Depois de uns dias fora de Portugal, por ora por motivos profissionais, regresso quase sempre muito saudosa ao "meu Porto". Desde bem jovem que sou inundada de nostalgia ao atravessar o rio Douro ou ao contemplar a vista área deste cantinho nortenho e raramente prescindo de ficar o máximo de minutos possíveis neste absorvimento. Apego às raízes, identidade bairrista, sentimento pacóvio, chamem-lhe o que quiser, pouco me importa, mas que é muito bom é. Gosto de sentir-me novamente em casa, e a minha casa, aquela que me aquece a alma, é sempre indiscutivelmente no Porto.
Contudo, este regresso já não é tão entusiasmante nem tão esperançoso como outrora. E desta vez senti, inclusive, com certa intensidade a angústia a entrar em mim de forma mais avassaladora. Por mais optimista que seja e que assim queira permanecer, por mais que ame este país, por mais que queira que ele progrida e se despegue da estagnação, do marasmo, da resignação, do impasse, sou invadida pela sensação de que a conjuntura socioeconómica e o atavismo conservador da mentalidade portuguesa não ajudam em nada.
Na ânsia de me colocar a par das novidades, falo com a família, os amigos, leio os jornais, ouço os noticiários e o que encontro de novo e sobretudo moralizador, promissor e arrebatador? NADA…
Neste País, parece que nada acontece, parece que o tempo pára para dar azo à rotina maçadora, ao fazer por fazer, ao surgir das datas agoniantes de pagar as contas antecedidas do dia dos míseros salários nacionais que as cubram, para muitos, pelo menos parcialmente.
Deparo-me novamente com a revolta dos professores e das respectivas associações sindicais, com o aumento das taxas de juro, com o aumento progressivo dos assaltos à mão armada e da insegurança em geral, e não pararia com desgraças se não me lembrasse da cultura e do desporto…
Ainda bem que por estes dias temos um Rodrigo Leão a representar Portugal no Ulsan Worl Music Festival, na Coreia do Sul, uma Paula Rego a inaugurar uma exposição retrospectiva em Lisboa, com obras criadas desde os anos 50 até à actualidade, um Manuel de Oliveira retratado no museu de Serralves até 2 de Novembro, e muitos outros a relevarem o que de melhor podem fazer os portugueses.
No desporto, com a recente participação olímpica e paralímpica também enchemos o ego e regozijos pessoais, independentemente de entender que o estado sócio-desportivo nacional está bem distante dos resultados internacionais alcançados naquelas competições. Mas este é assunto para outro dia.
Contudo, este regresso já não é tão entusiasmante nem tão esperançoso como outrora. E desta vez senti, inclusive, com certa intensidade a angústia a entrar em mim de forma mais avassaladora. Por mais optimista que seja e que assim queira permanecer, por mais que ame este país, por mais que queira que ele progrida e se despegue da estagnação, do marasmo, da resignação, do impasse, sou invadida pela sensação de que a conjuntura socioeconómica e o atavismo conservador da mentalidade portuguesa não ajudam em nada.
Na ânsia de me colocar a par das novidades, falo com a família, os amigos, leio os jornais, ouço os noticiários e o que encontro de novo e sobretudo moralizador, promissor e arrebatador? NADA…
Neste País, parece que nada acontece, parece que o tempo pára para dar azo à rotina maçadora, ao fazer por fazer, ao surgir das datas agoniantes de pagar as contas antecedidas do dia dos míseros salários nacionais que as cubram, para muitos, pelo menos parcialmente.
Deparo-me novamente com a revolta dos professores e das respectivas associações sindicais, com o aumento das taxas de juro, com o aumento progressivo dos assaltos à mão armada e da insegurança em geral, e não pararia com desgraças se não me lembrasse da cultura e do desporto…
Ainda bem que por estes dias temos um Rodrigo Leão a representar Portugal no Ulsan Worl Music Festival, na Coreia do Sul, uma Paula Rego a inaugurar uma exposição retrospectiva em Lisboa, com obras criadas desde os anos 50 até à actualidade, um Manuel de Oliveira retratado no museu de Serralves até 2 de Novembro, e muitos outros a relevarem o que de melhor podem fazer os portugueses.
