Se existissem dúvidas, os tempos que correm demonstram que não há qualquer forma científica de fazer previsões económicas. E que até os mais credenciados e laureados especialistas se enganam. E o mesmo vale para diferentes instituições onde eles trabalham (ministério das finanças, união europeia, banco europeu, OCDE, banco mundial FMI,etc).Sobre as mesmas matérias emitem regularmente pareceres muito diferentes quando não até, completamente opostos.
Com muitas das previsões sobre as realidades desportivas sucede precisamente a mesma coisa. Por um lado é a aleatoriedade própria dos fenómenos sociais. Por outro, a maior parte dessas previsões assentam em diagnósticos errados, sem quaisquer estudos independentes que sustentem as politicas. Agravado, no que concerne ao desporto, por todos darem palpites. E por os negócios que certos tipos de iniciativas permitem “empurrarem fundadamente” muitas das decisões.
O grau de endividamento das autarquias que se envolveram na aventura dos estádios para o Euro 2004 é elevado. Mas ninguém quer falar do assunto. Menos ainda quantificá-lo. Houve, como era expectável, estádios que não eram necessários. E agora há usos a menos e custos de manutenção a mais. Quanto está a custar ao país o legado do Euro 2004 é coisa que a ninguém interessa estudar. Como não interessa estudar e avaliar o custo de muitas infra-estruturas desportivas públicas que por esse país fora estão sem adequado aproveitamento face aos investimentos realizados.
Recentemente, entusiasmado com a eventual candidatura ibérica ao mundial de futebol, o Secretário de Estado do desporto afirmou, primeiro que o momento não estava para festas para, passado algum tempo, dizer qualquer coisa deste tipo: com as infra-estruturas que temos só precisam de uma pintura. O que é que isso quer dizer em termos de custos? “Muito pouco com as vantagens da realização de alguns jogos no nosso país, com a visibilidade de Portugal, com o retorno turístico e as receitas que daí advém”.
A tese é conhecida e qualquer das muitas agências de estudo que, como alguns juristas, receitam de acordo com a encomenda, poderá apresentará números que confirmarão que se trata de “uma grande oportunidade” para o país. Em tudo idêntica à que valeu para passar para a CSS Stellar dois milhões de euros num negócio, cuja “operação” de transferência ocorreu mesmo antes do respectivo cabimento e autorização de pagamento . É inimaginável o que Portugal ganhou com esta dádiva cujo protocolo aguarda melhor oportunidade de ser conhecido embora já tenham passados dois anos!
Numa penada, as palavras do Secretário de Estado, corroboradas em Macau por Jorge Sampaio - num daqueles congressos das agências de viagens que são feitos para meia dúzia de maduros e respectivas famílias passearem - revelam todo um programa de acção de quem domina, como poucos, estas questões e cujo saber e proficiência estão sobejamente demonstrados. Não é necessário estudar o assunto por entidades independentes, contraditar as diferentes perspectivas, avaliar a afectação de recursos necessários, as responsabilidades de entidades públicas e privadas e até a dimensão simbólica de um evento num país a atravessar inúmeras dificuldades. A palavra do governante é ciência certa e entre um argumento daqueles, que demovem o mais atrevido a contraditar, e a passagem dos dedos pelas melenas que caem para a testa é toda uma dimensão de Estado que vem à tona.
Esta insensatez de quem vive a gastar o dinheiro dos outros, de quem vive deslumbrado com o portefólio dos eventos, de quem colapsou no plano teórico e se limita a dizer umas vulgaridades sem qualquer sentido ganham um peso crescente na fragilidade e superficialidade governamentais.
A anunciada reforma do sistema desportivo, que à data é uma reforma do sistema legislativo - anunciada neste blogue por um preclaro anónimo, não vá o diabo tecê-las, invocando o recurso a especialistas nacionais e estrangeiros que um dia se conhecerão - é apenas, para já, uma política de regulação de actos de visibilidade pública de um governante. Os seus méritos ou deméritos o tempo avaliará. O que vale em termos de ideias é interessante. Em poder é muito. Em pose também. Mas esse é o terreno natural de quem tem como profissão ser político. Porque o resto acaba quando se acabar o poder. Não se lhe conhece um texto de que seja autor que valha a pena ler. Um discurso que mereça estudo. Um percurso académico distinto. Uma referência doutrinária. Um gesto que marque uma governação. O seu “Magalhães” é o “primeiro relvado”.É muito para quem tem ambições paroquiais. É pouco para quem tenha algum mundo.
