Saiu ontem no jornal 'A Bola' um artigo do Prof. Doutor Pedro Mil Homens sobre competitividade (parte I, informa-se). Interessante o artigo, debatendo ideias que mesmo os menos afortunados academicamente, já lançaram para o debate. Há muito tempo, reforçamos!
Coloca ideias e factos passados noutros países que contribuem para uma maior competitividade em diversas modalidades, embora com enfoque no Futebol, e nos escalões mais jovens. A história de que mesmo nos escalões jovens, deve-se exigir rigor e competição em todas as situações dos torneios, competições e até ao final do jogo, competição, treino, etc, como factor que desequilibra para que alguns países apresentem hoje modelos mais consistentes e que são sustentados pela maior preocupação que as respectivas Federações nas mais diferentes modalidades apresentam.
Ideias de competitividade que devem ser transversais para outros modelos da sociedade. Discussão essa que já vai longa e sem grandes resultados, pois continua a não existir qualquer consenso entre os treinadores dos escalões mais jovens e das Federações. Modelos esse que não promove a competição ou a participação de todos ou desmoralizam os menos fortes ou não criam suficiente motivação para os mais fortes ou que não preenchem todo o ano competitivo ou muitos etcs. E aqui se insere um dos principais obstáculos para chegar a um qualquer consenso.
Ideias que foram lançadas quer por catedráticos quer por treinadores que até possuem pouca formação. É demais evidente que os modelos não funcionam e vão proporcionando poucas sinergias entre os vários segmentos que colaboram para um resultado final. Resultado final que vai proporcionando alguns talentos mais por ‘calorice’ de alguns agentes desportivos que propriamente o sistema competitivo.
No Futebol têm existido mais talentos. Mais por adesão de uma grande percentagem de ‘miúdos’ do que propriamente de uma filtragem de qualidade. Noutras modalidades colectivas os modelos vão sofrendo ainda mais dificuldades. Para não falar dos escalões jovens no género feminino!
Esperam-se alterações (para quando? E com a iniciativa de quem? Com a intervenção do IDP? Estado?). Com eleições previstas para a FPF, que prioridade terá a formação, competição jovem nestas guerrinhas que temos assistido?
Aproveitar para desejar a todos um Bom Natal e um Excelente 2011!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
A competitividade das competições
publicado por Rui Lança às 17:20 Labels: Desporto profissional, Federações desportivas, Jovens e desporto
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