tag:blogger.com,1999:blog-2268024342179628104.post6556990643015152909..comments2023-10-31T07:23:51.939+00:00Comments on Colectividade Desportiva: O «inclusivês»Unknownnoreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-2268024342179628104.post-6303005465458839122010-10-27T21:11:38.534+01:002010-10-27T21:11:38.534+01:00Caro Luís Leite,
sem nenhum problema.E a sua obser...Caro Luís Leite,<br />sem nenhum problema.E a sua observação, que óbviamente agradeço,permitiu-me reler o texto e detectar um erro.E antes que o nosso anónimo corrector oficial me chame a atenção aqui vai:não é " há direita defendiam a liberdade"mas "à direita defendiam a liberdade".<br />Gratojosé manuel constantinohttps://www.blogger.com/profile/01023184660288625633noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2268024342179628104.post-41512152267905836332010-10-27T20:10:58.943+01:002010-10-27T20:10:58.943+01:00Retiro, obviamente, o epíteto de "preconceitu...Retiro, obviamente, o epíteto de "preconceituoso", por excessivo e deselegante.<br />Peço desculpa.<br />No fundo, julgo não estarmos demasiado distantes.<br />Habituei-me a pensar demasiado pela minha cabeça, como um acto solitário, e às vezes o preconceito (ou convicção) acaba por ser meu.<br />Mas também tenho a sorte de ter, neste espaço, a possibilidade de "esgrimir" (olimpicamente) argumentos interessantes e enriquecedores com algumas pessoas por quem tenho consideração intelectual.Luís Leitehttps://www.blogger.com/profile/16364164951722428759noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2268024342179628104.post-64394922607924467142010-10-27T18:43:15.549+01:002010-10-27T18:43:15.549+01:00Entendamo-nos. Pretendi chamar atenção que a vonta...Entendamo-nos. Pretendi chamar atenção que a vontade não pode ser um elemento exclusivo ou determinante em processos de inclusão social ou de superação da pobreza. Por isso utilizei a expressão “não basta ter vontade”.É obviamente uma condição necessária ,mas não suficiente Como afirma o Luís Leite” a vontade individual é um factor muito importante para atingir o sucesso. Obviamente não é o único”.<br />Quanto ao facto de a esquerda não acreditar em processos de regeneração individual não tenho com que suportar a afirmação. A esquerda tem vários pensamentos na construção do individual e do colectivo e não penso que haja sobre a matéria uma doutrina única .O próprio conceito de esquerda não é unívoco. Contudo terá alguma razão se invocar o pensamento que se reivindica do marxismo, que é apenas uma parte do pensamento da esquerda. E aí de facto os processos individuais são o a combinação possível entre as disposições individuais e o contexto social.Sem determinismo, salvo no marxismo mecanicista e nas suas derivações leninistas, mas o resultado de uma dialéctica ,que recorrendo a uma deriva althusserina é determinada em última instância pelo social. Isto em nada obsta a casos que fogem a este entendimento é dai a correcção ao determinismo social e onde ocorrem situações de mobilidade social ascendente a partir de situações de carência e privação sociais. E o oposto com pessoas que nunca aproveitaram as condições que tiveram ao seu alcance.<br />Um nota final: acusa- me o Luís Leite, de defender um posição que é preconceituosa. Não vou etiquetar quem pensa de modo diferente do meu . Exponho um pensamento e procuro defendê-lo o melhor que sou capaz.Aprendi isto há muitos anos com gente de esquerda.Em anos emque infelizmente poucos eram os que,perante a ditadura, há direita defendiam a liberdade de se poder pensar diferente.E ainda sou do tempo em que toda a direita institucional,em Portugal,conquistada a democracia, defendia nuns casos o socialismo e em outros a sociedade sem classes.Isto para dizer que em cada tempo há uma forma de olhar e de valorizar os conceitos.<br />Uma vez mais grato.josé manuel constantinohttps://www.blogger.com/profile/01023184660288625633noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2268024342179628104.post-7819817118912548612010-10-27T14:19:53.544+01:002010-10-27T14:19:53.544+01:00JM Constantino escreve ainda:
"Para sair da ...JM Constantino escreve ainda:<br /><br />"Para sair da pobreza não basta ter vontade. Para sair de um processo de exclusão não basta querer."<br /><br />Esta desvalorização da vontade individual é preconceituosa.<br />A esquerda não acredita em processos individuais de regeneração. Só concebe a existência de grupos sociais classificados e diferenciados.<br />O indivíduo só existe enquanto parte de um todo (o grupo social).<br /><br />No entanto, todos conhecemos muitas personalidades notáveis, nas mais diversas áreas de actividade, que subiram na vida a pulso, vindos do nada e, sem quaisquer ajudas, atingiram os mais elevados patamares de sucesso e reconhecimento social.<br />Também conhecemos inúmeros casos de "excluídos" a quem foram dadas todas as oportunidades e nunca as quiseram agarrar.<br /><br />Sou a favor da solidariedade activa a favor destes últimos, dentro de certos limites.