sexta-feira, 16 de maio de 2008

E estas, hem?


Quatro notas curtas, surpreendentes e/ou fascinantes: eleja a melhor

1. Ler os escritos de Jorge Araújo, actual presidente da Team Work Consultores, para quem vai acompanhando o seu percurso e os seus feitos há mais de vinte anos, é sempre um prazer e uma grande fonte de ensinamento. Ontem, em mais um dos seus artigos, bebemos sábias noções e citações:
“Liderar, exige concentração numa visão forte e em objectivos ambiciosos, tal como preocupação com as pessoas que dirigimos e com os resultados a alcançar.”
“Liderar a um nível superior, é um processo para alcançar os resultados pretendidos, agindo ao mesmo tempo com justiça, respeito e preocupação com o bem-estar de todos os envolvidos.”

2. Actividade física e saúde pública
“Sócrates: só falta ser chicoteado por fumar”
Moral da história: “Cumpre o que eu legislo e não olhes para o que eu faço”. Este País virou um regabofe.

3. «FC Porto bem representado no Parlamento»
No mesmo dia em que, pela manhã, se conheciam decisões judiciais relativas ao caso “apito dourado”, pelo fim da tarde, no restaurante do novo edifício da Assembleia da República, jantavam deputados e representantes do FCPorto: Haja alegria e paz na terra.

4. Natalie Du Toit, a quem já tínhamos dedicado a nossa atenção neste espaço, realizou um sonho antigo. Mensagem amiga, que muito agradeço, fez-me chegar este vídeo, emocionei-me profundamente ao vê-lo e ao relembrar o meu encontro em 2003 com esta fabulosa mulher nadadora. Por vezes, a vida é bela!

Nadadora sem uma perna consegue índice para Pequim


6 comentários:

Anónimo disse...

Há que realçar igualmente o grande trabalho feito pelos Prós e Contras da RTP1 que mostraram ao país a excelência do espectáculo desportivo.
Não falando da RTP1 dos desafios que se colocam ao desporto português esta conquista de audiências pelo pior espectáculo que o desporto pode dar é um mau trabalho ao desporto e ao país.

Maria José Carvalho disse...

Caro Fernando Tenreiro,

Obrigada por ter acrescido em vez de eleito.
Permita-me, no entanto, que concorde e discorde de si. Já estou fatigada, aliás como deve estar o Fernando e muitas outras pessoas, de ver "mais do mais" e muito de “verbo-de-encher”.
Explico-me: felizmente não vi o programa televisivo que citou pois estava no interior do País a trabalhar nas VII Jornadas Técnicas de Futebol+Futsal, evento organizado pelo Departamento de Desporto (gabinete de futebol) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. E digo-lhe com toda a certeza, o jantar e a conversa gerada à volta da mesa com alguns dos principais árbitros/as e assistentes do futebol, mais o supervisor do evento e uma jovem promissora palestrante do futsal, foram bem mais agradáveis e produtivos do que estar especada em frente à RTP1 a ver o citado Prós e Contras. Não entendo, contudo, e de acordo com informações das minhas fontes fidedignas, que o que a Fátima Campos Ferreira moderou com alguns protagonistas (?) do nosso futebol espelhe a excelência do espectáculo desportivo. Felizmente, o espectáculo desportivo, seja resultante do futebol, ou de outras modalidades e disciplinas desportivas, tem condimentos mágicos que estão muito para além da discussão e das informações veiculadas naquele mediático programa televisivo.
Bom domingo para si. O meu começa bem cedo para ir ver o meu filhote jogar e de seguida dar "uma perninha" num jogo entre pais/técnicos/dirgentes. Vai ser um "espectáculo desportivo".

Anónimo disse...

Se quiser curto e grosso: o espectáculo foi degradante.

O membro do CND que fez também o regulamento da corrupção tem três critérios jurídicos (científicos?!): o dos árbitros, o dos dirigentes e do presidente da liga, seu patrão.
Para quem gosta do futebol português e aspira a elevá-lo a campeão da Europa e do mundo o espectáculo de um indivíduo a lançar impropérios a tudo e a todos foi descorçoante.

