Tenho o gosto - por motivos técnicos que não domino - de publicar o primeiro texto do João Gonçalves, um dos novos associados que, espero que em breve, surgirá pelos seus próprios passos informáticos. Bem vindo João.
Entre o hábito e o vício, talvez mesmo perdido ou até dividido na definição dada por um velho, mas grande disco dos Doobie Brothers, de título “o que em tempo foram vícios são agora hábitos” (what once were vices are now habits), confesso que gosto de quase tudo o que se pode considerar “desporto”. Se este termo já começa a ter um peso tão lato e disforme que é quase crime ou asneira utilizá-lo solto de outros apêndices qualitativos, aqui o chamo ao disparate para o dito me ajudar no comentar da minha dependência, presencial ou televisiva, de muitas coisas que se “mexem” pela área descrita. Por agora, debato, entre mim e quem me lê, um desses tantos e peculiares aspectos do fenómeno.
Por cima das justificadas queixas da minha dedicada parceira de vida que, com piada sofrida, afirma amiúde que “a televisão lá de casa é verde”, entre o futebol, o râguebi, o snooker e afins, é uma realidade palpável e nada exagerada esta desaforada apetência desportiva, sempre mais virada para a acção concreta do que propriamente para os vários programas de debate temático sobre a causa. Por ai, com sinceridade o digo, já dei para essa enfadonha matéria, percebendo que, mesmo com tantos canais, pouco ou nada a televisão portuguesa evoluiu nas últimas duas décadas. Sem olho choroso nem saudade bacoca, basta recuperar um qualquer “ Domingo Desportivo” dos muitos em que colaborei em década e meio de serviço na RTP para ilustrar a preceito o que afirmo. Mas esse é outro assunto, a merecer reflexão diversa e alongada.
Por cima das justificadas queixas da minha dedicada parceira de vida que, com piada sofrida, afirma amiúde que “a televisão lá de casa é verde”, entre o futebol, o râguebi, o snooker e afins, é uma realidade palpável e nada exagerada esta desaforada apetência desportiva, sempre mais virada para a acção concreta do que propriamente para os vários programas de debate temático sobre a causa. Por ai, com sinceridade o digo, já dei para essa enfadonha matéria, percebendo que, mesmo com tantos canais, pouco ou nada a televisão portuguesa evoluiu nas últimas duas décadas. Sem olho choroso nem saudade bacoca, basta recuperar um qualquer “ Domingo Desportivo” dos muitos em que colaborei em década e meio de serviço na RTP para ilustrar a preceito o que afirmo. Mas esse é outro assunto, a merecer reflexão diversa e alongada.
Em regresso à minha dedicada atenção pela imensa panóplia de matérias e modalidades que admiro, em capítulo particular do tema, como qualquer outro fã, tenho os meus ídolos e… os “outros”. Quanto a estes últimos, falo de atletas que foram longe no seu espaço ou ainda por lá andam, mas que não colhem a nossa simpatia, mesmo que, obrigatoriamente se lhes deva respeito ou até admiração. O que move cada um de nós nesta escolha tão pessoal é, bastas vezes, matéria a roçar o irracional ou mesmo o “politicamente incorrecto”, em apetites de engenho duvidoso e justificação ainda mais penosa. Ao jeito de criança, quase diria: porque sim! Se me custa ser claro na explicação, diria, com exemplo “na ponta do lápis”, que adorei o grande Michael Jordan e não posso com o Kobe Bryant; que tantas vezes torci pelo Carl Lewis, fosse contra quem fosse; que o Maradona é o meu ídolo futebolístico e que pouco me agradava o Zidane ou deslumbra o Kaká; que preferi quase sempre o Mike Tyson a Lennox Lewis ou Evander Hollyfield; que Tiger Woods me deslumbra e, para não me perder por mais exemplos que, há poucos dias me torci durante mais de quatro horas no sofá, para que Roger Federer acabasse de uma vez por todas com o “rei do martelo” que é o norte-americano Andy Roddick. E cá estou eu a ser injusto para um adversário que jogou muito e bem!
Se passarmos os olhos pelos nomes e preferências que referi, reconhecendo que por ali estão bons rapazes, mas também “bad boys”, deduz-se a inconstância da escolha, sem parâmetros de regra fixa, sejam estes de ordem moral ou ética desportiva.
Comecei pela música e termino pelo cinema, Como sugere o título de Lelouch, entre “os uns e os outros” preferidos por cada um de nós, talvez, na verdade, pouco ou nada com frieza se explique. Ou não fosse esse um dos sortilégios da vida que nos leva à paixão por coisas que, às vezes, nem sequer deviam merecer a nossa atenção. Por tudo isto, viva o CR 9! Só para quem gosta…
11 comentários:
Porquê bem-vindo? Porquê essas escolhas e não outras? Começa mal.
