O imaginário induz efeitos de realidade, afirmava Maquiavel. E o imaginário no discurso e a retórica politicas tendem a ser tomados pela própria realidade. O que cria uma espécie de sobre-realidade. Uma realidade discursiva e uma realidade vivida. Fernando Pessoa falava de uma vida pensada e uma vida vivida não necessariamente coincidentes. Tudo isto a propósito de não me recordar de ouvir um ministro ou um secretário de estado do desporto a dizer que o desporto em Portugal não vai no bom caminho. E que “a situação do desporto nacional é a melhor de sempre”no respectivo período de exercício governamental. Excluindo o período de nojo imediatamente a seguir ao início de funções, em que a situação é explicada pela “herança recebida”, rapidamente há uma transfiguração: o que antes se criticara passa a ser motivo de elogio; antigos adversários de “ideias e políticas “ passam a aliados; propostas e projectos anteriormente criticados, recuperados como “modelos”; funcionários de quem se não queria sequer ouvir falar, escolhidos como colaboradores; dirigentes desportivos que era preciso “controlar”, exemplos de dedicação à causa desportiva. Num ápice –que vai do deixar de ser oposição e passar a ser poder - tudo muda ,qual milagre das rosas .Se tudo isto, em parte, explica a relação conflituosa do povo com as suas elites políticas, confesso que não sei. Até porque o mal-estar entre o que se diz e o que se faz é antigo. O que é facto é que existe uma estranha alteração de avaliação, perante as mesmíssimas realidades, consoante se está no governo ou fora dele.
O actual Governo vai chegar a 2009 com os mesmos (ou piores) indicadores que recebeu em 2005.Excepção ao controlo das contas públicas, que é mérito do Governo, tudo o resto está pior: desemprego, crescimento económico, inflação, empobrecimento. Culpa própria em parte, culpa alheia em outra. E não só está pior como a entrada em período eleitoral o vai agravar. Não apenas como resultado dos factores externos. É atitude do próprio governo perante os problemas. A começar pelo modo como os avalia.
O desporto não foge a estes tempos. Não porque tenha resultados piores do que tinha há quatro anos atrás. Acredito até que hajam indicadores quantitativos que melhoraram a situação. A acção governativa não estrangulou nenhum dos factores críticos da ”situação desportiva”e o que prometeu e ainda não fez não aquece, nem arrefece. Nos casos onde não sabe o quer, ou se sabe o que quer, não sabe como o fazer (caso da administração pública desportiva) não conta. Se contasse não seria possível ter chegado ao ponto a que se chegou (administrativo, logístico e financeiro ). Também não introduziu qualquer factor de renovação susceptível de resultados diferentes no curto prazo. Não cumpre os prazos que publicamente anuncia (reforma legislativa, centros de alto rendimento) mas o país desportivo pode bem esperar. Escondidinho, o desporto, tem procurado escapar entre os pingos da crise. E tem-no conseguido relativamente bem. Aparece onde não se molha : nas cerimónias públicas. Das mais simples às mais institucionais.Com mérito. Bem na pose e bem no discurso. O problema é o resto.E os resto por enquanto não se fala. Quem “governa”- como dirigente desportivo ou político – engana-se se julga que vive momentos fáceis. Dificuldades que resultam da complexidade crescente do desporto e seus derivados; dificuldades que resultam dos instrumentos de “ governação desportiva” serem na generalidade dos casos oriundos de um tempo desportivo e político que já não existe; mas dificuldade maior porque assentam no facto de nas sociedades democráticas o desenvolvimento do desporto e a sua governação se fazer a partir de múltiplos centros o que torna inviável uma lógica de vértice ou comando único, como outrora o era a partir do Estado. Vale isto por dizer que não basta ao Estado “pensar e agir bem “ em matéria de política desportiva. Torna-se necessário que todos os restantes subsistemas ajam no mesmo sentido e direcção sob pena do efeito e o alcance das políticas ficar prejudicado. E o que é válido para o Estado é-o igualmente para os diferentes actores e protagonistas desportivos.
