quarta-feira, 28 de julho de 2010

Ninguém está de parabéns

Um novo texto de Luís Leite.

A inauguração, no passado sábado, do Centro de Alto Rendimento de Atletismo do Jamor, incluindo a nova Nave Coberta para treino de Inverno, suscita-me um conjunto de reflexões curiosas e revelações polémicas:

1) O atraso na concretização desta instalação fundamental não foi só de um ano para além do prometido na pomposa apresentação: foi de pelo menos 30 anos, já que em Espanha e França, já existiam há 40 anos, como pude testemunhar como atleta;

2) Como estive directamente envolvido na luta do Atletismo, em diversas frentes, a partir de 2003, pela construção de uma pista coberta em Lisboa, bem como de todas as instalações desportivas para o Atletismo, conheço bem todos os dossiês e sei do que falo;

3) A concretização deste Centro Nacional de Alto Rendimento de Atletismo no Jamor só foi possível porque o Secretário de Estado Laurentino Dias não gostou das ameaças de Nelson Évora e Naide Gomes em 2007/2008, então medalhados ao mais alto nível, de que iriam fazer companhia a Francis Obikwelu e viver para Espanha, devido à inexistência de condições mínimas de treino de Inverno na área de Lisboa, onde vivem;

4) Tendo sido eu o pai da ideia da construção desta Nave Coberta, precisamente naquele local, e o autor do Programa Preliminar que veio a ser implementado após difíceis negociações com a SEJD e o IDP e não tendo sido convidado para a cerimónia de inauguração, nem por estas instituições nem pela FPA, por me ter demitido e ter começado a dizer certas verdades, deu-me uma grande vontade de rir ver um resumo na TV do evento, com o desfile de certas personalidades inaugurantes e contentes (?), entre os quais destaco:

O Secretário de Estado do Desporto, para quem as primeiras grandes prioridades na construção de infra-estruturas foram os 1000 campos de relva sintética para o Futebol e o Velódromo de Sangalhos, para uma disciplina do Ciclismo que não existe em Portugal (!), investimentos em que o Estado gastou muitas dezenas de milhões de euros sem nexo nem critério;

O Presidente do IDP (instituição que dificultou ao máximo a viabilização do Projecto, só cedendo à pressão da hierarquia), personalidade que é capaz de acumular várias funções importantes com a presidência do IDP, que foi prometendo prazos impossíveis de cumprir, apesar de alertado por mim e se esqueceu da iluminação artificial da pista de 400m e do armazém do equipamento da mesma;

Um dos actuais Vice-Presidentes do IDP (ex-QCA, ex-CREN) e maior inimigo do Atletismo Português, o tal que sempre disse que o frio e a chuva formam o carácter dos desportistas, que obrigou as autarquias a fazer relvados sintéticos em pistas de atletismo e financiou o arrelvamento sintético do País, não dialogando com as Federações e cometendo erros estratégicos na infra-estruturação de muitas modalidades que irão afectar o desporto português durante muitas décadas;

O Presidente da FPA, há 27 anos a mandar sozinho no Atletismo, que há muito não precisa de programa eleitoral para ganhar eleições e que, pese a impossibilidade de se manter como Presidente a partir de 2012, arranjará maneira de se eternizar no poder como insubstituível; que nunca soube aproveitar os sucessos do Atletismo Português para ser mais reivindicativo naquilo que verdadeiramente interessa; que conseguiu ir arranjando uma multidão de inimigos dentro da modalidade e que por isso se recusa a entregar as distinções honoríficas estatutárias da FPA desde 1994.

Estou certo de que o novo Centro de Alto Rendimento vai acabar por ser muitíssimo útil no futuro, mas ninguém está de parabéns.
Muito pelo contrário e atletas e treinadores sabem-no bem.

21 comentários:

Anónimo disse...

