quinta-feira, 29 de julho de 2010

Há sempre um amanhã

Não se percebe bem a que saga pertencem estes episódios que vamos assistindo nos dias de hoje no que diz respeito (ainda?) à participação da Selecção Nacional de Futebol no Campeonato Mundial 2010.

Muito se tem falado após a participação e nem sempre de futebol propriamente dito. Já não se discutem tácticas, jogadores ou opções durante o jogo. Amanhã será o dia D para Queiroz (ou para a Selecção) e como era de esperar, o (ainda?) Seleccionador vem defender-se com uma série de afirmações, umas mais pacíficas outras nem tanto e que nos deve fazer reflectir. Afirmações transversais a modelos comportamentais e de acção-reacção de dirigentes políticos, mais propriamente, para além das Federações.

Se por um lado parece que existe alguma tentativa da FPF em utilizar este momento para poder fugir a uma choruda indemnização, por parte de Carlos Queiroz ouve-se muito pouco, até porque não há necessidade de lavar 'roupa suja' na praça pública e uma clara dificuldade em assumir a sua responsabilidade.


Tal como andou escondido por terras de África, o Presidente da FPF continua omnipresente, com uma qualidade acima da média. A FPF tarde em dar resposta aos quadros de formação, agarra-se ao Futsal como forma de apresentar números mais optimistas, não consegue reabilitar as suas competições séniores e não profissionais como a Taça de Portugal ou as divisões secundárias, e ao mais alto nível, falha em diversos campos. Não porque não ganhou o Mundial (somos sempre considerados candidatos, mais do que outros que já têm Campeonatos Mundiais e Europeus...), mas sim, porque continua através de um espectáculo por vezes de fraca qualidade a fugir às suas obrigações em ser um exemplo para todos os agentes e dirigentes da modalidade e não só.

Recusa-se em esclarecer, diria, quase tudo, deixando que os seus ainda colaboradores sejam de alguma forma julgados na comunicação social, quer tenham quer não tenham razão. Até quando?

15 comentários:

Anónimo disse...

Honra aos nossos queridos líderes desportivos

Madail é um raríssimo caso de grandeza, de lealdade, de obstinação, de assunção de responsabilidades, de prontidão para encontrar caminhos e soluções. Ele é um estratega insigne, um líder insuperável, uma luminária incandescente do nosso futebol, um patrão do nosso desporto-rei. O homem nunca colocou nada à frente dos seus deveres, nunca recuou perante dificuldades, sempre assumiu o comando nas piores situações, nunca tergiversou, nunca disfarçou ou iludiu. Ele é grande, muito grande, um exemplo de alguém que sempre foi capaz de colocar tudo acima da sua “vidinha pessoal”, das suas conveniências, do seu prestígio, da sua carreira internacional. Em suma: Madail sempre foi um ser humano exemplaríssimo como poucos há entre nós. Madail foi ainda o único que se mostrou disponível para lidar com o leme da FPF, que nunca foi capaz de dizer que abandonaria o barco, que ficaria por todo o tempo e perante quaisquer que fossem as condições. Um homem para sempre, para todas as horas, e com os seus imensos sacrifícios pessoais a ter ainda de ajudar a gerir os destinos da UEFA. Como ele talvez só se possa encontrar cá na pátria de Camões e de Pessoa outro ser desta estirpe magnífica e invicta: o Comandante Vicente Moura do Comité Olímpico de Portugal. Se alguma vez estes dirigentes da nossa nação desportiva desaparecerem não sei, nem quero pensar, nem mesmo me atrevo a deixar outros pensarem, o que vai ser de nós e do nosso sagrado futebol e desporto Olímpico. Rezemos pois, muito, aos nossos deuses nacionais, para que tais excelências tenham vida longa e auspiciosa, para nosso bem, da nação desportiva e da nossa ditosa Pátria…!

P.S.: No meio desta nova tormenta para Madail e a FPF o que pode representar um qualquer treinador, seja ele Queirós hoje, Scolari ontem, e muitos mais anteontem? E mesmo os próximos de amanhã? Eterno memo é o Senhor, Madail de Sua Graça…!

J. Manageiro da Costa

Luís Leite disse...

O nível cultural é realmente muito baixo no Futebol português.
Mas isso não constitui novidade ou surpresa.
Sempre foi assim e será.
É a cultura de massas (nivelamento por baixo) tão do agrado do partido do governo.
Os homens da FPF representam a realidade média do português médio.
Temos o que merecemos.
Como política e futebol têm que estar de mãos dadas, foi retirada a utilidade pública desportiva à Vela mas quanto ao Futebol, igualmente incumpridor da Lei, não se pode...
Quanto ao Carlos Queiroz não sei como é que se foi meter nisto...
Mas o importante é a organização do Mundial de 2018 com a Espanha, para glória deste desgraçado povo.

