens,dos dinheiros que recebe dos jogos socias, lotarias, totolotos.
Vão, com toda a certeza falar dos funcionários. Pois estes que sejam absorvidos pelos diversos organismos públicos pela Stªa Casa da Mesiricordia. A distribuição dessas verbas passaria a ser da responsabilidade da SCM, e o Desporto passaria a ser tutelado pelo ME.
Não faz sentido nenhum o Desporto, ser tutelado pela PCM.
Este pais está virado do avesso. Jamais se endireita.

Anónimo disse...

Caro José Manuel
É muito feio andares a fazer censura.
Começamos a suspeitar que estás a voltar aos teus velhos tempos de "grande educador da classe operária".
Deixa-te disso. Já tens idade para seres um homenzinho.

Anónimo disse...

No dia 26 de Julho de 2012 a Folha A4 foi aqui apresentada.
É apenas uma proposta de um novo «Modelo de Desenvolvimento para o Desporto em Portugal» tendo em consideração a análise às características concretas do «atual Contexto» (político, social, económico, e cultural), e a consequente «Mudança Organizacional» que implicaria.
É um ato de liberdade de expressão, feita, como desejava aqui um dos Colegas Comentadores, passo a citar: “olhos nos olhos”, “perante quem de direito”. Isto é, sem ficar escondida por ter sido apenas para um grupinho restrito, à socapa, e fora do escrutínio público.
Não foi esse o Convite que o Editorial desta Colectividade Desportiva nos fez a todos?
Uma coisa é «fazer» uma «coisa concreta», apresenta-la; outra coisa é «prometer que se quer fazer», talvez amanhã ou noutro dia distante, essa coisa que se promete. Quem acusa tem aqui a oportunidade de apresentar à vista de todos, sem a rede do secretismo, as suas Folhas A4 (isto é, as suas ideias e as suas propostas concretas).
Refiro-me a ela porque é no contexto dessa coerência que coloco os contributos. Sem essa contextualização seriam propostas desgarradas.
Nada mais do que isso.
Em si mesma pouco importa senão para esse ato de coerência. E para que os contributos que faço sejam respeitadores dos outros Colegas Comentadores, e não se transformem num insulto ou num desabafo fácil.
Mais importante do que a Folha A4 que apresentei é prosseguirmos o Debate neste espaço que J.M.Constantino proporcionou.
O resto são minudências. Ou não?

Talvez

Anónimo disse...

Caro José Manuel:
Pior do que a sensura é a sensura selectiva.
Torna-te naquilo que és.

Anónimo disse...

Caro José Manuel
Eu diria mais...
E para onde iriam os cérebros desportivos ?
Para onde iria o JB ?
Afinal as várias DG's e Institutos sempre serviram para dar emprego à rapaziada. inclusivé aos que agora dizem mal do actual e que já por lá andaram sem fazer puto durante anos por serem do partido, alguns até presentes nos anteriores comentários!
Enfim, deixe lá aquela coisa durar mais uns anos, para nem do desporto e da nação.

Anónimo disse...

O anónimo das 18.26 perdeu um boa oportunidade de estar calado.A escrever com os erros que escreve era um bom motivo para a selectividade se lhe aplicar.

Anónimo disse...

Ao anónimo das 22:17 ou lhe falta humor ou lhe falta, digamos assim, sagaçidade.

Anónimo disse...

Enquanto dirigente desportivo gostaria de ver respondidas as seguintes questões:
O que é isso do “ensino da educação física curricular” que obedece a programas estabelecidos que o Francisco Sobral refere e José Constantino defende.
Se um professor de educação física ensina "o ensino da educação física curricular", um professor de música (para aproveitar o exemplo do Francisco Sobral) não devia ensinar "o ensino da música curricular”.
Não existe aqui muita confusão?
Francisco Sobral não esclareceu esta questão e José Constantino limitou-se a passar por ela sem nada esclarecer.
O que é que se ensina e aprende na disciplina de educação física e o que é que se ensina e aprende no desporto escolar?
Coisas diferentes?
As mesma coisa?
Se são diferentes qual delas está a mais.
Se são iguais, quem paga?
Como é que se articulam ou deviam articular com o desporto federado?
E com os hábitos desportivos para a vida?

Luís Leite disse...

Sou a favor da seletividade na aceitação dos textos por parte dos proprietários do blog relativamente a textos anónimos.
Não deveriam ser aceites textos insultuosos nem gramaticamente desastrados.
Mesmo a sistemática falta de fundamentação das ideias deveria ser objeto de recusa.
Por mim, prefiro uma Coletividade elitista a uma Coletividade de baixo nível cultural médio.

Anónimo disse...

