A morte de Rogério Mendes de Moura não é apenas o desaparecimento do decano dos editores portugueses. Daquele que teve a coragem cívica de começar a publicar livros num altura (1953)em que uma parte significativa das edições acabava nas mãos da censura.Com ele desaparece também o mais importante editor nacional de livros de educação física e de desporto.
A história da bibliografia nacional tem na editora que fundou, a Livros Horizonte, a mais extensa lista de autores nacionais e internacionais.
Na colecção Cultura Física, coordenada pelo Alfredo Melo de Carvalho foram editados 50 títulos permanecendo durante décadas alguns deles, com sucessivas reedições, como referências obrigatórias de estudo e de consulta.
Mas foi com a revista de educação física e desporto Horizonte - que Rogério Moura no se espírito arrojado e voluntarioso manteve até aos limites mesmo quando já era um projecto financeiramente insustentável- que terá sido a iniciativa mais marcante nas áreas das actividades físicas e desportivas.
Dirigida por José Teotónio Lima e tendo na origem um grupo de vários profissionais de educação física publicou-se durante 21 anos (1985/2006) e correspondeu à concretização de uma longa luta de quem sempre pugnou pela dignificação da carreira profissional assumida em diversas áreas das actividades físicas e desportivas entendidas como meio de valorização cultural do ser humano. Foram com a revista, os seminários, as palestras, os fóruns, os estágios de verão. Foram os cerca de 630 autores, as centenas de participantes e os muitos milhares de leitores que ao longo daquele tempo e através dela procuravam uma informação e um conhecimento actualizados.
A educação física e desporto nacional devem muito a este homem que formado em filosofia tinha como experiência de um estilo de vida activo a sua longa paixão pelo campismo à semelhança de resto de uma geração de intelectuais que marcaram a fase do neo-realismo.
“Um morto amado, nunca acaba por morrer”, escreveu Mia Couto. O Rogério Moura será sempre amado por aqueles que com ele tiveram o privilégio de trabalhar.
A história da bibliografia nacional tem na editora que fundou, a Livros Horizonte, a mais extensa lista de autores nacionais e internacionais.
Na colecção Cultura Física, coordenada pelo Alfredo Melo de Carvalho foram editados 50 títulos permanecendo durante décadas alguns deles, com sucessivas reedições, como referências obrigatórias de estudo e de consulta.
Mas foi com a revista de educação física e desporto Horizonte - que Rogério Moura no se espírito arrojado e voluntarioso manteve até aos limites mesmo quando já era um projecto financeiramente insustentável- que terá sido a iniciativa mais marcante nas áreas das actividades físicas e desportivas.
Dirigida por José Teotónio Lima e tendo na origem um grupo de vários profissionais de educação física publicou-se durante 21 anos (1985/2006) e correspondeu à concretização de uma longa luta de quem sempre pugnou pela dignificação da carreira profissional assumida em diversas áreas das actividades físicas e desportivas entendidas como meio de valorização cultural do ser humano. Foram com a revista, os seminários, as palestras, os fóruns, os estágios de verão. Foram os cerca de 630 autores, as centenas de participantes e os muitos milhares de leitores que ao longo daquele tempo e através dela procuravam uma informação e um conhecimento actualizados.
A educação física e desporto nacional devem muito a este homem que formado em filosofia tinha como experiência de um estilo de vida activo a sua longa paixão pelo campismo à semelhança de resto de uma geração de intelectuais que marcaram a fase do neo-realismo.
“Um morto amado, nunca acaba por morrer”, escreveu Mia Couto. O Rogério Moura será sempre amado por aqueles que com ele tiveram o privilégio de trabalhar.
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