Para mim, não era digno que esta colectividade desportiva deixasse passar mais um dia sem um texto, pequeno que fosse, mesmo sem grande eloquência, inclusive com ausência de cogitações de política desportiva ou de vivência das organizações desportivas, sobre a pública (e bem sonora) tomada de posição da maioria dos atletas olímpicos – de acordo com o afirmado pelo presidente da Comissão de Atletas Olímpicos – relativamente ao passado e ao futuro do presidente do Comité Olímpico de Portugal.
Não me interessa saber se é verdade ou não – como é ripostado – que são manobras eleitorais ou se os atletas estão a ser manipulados, na leitura sempre paternalista – e diminuidora da dignidade pessoal dos atletas - do presidente do COP.
O que julgo ser de enfatizar é o afrontamento directo, sem receios, que um grupo bem significativo de aletas, sempre emparedados e aliciados pelos poderes desportivos – Governo, COP e federações desportivas – entendeu, sem anonimato, levar a efeito.
Aqueles que não foram medalhados em Pequim, foram-no no Jamor, pela vitória alcançada no exercício da sua liberdade de expressão, que os coloca inevitavelmente, em algumas listas negras das muitas que pululam neste infeliz país.
Para o outro, Nelson Évora, uma segunda medalha de ouro, porventura mais valiosa que a obtida nos Jogos Olímpicos.
Para Vanessa Fernandes – não há como fugir à questão – a certeza de um futuro promissor aquando do final da sua carreira desportiva.
Não me interessa saber se é verdade ou não – como é ripostado – que são manobras eleitorais ou se os atletas estão a ser manipulados, na leitura sempre paternalista – e diminuidora da dignidade pessoal dos atletas - do presidente do COP.
O que julgo ser de enfatizar é o afrontamento directo, sem receios, que um grupo bem significativo de aletas, sempre emparedados e aliciados pelos poderes desportivos – Governo, COP e federações desportivas – entendeu, sem anonimato, levar a efeito.
Aqueles que não foram medalhados em Pequim, foram-no no Jamor, pela vitória alcançada no exercício da sua liberdade de expressão, que os coloca inevitavelmente, em algumas listas negras das muitas que pululam neste infeliz país.
Para o outro, Nelson Évora, uma segunda medalha de ouro, porventura mais valiosa que a obtida nos Jogos Olímpicos.
Para Vanessa Fernandes – não há como fugir à questão – a certeza de um futuro promissor aquando do final da sua carreira desportiva.
11 comentários:
Não é uma "revolta". É um adjectivo mal empregue, e uma análise deficiente da realidade. É, pelo contrário, a primeira de muitas consequências da profunda reforma no sitema do desporto que está a ocorrer. A nova Lei de Bases, aliás conforme o planeado, permitiu o Regime Juridico das Fedrações. E o que isso vai implicar para os "atletas" nas Assembleias Gerais das Federações? O que é vão ter, que nunca tiveram antes? O mesmo direito a um voto que os outros protagonistas que não fazem desporto. Esta posição dos "atletas" vai ser o início de um contributo que nunca os deixaram ter. É assim que a leitura se conforma mais com a realidade dos factos.
Este anónimo tem razão.De facto ainda não nos tínhamos lembrado da lei de bases e da regulamentação do regime jurídico das federações.Aí esta tudo previsto e resolvido e com ela o desporto português vai dar um salto que daqui a dez anos ninguém o reconhece.Haja entretanto paciência para tanta petulância e convencimento!