Com muitas das previsões sobre as realidades desportivas sucede precisamente a mesma coisa. Por um lado é a aleatoriedade própria dos fenómenos sociais. Por outro, a maior parte dessas previsões assentam em diagnósticos errados, sem quaisquer estudos independentes que sustentem as politicas. Agravado, no que concerne ao desporto, por todos darem palpites. E por os negócios que certos tipos de iniciativas permitem “empurrarem fundadamente” muitas das decisões.
O grau de endividamento das autarquias que se envolveram na aventura dos estádios para o Euro 2004 é elevado. Mas ninguém quer falar do assunto. Menos ainda quantificá-lo. Houve, como era expectável, estádios que não eram necessários. E agora há usos a menos e custos de manutenção a mais. Quanto está a custar ao país o legado do Euro 2004 é coisa que a ninguém interessa estudar. Como não interessa estudar e avaliar o custo de muitas infra-estruturas desportivas públicas que por esse país fora estão sem adequado aproveitamento face aos investimentos realizados.
Recentemente, entusiasmado com a eventual candidatura ibérica ao mundial de futebol, o Secretário de Estado do desporto afirmou, primeiro que o momento não estava para festas para, passado algum tempo, dizer qualquer coisa deste tipo: com as infra-estruturas que temos só precisam de uma pintura. O que é que isso quer dizer em termos de custos? “Muito pouco com as vantagens da realização de alguns jogos no nosso país, com a visibilidade de Portugal, com o retorno turístico e as receitas que daí advém”.
A tese é conhecida e qualquer das muitas agências de estudo que, como alguns juristas, receitam de acordo com a encomenda, poderá apresentará números que confirmarão que se trata de “uma grande oportunidade” para o país. Em tudo idêntica à que valeu para passar para a CSS Stellar dois milhões de euros num negócio, cuja “operação” de transferência ocorreu mesmo antes do respectivo cabimento e autorização de pagamento . É inimaginável o que Portugal ganhou com esta dádiva cujo protocolo aguarda melhor oportunidade de ser conhecido embora já tenham passados dois anos!
Numa penada, as palavras do Secretário de Estado, corroboradas em Macau por Jorge Sampaio - num daqueles congressos das agências de viagens que são feitos para meia dúzia de maduros e respectivas famílias passearem - revelam todo um programa de acção de quem domina, como poucos, estas questões e cujo saber e proficiência estão sobejamente demonstrados. Não é necessário estudar o assunto por entidades independentes, contraditar as diferentes perspectivas, avaliar a afectação de recursos necessários, as responsabilidades de entidades públicas e privadas e até a dimensão simbólica de um evento num país a atravessar inúmeras dificuldades. A palavra do governante é ciência certa e entre um argumento daqueles, que demovem o mais atrevido a contraditar, e a passagem dos dedos pelas melenas que caem para a testa é toda uma dimensão de Estado que vem à tona.
Esta insensatez de quem vive a gastar o dinheiro dos outros, de quem vive deslumbrado com o portefólio dos eventos, de quem colapsou no plano teórico e se limita a dizer umas vulgaridades sem qualquer sentido ganham um peso crescente na fragilidade e superficialidade governamentais.
A anunciada reforma do sistema desportivo, que à data é uma reforma do sistema legislativo - anunciada neste blogue por um preclaro anónimo, não vá o diabo tecê-las, invocando o recurso a especialistas nacionais e estrangeiros que um dia se conhecerão - é apenas, para já, uma política de regulação de actos de visibilidade pública de um governante. Os seus méritos ou deméritos o tempo avaliará. O que vale em termos de ideias é interessante. Em poder é muito. Em pose também. Mas esse é o terreno natural de quem tem como profissão ser político. Porque o resto acaba quando se acabar o poder. Não se lhe conhece um texto de que seja autor que valha a pena ler. Um discurso que mereça estudo. Um percurso académico distinto. Uma referência doutrinária. Um gesto que marque uma governação. O seu “Magalhães” é o “primeiro relvado”.É muito para quem tem ambições paroquiais. É pouco para quem tenha algum mundo.
