O texto que segue é da autoria de Fernando Tenreiro cuja colaboração se agradece.
Fruto de um desejo particular, individual ou colectivo, de comunicar os blogues desportivos e os sites das organizações cumprem uma função primordial de apresentar as muitas e contraditórias perspectivas do nosso desenvolvimento desportivo.
Há dignas presenças e improváveis ausências no domínio do debate de ideias sobre o desporto português.
Falar do Colectividade Desportiva é relevante porque concretiza uma fluência e intensidade que outros blogues não atingem e é formado por Alfredo Silva, Carla Gil Ribeiro, Fernando Parente, João Almeida, João Gonçalves, Jorge Olímpio Bento, José Manuel Constantino, José Manuel Meirim, Maria José Carvalho, Nuno Fernandes, Nuno Parreira Castro e Rui Lança.
Jerry Silva é um blogue ‘a solo’ sobre o futebol que vale a pena ter nos favoritos e acompanhar, assim como, o Fórum Olímpico nas questões relacionadas com as questões olímpicas com Gustavo Pires e José Pinto Correia, José Pedro Sarmento, Salomé Marivoet, Sílvia Teixeira, Abel Correia, António Cunha, Assunção Pinto, André Escórcio, Paulo Stigger, Manuel Sérgio, Rui Biscaia, António Rosado e Vitor Pataco a assumirem o investimento.
Nos lugares institucionais o do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol está em destaque pela matéria relacionada com a actividade da instituição e pelas opiniões expressas por Joaquim Evangelista (maestro da orquestra), Nogueira da Rocha, Gustavo Pires, Manuel Sérgio e Mario Gallavotti garantindo uma diversidade de opiniões de elevado nível. A recente abertura de um fórum no site da APOGESD constitui a esperança de um novo ente plural e dialogante com as vozes que insistem não aceitar o oblívio. A Associação de Atletas Olímpicos de Portugal é uma promessa por concretizar.
Estes blogues são posições independentes enquanto os agentes directos da política desportiva estão ensimesmados. A maior ausência estará nos sites institucionais públicos e privados que são distintos dos congéneres que se observam além-fronteiras e no exemplo do Sindicato de Jogadores. Neste domínio o secretismo das instituições desportivas portuguesas parece ser o carácter peculiar da política desportiva nacional.
É interessante notar igualmente a incapacidade do ensino superior do desporto alcançar o seu potencial e que não criou formas de diálogo inovador com a sociedade. As universidades são dos agentes desportivos os que possuem a maior capacidade científica e deveriam assumir a frente da divulgação do desporto nas perspectivas mais avançadas do mundo junto da sociedade e da economia portuguesa.
Há dignas presenças e improváveis ausências no domínio do debate de ideias sobre o desporto português.
Falar do Colectividade Desportiva é relevante porque concretiza uma fluência e intensidade que outros blogues não atingem e é formado por Alfredo Silva, Carla Gil Ribeiro, Fernando Parente, João Almeida, João Gonçalves, Jorge Olímpio Bento, José Manuel Constantino, José Manuel Meirim, Maria José Carvalho, Nuno Fernandes, Nuno Parreira Castro e Rui Lança.
Jerry Silva é um blogue ‘a solo’ sobre o futebol que vale a pena ter nos favoritos e acompanhar, assim como, o Fórum Olímpico nas questões relacionadas com as questões olímpicas com Gustavo Pires e José Pinto Correia, José Pedro Sarmento, Salomé Marivoet, Sílvia Teixeira, Abel Correia, António Cunha, Assunção Pinto, André Escórcio, Paulo Stigger, Manuel Sérgio, Rui Biscaia, António Rosado e Vitor Pataco a assumirem o investimento.
Nos lugares institucionais o do Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol está em destaque pela matéria relacionada com a actividade da instituição e pelas opiniões expressas por Joaquim Evangelista (maestro da orquestra), Nogueira da Rocha, Gustavo Pires, Manuel Sérgio e Mario Gallavotti garantindo uma diversidade de opiniões de elevado nível. A recente abertura de um fórum no site da APOGESD constitui a esperança de um novo ente plural e dialogante com as vozes que insistem não aceitar o oblívio. A Associação de Atletas Olímpicos de Portugal é uma promessa por concretizar.
Estes blogues são posições independentes enquanto os agentes directos da política desportiva estão ensimesmados. A maior ausência estará nos sites institucionais públicos e privados que são distintos dos congéneres que se observam além-fronteiras e no exemplo do Sindicato de Jogadores. Neste domínio o secretismo das instituições desportivas portuguesas parece ser o carácter peculiar da política desportiva nacional.
