Nas empresas onde existe participação do Estado e em organismos por ele tutelados que critérios presidem nos apoios ao desporto? Como se constroem as respectivas decisões? Qual é o grau de participação dos governos?
As perguntas são tão válidas para a actual maioria como para as outras que a antecederam. Quem pensar que os casos do Taguspark e da Parkalgar são pecados do PS e dos seus rapazes que se desengane. Pelo contrário. O que só aumenta a necessidade de dar transparência a algo que sempre existiu. Sob a capa de venda de direitos de publicidade e gestão de imagem ou para apoio a eventos de suposto interesse nacional. Causas que, como é consabido, é à vontade do freguês.
A Caixa Geral de Depósitos,a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Galp, entre muitas outras, compõem o salário de algumas figuras e proveitos de algumas empresas desportivas com a aquisição de direitos de imagens ou com o apoio directo a eventos. A presença de algumas figuras desportivas em iniciativas de solidariedade social é paga a peso de ouro. Quais são os critérios? Quem “manda” que se apoie um seleccionador nacional ou um futebolista? Ou um qualquer rali? Ou um qualquer piloto de automóveis? Ou este ou aquele evento? Bem sei que, formalmente, são as respectivas administrações que assim o decidem. E também sei que, dirão, sustentam essas decisões em cuidados estudos e avaliações de retorno e beneficio para as entidades apoiantes. Mas isso é música.
A Caixa Geral de Depósitos não aumenta um cêntimo do seu volume de negócios pelo facto de pagar com a colocação do seu nome o centro de estágio de um clube de futebol. Um parque de ciência e tecnologia não atrai um investidor pelo facto de associar o seu nome a um futebolista ou a um treinador de futebol. Uma entidade gestora de apostas não cativa um apostador pelo facto de enviar uns milhares de euros para um rali. E por aí fora.
A presença do Estado nos negócios e nas empresas não tem como resultado apenas a possibilidade de distribuição do pessoal político. Permite ,por vezes, fazer o que por impossibilidade financeira, decoro , legalidade ou um outra qualquer razão não pode ser feito às claras a partir do aparelho de estado. Serve de biombo. Um telefonema, um almoço, uma conversinha arranjam uma solução. Como dizia o ex-ministro Mário Lino numa comissão parlamentar de inquérito, com os administradores sim, almoçava e conversava "por vezes passavam lá no ministério para me cumprimentar" e "falar de futebol".Para o cumprimentar.Por uma questão de deferência,de boa educação,seguramente.Apenas isso. Quando no Taguspark se decidiu apoiar um piloto de automóveis nenhum membro do governo interveio? Porque quanto ao cidadão impoluto -no dizer do PS- ou herói da sua geração - no dizer do primeiro ministro - a passagem de apoiante da direita para fervoroso adepto da esquerda e socialista já sabemos que foi obra de profundo amadurecimento e consciencialização ideológica. Ligar isto aos dois milhões só podem ser má má-língua ou má fé!!!!.
O financiamento ao desporto por parte de empresas - públicas e participadas pelo Estado - deve ser significativo a fazer fé em alguns valores que casuisticamente vêm a público. A dimensão total não se conhece. Como se ignoram os critérios. Natural seria, para que esse apoio tivesse pertinência, que ele obedecesse a uma lógica com algum sentido e utilidade públicas. Coisa que, seguramente, não está a acontecer.
As perguntas são tão válidas para a actual maioria como para as outras que a antecederam. Quem pensar que os casos do Taguspark e da Parkalgar são pecados do PS e dos seus rapazes que se desengane. Pelo contrário. O que só aumenta a necessidade de dar transparência a algo que sempre existiu. Sob a capa de venda de direitos de publicidade e gestão de imagem ou para apoio a eventos de suposto interesse nacional. Causas que, como é consabido, é à vontade do freguês.