(1)-provérbio árabe
12 comentários:
A sua frase
"Se existissem dúvidas, os tempos que correm demonstram que não há qualquer forma científica de fazer previsões económicas. E que até os mais credenciados e laureados especialistas se enganam. E o mesmo vale para diferentes instituições onde eles trabalham (ministério das finanças, união europeia, banco europeu, OCDE, banco mundial FMI,etc).Sobre as mesmas matérias emitem regularmente pareceres muito diferentes quando não até, completamente opostos."
é a justificação para as estruturas de poder que apenas usam o direito como instrumento e nem lugar para técnicos de desporto têm.
Sem os pareceres dos especialistas a realidade seria ainda mais confusa. Os economistas também não têm de estar sempre de acordo uns com os outros. A realidade económica é complexa e controversa, como as realidades de todas as ciências.
Você não questiona as operações só porque há médicos que de vez em quando agravam a saúde dos pacientes.
As estatísticas e os estudos são os instrumentos dos economistas.
Na sua economia pessoal você usa estatísticas e análises que qualquer pessoa de bom senso usa para gerir a sua vida positivamente.
Havendo estudos e estatísticas sobre o desporto português você passa a ter outra capacidade de apreciar e julgar e ser mais incisivo do que actualmente é face ao deserto prevalecente.
Aqueles que critica apoiam inteiramente a sua primeira frase contra os 'incapazes' dos economistas.
Mas parece que você não gosta desta companhia, a fazer fé no resto do artigo.
Junte-se criteriosamente aos economistas é o meu parecer.
Essa é a 'moeda boa'.
Caro Fernando
Prefiro o Medina Carreira que é jurista a falar de economia, a Helena Matos que é jornalista a falar da influência da Maçonaria no governo e o Carlos Candal que é advogado a denunciar o lobi gay no poder. Os saberes profissionais são sempre limitados face às várias dimensões dos problemas a estudar. O desporto não é uma ciência. Vive de saberes de outras ciências. Tanto precisa de economistas como de juristas. E pode acrescentar , sociólogos, historiadores, psicólogos, bioquímicos, antropólogos e o que mais se lembrar de tudo quanto for conhecimento especializado sobre o comportamento motor , as condutas individuais e sociais e a organização social.
Os portugueses perderam poder de compra entre 2005 e 2007 relativamente à média da União Europeia e Portugal surge na cauda da lista dos 15 países da Zona Euro, com o pior poder de compra de todos, nos 76,2 por cento, segundo dados hoje apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).Será que tudo isto se deve à herança recebida?Será que não exite vergonha por continuar a querer mais circo sem pão?
Se se for ver qual a actividade da CSS Staller, facilmente se acredita que os dois milhões empregues em "alta velocidade" certamente gerou um retorno e mais mais valias para o país.... certinho e direitinho.!!!!!
Mas favores, com favores se pagam,!!!!
O automoveis é que estão a dar!!!!!
e nós contribuintes a acreditar nas tretas destes politicos....Os governantes devem ter razão ao pensar que o POVO é mesmo estupido e nao sabe pensar...!!!!
E ninguem responsabilaza ninguem???? Terão posto vendas ao Tribunal de Contas?????
Um Feliz natal
A todos os que contribuíram para um bom funcionamento desta casa desejo um Feliz Natal.
È pena que para alguns o Natal tenha sido todo o ano e para outros não!
Diria que durante este ano houve um roubo descarado num Instituto Público! Belos cafés e belas viagens pelo mundo fora...Um Natal fascinante todo o ano! Jamais tinha acontecido tanta mordomia e outros é que foram acusados de roubo! Que vergonha é esta?!