Ponto um: o arquitecto Luís Leite não é pai de nada. A ideia da construção da nave sempre foi preconizada pelo professor Fernando Mota e por vários dirigentes (o Luís Leite nem sequer tinha relevância para ser considerado o que quer que seja nas relações institucionais entre a sejd e a federação) e atletas. Tinha sido prometida pelo anterior primeiro-ministro (Durão barroso) que tinha mesmo chegado a ameaçar fazer rolar a cabeça do secretário de Estado Hermínio Loureiro.
O atleta Nelson Évora, de facto, depois de vir de um mundial queixou-se de não ter condições de treino. Nessa altura já havia um programa de centros de alto rendimento e decidiu-se que o Atletismo (apesar de ter perdido a hipótese de obter fundos comunitários) seria uma das modalidades escolhidas. Essa escolha foi única e exclusivamente feita pelo SEJD e qualquer outra ideia roça o ridículo em que Luís Leite insiste em cair.
As ameaças de Naide Gomes (que anda na boca do arquitecto Leite como a pasta medicinal Couto) nunca existiram até porque essa nunca foi a maneira dessa atleta se conduzir. As ameaças de Nelson Évora (que nem sei se alguma vez ouviu falar do arquitecto Leite) também nunca foram ameaças mas apenas queixas. Queixas que se prendiam com a não requisição do seu treinador, com o baixo valor das bolsas olímpicas e, concedo, a nave coberta. Todas as três situações corrigidas pelo actual SEJD.
O velódromo de Sangalhos (apesar do arquitecto Luís Leite dizer muitas vezes a mesma mentira convencido que ela se tornará verdade) é um centro de alto rendimento que alberga 5 (cinco) modalidades diferentes. Ginástica, Trampolins, Esgrima,Ciclismo de Pista e Judo. Se não sabe, não abra a boca ou então consulte o DR que tem lá escrito os concursos de equipamento para estas modalidades. Entre estas cinco modalidades, e assim que esteja finalizada a obra do fosso da ginástica, já há um calendário que ocupa o CAR até final da época.
Quanto aos cem relvados esqueceu-se apenas de dizer que eram relvados construídos em concelhos que não tinha um único e que todas essas obras, assim como a rede de cars, é financiada a mais de setenta por cento por fundos comunitários.
Finalmente, o IDP e o seu presidente. Se tem duvidas sobre o trabalho do Prf. Dr. Luís Sardinha sugiro-lhe que visite o Jamor (mesmo clandestinamente, tipo rato que se esgueira entre buracos mal acabados). O jamor era um pardieiro ao ar livre que se constituiu num dos mais modernos centros desportivos da Europa (e ainda falta o rugby e o golf). O que morde o Luís Leite é que foi pre3cisamente esta gestão que arranjou meios para fazer o que era prometido há 20 anos e nunca foi cumprido.
Quanto à má vontade do IDP, agradeço que consulte o discurso do seu sucessor, Jorge Vieira, que realçou a fantástica colaboração entre o IDP e a federação em todo este processo. Colaboráram inclusive em emendar todas as asneiras que o arquitecto Leite deixou como legado. Quanto ao armazém, e como não foi convidado, não sabe que ele está dentro da nave. Quanto à iluminação, como não sabe nada, nunca há-de ver a luz. Mesmo quando ela, muito em breve, posso prometer, ofuscar esta velha glória do atletismo português chamada Luís Leite. Aquele que ficou nos anais da crónica do reino como o pai da nave. O pai tirano. E, já agora, também o filho desprezado.

Anónimo disse...

Chiça, até que enfim que houve aqui alguém com argumentação pró dito de cujus! Mas como o dito não responde a anónimos, que são umas coisas malévolas do demo, deve ficar com uma camada de "stress recolhido" como o sarampo! Mas nada melhor que um Anónimo com argumentação, factos e conhecimentos de causa para argumentar com os "que dão a cara"... Mas gostava de ver a tréplica à altura....lá isso gostava!

Luís Leite disse...

Ponto um: o anónimo/escriba/tacho partidário esqueceu-se do Ponto dois. Devia estar nervoso...

Ponto dois: Nunca respondo a anónimos, mas num caso de anónimo cobardolas e mentiroso deste calibre escrevo apenas o seguinte: é a sua palavra de funcionário que defende o tacho contra a minha de independente que nunca precisou de tachos.
É uma questão de carácter que nos separa.

Anónimo disse...

Quando se lê o Luís Leite fica-se com a sensação de que o melhor teria sido não construir o centro de treino do atletismo. É que são tantos os inconvenientes, tantas as recriminações, tantas as afirmações de que se contruiram é porque foram obrigados, tantos os remoques, que, das duas uma:

- ou não se construía o centro, porque os reparos do Leite são ajustados;

- ou contruia-se à mesma o centro, exactamente como foi construído, porque o Leite não passa de um ressabiado a esgrimir contra moinhos de vento.