<br />Que o Estado Social nestes últimos Governos Socialistas claramente ultrapassou, com interesses eleitoralistas e imorais.<br /><br />No Desporto, mais em concreto no Atletismo, temos um caso curioso, o dos saltos verticais, em que os atletas, confrontados com uma altura da fasquia que nunca foi ultrapassada, têm de previamente acreditar e QUERER MUITO, para eventualmente conseguirem bater um recorde. <br />A vontade individual é um factor muito importante para atingir o sucesso. Obviamente não é o único.Luís Leitehttps://www.blogger.com/profile/16364164951722428759noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2268024342179628104.post-22336726224789047752010-10-27T10:25:05.112+01:002010-10-27T10:25:05.112+01:00Agradeço o comentário oportuno e complementar de J...Agradeço o comentário oportuno e complementar de JM Constantino.<br />Apenas duas ligeiras discordâncias:<br /><br />1) A "inclusão social" (desculpe, mas detesto o chavão) pode não ter a nada a ver com situações de "disposição genética", "pobreza", "contextos ambientais, sociais e étnicos".<br />A minha experiência de 30 anos como professor, ex-atleta e até como dirigente desportivo, por exemplo, diz-me que há muitos jovens que, provenientes de situações sociais classificadas como difíceis, se integram perfeitamente, aceitando as regras de convivência social (e desportiva) e são até modelos comportamentais.<br />Assim como há (sempre houve) jovens provenientes de situações favorecidas que não aceitam essas mesmas regras.<br />A verdade é que existem sociopatas e psicopatas perigosos que, por via da moda da "inclusão", estão, desde o ano passado, integrados em turmas das escolas públicas, criando os maiores problemas à organização escolar.<br /><br />2) Julgo que o cumprimento de regras (definidas democraticamente pela comunidade) ou impostas pelas modalidades desportivas é um trajecto fundamental para a plena integração social dos jovens adolescentes.Luís Leitehttps://www.blogger.com/profile/16364164951722428759noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-2268024342179628104.post-34850960388724755602010-10-27T09:54:55.746+01:002010-10-27T09:54:55.746+01:00Uma nota prévia: a entrada na agenda politica do t...Uma nota prévia: a entrada na agenda politica do tema da inclusão não é um património da esquerda. Na Europa foram precisamente os partidos do centro direita os primeiros a iniciar esse debate. E hoje é um tema de que só se exclui a extrema direita. O texto anterior do JPAlmeida é um excelente contributo, como normalmente o são os seus escritos,alguns que deveriam ser de leitura obrigatória em qulaquer lugar onde se estude o desporto. A forma como Luís Leite pega no assunto não é contraditória com o texto anterior.Com uma ressalva: o papel da vontade nos processos individuais e comportamentais de inclusão.. Sem ignorar o papel das capacidades volitivas nos processos de inclusão é bom ter presente que essa categoria individual, a vontade, é o resultado de disposições genéticas mas decorre dos contextos ambientais e sociais em que se desenvolve. Para sair da pobreza não basta ter vontade .Para sair de um processo de exclusão não basta querer. Dito isto a contribuição do desporto para a integração e a coesão social é reconhecida como importante numa sociedade multicultural e fragmentada no plano económico, social e étnico. No entanto, esse reconhecimento é muitas vezes obtido através de uma ideia errada: o de que a prática desportiva é acompanhada “ipso fato” pela apropriação unívoca e normativa do seu conteúdo cultural. Ora os comportamentos desportivos não são transferíveis automaticamente para as actividades sociais. É ilusório supôr que, a aprendizagem das regras de uma modalidade desenvolve, por si só,competências cívicas e de cidadania. Continuar a afirmar e a aceitar este absurdo só desvaloriza o desporto porque lhe atribui algo que ele não tem condições de garantir.<br />O valor social do desporto e o contributo que pode dar à inclusão social, resulta, por um lado, do crescimento da participação activa e passiva das populações em torno do fenómeno desportivo e, por outro, da ligação com outros domínios sociais, como a política e a economia. O desporto não sendo um fim em si mesmo, pode preencher múltiplas funções e assumir diferentes significados sociais. Pode constituir-se nos dias de hoje, como um importante meio de socialização que permite transmitir normas e valores sociais e garantir direitos de cidadania. Mas isso obriga a rejeitar as teses apologéticas que entendem o desporto como uma “escola de vida” e a aceitar que as práticas do desporto, não são integradoras por essência, pelo que, carecem de um forte investimento educativo. Do Estado, é certo, mas também da família, do clube, dos treinadores, dos dirigentes e de todos quantos organizam e enquadram a prática desportiva.<br />Parabéns a ambos por trazerem o tema a debatejosé manuel constantinohttps://www.blogger.com/profile/01023184660288625633noreply@blogger.com