Com o passar dos anos, a minha paixão pelos/as jovens intensifica-se. A rebeldia, a irreverência, a crença genuína de que podem mudar o mundo, a energia e a vida que conseguem acrescentar aos nossos dias são dádivas que aprendi a preservar através da constante companhia da “pequenada”- alunos/as. Por isso, é com muito agrado e apenas movida pelo prazer/dever de acompanhar e apoiar estes meus “pequenos ídolos” que, após uma overdose intensa de quase 20 anos passados em múltiplos recintos desportivos nacionais e internacionais, retorno ao périplo semanal dos jogos, das competições, da adrenalina ao vivo, agora num papel mais recatado, mas não menos entusiasta.
Não acredito em “gerações rasca”, acredito é que haja “velhos do Restelo” (qualquer que seja a idade) que estigmatizam os jovens para garantirem e perpetuarem o seu poder e que, ao invés de investirem na formação e engrandecimento destes, os repudiam e marginalizam.
Por conseguinte, fico muito satisfeita quando vejo jovens dirigentes, treinadores, árbitros e sobretudo praticantes desportivos a desabrocharem e afirmarem-se no cenário desportivo. Aplaudo-os, incentivo-os e admiro-os.
São sobejamente reconhecidas as enormes valências do desporto para a construção estruturada de personalidades, para o robustecimento do carácter, para o fortalecimento da cooperação, da tolerância e solidariedade individuais e colectivas, para a busca constante pela superação, pelo êxito (que não apenas os resultados desportivos), pelo esplendor, entre muitas outras. Sem menosprezo por outras formas de expressão e fontes de aprendizagem, é sobejamente aceite o potencial do desporto como instrumento da formação e desenvolvimento integrais das nossas crianças e jovens.
Porém, na base deste reconhecimento e destas constatações estarão condutas apropriadas por parte de quem se relaciona directamente com os jovens, sejam técnicos, dirigentes ou árbitros/juízes? Existirão programas desportivos que correspondam às necessidades e características das crianças e jovens das diferentes localizações geográficas do país? Quando se começará, entre nós, a equacionar e a combater problemas tão graves como a contratação precoce, o assédio sexual ou a prescrição, ou sugestão de consumo, de esteróides anabolizantes às crianças/jovens?
Como é possível, em determinadas modalidades, ter-se regredido no que concerne ao tipo de competições e respectivos quadros competitivos ao ponto de crianças de 10-12 anos integrarem campeonatos nacionais em tudo idênticos aos modelos competitivos padronizados para o escalão de seniores? Admiram-se depois do abandono precoce da prática desportiva, da desmotivação progressiva dos atletas e dos conflitos entre os que dirigem e os que praticam? Admiram-se depois que os jovens, quando as exigências escolares aumentam, desistam dos seus sonhos desportivos? Admiram-se depois que os clubes, face a tamanhas exigências financeiras para suportarem viagens frequentes e longas, refeições, custos de arbitragens, de instalações desportivas, de pagamento a técnicos e funcionários (e já não falo dos dirigentes, que na sua maioria são voluntários!) definhem e fechem as suas portas? A este tema voltarei brevemente, com aproximação a realidades concretas e casos específicos.
Não acredito em “gerações rasca”, acredito é que haja “velhos do Restelo” (qualquer que seja a idade) que estigmatizam os jovens para garantirem e perpetuarem o seu poder e que, ao invés de investirem na formação e engrandecimento destes, os repudiam e marginalizam.
Por conseguinte, fico muito satisfeita quando vejo jovens dirigentes, treinadores, árbitros e sobretudo praticantes desportivos a desabrocharem e afirmarem-se no cenário desportivo. Aplaudo-os, incentivo-os e admiro-os.
São sobejamente reconhecidas as enormes valências do desporto para a construção estruturada de personalidades, para o robustecimento do carácter, para o fortalecimento da cooperação, da tolerância e solidariedade individuais e colectivas, para a busca constante pela superação, pelo êxito (que não apenas os resultados desportivos), pelo esplendor, entre muitas outras. Sem menosprezo por outras formas de expressão e fontes de aprendizagem, é sobejamente aceite o potencial do desporto como instrumento da formação e desenvolvimento integrais das nossas crianças e jovens.
Porém, na base deste reconhecimento e destas constatações estarão condutas apropriadas por parte de quem se relaciona directamente com os jovens, sejam técnicos, dirigentes ou árbitros/juízes? Existirão programas desportivos que correspondam às necessidades e características das crianças e jovens das diferentes localizações geográficas do país? Quando se começará, entre nós, a equacionar e a combater problemas tão graves como a contratação precoce, o assédio sexual ou a prescrição, ou sugestão de consumo, de esteróides anabolizantes às crianças/jovens?