E, já agora, é evidente que o Leite não podia ser convidado, porque o Leite não é ninguém, nada representa, vê em todo o lado filhos que não são seus, e a cerimónia de inauguração tinha que ter dignidade.

Anónimo disse...

Quais os resultados desta brilhante política desportiva do governo?
Quantos milhares de novos praticantes desportivos existem hoje? Alguém consegue dizer?

Quantos milhares de jovens portugueses são hoje obesos e ao que parece nos dão a segunda maior taxa europeia?

Como evoluiu o desporto escolar? Quantos milhares de novos competidores conquistou nestes anos recentes?

Quantos milhares de milhões de euros a mais gastam agora os Municípios portugueses no apoio à prática desportiva? E como o fazem: com que estruturas, organização, gestão, clubes?

Respondam, ou procurem responder, a estas questões, exemplificativas, e talvez se possa verificar qual o brilhantismo dos préstimos do Governo e do IDP nesta cruzada pelo desporto em Portugal.

E se algum dos opinantes conhecer estudos sobre aquelas perguntas que fiz que mos indique e me informe dos links (governamentais ou outros) para eu os poder ler (encarecidamente agradeço o obséquio, venha de onde e de quem vier esse apoio à minha causa).

J. Manageiro da Costa
(desaparecido do combate pelo desporto em Portugal!)

Anónimo disse...

O PM garante: " a verdade vem sempre ao de cima". Haja esperança. E podiam começar por esclarecer quanto devem aos empreiteiros da obra……

Euéquevostopo

Anónimo disse...

Viva o regresso do Manageiro da Costa.Está a fazer falta para enervar os rapazes

Fernando Tenreiro disse...

Luís Leite a sua visão do processo do CAR é interessante e não é habitual vê-lo escrito.

Felizmente a democracia do blogue permite ter uma visão distinta.

Segundo dizem, de facto, o CAR do Atletismo tem condições algumas extraordinárias.

Talvez o Luís Leite não se tenha apercebido dessa realidade.


Garanto-lhe que existem outras pessoas que têm boas ideias e que os processos depois dão o mérito a terceiros.

E as pessoas, que têm essas ideias, primeiro, não andam por aí a gritar aos sete ventos que foram eles. Até porque parece que foram enganados...

A questão pode ser outra. As ideias boas são para se terem, discutirem e encontrar as melhores formulações entre o etéreo e o concreto.

A distância entre o intangível e o concretizado é imensa.

Chorar sobre a ideia concretizada pelo outro é um contracenso.

Fará mais sentido olhar para diante e antecipar soluções ...


A outra realidade é que você parece que foi criado pelo Professor Fernando Mota e, querendo renegá-lo, o mata publicamente.

As suas palavras sugerem este facto simples do que você pensa ser o fracasso da sua passagem pela Direcção do Atletismo.

Não é você que o diz, são as suas palavras.


Ficava-lhe melhor acalmar-se um pouco, deixar passar alguns dias sobre o que lê, tentar várias respostas antes de trucidar quem apanha pela frente, contrário às suas ideias sobre aquele que não se pode dizer o nome ao Luís Leite.

Faça, assim, em dois pontos:

Primeiro mate o Fernando Mota que tem na sua cabeça.

Depois dê ao Colectividade Desportiva ideias, como as do CAR do Atletismo, para o pessoal as esmiuçar ...

Vai ver que as coisas passam a ser menos terríveis.

Entretanto a rapaziada e a raparigada do atletismo lá vai colecionando medalhas sob a liderança do Prof. Fernando Mota.

Anónimo disse...

Quando o PPD/PSD e o Passos Coelho forem Governo, os "tugas" vão ficar instantaneamente magros. Acabam-se logo os problemas da obesidade (mesmo sem quaisquer estudos e inquéritos para-perder-tempo) e o Manageiro ficará então muito contente!!!!!!!!!!!

Anónimo disse...

Ha dois CARs:o do atletismo e o das obras e respectiva fiscalização.O primeiro está concluído e bonito.Sobre o outro e o moderno centro desportivo da europa fica para outras núpcias.

Anónimo disse...