Tiago Viana disse...

Actualmente o Presidente da FPF é o que até há poucos se acusava o Presidente da República de ser, um corta-fitas. Uma figura que existe, que hierarquicamente está no topo, mas não toma decisões, nem assume posições para não se comprometer. Talvez por nos poucos casos que se manifesta o faça de forma desasjustada.

F Oliveira disse...

Ai o LL...
Então e o TGV? Esquecido...

Anónimo disse...

jasl disse...
E pior do que isso é ver o Laurentino tão solícito a aparecer ao lado do "povo" a tirar dividendos políticos de um episódio menor, quanto costuma estar calado perante a selvajaria das claques, as agressões em jogos entre equipas "grandes", na corrupção no futebol e nos salários em atraso.
É caso para perguntar: "aonde é que ele estava no dia do murro do Scolari a um jogador sérvio em transmissão internacional?".

O melhor disto tudo é a FIFA usar este caso como "case study" e proibir a selecção de jogar uns tempos. É o que merece este po(l)vo

Anónimo disse...

Sobre este assunto escreve-se no Portugal dos Pequeninos:

O Estado, através da suas duas golden shares na bola - os srs. eterno Madaíl e Laurentino Dias -, decidiu "vetar" de cernelha o "prof." Queiroz. O método é velhíssimo. Vai buscar-se uma coisa que estava a aboborar para o que desse e viesse. De seguida, aboborada, abre-se um processo e, finalmente, despede-se com justa causa e uma choruda indemnização. Se o desempenho vuvuzelense tivesse sido outro, alguma vez teria sido conhecido o episódio aboborado

Anónimo disse...

Francisco José Viegas no blogue A Origem das Especies:
O «caso Carlos Queiroz» começou há muito tempo e, embora mereça discussão, leva muito tempo a alinhavar. Pessoalmente, acho que Ronaldo tinha razão: «Assim não vamos lá, Carlos...» E não fomos. Mas isso já foi há muito tempo. De modo que é preferível tomar os últimos episódios como referência: de repente, o secretário de Estado diz que há «factos graves» e o presidente da FPF diz que é «um assunto delicado». Factos graves e assuntos delicados são matéria de todos os dias em clubes de futebol. Terá Queirós insultado a equipa do anti-doping no estágio da Covilhã? Só dois meses depois é que o inquérito revela «factos graves»? Só dois meses depois é que o assunto é «delicado»? Se Portugal tivesse ultrapassado a Espanha (ou cilindrado a Costa do Marfim), e já uma glória nacional, o governo e a FPF tinham disponibilizado uma equipa do anti-doping para Queirós praticar insultos e atirar-lhes cascas de tremoço? Ou demoraram apenas dois meses a escandalizar-se? O que teria sido assim tão grave? A suspeita não tem fim, como se sabe. Mas ver tantos espíritos ofendidos dois meses depois, isso sim, desperta ainda mais curiosidade. Factos graves? Um mimo.

Anónimo disse...

Escreve o Luís Leite:

Como política e futebol têm que estar de mãos dadas, foi retirada a utilidade pública desportiva à Vela mas quanto ao Futebol, igualmente incumpridor da Lei, não se pode...

Ora, como é do conhecimento público, os despachos do Governo sobre a FPF e a Vela, no que diz respeito ao estatuto de utilidade pública desportiva, são iguais, rigorosamente iguais.

Onde é que o Luís Leite leu que a um foi retirada a upd, mas a outro não?!!!

Mera boca fatela e gratuita, para enganar (outra vez) quem o leia?

Luís Leite disse...

Todos os procedimentos, adiamentos, etc. e o próprio Despacho de suspensão da UPD, foram e serão naturalmente feitos de modo a não afectar verdadeiramente a FPF, mas sim as Associações, o que dá a entender que tudo é feito de modo a não impedir o funcionamento pleno daquilo que verdadeiramente interessa, as verbas para gestão administrativa, a organização das competições nacionais e as Selecções Nacionais.
No fundo, o Futebol, o ópio do povo, permanece sempre politicamente intocável.
Fogo de vista...
Agora como sempre no passado.

joão boaventura disse...

Um jornalista do jornal "L'Équipe" disse uma vez:

«Se o futebol falasse, diria:
"Por onde quer que eu ande, o escândalo me acompanhará"».

Em uma das vindas de Blatter a Lisboa, lembrei-lhe esta sentença, a propósito de qualquer
escândalo que então ocorria, e ele discordou.

Anónimo disse...

Volto a repetir: os despachos da Vela e do Futebol são rigorosamente iguais. Desde que foram subscritos, nem uma, nem outra destas Federações recebeu quaisque apoios públicos.