O texto de «Anónimo de 25Ago2012 9:40» coloca uma questão fulcral.
Na medida em que qualquer «Conteúdo» tem que ser adequado ao «Objetivo» que se pretende alcançar. Para uma determinada visão/perspetiva do que deve ser o contributo do «Desporto Escolar» há um «conteúdo», mas para outra, necessariamente, terá que haver alterações; e assim por diante.
O que está «mal» ou «bem», o que é necessário «alterar, modificar ou erradicar» dependem dessa assumpção de novas perspetivas/funções/objetivos. Parece-me por isso que a comparação do «desejável» com «o passado» tem a limitação de se estarem a comparar «culpas e coisas», nalguns aspetos, incomparáveis. Talvez não valha a pena entrarmos na comezinha luta político-partidária, ou na contabilidade dos deve-haver pessoais.
Acresce que quando se proporciona um espaço de Debate aberto há muitas ideias novas que se vão forjando nesse próprio processo de diálogo partilhado. E no final nada fica igual ao que era. Os próprios atores (Comentadores) passam a ter «outras perspetivas». Nunca como agora dispusemos de uma ferramenta que acelera essa intersubjetividade partilhada como agora, com a plataforma WEB. A “Coletividade Desportiva” é um desses milhões de novos espaços que se abrem ao relacionamento humano.
Digo isto com o seguinte intuito: O que me parece que também tem faltado é uma nova maneira de apresentar o «Desporto» à Sociedade. E consequentemente às várias instituições e entidades públicas que têm responsabilidade pela sua gestão/implementação. Desde logo aos «ministérios da educação e ensino», porque o texto de J.M.Constantino se refere a essa parte da questão. Se o Desporto fosse apresentado como creio que podia ser (lembro o trabalho que fizemos na Direção Regional de Educação do Algarve, e a repercussão que teve; e outras tentativas) alguns dos obstáculos e insuficiências poderiam ser corrigidas.
Refiro-me à capacidade («do lado de cá») em apresentar um novo Projeto de Desporto, consubstanciado numa nova relação do Desporto com a Sociedade e com os Cidadãos/ãs, e numa nova relação do Desporto com o Sistema de Ensino Público. Ou seja, como o texto de «Anónimo de 25Ago2012 9:40» muito bem diz, com um novo «Conteúdo».
Utilizo as palavras «novo» e «nova» não no sentido de «revoluções», «rupturas radicais», ou «pseudo-invenções do que já está inventado há muito, e feito por muitos desde sempre» … Apenas significam, para mim, a reunião e a re-organização de muitas coisas boas que se têm feito; boas-práticas disponíveis em muitos lugares do presente; uma maneira de combinar as partes que já existem no atual Sistema; e também aquilo que L.Leite refere ao propor uma «nova convergência» de vontades.
Julgo que é necessária esta luta … por pôr na «agenda política da Sociedade e dos Políticos» uma nova responsabilidade pelo Desporto. Razão pela qual os programas da ética ou o museu ajudariam, se bem encaminhados, a construir essa visibilidade pública de uma nova exigência e de uma nova necessidade. O estatuto da realidade do Desporto e dos seus profissionais exige, por aquilo que representa hoje para a Sociedade, uma reavaliação… (talvez).
Há um «caderno de encargos a preparar para as governações políticas do desporto» que urge... (talvez).
Não creio que se «os do lado de cá» ficarem parados «os do lado de lá» façam alguma coisa.

Talvez

Anónimo disse...

Se bem entendo o Sr. Arq. Luís Leite devem ser afastados todos aqueles, tais como cineastas, cirurgiões, musicólogos, sociólogos, professores feitos a martelo e à pressa, doutores na mestria do verbo fácil e da língua afiada que se masturbam à conta do desporto e dos Jogos Olímpicos. A reflexão e a escrita em matéria de desporto deve ficar na pena de uma elite de iluminados devidamente preparada e habilitada para tal.
Contudo, o Sr. Arq. Luís Leite que se cuide porque ele será certamente um dos próximos a ser colocado no índex. E em nome “de um amplo desígnio nacional, patriótico e político, devidamente concebido e assumido, que não pode ser entregue a lucubrações de pacotilha.
E o que são lucubrações de pacotilha?
São todas aquelas que não se enquadrem no discurso politicamente correcto.
E, depois, Orwell há muito que explicou o que é que acontecerá.
Sr. Arq. Luís Leite, não seja ingénuo.

Luís Leite disse...

Anónimo das 22.04h:

Você não leu o que escrevi ou não sabe interpretar?
Eu sugeri a exclusão de TEXTOS de má qualidade formal, reveladores de deficiente formação escolar básica.
Não falei em excluir pessoas em concreto, nem profissionais de outras áreas.
Nem ideias contraditórias.
Contudo, quem não sabe ler e interpretar e escrever corretamente, certamente não desenvolveu capacidades mínimas para ter um pensamento estruturado.
Respondem a bugalhos quando se falou em alhos...
A utilização de linguagem imprópria, por falta de educação, também devia ser banida.
A sua "masturbação" será aceitável neste contexto?
Quanto à Santa Inquisição, já estou na lista há uns anitos.
Não se preocupe que eu também não.
Ingenuidade? Também já a perdi há muito.

Anónimo disse...

Prezado Arq. Luís Leite,
Recordo-lhe que no seu comentário de 19 de Agosto de 2012 às 09:36 disse que concordava com Dr. Jorge Bento. Passo a citar: "Concordo com o essencial do texto de Jorge O. Bento."
Se leu com atenção o discurso do Dr. Bento ele considera que “cineastas, cirurgiões, musicólogos, sociólogos, professores feitos a martelo e à pressa e não sei quantos mais doutores na mestria do verbo fácil e da língua afiada entregaram-se a transformar o desporto em pantomina e gaudio circense.” Ao Dr. Bento ninguém escapa. Ou o Sr. Arq. julga que escapa só porque o Dr. Bento se esqueceu dos arquitectos?
Repare ainda Sr. Arq. que a “masturbação” não é minha. A masturbação também é do Dr. Bento e do texto que o Sr. Arq. disse concordar noessencial. Escreveu ele: “Os Jogos Olímpicos são uma ‘coisa’ sublime e maravilhosa; ninguém se deve masturbar à custa deles.”
Para ficarmos esclarecidos pedia-lhe para confirmar se continua a “concordar com o essencial” do texto do Dr. Bento intitulado “ Pedido: período de nojo”.
Com os melhores cumprimentos.

Anónimo disse...

Alguém devia aproveitar a ideia do Dr. Olímpio Bento e pedir ao Arq. Luís Leite para se dedicar mais à arquitectura. O que até nem era violência nenhuma na medida em que o Arq. está de acordo como o artigo do Dr. Bento.

Anónimo disse...

