terça-feira, 23 de março de 2010

Amor à camisola

As expressões “extra-mile” ou “I always go the extra mile” são geralmente utilizadas para caracterizar os colaboradores que ‘vestem a camisola’ da organização onde estão inseridos, seja profissionalmente seja de uma forma voluntária.

A falta de visão e missão nas organizações ou na ‘umbrella’ – nome atribuída à entidade em alguns países que supervisionam todas as restantes – leva claramente à indefinição na tomada de decisão indo de encontro a um qualquer objectivo estratégico ou operacional previamente definido.

Não existem muitas formas de analisar ou avaliar o 'amor à camisola' das pessoas perante as organizações ou projectos. Alguns tópicos são transversais nessa mesma averiguação:

. identificarem-se com a visão e missão da organização ou projecto;
. proactividade;
. identificarem-se com os valores e objectivos;
. a liderança e que estilo mais apregoa à existência dessa cultura de provocar e estimular mais 'extra-miles';
. e o mais importante para vestir a camisola na minha empresa, se é quem lidera (personalidade, carácter), a tarefa que desempenho (objectivos a alcançar), a equipa (processos de grupo) ou o contexto (realidade em que se insere).

A falta de uma definição, um goal totalmente definido e assumido por todos como de...todos, faz com que toda uma missão se vá 'definhando' no caminho até atingir o seu goal. O compromisso de todos não implica que concordem...mas o aceitem como seu. Para além dos tópicos que referi, a falta de bom senso de quem (supostamente) lidera afecta em muito o 'amor à camisola' das pessoas ou colaboradores.

Todos os dias somos confrontados com a falta de bom senso, quer em termos de gestão quer em termos de consequências das acções. Constantemente estas decisões apelam à nossa capacidade de suportar o ego em função das prioridades das organizações e de causas sociais, desportivas, organizacionais, laborais, etc.

"No more extra-miles" é o que se vai vendo por aí. Reacções que as pessoas tomam face ao apelo das organizações e dos seus gestores/líderes a mais esforços e sacrifícios dos seus colaboradores recebendo em troca decisões que têm de tudo menos a sagacidade de quem deve liderar: foco nas pessoas que lidera e não o seu ego. Aos nossos líderes ou gestores ou outro nome que lhes queiram atribuir, para o bem da nossa causa, a nossa organização, o nosso País...pensem mais no core business e nas pessoas.

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro Rui Lança,

Onde posso assinar por baixo? De facto...vai colocando e bem observações muito inteligentes. Penso que muitos de nós ao lermos, pensamos que se trata DO 'nosso exemplo'.
Cumps,

MP