É interessante notar igualmente a incapacidade do ensino superior do desporto alcançar o seu potencial e que não criou formas de diálogo inovador com a sociedade. As universidades são dos agentes desportivos os que possuem a maior capacidade científica e deveriam assumir a frente da divulgação do desporto nas perspectivas mais avançadas do mundo junto da sociedade e da economia portuguesa.
10 comentários:
Os blogs são mais ou menos importantes em razão do nível cultural dos autores dos posts mas também dos comentadores.
Se no que respeita à autoria, de um modo geral a qualidade está razóavelmente salvaguardada, a participação dos comentadores, por ser livre, pode ser um pau de dois bicos: oscila entre o útil/interessante e o inútil/rasca, existindo também diversos patamares intermédios.
Num blog como este, é visível como o exercício da liberdade tanto pode ser responsável como irresponsável.
Os blogs sobre desporto, tal como os jornais desportivos, reflectem claramente a assustadora falta de cultura desportiva de muitos comentadores, um espelho da realidade cultural neste país, comum a várias outras áreas fundamentais do conhecimento, por opção clara deste regime político de democratizar nivelando por baixo (uma contradição).
Apesar de tudo, acho que a liberdade de expressão é sempre preferível ao seu condicionamento.
Mesmo quando alguns revelam falta de educação e/ou de literacia.
Caros Bloguistas
A paciência de cada um tem limites e eu não sou excepção. Parece que neste Blog só quem está à altura da sumidade "Luís Leite" é o próprio! Todos os outros não estão ao seu nível! Quem sabe um pouco da sua história no "desporto" ver´´a que a imagem não corresponde à realidade! Pela minha parte não há pachorra para este tipo pelo que deixo o Blog mais o seu altíssimo patriarca da dabedoria humana! Se todos os "rascas" tomassem a mesma atitude o dito ficaria a "falar sosinho" que é o que ele por aqui faz, contra todos os seguidores do "poder", etc. Pela minha parte qinda não li qualquer "tese" útil deste indivíduo sobre desporto! Mas a música é sempre a mesma na "auto-elevação". Com,o eu só aturo quem quero, me vou porque por aqui não se aprende nada enquanto esta "avis rara" por aqui andar! Cumprimentos aos outros bloguistas. OAV
Parece que o nível dos blogues é dado pelos seus criadores não é dado pelos participantes individuais pelo que a degradação a que se assiste por um interveniente deve-se à aceitação e incentivo dos proprietários. Penso eu de que existem limites de democracia quando um individuo sabendo, ou não, prejudica terceiros o que neste caso ele parece não saber quais os seus limites e o dos outros. Manda quem pode, com os meios que lhe interessam e no momento que prefere. A pergunta pertinente será saber como se faz um bom blogue e saber onde estão os limites da vivacidade e da cidadania. Aceitam-se sugestões por exemplo convidar alguém da FPA falar com ele, obrigá-lo a fazer uma redacção manuscrita a dizer que os anónimos são diferentes dos papões, pagar a um psiquiatra especialista em geriatria para lhe fazer a análise, levá-lo a assistir a uma sessão do Conselho Nacional do Desporto, obrigá-lo a fazer um parecer estético-jurídico ao caso Queiroz...
Os blogues são importantes.Por exemplo é possivel ler coisas como esta que João Miranda escreveu no Blasfémias a propósito do modo como são lidos os indicadores de conjuntura económico-financeira:
"1. De entre os indicadores disponíveis, escolher os mais favoráveis.
2. Entre a variação homóloga e a trimestral escolher a mais favorável.
3. Se todos os indicadores pioram, escolher os que pioram menos que os dos restantes países europeus.
4. Se um dado indicador é pior que os dos restantes países europeus, comparar com as previsões do governo/FMI/Bando de Portugal.
5. De entre várias previsões (União europeia/FMI/Bando de Portugal), escolher a mais favorável ao governo.
6. Se desemprego aumenta, atribuir aumento à sazonalidade.
7. Se desemprego diminui, referir políticas do governo.
8. Se os dados estatísticos são desfavoráveis alegar que estão desactualizados e que os dados mais recentes vão provar que o governo está no bom caminho.
9. Se um indicador for desfavorável atacar a credibilidade da fonte.
10. Justificar os maus indicadores com factores que não dependem do governo (crise internacional, preço do petróleo, desvalorização do euro, valorização do euro).
