Portugal é sinónimo de grandeza. De afirmação entre as nações. 2010 é, pois, necessariamente, mais um ano de recidiva de abertura ao Mundo, de modernidade, da comprovação que somos capazes, como os melhores, de empreendorismo desportivo. É bom viver desportivamente neste País.
Tendo terminado, tão inesperadamente como se iniciaram, os ecos da assombrosa afirmação de que porventura seria melhor implodir o estádio de Aveiro – uma pérola desse inesquecível momento de portugalidade que foi o EURO 2004 –, e já em plena campanha para a organização de um Mundial de futebol, eis que de Leiria brotam notícias (já sabidas mas poucas vezes referidas).
O presidente do município admitiu, em Assembleia Municipal – realizada segunda-feira passada – vender o estádio municipal. Para este autarca, o estádio é o grande responsável pela situação financeira da Câmara Municipal.
Existem, contudo, três hipóteses: manter a presente situação, sob a alçada da empresa municipal Leirisport, vender a um investidor privado ou passar a sua gestão para a União Desportiva de Leiria.
O serviço da dívida e as despesas de manutenção totalizam cerca de € 5.000 diários: “Um sorvedouro de dinheiro que devia ser aplicado noutras obras”.
Para Raul Castro, “a venda seria o ideal para a autarquia e para o próprio concelho”, pois assim poderá ter “acesso aos recursos que estão a penalizar gerações futuras”. Raul Castro adiantou ainda que as obras estavam previstas totalizarem 19,5 milhões de euros, mas o custo do estádio, incluindo a aquisição de terrenos, está neste momento “acima dos 90 milhões”.
Mas nada de derrotismo, nem de espírito negativo, ainda para mais num dia destes.
Segundo a LUSA “Futebol português é o mais gastador da Europa no mercado de Inverno”. Em novos jogadores já investimos 17 milhões de euros. Por ora, lideramos, o que é da nossa natureza. Com ou sem petróleo ou diamantes.
Não necessitamos disso. A nossa riqueza natural está no homem português e na sua inesgotável capacidade de ser um homem moderno, positivo. Em 2010, como sempre.
Tendo terminado, tão inesperadamente como se iniciaram, os ecos da assombrosa afirmação de que porventura seria melhor implodir o estádio de Aveiro – uma pérola desse inesquecível momento de portugalidade que foi o EURO 2004 –, e já em plena campanha para a organização de um Mundial de futebol, eis que de Leiria brotam notícias (já sabidas mas poucas vezes referidas).
O presidente do município admitiu, em Assembleia Municipal – realizada segunda-feira passada – vender o estádio municipal. Para este autarca, o estádio é o grande responsável pela situação financeira da Câmara Municipal.
Existem, contudo, três hipóteses: manter a presente situação, sob a alçada da empresa municipal Leirisport, vender a um investidor privado ou passar a sua gestão para a União Desportiva de Leiria.
O serviço da dívida e as despesas de manutenção totalizam cerca de € 5.000 diários: “Um sorvedouro de dinheiro que devia ser aplicado noutras obras”.
Para Raul Castro, “a venda seria o ideal para a autarquia e para o próprio concelho”, pois assim poderá ter “acesso aos recursos que estão a penalizar gerações futuras”. Raul Castro adiantou ainda que as obras estavam previstas totalizarem 19,5 milhões de euros, mas o custo do estádio, incluindo a aquisição de terrenos, está neste momento “acima dos 90 milhões”.
Mas nada de derrotismo, nem de espírito negativo, ainda para mais num dia destes.
Segundo a LUSA “Futebol português é o mais gastador da Europa no mercado de Inverno”. Em novos jogadores já investimos 17 milhões de euros. Por ora, lideramos, o que é da nossa natureza. Com ou sem petróleo ou diamantes.
Não necessitamos disso. A nossa riqueza natural está no homem português e na sua inesgotável capacidade de ser um homem moderno, positivo. Em 2010, como sempre.
5 comentários:
Bravo!
Viva o Portugal moderno!
Já agora, de onde vêm e para onde vão os muitos milhões gastos nos "reforços" futebolísticos por SADs falidas?