Onde estão os desafios para a reforma do desporto português:
• A existência de uma opinião pública conhecedora do que é o seu interesse e rigorosa na criação e aplicação desses objectivos.
• Uma estrutura de escrutínio e nomeação de responsáveis para as instituições desportivas transparente e capaz de apresentar resultados em tempo oportuno.
• A inexistência de medo para se escrever sobre os pontos conflituantes do desenvolvimento desportivo.
• Formas materiais, mesmo que intangíveis, de repúdio social pelos comportamentos marginais e destrutivos do bem comum. O contrário do que faz a assembleia da República.

A responsabilidade do futebol português é imensa.
Durante os últimos quarenta anos o país investiu em futebol e apoiou em exclusivo imensos dos seus projectos. O futebol age como se esta realidade fosse um acto natural e sem consequências contraditórias para o desenvolvimento de todo o desporto nacional.
O restante desporto tem medo de afirmar os seus direitos. Contenta-se com um tratamento desproporcionado e inferior e não cria um conhecimento superior para alterar a sua vantagem relativa.

A dimensão do espectáculo de segunda-feira passada é suportada na iliteracia desportiva nacional e pela incapacidade de discutir o ponto central das questões.

Numa outra sessão, depois da intervenção inicial dos prelectores convidados, o representante de uma instituição desportiva achou que o bom-nome da sua instituição tinha sido vilipendiado e “atirou-se” a outras instituições. O resto do debate foi a discutir se as pessoas tinham ou não o direito de expressar as suas opiniões. Com a intervenção conseguiu-se não discutir o tema principal e determinar se e quem efectivamente o cumpria.
Ou seja, discute-se qualquer coisa, não se percebe o que se discute. Não acho que não se percebesse o que estava a ser discutido. O objecto material foi não discutir a matéria relevante. Não conseguindo alcançar a essência do debate exposto, expressou-se a força da razão. Porque sim.

O que fez o Major Valentim Loureiro uns dias antes.
O futebol faz o que pode e é deixado fazer por quem mais é prejudicado pela sua actuação.

Anónimo disse...

Já agora ... e esta, hein?

http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/326778

Maria José Carvalho disse...

Fernando Tenreiro,

"O restante desporto tem medo de afirmar os seus direitos. Contenta-se com um tratamento desproporcionado e inferior e não cria um conhecimento superior para alterar a sua vantagem relativa.
"
Subscrevo estas as suas palavras, mas também lhe digo que somos todos responsáveis pela força e pelo poder do futebol em detrimento da força do restante desporto. Veja, por exemplo, o espaço que o Fernando dedica à realidade futebolistica e ao que a envolve nestes comentátios.

Maria José Carvalho disse...

Ao anónimo, ou anónima de 24 de Maio de 2008 16:17

Agradeço, sinceramente a notícia que nos porporcionou, por vários motivos:
- pelo exemplo de excelência de uma expresa de têxtil, a Petratex, em Paços de Ferreira, sector que anda pela rua da amargura em Portugal;
- pelo orgulho que senti, devido ao facto da atleta em questão ter sido minha aluna assim como o seu treinador actual. E também pelas considerações do meu colega João Paulo Vilas Boas.

Retenho e contradigo, contudo, o título de "Quando o fato é a vedeta"...
As vedetas são sempre os/as atletas. Eu poderia vestir o fato mais supersónico e sofisticado do planeta que nem o record regional de qualquer uma das disciplinas da natação conseguiria ultrapassar.
Mas admito e acredito perfeitamente que dentro do seu LZR, a Sara Oliveira se sinta com "pele de golfinho" e "mais deslizante".

E agora um pequeno desafio: não quer escrever um pequeno texto acerca do assunto e enviá-lo para este blog. Veja a entrada de PARTICIPE e encha-se de coragem para fazer parte desta colectividade. Será bem vindo/a!
Obrigada.