Não se percebe bem a que saga pertencem estes episódios que vamos assistindo nos dias de hoje no que diz respeito (ainda?) à participação da Selecção Nacional de Futebol no Campeonato Mundial 2010.
Muito se tem falado após a participação e nem sempre de futebol propriamente dito. Já não se discutem tácticas, jogadores ou opções durante o jogo. Amanhã será o dia D para Queiroz (ou para a Selecção) e como era de esperar, o (ainda?) Seleccionador vem defender-se com uma série de afirmações, umas mais pacíficas outras nem tanto e que nos deve fazer reflectir. Afirmações transversais a modelos comportamentais e de acção-reacção de dirigentes políticos, mais propriamente, para além das Federações.
Se por um lado parece que existe alguma tentativa da FPF em utilizar este momento para poder fugir a uma choruda indemnização, por parte de Carlos Queiroz ouve-se muito pouco, até porque não há necessidade de lavar 'roupa suja' na praça pública e uma clara dificuldade em assumir a sua responsabilidade.
Tal como andou escondido por terras de África, o Presidente da FPF continua omnipresente, com uma qualidade acima da média. A FPF tarde em dar resposta aos quadros de formação, agarra-se ao Futsal como forma de apresentar números mais optimistas, não consegue reabilitar as suas competições séniores e não profissionais como a Taça de Portugal ou as divisões secundárias, e ao mais alto nível, falha em diversos campos. Não porque não ganhou o Mundial (somos sempre considerados candidatos, mais do que outros que já têm Campeonatos Mundiais e Europeus...), mas sim, porque continua através de um espectáculo por vezes de fraca qualidade a fugir às suas obrigações em ser um exemplo para todos os agentes e dirigentes da modalidade e não só.
Recusa-se em esclarecer, diria, quase tudo, deixando que os seus ainda colaboradores sejam de alguma forma julgados na comunicação social, quer tenham quer não tenham razão. Até quando?
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Há sempre um amanhã
publicado por Rui Lança às 23:11 Labels: Agentes desportivos, Federações desportivas, Política desportiva
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15 comentários:
Honra aos nossos queridos líderes desportivos
Madail é um raríssimo caso de grandeza, de lealdade, de obstinação, de assunção de responsabilidades, de prontidão para encontrar caminhos e soluções. Ele é um estratega insigne, um líder insuperável, uma luminária incandescente do nosso futebol, um patrão do nosso desporto-rei. O homem nunca colocou nada à frente dos seus deveres, nunca recuou perante dificuldades, sempre assumiu o comando nas piores situações, nunca tergiversou, nunca disfarçou ou iludiu. Ele é grande, muito grande, um exemplo de alguém que sempre foi capaz de colocar tudo acima da sua “vidinha pessoal”, das suas conveniências, do seu prestígio, da sua carreira internacional. Em suma: Madail sempre foi um ser humano exemplaríssimo como poucos há entre nós. Madail foi ainda o único que se mostrou disponível para lidar com o leme da FPF, que nunca foi capaz de dizer que abandonaria o barco, que ficaria por todo o tempo e perante quaisquer que fossem as condições. Um homem para sempre, para todas as horas, e com os seus imensos sacrifícios pessoais a ter ainda de ajudar a gerir os destinos da UEFA. Como ele talvez só se possa encontrar cá na pátria de Camões e de Pessoa outro ser desta estirpe magnífica e invicta: o Comandante Vicente Moura do Comité Olímpico de Portugal. Se alguma vez estes dirigentes da nossa nação desportiva desaparecerem não sei, nem quero pensar, nem mesmo me atrevo a deixar outros pensarem, o que vai ser de nós e do nosso sagrado futebol e desporto Olímpico. Rezemos pois, muito, aos nossos deuses nacionais, para que tais excelências tenham vida longa e auspiciosa, para nosso bem, da nação desportiva e da nossa ditosa Pátria…!
P.S.: No meio desta nova tormenta para Madail e a FPF o que pode representar um qualquer treinador, seja ele Queirós hoje, Scolari ontem, e muitos mais anteontem? E mesmo os próximos de amanhã? Eterno memo é o Senhor, Madail de Sua Graça…!
J. Manageiro da Costa
O nível cultural é realmente muito baixo no Futebol português.
Mas isso não constitui novidade ou surpresa.
Sempre foi assim e será.
É a cultura de massas (nivelamento por baixo) tão do agrado do partido do governo.
Os homens da FPF representam a realidade média do português médio.
Temos o que merecemos.
Como política e futebol têm que estar de mãos dadas, foi retirada a utilidade pública desportiva à Vela mas quanto ao Futebol, igualmente incumpridor da Lei, não se pode...