A Caixa Geral de Depósitos,a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Galp, entre muitas outras, compõem o salário de algumas figuras e proveitos de algumas empresas desportivas com a aquisição de direitos de imagens ou com o apoio directo a eventos. A presença de algumas figuras desportivas em iniciativas de solidariedade social é paga a peso de ouro. Quais são os critérios? Quem “manda” que se apoie um seleccionador nacional ou um futebolista? Ou um qualquer rali? Ou um qualquer piloto de automóveis? Ou este ou aquele evento? Bem sei que, formalmente, são as respectivas administrações que assim o decidem. E também sei que, dirão, sustentam essas decisões em cuidados estudos e avaliações de retorno e beneficio para as entidades apoiantes. Mas isso é música.
A Caixa Geral de Depósitos não aumenta um cêntimo do seu volume de negócios pelo facto de pagar com a colocação do seu nome o centro de estágio de um clube de futebol. Um parque de ciência e tecnologia não atrai um investidor pelo facto de associar o seu nome a um futebolista ou a um treinador de futebol. Uma entidade gestora de apostas não cativa um apostador pelo facto de enviar uns milhares de euros para um rali. E por aí fora.
A presença do Estado nos negócios e nas empresas não tem como resultado apenas a possibilidade de distribuição do pessoal político. Permite ,por vezes, fazer o que por impossibilidade financeira, decoro , legalidade ou um outra qualquer razão não pode ser feito às claras a partir do aparelho de estado. Serve de biombo. Um telefonema, um almoço, uma conversinha arranjam uma solução. Como dizia o ex-ministro Mário Lino numa comissão parlamentar de inquérito, com os administradores sim, almoçava e conversava "por vezes passavam lá no ministério para me cumprimentar" e "falar de futebol".Para o cumprimentar.Por uma questão de deferência,de boa educação,seguramente.Apenas isso. Quando no Taguspark se decidiu apoiar um piloto de automóveis nenhum membro do governo interveio? Porque quanto ao cidadão impoluto -no dizer do PS- ou herói da sua geração - no dizer do primeiro ministro - a passagem de apoiante da direita para fervoroso adepto da esquerda e socialista já sabemos que foi obra de profundo amadurecimento e consciencialização ideológica. Ligar isto aos dois milhões só podem ser má má-língua ou má fé!!!!.
O financiamento ao desporto por parte de empresas - públicas e participadas pelo Estado - deve ser significativo a fazer fé em alguns valores que casuisticamente vêm a público. A dimensão total não se conhece. Como se ignoram os critérios. Natural seria, para que esse apoio tivesse pertinência, que ele obedecesse a uma lógica com algum sentido e utilidade públicas. Coisa que, seguramente, não está a acontecer.
10 comentários:
Estratégia e quantificação de resultados: 2 conceitos relativamente complexos em determinados níveis de decisão!
Comparáveis aos "rapazes" do PS, só mesmo os "meninos" do PSD...
Não sejamos ingénuos.
De um regime dito "democrático" com as características daquele em que vivemos só se pode esperar "disto".
Eu estou com o Dr. Medina Carreira (O Eça de Queiroz/Bordalo Pinheiro do séc. XXI) a 100%: isto só lá vai com uma vassourada a sério.
Da maneira como as coisas estão (têm visto o "Plano Inclinado")? espera-se ansiosamente que o FMI tome conta disto o mais depressa possível.
Esperemos que apareça um conjunto de gente séria que acabe de vez com esta rebaldaria imoral do "socialismo democrático" ou "partidocracia sem moral" e ponha o país nos eixos, restaurando a Justiça e o Ensino, pedras basilares de uma verdadeira democracia e, obviamente, a Economia e Finanças Públicas.
E já agora que os responsáveis pela "choldra" sejam julgados e condenados.
Dói-lhes…que se farta. E de facto nada melhor para os rapazes que se equipararem aos meninos. A diferença de idades é pouca e a irresponsabilidade a mesma.
Entre rapazes e meninos, os da Assembleia da República são os melhores de onde se tiram os secretários de estado do desporto.
Era bom encontrar outra origem.