O Luís Leite sabe que é assim. Mas como gosta de mentir,assobia para canto e alinhava umas frases confusas e indigentes: as verbas para gestão administrativa, a organização das competições nacionais e as Selecções Nacionais

Não há pachorra para tanto sectarismo atlético...

Luís Leite disse...

Não respondo a anónimos, mas como já sei quem é este anónimo (é o escriba/tacho/tenho pena dele), limitei-me a dizer por outras palavras aquilo que consta do Despacho do Futebol.
Não tenho mais saco para que me chamem mentiroso.

P.S. - Tenho uma sugestão: por que é que não organizam umas sardinhadas no Pavilhão de Sangalhos?

Anónimo disse...

Sei quem é o Luís Leite: é o ex-tachista da FPA, ex-atleta, ex-director técnico, ex-arquitecto e actualmente professor de desenho.

Como ex-tudo, é um ressabiado, porque não conseguiu vingar em nada. Ninguém o toma a sério, todos lhe lamentam a indigência. Mesmo o seu correliqionário Tenreiro o aconselha a matar o Fernando Mota que habita nele.

Como ressabiado que é e verdadeira nulidade técnica, tenta sempre insultar quem tem cargos, carreira, nome, consideração. Tudo quanto ele nunca conseguiu...nem vai conseguir, por muiro que sabujamente escrevinhe aqueles rastejantes "completamente de acordo"...em relação a quem - pensa ele - será poder amanhã.

Luís Leite disse...

Este anónimo, que supomos saber quem é, está mesmo nervoso...
Ou então faz parte da "geração rasca".
Senão, como aceitar, num texto tão pequeno um "correliqionário" (?) e um "muiro"?
Como não tem argumentos nem razão, mas tem que manter o tacho PS, começa a ser ordinário.
E eu, que não tenho a idade dele nem pachorra para aturar o género, vou acabar com isto de vez, pelo que não replicarei mais, aconteça o que acontecer.
No entanto, tenho que desfazer, de vez, alguns equívocos do jovem escriba:

1) Nunca tive nenhum tacho na FPA: fui sempre eleito como Vice-Presidente em Assembleia-Geral, o que não acontece com os Assessores de Secretário de Estado, Chefes de Gabinete, etc.; no meu caso houve sempre legitimidade dada pelos votos; no caso dele há apenas uma função subserviente para manter, à sombra do partido;

2) Ex-atleta sim, ex-internacional e ex-recordista nacional; se calhar queria que com 54 anos andasse a saltar 1,40m...

3) Ex-director técnico não, nunca fui Director Técnico Nacional; o DTN, na hierarquia, dependia directamente de mim;

4) Ex-arquitecto não, como já disse, sou membro efectivo da Ordem dos Arquitectos, sob o nº 1836 da Secção Regional do Sul, com as quotas em dia, com o título profissional de Arquitecto;

5) Por acaso gosto bastante de ensinar a desenhar, mas a verdade é que sou Professor do Quadro de Nomeação Definitiva do Ensino Secundário, licenciado, pós-Graduado, profissionalizado, integrando o grupo de código 600 (Artes Visuais); e não é actualmente, é há muitos anos, nem sei bem dizer quantos, teria que consultar o meu registo biográfico;

6) Quanto a estar ou não estar de acordo com alguém, esse é um direito que me assiste; se é porque ele pensa que o Dr. José Manuel Constantino vai ser amanhã poder, isso é problema do escriba...
Eu não tenho nada a ver com isso nem tenho o mínimo interesse em ter qualquer tacho; limito-me a ser um leitor atento, há vários anos, de JMC, que mal conheço pessoalmente mas que julgo ser uma das poucas pessoas que têm pensado com seriedade o Desporto Português.

Portanto, não estou para aturar mais disparates e continuo a ter pena do jovem porque é esforçado, mas tem pouco talento.

Como vou de férias amanhã e sem levar o meu portátil, para mim já chega. Acabou-se.

Fernando Tenreiro disse...

Ao anónimo das 21,15

Eu não o conheço pelo seu nome de baptismo o que me deixa em inferioridade face a um conhecimento que você tem em relação a mim e eu não tenho em relação a si.

Não percebi porque é que me chama 'correliqionário' do Luís Leite, talvez não seja para perceber.

Senão, vejamos.

Se quer ter discussões com o Luís Leite seja coerente e mantenha esse foco.

Não se perca com outras pessoas que não o conhecem e não querem estar nestas discussões, como você deveria compreender.

Se só quer ser engraçadinho ou popularucho no seu grupo de amigalháços metendo-se com o Tenreiro eu nada posso fazer para o ajudar a resolver esse seu problema.