11. Se um indicador piora ligeiramente alegar que estabilizou. Se melhora ligeiramente falar em retoma sustentada.
12. Evitar gráficos que dêem uma visão gobal dos indicadores, excepto quando os gráficos são favoráveis.
13. Se os resultados de curto e médio prazo são desfavoráveis, citar a tendência de longo prazo."
Caro Luís Leite,
Estou em absoluta concordância consigo no que diz respeito à inércia do ensino superior na promoção e valorização da investigação científica na área do desporto. Tanto na minha licenciatura em Sociologia, como no mestrado em Serviço Social optei por estudar o futebol de formação e, nas duas situações, fui motivada a continuar a explorar esta temática, sob o ponto de vista das ciências sociais. Contudo, na prática, entrar neste mercado de trabalho parece uma tarefa extremamente difícil e as oportunidades teimam em não surgir… Mas não desisto e mantenho a pesquisa e o interesse na investigação na área do desporto como um hobbie!
Ao anónimo das 16,26
Se vir o The Portuguese Economy ( http://theportugueseeconomy.blogspot.com/ ) feito por professores de economia portugueses, em geral a leccionar no estrangeiro, pode ver outras estatísticas económicas que não estão sujeitas ao tratamento sugerido pelo João Miranda.
Estes são dados por determinadas pessoas mas que a pouco e pouco acabamos por descobrir que não dão a gota com a perdigota.
E isso pode acontecer igualmente com os livros, com os líderes, com os políticos, com os partidos e não é por essa razão que eles deixam de ser fulcrais.
Espero que concorde que diferentemente destes últimos o desporto precisa dos seus blogues e que os incentivemos, porque não é simples, barato e instantâneo investir num blogue durante muito tempo.
Se já experimentou ter o seu blogue sabe certamente do que estou a falar e do esforço que é exigível a todos os blogues que citei e a outros equivalentes que existem no desporto, porque eu não fui exaustivo, como me referiu um amigo.
Peço desculpa, queria dirigir-me no post anterior a Fernando Tenreiro, autor do artigo, e não a Luís Leite. Feita a correcção.
OK Ana
Eu tenho a certeza que nunca se fez tanta investigação científica na área do desporto como hoje se faz.
Esse produto deve ser potenciado para a sociedade e a economia, aliás para isso que ela é feita? Pergunto eu.
Esse desafio é de todos os que estão envolvidos na produção científica.
A discussão do caso Queiroz é divertidíssima e grave e falta-nos colocar ao serviço dos putos do futebol a promessa de Queiroz em 1989 e 1991 quando ganhou os mundiais.
Hoje não basta a questão desportiva mas faltam alarmantemente a promoção dos graus de ensino, o desenvolvimento no meio familiar, a criação de uma profissão a par da maturação desportiva, não apenas para as estrelas mas para todos os miudos que gostam de jogar à bola.
A massa crítica científica existe e falta torná-la prática e útil na base.
Podem ser pessoas como a Ana que passam pelos bancos da escola e começam a compreender estruturas complexas de desenvolvimento social a compreender também que esse conhecimento tem falhas e falham até chegarem aos seus destinatários fundamentais na base.
A sua capacidade de compreender a ciencia e os cientistas pode ser decisivo para o desporto português e isso não existe em abundância.
Mais uma achega para lhe dar um maior empurrão: uma das lacunas maiores do futebol português e a produção desportiva de base está precisamente nas questões sociais.
Não desista do seu hobbie ou como lhe quiser chamar.
Quando puder, não se intimide e diga o que pensa aos bloguistas.
Caro Fernando Tenreiro,
De facto a minha investigação permitiu-me perceber que o espaço social desportivo (neste caso o futebol) coloca ainda vários "ses" à entrada de profissionais da área social no seu domínio, vendo-os muitas vezes até como intrusos. Como tal, a produção científica neste âmbito terá um papel fundamental nesta mudança que se revela cada vez mais necessária.
As ciências sociais deverão começar a interessar-se mais pelo desporto, como espçao carregado de manifestações da questão social que merecem uma atenção cuidada e especializada.
Cara Ana
A questão das ciências sociais é a questão da sobrevivência do desporto português.
Os chefes do desporto português são simples burocratas que receiam qualquer intervenção que lhes dê informação.
Com mais informação a sua decisão deixa de se fazer pelo que ele pensa desde sempre, para ter de considerar o que a ciência social lhe trás de novidade.
Depois existe a questão ética. O mais fácil é trabalhar sem um referencial ético.
Com o referencial ético as opções científicas passam a ser valorizadas porque permitem melhor distinguir a melhor decisão da menos boa.
As ciências sociais existem e a massa crítica desportiva nacional é superior, os líderes é que vivem aterrorizados de terem de decidir com base no melhor conhecimento da realidade e serem obrigados a beneficiar os jovens e não aquele com quem o dirigente acabou de se encontrar ao almoço ou na audiência.
Estes maus dirigentes e líderes que o desporto tem só existem porque a sociedade os aceita e usa.
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