Alguém devia aproveitar a ideia do Dr. Olímpio Bento e pedir ao Arq. Luís Leite para se dedicar mais à arquitectura. O que até nem era violência nenhuma na medida em que o Arq. está de acordo como o artigo do Dr. Bento.

Anónimo disse...

Prezado Arq. Luís Leite,
Recordo-lhe que no seu comentário de 19 de Agosto de 2012 às 09:36 disse que concordava com Dr. Jorge Bento. Passo a citar: "Concordo com o essencial do texto de Jorge O. Bento."
Se leu com atenção o discurso do Dr. Bento ele considera que “cineastas, cirurgiões, musicólogos, sociólogos, professores feitos a martelo e à pressa e não sei quantos mais doutores na mestria do verbo fácil e da língua afiada entregaram-se a transformar o desporto em pantomina e gaudio circense.” Ao Dr. Bento ninguém escapa. Ou o Sr. Arq. julga que escapa só porque o Dr. Bento se esqueceu dos arquitectos?
Repare ainda Sr. Arq. que a “masturbação” não é minha. A masturbação também é do Dr. Bento e do texto que o Sr. Arq. disse concordar noessencial. Escreveu ele: “Os Jogos Olímpicos são uma ‘coisa’ sublime e maravilhosa; ninguém se deve masturbar à custa deles.”
Para ficarmos esclarecidos pedia-lhe para confirmar se continua a “concordar com o essencial” do texto do Dr. Bento intitulado “ Pedido: período de nojo”.
Com os melhores cumprimentos.



Anónimo disse...

Se calhar devia continuar de fora a "gozar o pratinho", mas até já a mim me dói... Caríssimo Arquitecto, a sua incapacidade de detectar ironia (por mais torpe, denunciada e grosseira que seja) torna-o um alvo fácil... Abra os olhos, que lhe estão a "dar baile" e V. Exa insiste em dançar convicto...

Enfim

Anónimo disse...

Prezado Arq. Luís Leite,
Recordo-lhe que no seu comentário de 19 de Agosto de 2012 às 09:36 disse que concordava com Dr. Jorge Bento. Passo a citar: "Concordo com o essencial do texto de Jorge O. Bento."
Se leu com atenção o discurso do Dr. Bento ele considera que “cineastas, cirurgiões, musicólogos, sociólogos, professores feitos a martelo e à pressa e não sei quantos mais doutores na mestria do verbo fácil e da língua afiada entregaram-se a transformar o desporto em pantomina e gaudio circense.” Ao Dr. Bento ninguém escapa. Ou o Sr. Arq. julga que escapa só porque o Dr. Bento se esqueceu dos arquitectos?
Repare ainda Sr. Arq. que a “masturbação” não é minha. A masturbação também é do Dr. Bento e do texto que o Sr. Arq. disse concordar noessencial. Escreveu ele: “Os Jogos Olímpicos são uma ‘coisa’ sublime e maravilhosa; ninguém se deve masturbar à custa deles.”
Para ficarmos esclarecidos pedia-lhe para confirmar se continua a “concordar com o essencial” do texto do Dr. Bento intitulado “ Pedido: período de nojo”.
Com os melhores cumprimentos.



Anónimo disse...

O Doutor José Manuel Constantino (JMC) no artigo do labirinto faz uma afirmação que merece um comentário: “… no quadro atual é difícil pedir à escola resultados significativos sabendo que o empenhamento motor que os alunos têm durante um ano é, no geral, o equivalente a um mês de treino e competição num clube desportivo, praticando a modalidade de que gostam.” Presume-se que JMC está a referir-se à disciplina de Educação Física (EF). Repare-se que JMC se refere ao “empenhamento motor” dos alunos.
A partir da afirmação de JMC conclui-se facilmente que a disciplina de EF, considerando que o ano lectivo tem 10 meses, vale um décimo daquilo que os clubes fazem. Aceitando como boa a tese de JMC e nada nos leva a pensar o contrário na medida em que ele até foi Presidente do Instituto do Desporto Português tenho de perguntar então para o que é que serve a disciplina de EF? Os portugueses podem estar a pagar um serviço prestado pelo Ministério da Educação quando os clubes fazem o mesmo serviço muito melhor e dez vezes mais barato? Segundo me dizem o actual modelo de EF está em aplicação há mais de vinte anos. Como é que o Dr. JMC, por um lado, revela uma grande preocupação pelas “medidas governamentais de desvalorização da disciplina de EF” mas, por outro, dá a entender que aquilo que se faz na escola a bem dizer não vale grande coisa.
Na sua lógica o Dr. Constantino devia era rejubilar-se por o Ministro da Educação tirar horas à disciplina. E devia ainda ficar mais satisfeito por a disciplina ter deixado de ter interferência no acesso dos alunos à Universidade já que foi responsável por várias injustiças divulgadas pela comunicação social.
Perante o cenário que apresentou o menos que o DR. Constantino devia sugerir era a criação de uma Comissão Independente para fazer uma avaliação credível à disciplina de EF.
Tenho acompanhado esta discussão com algum interesse. Aquilo que me parece é que existe muita hipocrisia e, sobretudo, medo de “pegar o touro pelos cornos”.

Anónimo disse...

Sou a favor da seletividade na aceitação dos textos por parte dos proprietários do blog relativamente a textos anónimos.
Não deveriam ser aceites textos insultuosos nem gramaticamente desastrados.
Ora bem, tá-se mesmo a ver que o Sr. Luis Leite, acaso algum dia tenha o "azar" de ser um dirigente político vai fazer saltar cá para fora a "Folha A4" da correcção política e dar à estampa uma nova gramática cujus energúmenos violadores serão apefrejados até falecerem verbalmente. E para que não existam incógnitos mandará certamente incrustar um código de barras na testa de todos os cidadãos para que informaticamente, seja de que forma for, não o sejam mais.
Tenho dito!
E a Assembleia levantar-se-à em uníssono e em palmas!
Espero é que os meus caros amigos que gerem o blog tenham pelo menos um pouco mnais de humor que o dito!