Luís Serpa
O mesmo "anónimo" da primeira mensagem, acrescenta ainda: "Sim, conforme o planeado". Porque em Portugal, e na acção política na área do desporto, nunca houve como agora, um programa definido com clareza, com metas e objectivos perfeitamente clarificados, e resultados quantificados a alcançar. E esse programa, que foi construido em 2004 durante a preparação do programa do XVII Governo, por um grupo de pessoas com as melhores qualificações que há em Portugal e no estrangeiro (que um dia se mostrará), e experiência de muitos anos no desporto com provas dadas, está a provocar esta profunda reforma. Estrategicamente, em vez de se anunciar antecipadamente que se ia fazer uma reforma, para evitar as naturais rejeições e resistências, estabeleceu-se uma sequência de acções com uma ordem temporal particular que estão a ser cumpridas na integra. Só muito poucos responsáveis pelo desporto estão preparados para perceber o que está a acontecer em termos de mudança estrutural no modelo de desenvolvimento do desporto. A razão é simples. A maioria não tinha consciência do modelo onde ia fazendo a prática, no dia a dia, ao longo dos anos. Achava que o que estava "era natural". O que vai acontecer é uma nova geração de jovens, muito bem preparados, ir gradualmente conquistando o poder nas Federações e Associações, nas autarquias e nas Universidades. E há ainda outras surpresas antes de acabar esta legislatura. E a próxima já tem o seu plano e programa, que aliás é a parte 2 da mudança encetada em 2005. A isto chama-se governar. Coisa que há 30 anos faltava ao Desporto. Basta olhar para o estado em que deixaram até 2004 a Escola, o alto-rendimento, as infra-estruturas desportivas, o IDP, os indices da prática desportiva, o financiamento, as Assembleias das Federações, etc., etc. Os resultados são a capacidade das pessoas, não é a conversa filosófica e as grandes tiradas teóricas que são fáceis de fazer, até num café ou nos corredores da intriga. Fazer em vez de falar.
Diz Henrique Monteiro no expresso, 09dez2008, em relação ao estatuto dos Açores, que "Não há respostas políticas a estas perguntas. Há apenas chicana; uma rendição ao pior que a política tem."
Entendamo-nos que o desporto sofre deste mal, como o anonimato demonstra.
Lá vem o anonimato outra vez. Não há maneira de aprenderem, com as lições do passado. O não-anonimato, as votações de braço no ar, a exibição do nome e do estatuto, os que simulam a Liberdade mas querem apenas perseguir as pessoas, atemorizar os alunos, inibir os que têm menores galões na lapela, os que querem saber para perseguir, etc., é uma história velha. Em portugal durou 40 anos de Ditadura. Foi o que provocou os bufos, a caça às bruxas, a censura, as perseguições dos pides, os votos condicionados pelos caciques. O voto em Democracia é anónimo, por causa desta evidência. O que mais ameaça os "doutos senhores" é o anonimato que a Internet permite. Porque só contam os argumentos, e não a cara ou estatuto da pessoa. Os que não aguentam a Liberdade e a Democracia têm essa intrinseca tendência de denunciarem e bufarem. É uma história velha.
O que pode levar alguém a afirmar que se está a assitir à maior reforma do desporto português e a governar no desporto como se não fazia há 30 anos e depois assinar como anónimo? Medo do ridiculo?Reconhecimento da sua situação de assalariado governamental? Ou apenas falta de coragem e dignidade cívica?
Carlos Monteiro da Silva
O docente que venceu o prémio de Professor do Ano em 2007 aderiu, esta quarta-feira, à greve dos professores em protesto não tanto pelo contestado processo de avaliação dos docentes, mas mais por causa das políticas do Governo.
Ouvido pela TSF, Arsélio Martins classificou mesmo algumas destas políticas de «repugnantes» e disse esperar que esta greve «poderosa» também «afecte o Governo e ponha as pessoas a pensar».
«A política do Governo, não só para a Educação, mas em vários aspectos, para mim, em algumas alturas, chega a ser repugnante», acrescentou este docente.
Arsélio Martins disse ainda ter sido convocado para esta greve não tanto pelos «sindicatos e agentes sindicais ou pelos problemas da avaliação dos professores, mas principalmente pelo eng. José Sócrates».
«Andei a elogiar o ministro das Finanças que não queria salvar bancos privados portugueses e gestores de fortunas e fui surpreendido por José Sócrates a mudr totalmente essa política», adiantou.
Este docente disse mesmo não acreditar em políticos que «fazem sistematicamente coisas deste tipo, principalmente numa situação em que há desemprego, problemas complicados financeiros e em que os políticos tomam decisões completamente erradas».
