Eis se não quando, o Governo despertou para as necessidades dos atletas de alta competição/ alto rendimento. Mesmo nas vésperas do início dos Jogos Olímpicos. Contudo, não por causa deles, temos por certo.
No passado dia 6, numa nota à comunicação social e suportado em muito trabalho de assessoria de imprensa – para obter ampla divulgação –, o Governo deu conta que decidiu “consagrar no Código Contributivo, um novo regime que, pela primeira vez, garantirá aos praticantes desportivos de alto rendimento a sua integração na segurança social”.
Tudo isto, claro está, em conformidade com o artigo 41º da Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto – Lei nº 5/2007, de 16 de Janeiro – que estabelece que “o sistema de segurança social dos praticantes e demais agentes desportivos é definido no âmbito do regime geral da segurança social, e no caso dos praticantes profissionais e de alto rendimento, respeitando a especificidade das suas carreiras contributivas”.
Tudo isto, é verdade também, em gritante desconformidade com o artigo 51º da mesma lei: a presente lei, nas matérias que não sejam reserva da Assembleia da República, deve ser objecto de regulamentação, por decreto-lei, no prazo de 180 dias.
É cedo para apreender todas as virtualidades e benefícios desse regime. Há que esperar para ver o concreto conteúdo das novas normas.
O que neste momento deve ser destacado é a gritante demagogia, oportunismo e hipocrisia do Governo. Cerca de 19 meses depois da previsão legal da Lei de Bases, ao fazer as malas para Pequim, o Governo decidiu.
Laurentino Dias falou: Eles merecem um presente e um estímulo.
Foi mais longe o governante (?):
"Para um país como Portugal, os Jogos Olímpicos são uma tremenda aventura. Porquê? Porque nós somos o país que somos: 10 milhões de habitantes, uma economia débil, uma formação técnica débil, poucos técnicos qualificados, poucos jovens na prática desportiva e somos um país pequeno na Europa, a que pertencemos. E no Mundo, então, somos um país muito pequeno".
Uma coisa é certa e subliminarmente se depreende das palavras de Laurentino: se há algo em que não somos fracos é em políticos e governantes.
É pena que todos os anos não sejam anos de Jogos Olímpicos.
No passado dia 6, numa nota à comunicação social e suportado em muito trabalho de assessoria de imprensa – para obter ampla divulgação –, o Governo deu conta que decidiu “consagrar no Código Contributivo, um novo regime que, pela primeira vez, garantirá aos praticantes desportivos de alto rendimento a sua integração na segurança social”.
Tudo isto, claro está, em conformidade com o artigo 41º da Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto – Lei nº 5/2007, de 16 de Janeiro – que estabelece que “o sistema de segurança social dos praticantes e demais agentes desportivos é definido no âmbito do regime geral da segurança social, e no caso dos praticantes profissionais e de alto rendimento, respeitando a especificidade das suas carreiras contributivas”.
Tudo isto, é verdade também, em gritante desconformidade com o artigo 51º da mesma lei: a presente lei, nas matérias que não sejam reserva da Assembleia da República, deve ser objecto de regulamentação, por decreto-lei, no prazo de 180 dias.
É cedo para apreender todas as virtualidades e benefícios desse regime. Há que esperar para ver o concreto conteúdo das novas normas.
O que neste momento deve ser destacado é a gritante demagogia, oportunismo e hipocrisia do Governo. Cerca de 19 meses depois da previsão legal da Lei de Bases, ao fazer as malas para Pequim, o Governo decidiu.
Laurentino Dias falou: Eles merecem um presente e um estímulo.
Foi mais longe o governante (?):
"Para um país como Portugal, os Jogos Olímpicos são uma tremenda aventura. Porquê? Porque nós somos o país que somos: 10 milhões de habitantes, uma economia débil, uma formação técnica débil, poucos técnicos qualificados, poucos jovens na prática desportiva e somos um país pequeno na Europa, a que pertencemos. E no Mundo, então, somos um país muito pequeno".
Uma coisa é certa e subliminarmente se depreende das palavras de Laurentino: se há algo em que não somos fracos é em políticos e governantes.
É pena que todos os anos não sejam anos de Jogos Olímpicos.
6 comentários:
O dito vem à janela
O nosso Senhor Laurentino é já hoje um conhecido especialista em disfarces.
Primeiro fez um Congresso do Desporto do qual nunca foram conhecidas as respectivas conclusões em que se fundamentou, disse a ilustríssima figura, a magnífica Lei de Bases. Depois, em cento e oitenta dias toda esta novíssima edificação legal desportiva que nos transportaria para a modernidade e o “mundo novo” estaria na nossa palma de mão.
Entretanto, são os grandiosos anúncios de centros de alto rendimento, de maravilhosas condições de treino e de apoios aos atletas. Nos intermédios, as pomposas declarações sobre o futebol quando convêm “a sua graça”, noutras alturas silêncios sepulcrais e lava mãos sobre temas quentes que podem queimar “sua senhoria”.
Sempre, nestes anos, do IDP que é tutelado nem se sabe que existe para o desporto, no qual avulta há anos um site medíocre sem desporto, gestão do desporto ou política desportiva. Um IDP que não se sabe o que faz, anda a fazer e para que serve.