Anónimo disse...

Relativamente ao comentário de 26 de Agosto de 2012 das 17:11, na minha opinião, a grande maioria dos problemas do desporto nacional têm a ver com o facto da disciplina de educação física ser uma espécie de eduquês do desporto. Aqueles que duvidam leiam os programas (estão na net). Falam de muitas coisas mas os alunos não aprendem coisa nenhuma, nem sequer a gostarem de praticar desporto. Em consequência, as nossas taxas de prática desportiva são muito baixas, das piores da Europa. Isto não quer dizer que não existem professores que, por conta própria e para além dos programas, não trabalham empenhada e competentemente.
Por isso, a questão das medalhas Olímpicas não está só na incompetência de 16 anos de Vicente Moura. Os sucessivos fracassos das nossas participações olímpicas está a montante. Está na péssima concepção, organização e implementação da disciplina de educação física. E se esta questão não for resolvida, não é como o Comandante Vicente Moura diz que estaremos todos daqui a quatro anos a falar da mesma coisa. O país estará a falar da mesma coisa daqui a oito, dezasseis e mais anos.
Os discursos da música do Francisco Sobral, do egocentrismo de Olímpio Bento ou o do labirinto de José Constantino não vão à origem da questão. Comece-se por resolver o grave problema que é a concepção da disciplina de educação física e tudo o mais virá por acréscimo. Então, daqui a dezasseis anos, será possível começar a dizer que o país tem um sistema desportivo que não envergonha os portugueses.

Anónimo disse...

A direção editorial do Diário de Notícias decidiu não acatar, dentro do quadro legal em vigor, a Recomendação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) sobre comentários no seu site, pois ela obrigaria ao exercício de censura prévia aos leitores. Decidiu o DN, igualmente, implementar um sistema automático de apagamento de comentários, acionado exclusivamente pelos leitores.

Anónimo disse...

A folha A4 tem alguma coisa a ver com a Educação Física. Qualé a solução proposta. O seu autor podia desenvolver o tema na medida em que tudo indica que pode estar ali uma solução.

Anónimo disse...

Um sistema automático de apagamento de comentários, acionado exclusivamente pelos leitores.
Senhores administradores do Blog: espero que não venham a usar o mesmo sistema senão vai ser um lufa lufa de apagar os comentários dos "ódios de estimação" e este Blog vai ser apenas composto de artigos sem qualquer tipo de réplica.

Anónimo disse...

Em resposta ao «Anónimo de 27Ago2012 10:17» diria que há um tipo de Comentadores que sabe de tudo. Há vários casos mediáticos que têm cátedra nas TVs, e ganham fortunas à custa da paciência do povo. Isto para dizer que não sei responder ao repto do Anónimo senão com os limites de quem não é especialista neste assunto.
O que posso dizer advém da minha experiência profissional, e do trabalho que realizei sobre este assunto. Em termos práticos, com os Colegas da Direção Regional de Educação do Algarve; e depois, noutro contexto, por me terem pedido opinião, e ter sido minha obrigação profissional analisar cerca de duas dezenas de «livros, relatórios, e documentos» sobre a questão do «Desporto Escolar» em Portugal, escritos pelos mais reputados especialistas portugueses, alguns dos quais publicados. Trabalhos de grande qualidade e mérito, de profissionais com provas dadas.
A «razão política» tem sempre que conseguir ler nesses contributos, com clareza, no mínimo três razões: a «razão económica/financeira»; a «razão técnica»; e a «razão social/cultural». Ou se se quiser, a «razão do emissor» (intenção do autor), a «razão do receptor» (destinatário do impacto), e a «razão da questão em si mesma» (i.e, a coisa concreta de que se está a falar ou a querer realizar).
Não é possível aqui alongar o assunto. Apenas direi que é necessário interligar estas três dimensões em tudo o que se pretende fazer ou propor. Senão, gera desconfiança, e é abandonada por receio. Razão pela qual, para chamar a atenção para isso, construi essa designação «A4».
Façamos pois o teste à construção de uma possível «Folha A4 para a questão do Desporto Escolar».
1.º Passo: Coloque-se numa Folha A4 um sistema de dois eixos. Divida-se a folha em 4 colunas, cada qual, da esquerda para a direita, com os seguintes nomes: i) Hierarquia de Objetivos (HO); ii) Indicadores Objetivamente Verificáveis (IOV); iii) Meios/Fonte de Verificação (MFV); iv) Pressupostos (P). No outro eixo, de cima para baixo, cruzem-se essas 4 colunas com 4 linhas. Por baixo da coluna 1 (HO) cada linha tem os seguintes nomes: iv) Finalidades; iii) Objetivos; ii) Resultados; i) Atividades/Tarefas. Por baixo da coluna 2 (IOV) cada linha tem os seguintes nomes: iv) Indicadores de sucesso/realização da Finalidade; iii) Indicadores de sucesso/realização do Objetivo; ii) Indicadores de sucesso/realização dos Resultados; i) Indicadores de sucesso/realização das Atividades/Tarefas com indicação dos custos e quantificação dos recursos humanos, técnicos, humanos. Por baixo da coluna 3 (MFV) cada linha tem os seguintes nomes: iv) Meios/Fonte de Verificação das Finalidades; iii) idem dos Objetivos; ii) idem dos Resultados; i) idem das Atividades/Tarefas. Por baixo da coluna 4 (P) cada linha tem os seguintes nomes: iv) Pressupostos para atingir as Finalidades; iii) Pressupostos para atingir os Objetivos; ii) Pressupostos para atingir os Resultados; i) Pressupostos para realizar as Atividades/Tarefas.
2.º Passo: Preencha-se a Folha A4 com o conteúdo de cada Política de Governação de cada Governo para o período de 4 anos de cada legislatura.
3.º Passo: Coloque-se a Folha A4 preenchida na Internet, com acesso totalmente público.
4.º Passo: Proceda-se à monitorização e à avaliação trimestral durante os quatros anos que durará a legislatura.
A uma Folha A4 destas a Agência de Cooperação Técnica Alemã (GTZ) chamou, em 1983, “Zielorientierte Projecktplannung” (Matriz de Planeamento de Projetos por Objectivos), e constituiu o sistema de procedimentos e instrumentos para a análise de problemas ("problem-solving approach") e para o desenho e formulação de projectos ("project approach") adoptada na modernização administrativa desse país.
Esta não seria a melhor maneira de responder ao desafio que o «Anónimo de 27Ago2012 10:17» fez à Folha A4?
Se se conseguisse fazer esta Folha A4 não seria um grande contributo para a questão que J.M.Constantino colocou, e que os sucessivos comentários debateram?