Quanto ao Carlos Queiroz não sei como é que se foi meter nisto...
Mas o importante é a organização do Mundial de 2018 com a Espanha, para glória deste desgraçado povo.
Actualmente o Presidente da FPF é o que até há poucos se acusava o Presidente da República de ser, um corta-fitas. Uma figura que existe, que hierarquicamente está no topo, mas não toma decisões, nem assume posições para não se comprometer. Talvez por nos poucos casos que se manifesta o faça de forma desasjustada.
Ai o LL...
Então e o TGV? Esquecido...
jasl disse...
E pior do que isso é ver o Laurentino tão solícito a aparecer ao lado do "povo" a tirar dividendos políticos de um episódio menor, quanto costuma estar calado perante a selvajaria das claques, as agressões em jogos entre equipas "grandes", na corrupção no futebol e nos salários em atraso.
É caso para perguntar: "aonde é que ele estava no dia do murro do Scolari a um jogador sérvio em transmissão internacional?".
O melhor disto tudo é a FIFA usar este caso como "case study" e proibir a selecção de jogar uns tempos. É o que merece este po(l)vo
Sobre este assunto escreve-se no Portugal dos Pequeninos:
O Estado, através da suas duas golden shares na bola - os srs. eterno Madaíl e Laurentino Dias -, decidiu "vetar" de cernelha o "prof." Queiroz. O método é velhíssimo. Vai buscar-se uma coisa que estava a aboborar para o que desse e viesse. De seguida, aboborada, abre-se um processo e, finalmente, despede-se com justa causa e uma choruda indemnização. Se o desempenho vuvuzelense tivesse sido outro, alguma vez teria sido conhecido o episódio aboborado
Francisco José Viegas no blogue A Origem das Especies:
O «caso Carlos Queiroz» começou há muito tempo e, embora mereça discussão, leva muito tempo a alinhavar. Pessoalmente, acho que Ronaldo tinha razão: «Assim não vamos lá, Carlos...» E não fomos. Mas isso já foi há muito tempo. De modo que é preferível tomar os últimos episódios como referência: de repente, o secretário de Estado diz que há «factos graves» e o presidente da FPF diz que é «um assunto delicado». Factos graves e assuntos delicados são matéria de todos os dias em clubes de futebol. Terá Queirós insultado a equipa do anti-doping no estágio da Covilhã? Só dois meses depois é que o inquérito revela «factos graves»? Só dois meses depois é que o assunto é «delicado»? Se Portugal tivesse ultrapassado a Espanha (ou cilindrado a Costa do Marfim), e já uma glória nacional, o governo e a FPF tinham disponibilizado uma equipa do anti-doping para Queirós praticar insultos e atirar-lhes cascas de tremoço? Ou demoraram apenas dois meses a escandalizar-se? O que teria sido assim tão grave? A suspeita não tem fim, como se sabe. Mas ver tantos espíritos ofendidos dois meses depois, isso sim, desperta ainda mais curiosidade. Factos graves? Um mimo.
Escreve o Luís Leite:
Como política e futebol têm que estar de mãos dadas, foi retirada a utilidade pública desportiva à Vela mas quanto ao Futebol, igualmente incumpridor da Lei, não se pode...
Ora, como é do conhecimento público, os despachos do Governo sobre a FPF e a Vela, no que diz respeito ao estatuto de utilidade pública desportiva, são iguais, rigorosamente iguais.
Onde é que o Luís Leite leu que a um foi retirada a upd, mas a outro não?!!!
Mera boca fatela e gratuita, para enganar (outra vez) quem o leia?
Todos os procedimentos, adiamentos, etc. e o próprio Despacho de suspensão da UPD, foram e serão naturalmente feitos de modo a não afectar verdadeiramente a FPF, mas sim as Associações, o que dá a entender que tudo é feito de modo a não impedir o funcionamento pleno daquilo que verdadeiramente interessa, as verbas para gestão administrativa, a organização das competições nacionais e as Selecções Nacionais.
No fundo, o Futebol, o ópio do povo, permanece sempre politicamente intocável.
Fogo de vista...
Agora como sempre no passado.
Um jornalista do jornal "L'Équipe" disse uma vez:
«Se o futebol falasse, diria:
"Por onde quer que eu ande, o escândalo me acompanhará"».
Em uma das vindas de Blatter a Lisboa, lembrei-lhe esta sentença, a propósito de qualquer
escândalo que então ocorria, e ele discordou.
Volto a repetir: os despachos da Vela e do Futebol são rigorosamente iguais. Desde que foram subscritos, nem uma, nem outra destas Federações recebeu quaisque apoios públicos.