Conseguirá Pedro Passos Coelho algo diferente de um jurista formado nas juventudes do PSD do futebol e das suas associações de onde saem os secretários de estado do desporto dos últimos trinta anos? Coragem, imaginação e serviço público ao poder!
Bem prega frei Tomás...
Critérios e direitos
A grande entrevista do Sr. Mário Saldanha ao Público de hoje passava bem sem a crítica à Liga que faliu.
Até porque ela correspondeu a um fracasso público, na gíria económica, relacionada com condições de formação de custos que prejudicou e liquidou a liga e que beneficia a federação.
Mais significativa é a incapacidade do basquetebol, natação, ciclismo e outras, como federações históricas em produzir desporto para a média europeia.
Não tendo a certeza que o Atletismo esteja acima, quanto à consolidação de todos os resultados desportivos, estabeleceria pelo menos e para já uma análise à única modalidade que consegue resultados olímpicos com regularidade para conhecer o que devem as outras modalidades estar atentas para imitar e para seguir os mesmos passos e obter resultados superiores como faz o atletismo.
É claro que existe quem tenha outra opinião e as análises todas feitas em todas as modalidades.
A crise económica e a orçamental está a bater e vai bater fundo no produto desportivo nacional e só a garantia de resultados consolidados permite convencer o país a abrir os cordões à bolsa para o desporto.
A diferença entre o Tiago Monteiro e o Cristiano Ronaldo é que o segundo nasceu e cresceu em Portugal e depois houve quem pegasse nele e não mais o largasse porque ele é extraordinário a vários títulos como demonstra semanalmente.
O Tiago Monteiro por muito jeito que tenha para carros não há ninguém internacionalmente que pegue nele e não o largue.
Faltam-lhe os milionésimos de segundo que fazem os Ronaldos da Fórmula Um.
Este deveria ser um critério fundamental para ajudar a decidir que dinheiros públicos dar a fulano, beltrano e sicrano.
Portugal não tem uma indústria automóvel que sustente a virtuosidade dos melhores jovens portugueses para a alta velocidade e depois existem outras disciplinas da modalidade mais baratas para eles darem sentido automobilistico às suas vidas. A participação na Fórmula Um é estratosférica para corredores individuais.
Ainda é possível outra comparação, porque não deve o Benfica, Sporting e Porto, o Braga e o Guimarães serem financiados para participarem nas provas europeias proporcionalmente? São mais atletas e possuem uma visibilidade mediática superior.
O desporto português tem situações que se podem glosar de diferente forma. Os exemplos dados pelo JMConstantino são alguns e provavelmente continuarão sempre a existir.
O que acontece é que vivemos longe da média europeia e há pessoas que se enganam nas análises que fazem e não havendo diálogo e como eles têm a faca e o queijo, permanecemos no fim da europa desportiva.
O Sr. Mário Saldanha ao pôr-se atrás da lei exerce o seu direito e prejudica o direito dos jovens que poderiam projectar no basquetebol o melhor das suas capacidades e que até hoje viram defraudadas as suas expectativas no basquetebol.
O atletismo pelo seu lado deveria assumir o protagonismo do seu 'saber fazer' para potenciar a competitividade desportiva nacional.
Será seu direito esconder-se segundo as regras do jogo, as quais prejudicam o direito desportivo dos portugueses.
Outro protagonismo privado levaria a protagonismos públicos distintos.
Considerando que um antigo presidente da Liga é um dos apoiantes do actual presidente da federação de basquetebol está tudo bem...e em família!!!
….e o Luís Santos…….de facto o titulo deste post não podia ser mais apropriado.
É fazer tudo isto e conseguir ter uma matilha de gente disposta a fazer de conta que não se passa nada e que nos devemos unir em torno deste clube de infrequentáveis. Qualquer outro partido já teria sossobrado. Esta malta não. Foi assim na I República. Está ser assim agora. E se por extraordinária conjugação dos astros deixarem de ser poder no dia seguinte será vê-los a esbracejar por causa da ética .
Helena Matos ,in Blasfémias
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