segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Os hábitos de formação dos dirigentes desportivos

No âmbito de um convite para abordar o campo da formação dos dirigentes desportivos em Portugal, deparamo-nos com as dificuldades de captar estatísticas relativamente a esses mesmos hábitos. Não sabemos bem quem são, o que fazem e como o fazem, e que caminhos percorreram até chegar a essas tarefas.

Temos a definição do que pode ser considerado um dirigente desportivo na Lei de Bases, mas não deixa de ser verdade que o mesmo pode encaixar-se na área do voluntariado, profissional, vários cargos e/ou tarefas, não sabendo que tipo de formação ou anos de experiência como ex-atleta, ex-treinador, ex-árbitro, etc., necessita para exercer esses mesmos cargos.

As entidades que regulam a prática desportiva foram debruçando-se sobre as formações para ser treinador, quer seja para escalões de formação quer seja para os práticas mais competitivas/profissionais. Na área da arbitragem, a formação é direccionada e bem dirigida no que concerne à evolução e aos vários escalões existentes. Se o dirigismo assume um papel importante e com bastante peso no resultado final da oferta final do desporto em Portugal seja ao nível da prática desportiva seja ao nível do produto/serviço, não se compreende o 'porquê' de continuarmos a desleixar esse campo, a oferta formativa, as necessidades existentes e captadas.

Com uma simples procura, é possível concluir que a oferta hoje de formação para os cargos de dirigentes é superior. Não apenas a oferta da formação académica, mas também por parte das Autarquias, ex-IDP, Empresas e ONG's. Tem crescido, tem chegado a mais locais, está mais ampla, mas sem qualquer controlo de oferta, qualidade e acima de tudo, das necessidades existentes e dos perfis que nos rodeiam.

Também aqui é preciso ir ao encontro do que já se 'oferece' em outros campos e dividir a formação que é necessária em dois campos (no mínimo):

- Hardskills, onde se encaixa a vertente educacional, académica, experiências como atleta, dirigente, árbitro ou outros cargos. - Softskills, os valores pessoais, as atitudes e os comportamentos relacionados com a escuta activa, saber trabalhar em equipa, compromisso colectivo, liderança, etc.

Não é suficiente aumentar o número de pessoas formadas. A oferta e o seu crescimento deverá considerar as necessidades e o contexto. Responder a questões como os pontos fortes, a melhorar e qual a estratégia global para atingir um objectivo.

A formação de dirigentes deve oferecer uma maior componente e estar cada mais voltada para o saber fazer, diminuir as 'quintas' existentes e conseguir criar uma maior sintonia entre as partes envolvidas no processo, recorrer-se à aprendizagem e à inclusão dos vários elementos na tomada de decisão sobre os conteúdos das formações, visar o compromisso de acção e obtenção dos resultados e proporcionar um processo de reflexão contínuo com o intuito de melhorar em todos os momentos.

Felizmente o dirigismo actual é dedicado, embora isso não seja suficiente, possui pessoas motivadas, mas a pouca formação ou o desalinhamento existente pode em pouco tempo desmotivar e desalinhar as pessoas que ainda se debruçam voluntariamente ou desvirtuar as que em termos profissionais, são dirigentes desportivos.

Por último, quer se goste quer não se goste, conclui-se cada vez mais que são algumas competências não técnicas que vão diferenciando as boas organizações sejam elas focadas em fins lucrativos ou não. Competências que podem ser treinadas, formadas e acima de tudo, porque muitos dos dirigentes as colocaram em prática enquanto atletas, treinadores ou árbitros. Falamos de competências como a liderança, sermos inteligentes em termos emocionais, sabermos comunicar e deixarmos que comuniquem de forma mais clara e concreta, e acima de tudo, o dirigismo ser interdependente de outras áreas do desporto.

14 comentários:

Anónimo disse...

É preocupante verficar que existem bastantes Federações em que os presidentes são sistematicamente eleitos sem qualquer lista de oposição.

Quanto mais tempo ocupam no cargo mais fácil se torna dominar e manipular completamente todas as estruturas federativas.

A nova legislação veio limitar o número de mandatos como presidente, mas permite que as mesmas pessoas ocupem um outro cargo importante como a presidência da Assembleia Geral.