Onde estão os Dirigentes máximos desta casa? Exmos. Senhores abram os olhos enquanto é tempo, porque o barco vai afundar e o capitão costuma afundar junto...
Exmo. Senhor Secretário de Estado que anda a fazer? Em vez de desejar um bom natal aos funcionários vai desejar que haja fair-play!
Juntando o útil ao agradável vamos falar no facto de alguém ter atestado médico durante quase meio ano e no Natal merecer um prémio de desempenho?! Isto é ter um Feliz ano de 2008 e um Feliz Natal, mas pensem meus amigos… qual será o critério para atribuição? Ou, será um convite para que todos ponham atestado, uma vez que a assiduidade não conta?... Que conta então? Lamber as botas?...Oremos irmãos!
Pensa-se em destruir parte do que era a imagem deste instituto, que como dizia José Manuel Chabert , as instalações da Lapa (piscina),eram os olhos do Instituto! Bem dito…era.
Um Feliz Natal para todos…mesmo para os que se deitam a pensar que partido hei-de tirar a seguir este meu reinado?!
Fiquem bem e sejam Felizes neste Natal...
O autor esquece-se que uma candidatura ibérica tem ,apesar de tudo, algumas vantagens. Poupa-se dinheiro ao IDP e já não é necessário como no último mundial pagar com dinheiro públicos 10 bilhetes para o Bibe e amigos irem assistir ao Mundial de 2006.Isto para além das viagens, alojamento e ajudas de custo.
Ex-Complexo da Lapa
Zero, “Zeroismo” e Lengalenga
Está a chegar a hora de se fazer um balanço da governação no desporto destes quase quatro anos. E para esse balanço se fazer é necessário elencar as medidas de política e os programas que foram colocados efectivamente no terreno desportivo para darem outra dimensão e dinâmica à prática desportiva, desde os estratos populacionais muito jovens aos mais idosos.
Porque governar o desporto não pode ser apenas fazer construir ou anunciar a construção de infra-estruturas, ou levar uma eternidade a regulamentar uma lei de bases. Uma governação no desporto não é, não pode ser um “ministério de obras públicas e uma assessoria jurídica” no desporto.
A promoção do desporto, da sua prática pela população, ou da melhoria do sistema federado competitivo, exigem a concepção de quadros de desenvolvimento, reflexão e criação de pensamento devidamente elaborado e baseado em bons diagnósticos de situação, tudo o que tem inequivocamente faltado neste Governo.
Ficam, por isso mesmo, apenas as frases soltas, algumas poucas linhas de discurso quase sempre em volta do futebol e do desporto profissional (que vai caminhando aceleradamente para um abismo) e umas, muitas, fotografias de inauguração de relvados sintéticos e outras ao lado de desportistas de eleição que dão jeito para a imagem do(s) governantes.
Que dizer das miserandas palavras que de tempos a tempos o ministro da Presidência, que é a tutela máxima do nosso desporto, diz do mesmo desporto que devia governar?
São caracterizadas sempre por uma mediocridade praticamente absoluta e absurda, só possível num País que não se leva a sério e que apenas cultiva o futebol – um Portugal que está “futebolizado”!
Por isso, também os jornais desportivos não reflectem sobre o desporto, sobre as suas deficiências organizativas e de gestão, ou sequer sobre a exasperante falta de enquadramento estratégico de desenvolvimento e de uma verdadeira e efectiva política governamental e apenas propagandeiam latamente sobre as virtudes dos grandes clubes de futebol, ou sobre as pressões e impressões de diversos actores desportivos, ou mesmo sobre os magníficos atributos físico-atléticos do nosso ídolo Cristiano Ronaldo.
Neste “reino do zero”, do “Zeroismo” (o socialismo do faz que nada no desporto) dos muitos zeros que governam a nossa política desportiva, aparecem com enorme facilidade grandiosos anúncios para o Mundial de 2018 em que embarcam os incautos e são muitos, como campeiam no IDP (e agora alguns comentários vão dando disso nota profusa) os absolutismos e os impróprios usos dos escassos fundos públicos para o desporto.