O discurso “de nunca o desporto português viveu um momento de tanta qualidade “ é recorrente a anteriores governações. Como o é por parte de outros agentes e protagonistas desportivos. Vale o que vale. Não atrasa, nem adianta. E por muito limitada que seja essa avaliação – ela refere-se tão só à prática desportiva de âmbito internacional - a sua simples enunciação, nos termos em que é feita, revela não o estado actual da arte, mas a qualidade dos nossos “artistas”.Confundem o efémero (as vitórias desportivas) com o permanente ( a vida desportiva da comunidade).Correm o risco, por este andar, de vir ainda a confundir a obra-prima do mestre com a prima do mestre-de-obras.
O situacionismo vigente é um filho dos tempos actuais. Aquece e conforta quem governa. E não incomoda, ao ponto de obrigar a ter uma opinião, quem um dia aspira a ser governo. Será quebrado quando os períodos eleitorais reclamarem alguma coisa. A história é conhecida. Até lá continuará triste e cinzento. E o silêncio reinante não é porque se vai cantar o fado. É porque este é o nosso fado. Nunca a forma foi tão idêntica ao conteúdo. E quando assim é só nos resta aguardar por uma nova corrida e uma nova viagem. Como nos carrosséis. Sempre iguais. Apenas diferentes no tempo que duram. E no animador.
O actual Governo vai chegar a 2009 com os mesmos (ou piores) indicadores que recebeu em 2005.Excepção ao controlo das contas públicas, que é mérito do Governo, tudo o resto está pior: desemprego, crescimento económico, inflação, empobrecimento. Culpa própria em parte, culpa alheia em outra. E não só está pior como a entrada em período eleitoral o vai agravar. Não apenas como resultado dos factores externos. É atitude do próprio governo perante os problemas. A começar pelo modo como os avalia.
O desporto não foge a estes tempos. Não porque tenha resultados piores do que tinha há quatro anos atrás. Acredito até que hajam indicadores quantitativos que melhoraram a situação. A acção governativa não estrangulou nenhum dos factores críticos da ”situação desportiva”e o que prometeu e ainda não fez não aquece, nem arrefece. Nos casos onde não sabe o quer, ou se sabe o que quer, não sabe como o fazer (caso da administração pública desportiva) não conta. Se contasse não seria possível ter chegado ao ponto a que se chegou (administrativo, logístico e financeiro ). Também não introduziu qualquer factor de renovação susceptível de resultados diferentes no curto prazo. Não cumpre os prazos que publicamente anuncia (reforma legislativa, centros de alto rendimento) mas o país desportivo pode bem esperar. Escondidinho, o desporto, tem procurado escapar entre os pingos da crise. E tem-no conseguido relativamente bem. Aparece onde não se molha : nas cerimónias públicas. Das mais simples às mais institucionais.Com mérito. Bem na pose e bem no discurso. O problema é o resto.E os resto por enquanto não se fala. Quem “governa”- como dirigente desportivo ou político – engana-se se julga que vive momentos fáceis. Dificuldades que resultam da complexidade crescente do desporto e seus derivados; dificuldades que resultam dos instrumentos de “ governação desportiva” serem na generalidade dos casos oriundos de um tempo desportivo e político que já não existe; mas dificuldade maior porque assentam no facto de nas sociedades democráticas o desenvolvimento do desporto e a sua governação se fazer a partir de múltiplos centros o que torna inviável uma lógica de vértice ou comando único, como outrora o era a partir do Estado. Vale isto por dizer que não basta ao Estado “pensar e agir bem “ em matéria de política desportiva. Torna-se necessário que todos os restantes subsistemas ajam no mesmo sentido e direcção sob pena do efeito e o alcance das políticas ficar prejudicado. E o que é válido para o Estado é-o igualmente para os diferentes actores e protagonistas desportivos.
O discurso “de nunca o desporto português viveu um momento de tanta qualidade “ é recorrente a anteriores governações. Como o é por parte de outros agentes e protagonistas desportivos. Vale o que vale. Não atrasa, nem adianta. E por muito limitada que seja essa avaliação – ela refere-se tão só à prática desportiva de âmbito internacional - a sua simples enunciação, nos termos em que é feita, revela não o estado actual da arte, mas a qualidade dos nossos “artistas”.Confundem o efémero (as vitórias desportivas) com o permanente ( a vida desportiva da comunidade).Correm o risco, por este andar, de vir ainda a confundir a obra-prima do mestre com a prima do mestre-de-obras.