Sem oposição, por não valer a pena a outros concorrerem em condições à partida desiguais e com listas unitárias para os diversos órgãos, é possível uma perpetuação do poder nas tais "quintas".

O que se nota, sobretudo nas Federações mais profissionalizadas ao nível do alto rendimento (atletas e treinadores), é uma existência de Direcções executivas compostas quase na totalidade por amadores, sem preparação nem disponibilidade para as respectivas funções.

Consequentemente, constata-se um sensível desiquilíbrio entre o nível de exigência das funções e a capacidade de resposta dos dirigentes.

Armando Inocentes disse...

Caro Rui Lança:

Ainda bem que aparece alguém preocupado com a formação de Dirigentes ( e não de dirigentes!)...

Apenas duas observações:

1- Um dos problemas está no como? Como é que "a formação de dirigentes deve oferecer uma maior componente e estar cada mais voltada para o saber fazer, diminuir as 'quintas' existentes e conseguir criar uma maior sintonia entre as partes envolvidas no processo"? Pode haver formação e as "quintas" continuarem na mesma!

2 - "Felizmente o dirigismo actual é dedicado, (...)possui pessoas motivadas" - sim é verdade nalguns casos. Noutros casos não deixa de ser verdade: o dirigismo actual é dedicado às suas regalias, à sua promoção social, são pessoas motivadas para "coçarem para dentro"... e servirem-se do desporto em vez de o servirem! (isto para não falar nos dirigentes que já estão fora de prazo!).

Um abraço!

Anónimo disse...

Julgo que os dirigentes desportivos não estão sózinhos neste aspecto.
Provavelmente ignoro qual é a verdadeira situação noutras áreas, mas será que alguma formação especial/mínima é requerida a um candidato ao cargo de presidente de câmara ou de junta de freguesia ou ao cargo de vereador ou, ainda ao cargo de ministro ou secretário de estado (para citar apenas alguns)?
Será que existem estudos comparados sobre boas práticas além-fronteiras? Há conhecimento de países onde seja obrigatória a formação de dirigentes desportivos?

Ao anónimo das 12:49
Não consigo perceber como é que se manipula o eleitorado ao ponto de nem aparecerem candidatos em eleições (que, ainda por cims, são secretas). Explique lá como é que o tempo no cargo é directamente proporcional ao domínio e à manipulação.
Como é que resolveria o problema, esse evidente, da desproporção existente entre o profissionalismo e a preparação dos principais actores (treinador e atleta) e o amadorismo de quem os dirige? Mais uma vez quais são as boas práticas dos nossos principais concorrentes?

Rui Lança disse...

Caro Armando,

Obrigado pelo contributo. No ponto 1, claro que pode haver ao mesmo tempo, embora o meu termo de 'quintas' leve para hábitos de dirigismo ou gestão menos positivos. Pode ser algo apenas pessoal.

No ponto 2, concordo a 100%!

Rui Lança disse...

Caro Anónimo das 13:47. Se houver, gostaria de saber. E a tal proposta de haver quase como um perfil para dirigismo nunca seria 100 % aceite, embore eu me esteja a focar nas competências mais pessoais, os tais softskills, tão difíceis por vezes de mensurar.

Cumprimentos,

rl

Anónimo disse...

Anónimo das 13.47h:

Você faz duas perguntas, às quais vou tentar responder.

1)O tempo que se está em qualquer cargo obviamente é decisivo quando as pessoas se pretendem perpetuar no mesmo.
Porquê?
Porque ao longo dos meses, anos e décadas é possível ir modelando todas as estruturas e conhecendo os defeitos dos dependentes, manipulando depois todas as pessoas envolvidas em função desse objectivo.

Há muitos modos de o conseguir e todos relativamente legitimados, dependendo do contexto ser mais ou menos democrático.
Nalguns casos com eleições aparentemente livres.

Vêm-me à cabeça os nomes Franco, Salazar, Fidel, Brezhnev, Kim-il-Sung, Mao Tse-Tung, Mobutu, J.Eduardo dos Santos, R. Mugabe e tantos outros.
Não devemos esquecer que alguns dos maiores monstros da História conquistaram o poder através de eleições.
O difícil é tirá-los de lá...