Ou seja uns apenas tratam da imagem quando governam e outros por aqueles nomeados tratam de se tratar bem a si-mesmos e aos que lhes são submissos, veneradores e obrigados.
Com isto tudo tal qual está e vai continuar o desporto só pode mesmo vir a ser “um terreno queimado”. Quando para mais se perspectiva a perpetuação de um Comandante salva-vidas no topo do movimento associativo.
Tudo isto é de mais e cheira mal!
José Pinto Correia
Imaginer qu’on peut identifier clairement " ce qui relève d'une communauté qui a décidé de statuer sur une connaissance pour l’ériger en savoir " manifeste une grande naïveté sociologique, faisant de la " communauté " une entité unifiée, alors que toute société est le théâtre de " luttes de savoirs ", en particulier pour choisir ceux que le pouvoir politique, économique ou scientifique dominant présentera comme " incontestables ".
Je plaide donc pour une vision plurielle et conflictualiste des savoirs, au sens strict de représentations conscientes et concurrentes du réel.
Ao anónimo de 11 Dez das 22.15.
Tem muita razão amigo, faço suas as minhas palavras, porque economizar é só para o "pequeno", porque os grandes e começando na casa mãe de Portugal roubam descaradamente. Governar o desporto não pode ser um poleiro para gastar em proveito próprio!
Devem os "pequenos" unirem-se e dizerem BASTA, antes que os grandes digam "SME"? Provavelmente...
Senhor Secetário de Estado salve esta casa...Pense que foram os pequenos que pensam anular, que chamam de "analfabetos" (palavras vergonhosas de um vaidoso), que ajudaram a erguê-la!
José Correia disse...
"Está a chegar a hora de se fazer um balanço da governação no desporto destes quase quatro anos", e tenho a dizer que concordo plenamente, mas também dos que têm reinado neste quatro anos, que dão dineiro a faculdades, mas esquecem dos funcionários! Esta casa já foi uma grande casa! Havia orgulho de pertencer a ela, mas vocês meus Senhores estão a destrui-la...
Protocolos para tudo e rios de dinheiro que se gasta, mas poupa-se na prenda de natal das criancinhas, no lanche assim como no jantar dos que ergam diáriamente esta casa!
Desculpem meus Senhores e minhas Senhoras mas digam-me: pensaram bem antes de ir a festa fingirem estar tudo bem? Ou...têm medo de represálias?
Senhores Dirigentes Pensem nisto...
Essa do ftenreiro de "junte-se aos economistas" e "essa é a moeda boa" tem uma certa piada !
Moeda Boa implica um conceito de qualidade !
parece que o ftenreiro se quer incluir nesse conceito ?
Pergunto: quem é o ftenreiro e que fez ele de relevante na DGD-INDESP-IDP ?
É que para alguém se juntar a alguém só valerá a pena se valer mesmo a pena. No caso concreto duvido !
Funcionário Público Extinto
Caro anónimo das 12,14
Se a situação é essa porque é que se dá ao trabalho?
Mas parece que você está engasgado com alguma coisa.
As suas palavras não têm consistência, como anónimo é inimputável e pode dizer o que quiser.
Caro Constantino
Se prefere ouvir o Medina Carreira com certeza que já o ouviu dizer nos "Prós e Contras" que em Portugal só se fala, fala, fala, mas não se faz nada.
Por extensão, como aqui se escreve, escreve, escreve, também não se vai a lado nenhum.
Dito de outra forma, diz o Medina Carreira, andamos anestesiados com as palavras (faladas e escritas) que não resolvem nada.
É o que se passa nos blogs: entretemo-nos para esquecer o país em que vivemos, e carregarmos com mais tinta preta o futuro brilhante que se antevê.
Se voltar a ouvir o Medina Carreira, vai chegar à conclusão que os portugueses deveriam falar e escrever menos, e fazer mais.
Ou não aprendeu com o Medina Carreira? Não é só gostar de ouvir. È tirar conclusões e actuar em conformidade.
A menos que ainda esteja convencido que os blogs vão resolver os nossos problemas.
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