quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Partilhar boas práticas

Ao procurarmos o significado do verbo/acto de partilhar, encontramos exemplos como repartir, dividir algo com alguém, compartilhar, etc.

Foco-me na atitude e comportamento de partilhar algo com alguém. Alguém esse que não conheço e partilho boas práticas, algo que teoricamente me coloca em vantagem em alguns contextos. Mas partilhar o quê? Boas práticas!

Boas práticas? Mas o quê? Responderei: Sim, boas práticas, conteúdos de acções, ferramentas, sabedoria, conhecimentos, soluções. Apostaria que alguns dos pensamentos serão “Mas se são coisas boas e tuas, ao dares…os outros podem copiar!”.

Acredito que algumas culturas, bem próximas de ‘nós’, a partilha faz parte do comportamento diário e de uma definição de bom senso. A partilha de boas práticas. De bons comportamentos. A partilha de acções que potenciem e façam aumentar comportamentos como a empatia, empreendorismo, tolerância, escuta activa, dedicação! Ao partilhar apresentações passa-se mensagens, ideias, acrescenta-se valor. Claro que existe sempre a hipótese (e o receio?) de serem aproveitadas por outros, fazendo-se passar por ideias deles. Claro que sim. É um risco que tem de ser medido e calculado. Quando, o quê e como?

Mas a partilha deve basear-se na ideia que não é (só) o conteúdo do conhecimento que faz a diferença, mas a aplicação do mesmo. Muito mais no processo que apenas o resultado de uma palavra ou acção. A visualização de uma acção feita por quem sabe e por quem acha que sabe tem de ser diferente e precisamos também de um público que saiba diferenciar e queira essa diferença.

Sei que pode ser uma ideia visionária, mas temos de começar por algum lado.
Também sei que podem existir inúmeras razões para o não fazer: experiências passadas, a nossa cultura, colegas que nos rodeiam, etc. Mas acredito que apenas a razão de a partilha de boas práticas fazer parte de uma sociedade melhor é mais do que suficiente para superar qualquer desconfiança. Com o risco calculado do quando, o que se partilha, como, onde, para quem, etc.

Na pergunta se estamos preparados para partilharmos e não sermos prejudicados, responderia com um “Talvez”. Como em tudo, muitos aproveitarão para crescer com ideias dos outros, criticar quem o faz ou copiar.


Em Portugal, na sociedade em geral, do desporto em específico, em alguns dos sectores no desporto, precisa-se urgentemente de crescer em termos qualitativos e nos projectos apresentados e dinamizados. A partilha de ideias com o intuito de melhorar e dinamizar algo...é quase uma obrigação, enquanto não for um comportamento naturalmente...natural.

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