(continua)

Talvez

Anónimo disse...

José Constantino (JC) no seu artigo escreve: “…no rescaldo das grandes competições desportivas internacionais, em que os resultados alcançados ficam aquém do desejado, é comum responsabilizar a escola pelo atraso verificado na situação desportiva nacional. É um exercício a que se dedicam políticos, dirigentes e toda a espécie de comentadores.” A ideia com que se fica é que JC também entende que os políticos, os dirigentes e toda a espécie de comentadores não se deviam atrever a tais comentários porque a escola não tem culpa nenhuma. E até deviam estar calados para não perturbarem. Claro que ao cabo de mais um Ciclo Olímpico que termina num total marasmo em que as principais modalidades (futebol, voleibol, basquetebol e andebol) nem estiveram presentes em Londres é muito fácil, explicita ou implicitamente, mandar as culpas para cima do Presidente do COP. O comandante não está liberto das maiores asneiras que alguma vez se fizeram no desporto nacional, contudo, a culpa não é só dele. JC havia de ter começado pelo princípio e o princípio está na escola. Porque quando se olha para a organização escolar ela não é só o resultado dos “malvados” dos ministros da educação que, ao longo de 40 anos, desde o 25 de Abril, se têm entretido a destruir a EF. A responsabilidade, como ainda recentemente Rui Baptista referia no “Público”, está nas mais diversas entidades entre elas os sindicatos. Está na Sociedade Portuguesa de Educação Física que continua a funcionar no século XVIII bem como nas Associações Profissionais de Educação Física que não têm qualquer ideia sobre o assunto a não ser a defesa corporativa e acéfala dos interesses dos profissionais quer eles sejam justos ou injustos, certos ou errados, inteligentes ou perfeitamente reaccionários. A responsabilidade está também nas associações de encarregados de educação, nas universidades e politécnicos, nas federações desportivas bem como, entre outros, no COP e na Confederação do Desporto de Portugal. (continua)

Anónimo disse...

(continuação)
Quanto à «Folha A4 Geral» é um Modelo de reorganização dos factores e variáveis que intervêm no atual Sistema Desportivo (tenta ser, apenas, um pequeno contributo). Propõe uma nova reconfiguração dos recursos, da organização, e da acção do Estado no Desenvolvimento do Desporto (ver «Quadro APD» da Folha A4). Essa nova reconfiguração concretiza um «modelo mais concentrado» em substituição do «modelo disperso» que tem vigorado. Com as metas que coloquei no «Quadro: Objetivos». Essa é a orientação geral que subordinaria todas as decisões e soluções que ocorressem a uma escala menor. A Questão do «Desporto e da Educação Física no Sistema de Ensino Público» entra nesse conjunto de decisões que ocorreriam no Subsistema Estado (no tal «Quadro APD»).
A adoção da Folha A4 obrigaria a deixar a cada subsector e a cada conjunto de competências técnicas e profissionais um espaço de maior decisão e protagonismo. Um espaço maior e diferente do que aquele que lhes é permitido pelo atual Sistema. Dar voz àqueles que nunca são ouvidos, àqueles que no quotidiano concreto são os profissionais detentores dos saberes e dos saberes-fazer em cada uma dessas áreas. Isto é, não apostar apenas nas diretivas impostas de cima (como tem sido costume), mas passar a contar com o contributo de quem está no terreno da prática. E neste caso em debate, desde logo, a voz e o contributo dos Professores de Educação Física e Desporto que estão dentro do Sistema de Ensino Público. Ouvi-los e integrá-los nas decisões e nos projetos das Governações (ministérios, secretarias de Estado, institutos do desporto, comissões, entidades desportivas, etc.).
Nesse âmbito de mudança organizacional sugeri, por exemplo, a passagem da tutela do desporto para os ministérios da educação e ensino.
Porque permitiria o re-aproveitamento de imensas infra-estruturas, meios humanos e técnicos, e outros recursos que se duplicam e triplicam, alguns dos quais implicaram avultados investimentos dos contribuintes ao longo de anos. Acresce que, com a escolaridade obrigatória aumentada para o 12.º ano, a maioria dos Jovens estão obrigatoriamente nesse território da Escola.
No que se refere ao conteúdo específico já ouve neste debate alguns contributos concretos. Dados por pessoas muito competentes com trabalho de mérito feito nas escolas e nas federações desportivas. O que posso acrescentar é a proposta de se integrarem esses contributos, se congregarem as pessoas que fizeram as boas-práticas ao longo de anos, e colocarem isso numa Proposta que permitisse um novo Contrato de Responsabilidade e de Governação da Educação Física e Desporto no Sistema de Ensino Público. Um Documento que contemplasse o papel educativo e pedagógico do desporto para a formação plena dos Cidadãos/ãs (obrigatoriamente a questão da Competição; a separação entre Corpo, Atividade Física, Jogo, Desporto; a contextualização histórica e antropológica do Desporto; as metas de alto-rendimento e a participação federada; a compatibilização entre percurso escolar e percurso desportivo; o conteúdo curricular, o uso e a utilização de infra-estruturas e respetivos horários, etc.). Enquadrando a realidade desportiva no plano mais vasto do Desenvolvimento Económico, Social e Cultural. É necessário que o Desporto ganhe estatuto para ser considerado nas Governações (e portanto, também nos Ministérios) um parceiro credível. O exercício de preenchimento de uma candidatura aos fundos comunitários demonstra que esses aspetos são necessários de explicitar numa folha não muito maior do que «A4».
Mas isto tudo são apenas notas ao correr deste diálogo.