O situacionismo vigente é um filho dos tempos actuais. Aquece e conforta quem governa. E não incomoda, ao ponto de obrigar a ter uma opinião, quem um dia aspira a ser governo. Será quebrado quando os períodos eleitorais reclamarem alguma coisa. A história é conhecida. Até lá continuará triste e cinzento. E o silêncio reinante não é porque se vai cantar o fado. É porque este é o nosso fado. Nunca a forma foi tão idêntica ao conteúdo. E quando assim é só nos resta aguardar por uma nova corrida e uma nova viagem. Como nos carrosséis. Sempre iguais. Apenas diferentes no tempo que duram. E no animador.
12 comentários:
Como já o disse um comentador "o senhor escreve muito bem", mas o que quis dizer, e não o disse, foi que peca por excessivos, longos e exaustivos textos arredondados, que cansam e convidam a não ler até ao fim, porque não trazem nada de novo ou de inovador.
O que prova à exaustão o que o senhor disse uma vez, e constantemente o vem provando, que "se escreve sempre o mesmo".
Já agora, onde escreveu:
"Escondidinho, o desporto, tem procurado escapar entre os pingos da crise. E tem-o conseguido relativamente bem..."
Deve escrever "...E tem-no conseguído relativamente bem..."
Trata-se do pretérito perfeito indefinido, na 3.ª pessoa do singular:
tenho-o conseguido
tem-lo "
tem-no "
temo-lo "
tende-lo "
têm-no "
A sua prosa só beneficiava se conseguisse sintetizar.
Sem qualquer sentido pejorativo.
Apenas na mesma linha crítica dos seus textos.
Abro uma excepção para responder a um anónimo porque o merece.Grato pela emenda.Nada como um bom revisor de textos.Prometo no futuro não ser tão excessivo,longo e arredondado se préviamente estiver disposto a rever os meus textos.Posso enviá-los ? Agradeço o respectivo contacto.Prometo usar reserva!
Não compreendo como é que os autores deste blogue aceitam lições de escrita de pessoas que escrevem "nada de novo ou de inovador".No melhor pano cai a nódoa.
Carla Santos
Quando as verdades são longas, arredondadas e excessivas são aborrecidas e até apetece não acabar de as ler sobretudo por parte daqueles que se sentem atingidos por elas.
.......belíssimo texto...
Aquele abraço
...belíssimo texto...
E mais nada.
Chamando as coisas pelos nomes, no desporto, o PS comprometeu a sua legislatura.
Ocupa as cadeiras do poder e isso parece bastar-lhe para gerir a maioria, que continua a parecer de ferro e aço.
Nos locais onde não tem o poder o PS desliga-se e, assim, mina o debate que fica pobre sem a sua participação.
Nos blogues não fala, propõe ou dialoga.
A população sofre as crises e sem debate viável desliza em silêncio.
O PS está doente e com ele o desporto que dependia do governo para renovados destinos.
O PS só pode queixar-se de si próprio do que actualmente vive o desporto.
Queimou três anos de políticas desportivas pelo modelo tradicional.
Não tivesse estado o país em correcção orçamental grave e o Governo de José Sócrates teria avançado para a candidatura à organização dos Jogos Olímpicos e do Mundial de Futebol sem hipótese de política desportiva como fez miserando com o congresso e a lei de bases.
Cabe ao PS compreender como pôde chegar à situação em que ficou com a regulamentação da Lei de Bases nas mãos, depois do trabalho medíocre, esperado, do Conselho Nacional do Desporto que o PS criou segundo as suas altas determinações.
Não vamos ganhar as medalhas que deveríamos porque não investimos, nem o fizemos bem, aquilo que poderíamos.
Nada disto tem a ver com resultados desportivos mas com a política desportiva que o PS e o PSD oferecem aos portugueses.
O PSD também oferece nada ao desporto dos portugueses.
O PSD acompanhou o PS, a par, sozinhos e afastados, nestes três anos de pesar da política desportiva.