Como é possível, em determinadas modalidades, ter-se regredido no que concerne ao tipo de competições e respectivos quadros competitivos ao ponto de crianças de 10-12 anos integrarem campeonatos nacionais em tudo idênticos aos modelos competitivos padronizados para o escalão de seniores? Admiram-se depois do abandono precoce da prática desportiva, da desmotivação progressiva dos atletas e dos conflitos entre os que dirigem e os que praticam? Admiram-se depois que os jovens, quando as exigências escolares aumentam, desistam dos seus sonhos desportivos? Admiram-se depois que os clubes, face a tamanhas exigências financeiras para suportarem viagens frequentes e longas, refeições, custos de arbitragens, de instalações desportivas, de pagamento a técnicos e funcionários (e já não falo dos dirigentes, que na sua maioria são voluntários!) definhem e fechem as suas portas? A este tema voltarei brevemente, com aproximação a realidades concretas e casos específicos.
6 comentários:
Deixo-lhe uma “realidade concreta e caso específico”
Ontem na reunião extraordinária do cop houve um voto contra o processo como as leis estão a ser feitas
O texto do cop aprovado, com o voto contra do Basquetebol, mostra o desequilíbrio, despropósito e inaceitabilidade de certas propostas
Chamou-se a atenção que o cop representa a totalidade das federações e mesmo organizações como a confederação das colectividades de cultura e recreio não estão no cnd
Estão maioritariamente partes que perpetuam desmandos, a quem se aplicariam as reformas e a quem se dá voz diminuindo quem luta para criar o que existe
O associativismo desportivo representado no voto do cop, e excluído do cnd, representa quase 100 por cento dos clubes e praticantes desportivos nacionais
Trata-se de uma proporção desequilibrada representar moventa e muitos por cento do trabalho desportivo e possuir dois ou três por cento dos votos
Até que ponto as suas preocupações estão defendidas nos novos articulados e procedimentos é uma pergunta à espera de resposta
É por isso que advogo que "o dia nacional da criança" deveria ser
"o ano nacional da criança"...
todos os anos.
Isto, na impossibilidade de perpetuar "o século ncional da criança".
E mesmo assim com fortes dúvidas de que resultasse algo de positivo em termos de cumprimento.
Só olhamos para o nosso umbigo.
Para o Anónimo das 9h49
Então o COP é agora a cúpula do Associativismo Desportivo nacional? Então o COP não é apenas a cúpula do Movimento Olímpico? Então a Confederação do Desporto de Portugal - de que um dos membros deste blog, José Manuel Constantino, foi presidente - é o quê? Um verbo de encher?
Ou não será o COP apenas o representante das federações olímpicas e a Confederação do Desporto de Portugal a representante de TODO o Movimento Desportivo?
Que grande confusão!
tem razão há também a cdp
e é uma confusão de cúpulas e de representações no cnd
diga agora o que pensa da situação das crianças e dos jovens da mjc
Só gostava que um desses "Velhos do Restelo" lesse este artigo.
Obrigada.
Ao Anónimo das 21.42
O COP é o representante do COI, em Portugal, apenas isso.
Quando há Jogos o COP pergunta às Federações quem quer participar, coma condição de os atletas cumprirem os mínimos que o COI impõe.
Não há Federações Olímpicas, apenas Federações Desportivas, porque a elencagem de modalidades desportivas é muito extensa, e o COI é que determina que modalidades figuram nos próximos Jogos.
Como deve calcular se o COI aceitasse todas as modalidades os Jogos devreiam durar uns três ou quatro meses.
O critério de escolha baseia-se no mediatismo e na espectacularidade da modalidade.
Se o Jogo do Pau fosse admitido só os emigrantes portugueses iriam assistir, o que representava um deficit na balança do COI.
Relativamente às modalidades que não figuram no programa olímpico, têm o recurso de se inscreverem na International World Games Association (IWGA), fundada em 21.5.1980, em Seúl, que organiza os
Campeonatos Mundiais (World Games), de 4 em 4 anos, tal como os JO (estes em Pequim em 2008, os Mundiais em 2009), mas um ano depois.
E tal como o COI a IWGA também limita o n.º de modalidades.
Para saber mais tente aqui
http://www.ilsf.org/about/recognition/iwga
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