Só escrevi um pequeno comentário (o primeiro) e por razões óbvias (que o Luís Leite bem conhece e que dizem respeito à minha situação profissional) não assinei por baixo. Parece-me excessivo que me chame cobardolas e mentiroso sem iduzir nenhum argumento para o comprovar. De uma coisa tenho porém a certeza, eu diria na cara do Luís Leite tudo o que escrevi sobre ele. O Luís Leite não faria o mesmo na minha. Falta-lhe estatura.

Francisco

Luís Leite disse...

Fernando Tenreiro,

A mim só me interessa revelar as verdades factuais.
É verdade que, ao sair da FPA por vontade própria, passei a poder falar livremente da enorme experiência adquirida sob presidência de F. Mota.
Como não tenho aspirações políticas, sou independente e penso pela minha cabeça, não posso existir. Não existo nem nunca existi.
Como deve calcular isso pouco me importa.
A verdade é que em termos de política desportiva "o Rei vai nú".
Seja ele Laurentino, Sardinha, V. Moura, C. Cardoso, F. Mota ou a maioria dos presidentes de Federações.
O que existe são interesses, que oscilam entre o "politicamente correcto mais ou menos ignorante" e a "perpetuação no poder a todo o custo".
Quanto a F. Mota, as medalhas não são obtidas por ele. São obtidas pelos atletas com a ajuda indispensável dos treinadores pessoais e também dos clubes, do DTN e do Departamento Médico da FPA.
Ficamos sem saber como seria o Atletismo Português com outra pessoa na Presidência.
Sinceramente, não vejo grande relação entre o nome de um Presidente de uma qualquer Federação e os resultados obtidos em grandes competições internacionais.
Os Presidentes e as Direcções respondem pelas políticas de gestão administrativa e desenvolvimento desportivo perante as Assembleias-Gerais. E nesse palco, F. Mota, um homem inteligente, há muito que manipula a seu bel-prazer toda a estrutura federada, apesar da forte oposição não declarada por receio de represálias, de muitas das principais Associações.

Fernando Tenreiro disse...

Inúmeros artigos de opinião nacionais têm referido o erro do Euro 2004 no caso do investimento dos estádios e das soluções que actualmente apontam como o caso radical de abate dos estádios.

Este posicionamento é errado.

O que acontece é que o investimento em infra-estruturas desportivas e a política desportiva em geral é um processo sigiloso dos iniciados e dos seus órgãos oficiosos.

A sociedade não se chega a apropriar do bem e a compreender como se pesca com a cana construída.

A libertação de meios que acontece noutros sistemas desportivos é diferente porque democrático e competente para além das áreas do direito, da engenharia e da arquitectura.

Em Portugal as pessoas destas áreas são cientes dos nichos que controlam e impedem o debate técnico e científico.

Este carácter sigiloso prejudica o país.

Chamo mais uma vez a atenção para este facto porque é o desporto que não conseguindo demonstrar pública e democraticamente o que faz bem feito, leva a sociedade a interpretar à sua maneira os resultados que vai observando.

Não tenho medo de reconhecer o mérito que existe nos projectos porque consigo simultaneamente potenciar resultados e encontrar alternativas para desafios encontrados.

O atraso do desporto português face à Europa é complexo porque depende de múltiplas variáveis.

Por vezes os atletas e as federações falham por variáveis ainda não controladas.

O sucesso europeu acenta precisamente sobre uma complexidade que não aconteceu em Portugal.

Este é um desafio a compreender e caracterizar multisectorialmente.

Tiago Viana disse...

Sempre que oiço falar de política desportiva neste ou noutros espaços de debate ou informação vem sempre à baila as federações e o que se faz nelas.
Felizmente falo com outros colegas com formação na área do desporto e muitas vezes comentamos como na nossa opinião, o insucesso do nosso índice de prática desportiva passa exactamente por se continuar a privilegiar o desporto federado enquanto forma de prática ao invés de um desporto com base na escola, desde a primária até à Universidade, na criação de espaços públicos para prática ao ar livre.
A falência do nosso modelo é clara, o rumo certo está lá. Mas não se vê ao fim de um ciclo governativo. Quiçá nem ao fim de 3 ou 4.
No entanto, continuamos a perder tempo e muitos milhões em projectos estéreis e sem qualquer impacto na melhoria da qualidade de vida da generalidade da população.

Luís Leite disse...