Quando é que uma equipa de futebol se considera definitivamente reforçada? Nunca?
Com os reforços de Inverno, um jogador pode simultaneamente ser campeão nacional e ter jogado no mesmo campeonato contra essa mesma equipa? Isto é legítimo e possível?
O futebol, com a "reforcite aguda" já só é um pretexto para negócios obscuros e enriquecimentos escandalosos.
Vivam os "offshores"!
Viva o Portugal moderno!
Já agora,
quando o jornal desportivo com maior tiragem considera "Homem do Ano" um negociante de "reforços", estamos conversados...
O modelo de desenvolvimento desportivo que está em curso irá ter consequências equivalentes quando as autarquias descobrirem que as infra-estruturas desportivas que estão criadas não têm consumidores dispostos a pagar do seu bolso a utilização das instalações ou que na Assembleia Municipal se levantam vozes contra as respectivas despesas de manutenção.
Não são apenas os estádios do Euro 2004 e os mega-eventos desportivos que estão em risco, são as infra-estruturas que não conseguem um lucro imediato.
Possuindo lucro são capturadas pelos empresários depois do investimento público e até parece que as contas estão certas.
Desde a concepção dos empreendimentos, à decisão de investimento e ao modelo de gestão existem lacunas que afectam directamenteas instalações e indirectamente como as medidas de promoção da prática desportiva.
Sem uma política económica saudável o desporto criou as suas próprias condições para ir mais fundo na crise do que os outros sectores.
A processão poderá estar no adro.
Pinto da Costa sabe como se compram jogadores e já descobriu que o seu petróleo é a competência que criou no FCPorto.
Neste sentido, a responsabilidade do que acontece é devida a agentes públicos e aos privados que até fazem fila para entrarem no Conselho Nacional do Desporto.
É importante referir-lhes que existe uma responsabilidade política e social para as suas lideranças e para os seus actos.
Os problemas descritos são conhecidos há muito e, porém, na legislatura passada fizeram-se coisas que se reputam muito importantes.
Já agora,
quando o segundo jornal desportivo com maior tiragem considera "Figura do Ano" um ex-jogador de futebol com 37 anos que nada fez de concreto pelo desporto em 2009 a não ser falar-se numa hiptética candidatura a Presidente da FPF, estamos conversados...
De que é que adianta falar em modelos ou estratégias de desenvolvimento desportivo ou mesmo de legislação, quando o nível cultural médio do país, representado pelos Directores dos jornais diários referidos, é este?
Para que serve um Conselho Superior de Desporto com a composição que se conhece e que, na maioria, está ao nível de tudo isto?...
E quando o site oficial do Comité Olímpico de Portugal exibe uma lista de atletas integrados no Projecto Londres 2012 desactualizada há vários meses?
Esqueçam, não vale a pena pregar no deserto... O pessoal não leva nada disto a sério... O que a malta quer é "reforços", protagonismo e, já agora, umas massas também dão jeito!
Um país moderno:
Considerando apenas os Jogos Olímpicos de Verão, comparemos o nosso "moderno" país com outros países da União Europeia com população semelhante ou menor e atenção ao número de participações e medalhas obtidas:
PORTUGAL:
população: 10,6 milhões
participações: 22
medalhas: 22
HUNGRIA:
população: 10,1 milhões
participações: 24
medalhas: 459
BÉLGICA:
população: 10,4 milhões
participações: 24
medalhas: 139
GRÉCIA:
população: 11,2 milhões
participações: 26
medalhas: 108
ÁUSTRIA:
população: 8,3 milhões
participações: 25
medalhas: 86
REPÚBLICA CHECA:
população: 10,3 milhões
participações: 4
medalhas: 33
Outros países da União Europeia com população menor e mais medalhas:
SUÉCIA: 475 com 9,2 milhões
FINLÂNDIA: 299 com 5,3 milhões
DINAMARCA: 170 com 5,5 milhões
ESTÓNIA: 31 em 10 participações
IRLANDA: 23 com 4,3 milhões
Isto são apenas alguns exemplos.
Em vez de comemorar o centenário do COP, devíamos era ter vergonha... e assobiar para o ar!
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