È claro que se trata de um professor pouco atento à politica para o desporto onde se fazem coisas nunca feitas nestes últimos trinta anos
Ex-Complexo da Lapa
A Lapa era do Estado Central para quê? 10 mil metros quadrados roubados ao desporto dos que viviam na Freguesia da Lapa, quantos anos? Meia dúzia de privilegiados a tomarem duche, a fazerem sauna, a fazerem umas jogatanas de futebol? Uns estacionamentos à borla para outra escassa minoria? Era chegada a altura de devolver esses 10 mil quadrados ao desporto para a autarquia, e não apenas para os que têm idade e saúde para o alto-rendimento. As Federações têm outros lugares com melhores instalações, e que saem mais barato aos contribuintes. A Lapa é para a população da Freguesia. Serviços em que os utentes nem sequer tinham o estacionamento necessário, em que os índices de utência eram uma vergonha. A Lapa foi uma boa mordomia para uns quantos privilegidos, à custa do Povo. A Lapa com pomposos letreiros que não correspondiam à verdade dos serviços prestados. Uma publicidade e uma propaganda enganosa, que até envergonava a seriedade. O Governo acabou com essa ineficácia e com essa ineficiência, que durava vergonhosamente há tempo demais. Chama-se a isto "governar para o Povo", e não para uma minoria de privilegiados. O Bem Público acima dos interesses corporativos dos mordomos.
Ao anónimo das 16,13
Há um problema da democracia portuguesa quando vivendo em democracia há pessoas que se comportam como vivendo em ditadura.
Provavelmente tem razão.
A existir a ditadura ela talvez esteja em quem se comporta segundo as suas regras.
O problema da democracia portuguesa portuguesa é tanto mais grave quando esse grupo de pessoas ocupa o poder e age paternalisticamente, tratando os dirigentes desportivos e a população como incapazes de compreender a sua ditadura benfazeja.
De facto a 'revolta na Bounty' é uma consequência de factores fundamentais de iliteracia que liquefazem esta legislatura.
Pequim estava à espera de acontecer. Obikwelo não foi um conseguimento da política desportiva portuguesa e o Sérgio Paulino afinal tinha asma. Diferentemente ambas as medalhas foram acasos.
A avaliação de Atenas 2004 foi inconsequente e na véspera de Pequim num debate do Panathlon Clube de Lisboa o COP apareceu em peso e esmagou afirmando que tudo estava a correr bem. Actualmente é voz corrente que os ingleses é que fazem bem.
Os anónimos dizem maravilhas do que não pode ser medido. Há quem assegure que as estatísticas são mentiras.
Enfim, temos limitações e vamos continuar com estes comportamentos que nos tipificam.
Você, anónimo das 16,13, ocupando o poder deveria ter um outro comportamento para conquistar votos com mel e não com vinagre como quando começa a falar de bufos. Refere-se aos seus colegas da ditadura, não é? Parece que se dirige a outras pessoas...
Ahhhhh estes portugueses :-))
Ainda acreditam em Democracia, em Povo, em Liberdade...
Faz-me lembrar uma certa frase de alguém, concerteza masoquista, que seria "quanto mais me nates mais gosto de ti" :-))
É por isto, por esta falta de neurónios, quiçá culpa das muitas novelas e do muito futebol televisivo, que estas gentes que estão no "fundo do penico" em todas e quaisquer estatísticas seja em que realidades sejam...
E continuam a acreditar no pai natal e nas tretas das lendas e narrativas...
Não há pachorra para esta gente !
Funcionário Público Extinto
E depois há aqui uma gralha, um erro grosseiro ou espacial...
...a revolta não na Bounty, é na Grécia, e parece que tem prosélitos noutros países comunitários da proclamada europa Ocidental (não será Acidental?)...
porque... há gente a morrer todos os dias... e não é a morte de um rapazinho na Grécia que fez rebentar a arruaça...
...sim, sim, tirou-me as palavras da boca... é isso... foi o pretexto para a revolta, contra o que está mal estatuído... em crescendo.
E, como diz o inefável João Jardim, "um dia admiram-se"...
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