Caro Francisco/anónimo/escriba/tacho partidário:

1) Ao contrário do que pensa, não o desprezo; tenho pena de si; sei que está a desempenhar o seu papel o melhor que sabe e pode;

2) Quanto a estatura, julgo ser bem mais baixo que você (se bem me lembro e é quem eu penso); eu meço 1,78m e saltei 2,05m em altura em 1977, quando fui o nº1 português e bati, por 3 vezes o recorde nacional de pista coberta em Espanha, porque em Portugal não havia nada, mesmo nada; julgo ser desta estatura que fala, porque em termos de idade e currículo, você podia ser meu filho e/ou ex-aluno;

3) Quanto a argumentos, não retiro uma palavra do que escrevi e obviamente dir-lhe-ia tudo na cara; os leitores que comparem os depoimentos e as "estaturas" e decidam quem tem razão.

Anónimo disse...

A Falácia da Governação Desportiva (central ou federativa ou o mais…)

Talvez valha a pena reflectir na citação que segue, que tem a grande virtude de ser intemporal e não ditada por um qualquer de nós cá do burgo das clientelas e dos quintais e jardins, para mais adequada e cirurgicamente poder interpretar os meandros do poderes desportivos que proliferam desde o topo do governo ao das federações desportivas (e até, mais contextualizadamente, nos próprios clubes).

“Numa palavra, não há esforços que não devam ser feitos pelo [“gajo que tiver o poder máximo”] para que os seus súbditos o considerem não como um egoísta ou um déspota que tudo relaciona com o seu interesse, mas como um rei e como um tutor ou ecónomo preocupado unicamente com o bem público. Que seja moderado em todas as suas acções, que não se permita qualquer excesso, que seja familiar com os nobres e gracioso com o povo. Desta forma tornará a sua autoridade mais florescente, mais agradável e mais duradoura, não estando tão exposta ao ódio inspirado pelo temor e reinando não sobre seres aviltados, mas sobre súbditos livres, pessoas de coração e pessoas de bem. Que os seus costumes e as suas maneiras sejam de tal maneira regrados que, se não for bom, pelo menos que o pareça ao menos a metade e, se for mau, não o pareça senão a metade” (Aristóteles, Tratado da Política, Edição Livros de Bolso da Europa-América, páginas 189/190).

P.S.: Afinal há alguns estudos como aqueles de que eu falava em mensagem anterior, ou a malta nem conhece aqui ao lado as coisas ou nem chega às margens do Reino de Sua Majestade Britânica (seja a trabalhista de ontem ou a conservadora-liberal de agora)?

J. Manageiro da Costa

Anónimo disse...

Oh Francisco toma cuidado que com tantos elogios ao governo ainda te aumentam o ordenado.Afinal estás a fazer o teu papal...e isso dever ser recompensado.

Anónimo disse...

Quais argumentos? A única coisa que escreveu são aldrabices de ex-dirigente ressabiado. E acabou-se a conversa que já lhe dei tempod e antena a mais.

joão boaventura disse...

Quando todos formos culpados aí começou a democracia.

Albert Camus

F Oliveira disse...

Porque será que o LL aguentou um ciclo olimpico com o "ditador" ao "serviço da FPA"?

Luís Leite disse...

Eu respondo-lhe, F. Oliveira:

1) Porque Fernando Mota viu em mim qualidades e disponibilidade para ser o seu braço direito;

2) Porque enquanto responsável pela Preparação Olímpica, Alta Competição e Selecções Nacionais foram-se criando laços de grande amizade com muitos atletas e treinadores e com os dois Seleccionadores Nacionais com quem privei; não os podia abandonar a meio de um ciclo olímpico;

3) Porque me orgulho de ter criado, em conjunto com os Seleccionadores Abreu Matos e José Barros um espírito de equipa nas Selecções Nacionais que foi sempre crescendo e permitiu acabar com problemas, mais ou menos complicados, de relacionamento entre a FPA e atletas e treinadores;

4) Porque o ser útil ao Atletismo era mais importante para mim que a dificuldade em lidar com uma liderança totalitária;

5) Os atletas de Alta Competição e treinadores poderão explicar melhor que eu todos os porquês; eles conhecem-me bem;

6) Aguentei enquanto pude e a saúde me permitiu, até ao ponto em que as desautorizações, o estilo manipulador/centralista e as divergência político-desportivas se tornaram insuportáveis, não só com Fernando Mota mas também com o Comité Olímpico e o IDP.