sábado, 19 de maio de 2012

Porque entrevistei o Pedro Proença para um livro sobre equipas

Quanto tomei a iniciativa de avançar para um projecto de escrita sobre equipas que apresentam e procuram elevados desempenhos, fruto da formação académica e da experiência profissional a trabalhar com a classe dos árbitros de Futebol das Ligas Profissionais, decidi que poderia ser um excelente contributo estar no meio de alguns presidentes e directores das maiores empresas e organizações em Portugal, pessoas relacionados com o desporto, e em particular, um árbitro. E avancei para Pedro Proença.

Não o conhecia pessoalmente, apenas analisava-o com base na sua tarefa. E avaliando-o do ponto de vista técnico, comportamental e de liderança, apercebi-me que estaria a escolher um dos melhores no desempenho. E como em muitas tarefas, engloba uma vertente muito técnica e outra bastante relacionada com a escuta activa, liderança de vários processos que acontecem ao mesmo tempo, das equipas e da sua equipa. Ao nível do processo de tomada de decisão, arriscaria a dizer, que poucas tarefas como arbitrar um jogo, teriam tantas informações valiosas a quem estuda a compreensão do processo da tomada de decisão colectiva.

Nos últimos dias, Pedro Proença foi escolhido para apitar talvez o segundo jogo de Futebol mais importante de 2012 (provavelmente, a final do Europeu de Futebol será o primeiro). Poderemos colocar as inúmeras contingências que fizeram que o Pedro fosse escolhido. Uma final entre uma equipa alemã e outra inglesa, afastaria sempre árbitros desses países, árbitros que geralmente estão colocados no topo da tabela. Mas mesmo assim, sobrariam italianos, espanhóis, os tais nórdicos que a UEFA tanto gosta, etc. Seria um daqueles sinais que nos deveriam por a pensar…afinal de contas, a UEFA reconheceu um árbitro português para apitar o segundo jogo mais importante das suas competições para este ano.

Mas não…conhecendo a nossa cultura e os agentes desportivos, não me parece que ainda seja desta que a classe dos árbitros irá ter caminho verde para poder desenvolver mais algumas competências que são necessárias para as suas tarefas. Mesmo com os vários erros que vão acontecer sempre.

Nota: É possível verificar no meu perfil o meu clube.  

2 comentários:

Luís Leite disse...

Pedro Proença é, sem dúvida, um excdelente árbitro, dos melhores do mundo.
É pena que em Portugal só se dê importância ao Futebol, já que temos árbitros e juízes entre os melhores do mundo em várias modalidades, a quem não é atribuído o devido valor.

Anónimo disse...

Excelente comentário da importância e da visão politica dos políticos ou não, sobre futebol no nosso país como actividade que interessa à juventude nacional e futuro motor na economia com a venda e receitas de jogos e jogadores nas competições nacionais e internacionais.
Os políticos ficam todos contentes em tirar aos pobres mas não tem visão estratégica onde estão verdadeiramente as fontes de receita, Desporto, Turismo e Restauração com todas as vantagens para o aumento das receitas na actividade económico existente em todo o país..
Quanto as bolsas dos atletas olímpicos, conforme disse o Sec. Estado do Desporto Alexandre Mestre, receber ou não a horas é mesma coisa..
Valha-me Santa Rita....