Talvez

Anónimo disse...

69 comentários e o pessoal continua activissimo!

Luís Leite disse...

O simples facto de se ser professor de Educação Física, seja qual for o nível de ensino, só por si não significa que se perceba de Desporto.
Conheço professores de Educação Física que de Desporto sabem muito pouco.
E conheço dirigentes e treinadores com outras formações universitárias que sabem de Desporto enquanto autodidatas e percursores de um trajeto de vida de paixão e experiência vivida no Desporto.

Este debate vai longo e apesar da grande dispersão no contraditório, tem pelo menos o mérito de fazer pensar quem vai lendo os comentários.

Duvido que o Desporto saia beneficiado deste debate.
Porque em Portugal o Desporto, com exceção do Futebol, conta muito pouco.
O problema é cultural.
E nada se faz nem fará na Escola para melhorar a situação.

Anónimo disse...

José Constantino (JC) faz uma afirmação que merece uma explicação bem mais concreta e clara do que aquela que o seu labiríntico texto consegue. A afirmação referida e que é objecto deste comentário está inserida dentro de uma interrogação e é a seguinte: “…o futebol, desde o tempo da Mocidade Portuguesa em que era proibido nas escolas…” É necessário que JC explique aos seus leitores o que pretende com tal afirmação. Porque, que se saiba, nunca a MP proibiu o futebol nas escolas até porque a organização nem tinha competência para isso. Inocêncio Galvão Telles era o primeiro a reconhecer que a MP era um corpo estranho dentro das escolas. Como é que um corpo estranho pode impôr o que quer que seja a um organismo a que não pertence? De resto, JC, porque já tem idade para isso, deve saber que, durante a sua vida académica infanto-juvenil, nunca lhe foi proibido formalmente por uma entidade oficial, jogar futebol desde que os locais e os tempos fossem os apropriados. Depois, quando JC diz que “desde o tempo da MP” também cria outro tipo de confusão. A MP existiu de 1936 a 1974 quando foi criada uma comissão para a sua extinção. A afirmação de JC refere-se ao período todo, a só parte do período ou é só uma figura de estilo para animar os leitores? A proibição da prática de desportos anglo-saxónicos nos estabelecimentos de ensino oficial é anterior à MP pois data de 1932. Foi publicada em diploma legal e inspirada em Philippe Tissié um dos pais da educação física moderna que, infelizmente, teve uma nefasta influência em Portugal que ainda hoje se faz sentir e os resultados aí estão para que todos possam ver: as piores taxas de participação desportiva da Europa. (a continuar)

Anónimo disse...

De acordo com o que Talvez esclarece sobre o conteudo da dita folha A4 esta está cheia de indicadores, meios, pressupostos que culminam com objectivos. Os famigerados objetivos. Hoje vivemos todos obsecados com os objectivos.
Pergunto eu. Imaginemos que dita folha A4 é implementada no Desporto Nacional e os objectivos não são alcaçados. Quem é que paga as favas. O atleta, o técnico, quem tutela o desporto, os responsáveis pelas federações - se estas ainda existirem - os responsaveis dos clubes onde os atletas treinam, ou o responsável da folha A4?
Não apostem na formação dos técnicos sobre as novas metodologias de treino desportivo, a ver se é a folha A4 e os seus objetivos nos vão trazer medalhas olimpicas.

Anónimo disse...

De acordo com a perspetiva de «Anónimo 28Ago2012 15:17», de que não importam os «objetivos» nem os «indicadores que os permitem avaliar», então, também não importa se a Folha A4 tem ou não sucesso, nem se os resultados do Desporto Português são uns ou outros, ou se esta Política é igual a qualquer outra. Sem critério de avaliação, porque ela depende sempre da adequação ao objetivo-definido, tanto faz isto como aquilo.
Ou não?

Talvez

Anónimo disse...

Mas será que o autor da folha A4 ainda não percebeu que aquilo que propõe, não é exequível no Desporto Nacional? A folha A4 vai servir para criar tachos, comissões de estudos e por ai fora. Ou seja criar empregos para parasitas do sistema politico.
O desporto em portugal necessita de homens com capacidade directiva e ideias novas que ostracizem o modelo de desporto atual, que não nos leva a lado nenhum, substituindo-o por um novo modelo de desporto, credível e exequível no plano sócio-económico e desportivo. O desporto nacional necessita acima de tudo, de aplicar novas metodologias de treino, como fez por ex. a China, que em 1952 tinha ZERO medalhas Olimpicas e, hoje, em 2012 (60 anos depois) tem 600 medalhas e, não precisou da Folha A4 para chegar a essa marca. O seus políticos tiveram visão de futuro. Ali trabalhou-se com seriedade e honestidade, coisa que não se faz em Portugal. Por acaso o Talvez, ouviu falar num projeto da ex DGD com o nome de código Escolas Mais? Sabe qual era a finalidade do projeto? Sabe quem era o responsável pelo projeto?