Isto dito é inócuo. O anonimato é um minimizar do risco, nesta sociedade que no desporto cultiva o poder pelo poder e aspira à punição de quem chama as coisas pelo nome. Ou ensaia, pelo menos.
A notícia de um jornal de hoje refere que os atletas Carlos Lopes, António Leitão e Aurora Cunha estão há 18 meses sem receber um subsídio que beneficiavam do Estado como grandes campeões desportivos para efectuarem acções de promoção do desporto.
A situação de Lopes, Leitão e Cunha abriu um precedente na história do desporto português só comparável ao que se passava na Grécia antiga. Nessa altura os campeões desportivos ganhavam o direito de receberem doações para toda a vida por parte dos seus conterrâneos quando ganhavam competições nos Jogos Olímpicos por se tornarem símbolos de um ideal que tocava a todos e os projectava no mundo de então.
Deve-se aceitar em Portugal que este ideal se estenda a todos os campeões, medalhas de ouro, ou então avaliar o que se está a fazer.
Se considerarmos que os 1250 euros mensais começaram a ser dados há dez anos então verificamos que cada um dos atletas receberam 150.000 euros, um total de 450.000 euros para os três.
Se considerarmos que os três vão viver mais 30 anos chegamos à quantia de 1.350.000 euros como benefício de uma vida desportiva de sucesso e para promover a imagem do desporto.
Acontece que existem outros atletas que até agora não foram incluídos no instrumento de financiamento público como Rosa Mota e Fernanda Ribeira, sem falar dos de outras modalidades desportivas. Tocando a outros atletas os números tornam-se rapidamente elevados.
Podemos perguntar-nos o que acontecerá se nos próximos 20 anos, 5 jogos olímpicos, Portugal produzir 7 campeões por JO, um total de 35 campeões olímpicos, e atingimos uma soma de investimento público para a promoção do desporto de 63 milhões de euros, para uma vida longa de 40 anos de subsídios olímpicos e vitalícios a todos os campeões.
Esta situação merece uma reflexão sobre a aplicação dos dinheiros públicos que são escassos e dos compromissos financeiros que se atiram para o futuro.
O artigo do jornal é incompleto, habitual na comunicação social portuguesa, sem se perguntar da razoabilidade dos argumentos em presença.
A questão do dinheiro é secundária mas o pós-carreira dos grandes atletas é um tema central da sua formação porque devem atingir níveis de performance desportiva muito elevados e isso é por vezes incomportável com os ritmos de trabalho escolar com aproveitamento.
Também não se sabe o que esteve na génese da atribuição de subsídios aos três atletas: se motivado exclusivamente pela necessidade de promoção da prática desportiva, se por causa da fraca habilitação escolar e profissional e constituindo o subsídio uma forma de complemento salarial de pessoas com trabalho extraordinário e que perdendo os apoios à alta competição ficavam no desemprego.
Um caso e outro têm medidas de política e soluções diferentes e implicações também na realidade de jovens que hoje competem e dão o seu máximo, desconhecendo as más surpresas em que mais cedo ou mais tarde se envolverão.
O que fazem os países mais desenvolvidos? Em regra os países mais desenvolvidos têm regras estritas de realização conjunta da performance escolar, profissional e desportiva.
Os campeões desportivos são pessoas muito rigorosas e com um perfil de desempenho profissional de excelência. Os campeões desportivos conseguem atingir níveis de performance em qualquer actividade em que se envolvam, superiores à média dos cidadãos, porque foram formados para a competição de topo.
Há exemplos de atletas em Portugal que concluíram a formação universitária ao mais alto nível e existem casos de insucesso de formação escolar e profissional que devem ser analisados e protegidos. A Maria José Carvalho uma das autoras deste blogue está no primeiro caso e o Cristiano Ronaldo, até ver, perfila-se para o segundo caso, qualquer que seja o nível de sucesso monetário alcançado.
Não chega exigir aos putos que compitam pela bandeira e pelo hino para depois lhes dar uma vida de subsidio-dependencia como sugere o artigo do jornal.
Eventualmente será isso que o Governo estará a procurar evitar.