2)Quanto à inépcia do dirigismo amador face a desempenhos de alto rendimento, aquilo que acontece nas grandes potências desportivas, que são países ricos, é candidatarem-se, em pé de igualdade, figuras reconhecidas na área do desporto em cada modalidade.

E, após eleições verdadeiramente livres, em que os respectivos programas são amplamente discutidos, pagar-lhes suficientemente bem para que os melhores se interessem mesmo pela função, sabendo-se de antemão que é por tempo limitado.
Possibilitando uma profissionalização transitória (no máximo dois mandatos de 4 anos).

Mandatos sucessivos ao longo de décadas levam inevitavelmente a regimes ditatoriais, em que tudo é manipulado e ninguém está interessado em concorrer para perder...

No nosso caso, não vejo outra solução que não passe por Direcções Federativas compostas por executivos com pelouro, em número reduzido (3 a 5 pessoas), bem pagos, coordenados pelo presidente.

Anónimo disse...

Anónimo das 17:17
Será que você exclui totalmente a hipótese de haver dirigentes que, pela sua competência, entrega, voluntarismo, generosidade e resultados, sejam convidados ou, quase até, compelidos pelos aleitores a recandidatarem-se? Será que existem, assim, muitos dirigentes competentes que possamos desperdiçar e, mais grave, de imediato apelidá-los de trapaceiros, ditadores (e outros adjectivos)?
Imagine que você era um destes casos. Presidente de uma federação, competente, com trabalho realizado e com sucesso desportivo. Pediam-lhe repetidamente que se recandidatasse. Você não aceitaria, apenas porque tinha receio (ou a convicção) de se transformar num daqueles tenebrosos ditadores que referiu?
E se soubesse de antemão que quem hipoteticamente o poderia substituir não iria realizar melhor trabalho. Mesmo assim manteria a sua posição?
Não acredito que o nosso sistema desportivo e a nossa sociedade se possa comparar com as sociedades onde encontramos os ditadores que referiu. Será que todos os eleitores no sistema desportivo português são assim tão manipuláveis e mentecaptos? Será que todos eles andam com o passo errado e não conseguem ver aquilo que só você vê?

Anónimo disse...

(Anónimo das 13:47)
Caro Rui Lança não tenho qualquer dúvida de que a sua intenção é generosa para com os dirigentes desportivos e boa para o bom funcionamento do sistema. Porém, permita-me que lhe diga o seguinte:tornou-se um hábito corrente e recorrente apontar o dedo aos dirigentes acusando-os de serem os principais ou mesmo os únicos "culpados" pela situação da baixa competitividade do desporto português.Será que, na verdade, são eles os principais e únicos culpados da situação?
Acerca dos "softskills", que muito bem refere, há um que, em minha opinião,apresenta um défice crescente nesta "classe" dos dirigentes desportivos, refiro-me à assertividade. O dirigente desportivo desempenha, normalmente, o papel de coitadinho, lamenta-se da falta de apoios, lamenta-se da falta de consideração pelo seu papel social, lamenta-se, lamenta-se... Qual é a resposta que recebe aos seus lamentos?
-Vocês dirigentes desportivos são uns pobres subsídio-dependentes, já não há paciência para vos ouvir.
Outros "cérebros" da nossa praça apelidam-nos ora de ditadores ora de ignorantes e incompetentes, que se querem perpetuar no "poder". Pobres idiotas.
Com o "skill" da assertividade desenvolvido, o que em linguagem popular nada mais quer dizer do que "tê~los no sítio" muitos destes "cérebros pensantes" não passariam incólumes durante muito tempo, nem teriam passado o tempo que passaram pelas organizações desportivas "estruturando" as competências que agora lhes serve para fustigar os que lá continuam a dar o corpo ao manifesto.
Se os dirigentes fossem suficientemente assertivos saberiam quando dizer não, perentoriamente,aos dirigentes políticos que de desporto sabem nada e que, todos os dias, tomam decisões que lhes dizem respeito e para as quais não são tidos nem achados. Saberiam fazer contas ao tempo e às vidas (deles e das famílias) gastas em prol do desporto para correlacionar com os valores da subsídio-dependência de que são acusados.
E, já agora, caro Rui Lança que classes profissionais é que têm programas estruturados para desenvolvimento dos "softskills" que tão bem refere? Os professores? Os políticos? Os empresários? Os jornalistas? Os militares? Os bombeiros? Os médicos? Os funcionários públicos em geral? Os arquitectos? Os artistas?
Como vê, digo-o com ironia, aos dirigentes desportivos falta aquilo que com fartura existe em todos os outros grupos sociais e profissionais.
Obrigado pelo seu post.