Anónimo disse...

É exequível, com certeza que é. Só quem receia perder alguma que a situação atual lhe dá, ou deu, ou por conveniência, resiste à Mudança que ela propõe. A des-Estatização e a diminuição da Subsidiodependência que ela propõe, de facto, acabavam com esses desperdícios das comissões e tachos, e esse viver de rendas e benesses completamente iníquas que têm feito a ineficácia e ineficiência que domina o atual sistema. Compreende-se por isso, talvez, a resistência de «Anónimo 29Ago2012 20:48».
A China aplicou uma Folha A4 para o objetivo que pretendia (e pretende). Obviamente que a aplicou. Senão ficava como estava, e não tinha alcançado os «objetivos e resultados» que quis. Só uma Mudança Organizacional, um Planeamento Estratégico, um Plano Operacional faz mudar o que se quer mudar. Sem Folha A4 é o improviso, a incompetência, e o desperdício. Sem Folha A4 é o mundo dos chico-espertos, dos que sabem de Desporto por dá cá aquela palha.
Sim sei do que fala, ao referir-se à “Escola Mais”. Mas a resolução do Desenvolvimento do Desporto faz-se apenas com a variável «Escola»? já reparou onde a «Escola» está na Folha A4? É necessário enquadrar o benefício da «Escola» no Modelo de Mudança Organizacional e de Desenvolvimento que a Folha A4 propõe, doutro modo a mudança é inexequível.
Ou não?

Talvez

Anónimo disse...

Não. A China aplicou ao seu modelo desportivo, o modelo e as metodoligias de ensino que se usavam na ex.URSS/RDA e nos EUA. Que bons frutos deu. Esqueça a folha A4. Com a mentalidade que temos a Folha A4 não é exequivel. Mexe com lobbies muito fortes. O mais fácil é fazer o que a China fez.
Na minha opinião, e é só minha, o que o nosso desporto precida é de uma revolução na metodológia de treino, de ensino, quer nas escolas quer nos clubes, ainda que as federações possam adotar essas metodologias, talvez o nosso desporto possa dar um salto qualitativo. Posteriormente poder-se-á, então aplicar a dita Folha A4 e, aí comparar qual o melhor modelo e, qual a que deu melhores frutos. Sei que é probelmático estas mudanças. Mas tentar não custa. Quanto ao dirigismo no desporto português, este precisa de sangue novo. Necessita de acabar com os velhos do restelo que o inundam e o atrasam. Precisa, uregentemente de novas mentalidades, precisa de seriedade, de honestidade e muito trabalho. Mas isso por só não chega. Precisa também que surjam novos valores, de individuos integros e responsáveis. Sobre os atletas nem me vou pronunciar para já.

Anónimo disse...

Sobre o projeto Escolas Mais e, este decorreu na legislatura de Cavaco Silva, com o prof. Mirandela da Costa na direção da ex. DGD, encabeçado pela profª Regina Mirandela, teve uma vida efemera, 4 a 6 meses.
Foi um projeto que tinha como objectivo inicial durar 4 anos, na captação de jovens talentos nas mais diversas modalidades desportivas.
Mas por pressões externas morreu à nascença, em que quem saiu a perder foi o desporto nacional. Para mim, hoje, analizando profundamente o projecto, a sua essencia, era muito forte uma vez. como mencionei acima, era a captação de novos talentos para o desporto nacional. Infelizmente não teve os apoios necessários para continuar e, assim perdeu-se uma ferramenta crucial para o desporto nacional.

Anónimo disse...

Antes de mais permita que elogie publicamente esses dois nomes que mencionou: Mirandela da Costa e Regina Mirandela. São Pessoas que merecem um reconhecimento especial. Lembro-me de quando muitos (imensos aliás) olharam para o lado, ou fugiram do porão quando as coisas azedaram. E foram tantos. Tantos, que na altura, jovem e ingénuo como era, me espantaram. Porque nos ontens eram todos tão «amigos». Recordo-me da sala, onde com apenas mais um ou dois no máximo estivemos de pé, lá no sítio onde se inquire, a dizer: “Sim, são Pessoas do melhor que há”. O resto era um mar de acusadores, que, aliás, olhei bem nos olhos. Guardo esse momento como um dos primeiros ensinamentos, daqueles que não se aprendem nos doutoramentos nem nos livros, e que me fizeram compreender as resistências e as traições ocultas que dificultam a Mudança na Administração Pública.
Quanto ao conteúdo do que refere estou de acordo com algumas afirmações. A Folha A4 é para quem tem coragem de mudar, para quem ousa desejar que a situação melhore. Não é para agredir ninguém, nem para se arvorar em solução «miraculosa» ou «única». É apenas um exercício de Liberdade de expressão e de opinião, na pouca que a dita Democracia ainda nos vai permitindo.
Pela recordação grata que me proporcionou, fico-lhe agradecido

Talvez

Anónimo disse...