Anónimo
Eu sempre preferi a técnica do Jorge Rodrigues e do João Gonçalves à potência do Carlos Resende.
Bem vindo à colectividade!
Bom, falo por mim e pela Colectividade. Eu nunca vi disto. Vem um anónimo - que ninguém escolhe - entra na sede da colectividade e diz: porque não têm outros associados? Destes não gosto, não acho bem, fizeram mal. E porque razão não me escolheram a mim? Eu sempre assinava anónimo. Ninguém precisava de saber quem eu era, escrevia coisas tão disparatadas como este meu comentário (??) e, se porventura alguém ousasse comentar os meus textos, afirmando ser um tal de José Manuel Meirim, recusaria de imediato qualquer validação.Que raio! É preciso ter ousadia! Deixar cair umas palavras e ainda por cima identificar-se perante o mundo. O que vivamente proponho a este perturbado anónimo é que crie um blogue, lance um jornal, faça algo, mas só com anónimos. Escolha-os bem, porque é o seu blogue ou a sua via de comunicação. Mas se, por mera hipótese académica, um tal José Manuel Meirim, ou outro qualquer que se identifique, ousar questionar as suas escolhas, siga o meu modesto conselho: não lhe dê a atenção que eu (estupidamente)que lhe conferi.
Estou de acordo com José Manuel Meirim. Mal cai o convidado, logo vem uma besta dizer mal, e outro aproveita logo para lhe passar a mão-pelo-pêlo. Não há pachorra.
Anónimo
não concordo com a fala do anónimo
direi duas questões
em primeiro, vocês têm um estabelecimento de porta aberta que aspira a uma audiência de megamarket
têm de manter um serviço de segurança mínimo, público ou privado
ou fazem como um de vocês que de quando em vez escreve anónimo por linhas grossas
ou com o toque fino de boas vindas, João Almeida
ou com luvas de boxe, JM Meirim
creio que todas estas formas são úteis ter à mão
uma segunda leitura do posicionamento do anónimo é a da estranheza da alteração do conteúdo de um produto de marca
isso o futuro dirá
Como é possível que se transfira a relevância do post para duas linhas de um anónimo?
O João Gonçalves foi postergado para segundo plano.
Foi a pior defesa que se fez do autor.Um desvio infeliz.
O silêncio, neste caso, era mais positivo.
O que impediu que alguém se debruçasse sobre o texto de João Gonçalves (jornalista? professor?) e sobre ele tecessem os comentários que porventura suscitasse.
Ao anónimo das 18:47
O João Gonçalves tem três blogues
- O terceiro anel (benfisquista)
- Portugal dos Pequeninos
- Jamais (propaganda do PSD)
Não sei mais nada porque a Colectividade Desportiva não dá o perfil de quem foi tão bem recebido paroquialmente.
Afinal o post convidado não suscitou qualquer comentário.
Aguardemos então, como o autor prometeu:
"...esse é outro assunto, a merecer reflexão diversa e alongada."
De contrário os convidados morrem à nascença.
Afinal o João Gonçalves é PSD.
Está explicado o convite.
Força Meirim.
Ninguém esclarece quem é o João Gonçalves. Fui ao Google que me informou ser o dono do blog do PSD, com o nome de JAMAIS, e também tem um blog dedicado ao Benfica chamado O TERCEIRO ANEL, e ainda O PORTUGAL DOS PEQUENINOS, donde concluo que ele não vai ter tempo para participar neste blog.
Eu adoro anónimos inquietos, algo pidescos e sedentos de eventuais fraquezas de quem, o único crime que pratica, e em nome próprio, é dizer aquilo que pensa da melhor forma que o sabe dizer.
E, estes nónimos, têm mais do que uma costela de masoquistas. Creio mesmo que não passarão bem sem a Colectividade Desportiva.
É algo do foro psicológico que, como é bom de ver, aqui não podemos tratar.
O texto do João Gonçalves, como aliás é referido, foi por mim colocado por razões de ordem técnica que ainda hoje permanecem.
O "nosso" João Gonçalves foi praticante de andebol. Não foi um praticante anónimo. Nunca participou em blogues. Aventura-se connosco neste espaço de liberdade de expressão.
Mas faça-se a vontade dos anónimos. Ele, eu, os outros, seremos sempre aquilo que eles entenderem.
Pelo menos, até que sejam objecto de tratamento médico adequado.
Enviar um comentário