Rui Lança disse...

Caro Anónimo agora das 21h31,

Resumindo, concordo em muita coisa com o que afirma. A assertividade permitia que existisse menos ruído e maior frontalidade mas respeito, das ideias de todos. Poderiam não concordar, certamente iria acontecer, mas a assertividade conseguia com que a comunicação existente pudesse basear-se numa plataforma mais directa, objectiva e frontal.

Quanto às classes que me fala ou pergunta. Bem, não tenho grandes dúvidas que o dirigismo desportivo ou outro qualquer, serão o espelho do que na grande maioria se encontra em muiats classes profissionais. Mas duvidar que outras classes não o treinam, áí já considero que o seu caminho é incorrecto. Outras profissões o fazem e sabem da importância do mesmo. No desporto já o há. Treinadores! Árbitros da Liga Profissional de Futebol. Se os resultados são bons ou ainda insatisfatórios, é outro ponto. Teria de haver avaliação e a própria ser mensurável. Mas outras categorias profissionais fazem-no...e ainda bem, diria eu.

Armando Inocentes disse...

Caro Rui Lança:

Vou transcrever parte de um post de ontem no meu bolog http://karatedopt.blogspot.com/ devidamente adaptado.

Ao abrir ontem o jornal «Público» na página 23, deparei-me com um artigo de São José Almeida intitulado “A corrupção em Portugal mudou e já não é o que era”.
A autora começa com palavras de Cândida Almeida, directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, que lembra que «a corrupção não é uma invenção recente em Portugal, como não o é em qualquer sociedade humana. Onde há exercício de poder, há iminência de corrupção, de que alguém tente ser favorecido por quem detém esse poder.» E após uma quase análise histórica e cronológica, termina o seu artigo com palavras de João Cravinho: «Há um grupo de avençados, que são pagos em carreiras políticas e que até podem achar que não participam na rede de corrupção, que não se reconhecem como agentes e beneficiários, mas são-no. Depois, há os inocentes úteis, que não participam directamente, mas sem os quais o sistema não se aguenta. São os que dizem: ‘Não tenho provas, tragam provas’.»

Mais adiante, nessa mesma edição, mas na página 39, encontrei a “Opinião” do Prof. José Manuel Meirim: «Deparamo-nos com um impressionante poder federativo, omnipresente e tantas vezes autoritário e arbitrário. Contemplamos a incapacidade da administração pública desportiva nas suas funções de fiscalização. Vivemos na omissão do Estado, do Governo e na sua cumplicidade perversa com algumas organizações desportivas, sejam clubes ou federações desportivas. E o Direito do Desporto, esse, perde muita da sua magia inicial. O mito cai redondamente. Resta-nos a via dura do combate desigual contra a indecência e as ofensas aos direitos fundamentais das pessoas e a sua dignidade.»

Há uma transversalidade nestes dois textos, e referem-se ambos a algo digno da citação de D. Álvaro Vaz de Almada, primeiro conde de Abranches (1390-1449): «é fartar ... fartar ... vilanagem!»

E quais os motivos? A Ética é um espaço de reflexão e de discussão que deve estar presente no seio de qualquer sociedade, de qualquer instituição, de qualquer organização… a não estar corre-se o risco de não se distinguir a animalidade irracional de uma matilha da democraticidade de um grupo organizado. A primeira só possui responsabilidades intraespécie, o segundo possui responsabilidades sociais – logo, intergrupal.

A Ética é prescritiva, a Moral é normativa! Logo, mais imperativo se torna o debate assim como a existência de um código deontológico para cada uma destas classes - dirigentes, treinadores, técnicos de arbitragem… mas disso ninguém quer saber!