Ver no mesmo diario noticias o exemplo de atletas da canoagem, particularmente da estudante de medicina
http://dn.sapo.pt/2008/07/20/desporto/professora_e_futura_medica_remam_jog.html
O desafio é o de garantir o máximo de oportunidades escolares e desportivas quando o atleta vai progredindo e crescendo física, psíquica e profissionalmente
Bom Dia José Manuel Meirim
Se os textos mal se repetem e se são jurídica e politicamente válidos como prover uma leitura alternativa?
I
Assisti no sábado ao encontro entre a selecção de Portugal e a de Goa em Hóquei em Campo no moderno piso do campo de hóquei do complexo Desportivo do Jamor, onde me entusiasmei com algumas das jogadas de parte a parte, de uma modalidade para mim desconhecida. O Presidente da federação José Pedro Sarmento explicava os traços principais do crescimento recente da modalidade e das dificuldades prevalecentes para uma federação pequena que procura alcançar a dimensão das suas congéneres europeias.
No domingo, no Complexo Desportivo Carla Sacramento, na Amora, concelho do Seixal, em instalações categoria A, decorreram os Campeonatos Nacionais do Atletismo e enquanto o Presidente do Atletismo Fernando Mota recebia o recém-nomeado Vice-Presidente do Instituto do Desporto de Portugal, Fanha Vieira, na bancada cheia famílias de espectadores, entre as quais me encontrava, estas comentavam os resultados, explicavam aos filhos pequenos para onde olhar para seguir o curso dos engenhos e dos atletas e brejeiramente as mulheres enviavam beijinhos aos atletas para correrem mais e lançarem mais longe. No salto em comprimento Naide Gomes destacava-se das restantes colocando a corrida de balanço com mais 30% e no momento dos seus saltos a bancada levantava-se para não perder a sua performance.
Estes dois momentos do fim-de-semana desportivo mostram que o desporto português está a evoluir e o imenso trabalho que no terreno as organizações desportivas e os atletas fazem e o acompanhamento das populações.
A troca de ideias com os presidentes das federações, principalmente com aqueles cuja competência e dedicação às suas modalidades e ao desporto são inequívocos, e a participação numa competição ao lado dos espectadores dão-nos imagens fortes do desenvolvimento em curso e das potencialidades expectantes.
É difícil fazer a necessária ligação entre esta realidade e o estatuído.
Por vezes parece que os agentes desportivos privados poderiam trabalhar sem uma acção pública de realce.
II
Eu concordo consigo quando refere que quem lê um, lê todos os programas e gostaria de introduzir elementos de destrinça dessa leitura a partir dos elementos que aponta.
Quando refere não haver copy e paste é importante distinguir o que são os desejos dos governantes de transformação estrutural e a concretização conjuntural.
Ambos são importantes. É de verificar os programas estruturais de longo prazo que se mantêm por vários anos e depois compreender as acções conjunturais com eventual periodicidade anual.
Para uns e para outros é também significativo ter elementos estatísticos que distingam graus e a qualidade de realização, repetindo-se os projectos ou não.
No caso do hóquei em campo e do atletismo verificaram-se elementos quantitativos e qualitativos e a distância de duas modalidades em estágios diferentes de desenvolvimento: a primeira que procura consolidar os passos iniciais para alicerçar-se à competição europeia estruturando o trabalho dos clubes e das organizações de base; a segunda que tendo passado pela transformação de toda a sua produção para componentes mais técnicas coloca as suas/nossas novas estrelas à beira das medalhas olímpicas numa das disciplinas mais competitivas dos JO.
III
Assisti há algum tempo à avaliação externa de uma instituição nacional e enquanto os árbitros indicavam que não compreendiam qual era o “core” da instituição, os seus responsáveis explicavam uma vez mais o que faziam e as suas determinantes, renovando uns as suas dúvidas fundamentais e os outros a clareza dos seus objectivos.
A importância do “core” não tem sido suficientemente tratada no desporto.
Sem esse “core” tenderemos a um esforço superior e a não alcançarmos o que os nossos competidores europeus fazem à nossa frente.
O Fernando Tenreiro
deve ter feito confusão com o texto que pretende comentar.Creio que era o outro(o do José Manuel Meirim)e não este,que é também de um José Manuel mas com outro apelido.Certo?
Tem toda a razão.
É a necessidade de férias.
Se puderem fazer a inserção correcta agradeço.
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