Sabe, Talvez, são muitos anos no desporto (+ de 30), onde adquiri muito calo, muita experiência. Aqueles 2 nomes deram muito ao desporto nacional. Certo é que cometeram erros, porque errar é humano.
Como diz, a Folha A4, até pode ajudar a mudar, para melhor o actual panorama do desporto nacional. Mas por enquanto não, devido às resistências à mudança dos actuais dirigentes que nos governam.
Pelo que vejo, não têm ideias para inovar e impor outro rumo no nosso desporto.
Mas continuo a bater na mesma tecla. Para o momento que vivemos, o melhor modelo para o nosso desporto, é de facto o modelo Norte Americano e, depois quem sabe, usar a folha A4 como modelo para o desenvolvimento do desporto nacional. Mas o modelo de Desporto dos EUA é barato e rápido de implementar e, dá medalhas.
E depois temos uma barreira muito grande para transpor, e essa dificilmete a transporemos nos próximos 20 anos que é o envelhecimentos da população portuguesa. Já se deu conta do envelhecimento da nossa população. Já se deu conta dos interesses dos nossos jovens?
Por acaso já reparou no estado em que os nossos jovens deixam as paredes e muros das nossas grandes cidades e suburbios. Já reparou quem frequenta as noites das grandes cidades do nosso pais, e o que levam nas maõs? Será o desporto consegue cativar os nossos jovens, conforme ele está?
É um tema muito pertinente que deveria ser debatido neste blog.

Anónimo disse...

Permita-me discordar de alguns aspetos.
Discordo quanto à Folha A4. Já que ela provocaria consequências práticas e imediatas em aspetos cruciais ao Desenvolvimento do Desporto. Muito antes de qualquer Modelo estar implementado, seja o da Folha, o Americano, ou outro; trazendo de imediato benefícios, também, independentemente de ter sucesso ou não.
Repare nalguns desses aspetos que ela traria de imediato:
i) Já reparou que ninguém sabe quanto o Estado gasta com o Desporto em Portugal? Que se fazem sucessivas «estatísticas» e estudos «económicos» em cima desse desconhecimento, alguns até publicados com o dinheiro do próprio Estado? Como é possível fazer a Gestão de qualquer coisa sem se saber quantificar o custo, nem as parcelas que é necessário somar para fazer essa conta básica? A Folha A4 permite de imediato fazer essa conta (ver Quadro da Folha A4 em que se refere a % do PIB, e as parcelas da responsabilidade do Estado). Como é possível falar de Modelos, e da situação atual, sem conhecer esse elemento básico? Esse começo que ela exige é já uma consequência prática, imediata, e absolutamente exequível. A Mudança Organizacional que a Folha A4 propõe não apenas resolveria esse problema no curto prazo, como daria sustentabilidade à regulação, controlo, e fiscalização dessa «conta-básica» que, despudoradamente, todos desconhecem. Como é e foi possível este erro?
ii) Já reparou que esse desconhecimento advém, e é consequência, do «modelo disperso» que os sucessivos Governos e responsáveis permitiram? (As Federações, e algumas figuras mediáticas ao seu serviço, vão bater à porta dos vários departamentos do Estado, sem que uns saibam quanto os outros deram e para quê!). Isso causa um desperdício de recursos financeiros estimado em 60%? Ora a Folha A4 resolveria de imediato essa falta de controlo e conhecimento. Pois ao adotar o «modelo concentrado» permitia devolver ao Estado (através dos seus legítimos representantes, eleitos) essa responsabilidade perdida, dando-lhe a possibilidade, ainda, de prestar boas-contas aos Cidadãos/ãs. Deixando de estar refém da manipulação que por causa desse desconhecimento as várias entidades do sistema desportivo lhe têm feito.
Há outros aspetos que a Folha A4 provocaria de imediato, mas não há espaço para os colocar.
Discordo de outro aspeto que afirmou no seu comentário.
Coloque-se a interrogação: «Quem teve a culpa de nem sequer conseguir fazer a tarefa básica da «conta do Estado com o Desporto»? As respostas podem ser muitas, mas há um facto indesmentível: se não estavam cá, então, não foram os Jovens que tiveram essa culpa.
Foram os que pertencem à sua e à minha geração. Foram «esses» que durante todos estes anos produziram a ineficácia e a ineficiência que os factos demonstram. E o que vemos em muitos dos Comentários neste Blogue? Vemos que quase sempre são os culpados que culpam os novos por uma incapacidade que não é deles. Foram os que por cá andam há muito que deixaram o País na ruína. Por isso há que ter prudência. E, tal como fiz com a Folha A4, ao colocá-la ao dispor de todos sem pedir nada em troca, talvez devêssemos ajudar esta nova geração naquilo que pudermos, em vez de tanto a criticarmos.
Não sei se os Jovens de hoje são melhores do que os do passado, no qual me incluo, mas desejo que façam muito mais e melhor.
Por profissão (e nos trabalhos que oriento na universidade) tenho que lidar diariamente com dados demográficos, e com cálculos sobre a «mobilidade humana». Sem os quais não se pode fazer uma investigação credível à «realidade humana e social». Todavia, o Desporto, entendido de modo correto, permite proporcionar «quadros competitivos» independentemente da classe etária da Pessoa Humana (essa era a outra consequência da implementação do Modelo de Desenvolvimento do Desporto proposto pela Folha A4; e que, sem ser ouvido, tenho vindo há tanto tempo a defender quer no «projeto de museu» quer no «programa de ética»).
Apesar destas discordâncias, partilho algumas concordâncias com o que afirma.
Talvez

Anónimo disse...

Li com muito cuidado a sua resposta ao meu post de 31/08/2012 das 10:01h.
Se está tão convicto de que a Folha A4, resolveria todos os problemas, que neste momento ensombram o desporto português, há que convencer o governo, politicos, seus representantes e também todas as forças/partidos politicos da sua eficência. Pode ser que a Folha A4 tenha aceitação na globalidade da comunidade politica e, que numa próxima legislatura, seja adotada como modelo desportivo nacional e, daí, podermos todos, aquilatar a sua eficiência, vantagens e desvantagens em relação ao modelo desportivo vigente no país actualmente.
Reparei também no seu post que está envolvido num projeto de Museu. Suponho que seja o Museu do Desporto nos Restauradores?