(...)Onde tem estado esse espaço de reflexão? Onde tem estado a responsabilidade social dessas classes? Mas disso também ninguém quer saber…

Cumprimentos!

Anónimo disse...

Anónimo das 18.55h:

Ou você não sabe ler e interpretar um texto ou está de má fé na argumentação.

Será que eu, anónimo das 17.17h não me expliquei com suficiente clareza?

Obviamente que considero a hipótese de haver recandidaturas de 2 ou 3 mandatos de 4 anos no máximo.

Agora 6, 7, 8 mandatos, sem opositor?
20, 25, 30 anos?

Não acha estranho?

Acha normal alguém ser considerado por todos "dono" de uma instituição, marimbando-se para os estatutos?

Acha normal não haver sequer qualquer hipótese de debate de ideias e apenas existirem oficialmente "yes men"?

Vale ou não a pena estes casos serem estudados com independência?

Anónimo disse...

Agora 6, 7, 8 mandatos, sem opositor?
20, 25, 30 anos?

Não acha estranho?

Acha normal alguém ser considerado por todos "dono" de uma instituição, marimbando-se para os estatutos?

Acha normal não haver sequer qualquer hipótese de debate de ideias e apenas existirem oficialmente "yes men"?

Vale ou não a pena estes casos serem estudados com independência?

6 de Dezembro de 2011 19:39

Anónimo das 19:39

Não, em Portugal nada nos pode parecer muito estranho. No campo do dirigismo desportivo, onde predomina o voluntariado ainda acho menos estranho. Acha que há muitos candidatos, com uma qualidade reconhecida, para se candidatarem a lugares de topo da administração das modalidades? Nem para secretários de estado ou presidentes de institutos quanto mais de federações ou associações, julgo eu.
Já acho estranho alguém ser considerado "dono" pelos seus eleitores. Seria bizarro os próprio eleitores pensarem isso e reelegerem-nos. Será que é mesmo assim ou são os que estão de fora da organização é que pensam assim? Como é que é possível marimbarem-se para os estatutos? Mais uma vez, só os observadores externos é que se apercebem disso?
Quanto ao debate de ideias alguém impede que, por exemplo você ou eu ou outro qualquer, organize debates, na net ou ao vivo, para debater o que quer que seja?
Quanto aos "yes men" não sei o que lhe diga. Só lhe posso dizer que essa é uma característica geral do nosso país, um país sem massa crítica que se veja. Não é só no desporto. É na sociedade. Porém, continuo a pensar que quem não se conforma com a situação pode e deve actuar, enfrentando aqueles que se "perpetuam" nos poderes.
Sim senhor, vale a pena estudar todos estes casos. Você certamente já começou a estuda-los. Na sequência da sua reflexão sobre estes casos a que conclusão útil chegou? Como é que se deve actuar? O que é que os cidadãos interessados poderão fazer para alterar o curso dos acontecimentos? Lamentarem-se, chorarem? Apresentar alternativas consequentes?

Anónimo disse...

Anónimo das 17.00h:

Como você ainda não percebeu a mensagem, vou simplificar:

O que poderá motivar alguém a estar agarrado a qualquer forma de poder durante décadas e não o querer largar de forma alguma (como já foi provado diversas vezes com as inúmeras contradições), independentemente da área de actividade?

O que fará com que não só não apareça ninguém a candidatar-se (porquê???) como, apesar de tudo o que já foi exposto, as eleições sejam sistematicamente ganhas, há quase 20 anos, quase com unanimidade e sem opositor nem programa eleitoral?
Sobretudo quando muitos daqueles que votam (arrisco a maioria, pelos dados que possuo) são os primeiros (de dentro, não de fora) a dizerem (em privado) que estão fartos da situação?

Continua a achar perfeitamente normal?
Eu não acho!
Mas sei porquê!...

Sinceramente, acho que a tal Federação vai continuar a ter o que merece e, pensando bem, merece-o mesmo!

E por aqui me fico.

Anónimo disse...

Se sabe porquê, porque é que não diz. Assunto para o "case study"?