Mas no site da Secretaria de Estado a indigência sobre política desportiva é também convenientemente total. Aqui não há um único documento produzido durante estes longos anos sobre a política desportiva, ou sobre as respectivas orientações de desenvolvimento do desporto do país.
Para que serve então esta governação no desporto em Portugal?
Para dar os dinheiros do alto rendimento ao Comité Olímpico e esperar silenciosa e oportunistamente por umas medalhas que possam acalmar os jornais desportivos e seus “muito exigentes leitores” e proporcionar umas fotos de família com os atletas onde estejam os olímpicos dirigentes de décadas e estes governantes do “nada e faz de conta”!
Por isso este Senhor Secretário e o respectivo Ministro (de ocasião, que sobe ao palanque quando “alguém faz anos”) acham que o país é pequenino (um qualquer “Lar dos Pequeninos”, entenda-se) e a simples presença nos Jogos de Pequim já é feito supremo da nossa gesta.
Francamente, o desporto e os desportistas, aqueles que em todas as idades e em todas as parcelas territoriais de Portugal praticam ou têm o direito constitucional de praticar desporto (devem lembrar-se estes governantes modernaços e a Sua Excelentíssima Presidência do IDP destes preceitos da nossa lei fundamental para que “se mexam” a cumpri-la) exigem outra governação desportiva.
Os desportistas nacionais merecem mais, muito mais, uma verdadeira política desportiva e programas de desenvolvimento assumidos e escrutináveis. E não estes jogos mediáticos e propagandísticos que desgovernam o desporto e nos entretêm em floreados jurídicos intermináveis, intermediados com palavreados ocos em forma de “sound-bytes” – de que a notícia aqui registada, tão presta e cirurgicamente lançada, é um óbvio exemplar - e umas quaisquer fotos de ocasião em torno dos atletas da nação que se superaram e suaram as camisolas e corpos em honra do desporto.
J. Manageiro da Costa
(9 de Agosto de 2008)
"Jotas Desportivos e Joviais"
O nosso camarada Laurentino não pára de surpreender.
Quem ler a página 8 da edição do Expresso de ontem pode ver a bonomia empregatória do Senhor Secretário.
Primeiro, começou por dar em 2005assessoria (paga ao nível de director de serviços) ao jovem de elevado potencial que ora é já tão só o Secretário da "Jotinha S".
Mas dada a enormidade das capacidades do juvenil camarada logo um ano depois o lançou para Vice-Presidente do Instituto Português da Juventude (paga desta vez ao nível de Sub-Director Geral).
A "escada da carreira pública e política" é, assim mesmo, um autêntico tapete rolante. Basta entrar e é sempre a andar, imparavelmente.
Por isso mesmo é que a Secretaria de Estado (salvo seja!) e o IPJ e também o IDP são um manancial de boas políticas que estão bem para além das vistas desarmadas dos comuns mortais.
O nosso jovial Vice do IPJ ainda afirma no final daquele exemplaríssimo texto do Expresso que o seu melhor desporto é "irritar a doutora Ferreira Leite" (sic).
Já só posso ver a tez da douta senhora aflita com o júnior bem pago por tal e tanto serviço público.
Já agora se alguém que por aqui vai andando me pudesse dar ideia de quantos destes jotinhas e quejandos pululam na Secretaria Nacional do Desporto e Juventude, a República (das bananas e dos agravados) ficava obsequiada...!
J. Manageiro da Costa (II)
(10 de Agosto de 2008)
O Manageiro tem toda a razão.Eu qialquer país decente o titular de um cargo público que afirma que o seu principal objectivo é irritar a lider de um partido político deveria de imediato ser colocado no olho da rua!Mas este secretário de estado tem um dedinho especial para escolher os seus amanuenses.
Complexo da Lapa
"Eis se não quando", nao é português; escreve-se "eis senão quando".
Neste endereço explica-se porquê - http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=3647
O Manageiro devia não perder a compostura e aprofundar as suas conclusões
Perder a compostura é ver apenas o Laurentino
No PS os resultados do trabalho do Laurentino e dos elementos do IDP foi brilhante porque vai permitir dispensar dezenas de funcionários e vender o mono que é o complexo da Lapa, Pequim se for mau vai ficar nas mãos do COP, se for bom ficamos todos contentes, antes do fim da legislatura o Chabert acaba de regulamentar a Lei de Bases toda, o que é que você quer mais?
Perante estes resultados o PS pensa que você está a dizer asneiras, não deixando de ter na sua óptica alguma razão
Não é necessário preocupar-se com quem mexe o tacho
Sabendo-se que o prato está feito e condimentado pelo grande Merlim, quem quer que ele seja
Os seus argumentos são impotentes
Pois é, caro Meirim, mas José Luis Borges já explicou, em 1985, que
"a civilização ideal é aquela que tem governos que não aparecem".
Portanto, o mal de todos os governos, é aparecerem sempre... na televisão.
E se "quem não aparece, esquece", também "quem excessivamente aparece, aborrece".
Mas vá desabafando porque lhe alivia o peso do governo.
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