O Luís Leite sabe que é assim. Mas como gosta de mentir,assobia para canto e alinhava umas frases confusas e indigentes: as verbas para gestão administrativa, a organização das competições nacionais e as Selecções Nacionais
Não há pachorra para tanto sectarismo atlético...
Não respondo a anónimos, mas como já sei quem é este anónimo (é o escriba/tacho/tenho pena dele), limitei-me a dizer por outras palavras aquilo que consta do Despacho do Futebol.
Não tenho mais saco para que me chamem mentiroso.
P.S. - Tenho uma sugestão: por que é que não organizam umas sardinhadas no Pavilhão de Sangalhos?
Sei quem é o Luís Leite: é o ex-tachista da FPA, ex-atleta, ex-director técnico, ex-arquitecto e actualmente professor de desenho.
Como ex-tudo, é um ressabiado, porque não conseguiu vingar em nada. Ninguém o toma a sério, todos lhe lamentam a indigência. Mesmo o seu correliqionário Tenreiro o aconselha a matar o Fernando Mota que habita nele.
Como ressabiado que é e verdadeira nulidade técnica, tenta sempre insultar quem tem cargos, carreira, nome, consideração. Tudo quanto ele nunca conseguiu...nem vai conseguir, por muiro que sabujamente escrevinhe aqueles rastejantes "completamente de acordo"...em relação a quem - pensa ele - será poder amanhã.
Este anónimo, que supomos saber quem é, está mesmo nervoso...
Ou então faz parte da "geração rasca".
Senão, como aceitar, num texto tão pequeno um "correliqionário" (?) e um "muiro"?
Como não tem argumentos nem razão, mas tem que manter o tacho PS, começa a ser ordinário.
E eu, que não tenho a idade dele nem pachorra para aturar o género, vou acabar com isto de vez, pelo que não replicarei mais, aconteça o que acontecer.
No entanto, tenho que desfazer, de vez, alguns equívocos do jovem escriba:
1) Nunca tive nenhum tacho na FPA: fui sempre eleito como Vice-Presidente em Assembleia-Geral, o que não acontece com os Assessores de Secretário de Estado, Chefes de Gabinete, etc.; no meu caso houve sempre legitimidade dada pelos votos; no caso dele há apenas uma função subserviente para manter, à sombra do partido;
2) Ex-atleta sim, ex-internacional e ex-recordista nacional; se calhar queria que com 54 anos andasse a saltar 1,40m...
3) Ex-director técnico não, nunca fui Director Técnico Nacional; o DTN, na hierarquia, dependia directamente de mim;
4) Ex-arquitecto não, como já disse, sou membro efectivo da Ordem dos Arquitectos, sob o nº 1836 da Secção Regional do Sul, com as quotas em dia, com o título profissional de Arquitecto;
5) Por acaso gosto bastante de ensinar a desenhar, mas a verdade é que sou Professor do Quadro de Nomeação Definitiva do Ensino Secundário, licenciado, pós-Graduado, profissionalizado, integrando o grupo de código 600 (Artes Visuais); e não é actualmente, é há muitos anos, nem sei bem dizer quantos, teria que consultar o meu registo biográfico;
6) Quanto a estar ou não estar de acordo com alguém, esse é um direito que me assiste; se é porque ele pensa que o Dr. José Manuel Constantino vai ser amanhã poder, isso é problema do escriba...
Eu não tenho nada a ver com isso nem tenho o mínimo interesse em ter qualquer tacho; limito-me a ser um leitor atento, há vários anos, de JMC, que mal conheço pessoalmente mas que julgo ser uma das poucas pessoas que têm pensado com seriedade o Desporto Português.
Portanto, não estou para aturar mais disparates e continuo a ter pena do jovem porque é esforçado, mas tem pouco talento.
Como vou de férias amanhã e sem levar o meu portátil, para mim já chega. Acabou-se.
Ao anónimo das 21,15
Eu não o conheço pelo seu nome de baptismo o que me deixa em inferioridade face a um conhecimento que você tem em relação a mim e eu não tenho em relação a si.
Não percebi porque é que me chama 'correliqionário' do Luís Leite, talvez não seja para perceber.
Senão, vejamos.
Se quer ter discussões com o Luís Leite seja coerente e mantenha esse foco.
Não se perca com outras pessoas que não o conhecem e não querem estar nestas discussões, como você deveria compreender.
Se só quer ser engraçadinho ou popularucho no seu grupo de amigalháços metendo-se com o Tenreiro eu nada posso fazer para o ajudar a resolver esse seu problema.
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