No desporto, com a recente participação olímpica e paralímpica também enchemos o ego e regozijos pessoais, independentemente de entender que o estado sócio-desportivo nacional está bem distante dos resultados internacionais alcançados naquelas competições. Mas este é assunto para outro dia.
Finalizo recordando o compromisso assumido em texto anterior, no qual me prontifiquei a dar notícia de acontecimentos desportivos relevantes para Outubro, que não os domésticos e sempre inefáveis e incontáveis jogos de futebol profissional que todos os dias nos assaltam a casa.
Desta vez ressalto o 9.º Congresso Nacional/1.º Congresso Internacional de Gestão de Desporto. Ainda que seja pouco compreensível que a escassos dias deste importante evento o seu programa ainda não esteja fechado e os seus temas sejam pouco arrojados e inovadores, estou em crer que quem rumar até à bonita e aprazível cidade de Vila Real não dará por perdido o seu tempo. Tempo a pedir, como pão para a boca, reflexão profunda e sobretudo gente que aponte a dianteira, a esperança, seja destemida, desbrave e derrube as obstinadas resistências à mudança incrustadas nas mentes e nas organizações ainda por vezes dominantes do antes do 25 de Abril.
9 comentários:
Não acredito que o Congresso da APOGESD, esteja ainda neste momento neste fiasco... vamos acreditar na capacidade e voluntariedade dos elementos afectos á direcção na pessoa do Presidente Dr. Gastão Sousa e principalmente na gestora DrªAssunção Pinto... uma perita nestas organizações..
FP
Leio com natural curiosidade as suas crónicas, quer esteja em trabalho, quer esteja em passeio. Gosto da profundidade da sua alma, autêntica, do seu carácter sério nos actos e procedimentos, ao longo de umas quantas vidas, que parecem não terem fim, ao ponto de ser muita a alegria que reproduz no seu olhar e sorriso quando se encontra ou se cruza, com colegas, ou demais amigos e amigas.
No final da sua crónica e sobre o congresso da APOGESD as suas reflexões críticas são certas e justificadas. É notória a falta de rigor de uma instituição que deveria dar o exemplo de organização ou não tivesse nos seus quadros a fina flor da gestão desportiva portuguesa, assim como o gestor do ano, como Presidente da Assembleia Geral, que neste caso nem é o mais responsável, em abono da verdade.
Que se passa? Programa com prelectores sem nome, a confirmar a dias do Congresso, algo vai mal, mas como o local escolhido é paradisíaco, pode ser que até lá o desenrascanço português tape o sol com uma peneira....
antonio
Cara zé carvalho tenho a mesma sensação deste Verão sem nada para fazer, nada para contar e senão fosse a queda da bolsa em Wall Street, lá vai a minha guitinha toda, e o Porto a perder 4-0 com o Arsenal, não havia mesmo nada para falar ou comentar, esqueci-me das guerrinhas no COP(comité olímpico) mas o comandante do barco, com sabedoria e um retiro estratégico acalmou as aguas e o mar já parece um pista para o deslizar o barco. Quanto a candidatos para o COP, deixa estar quem sabe, porque o que chateia é mesmo os que jogam pelos flancos... mas não sabem centrar de "Tribela" como o Cigano...
A exposição da Paula Rego não é Lisboa, é em Algés. A partir de 4 de Outubro, no Centro de Arte Manuel de Brito. E não tem nada que agradecer...
Do marasmo à esperança, temos a novidade de o relatório do Tribunal de Contas já se encontrar no IDP, desde meados de Setembro.
Por ora, fechado a sete chaves no 5º Andar e o Sr. Presidente de férias a preparar o contraditório, certamente...
Os destinos da casa são convenientemente orientados pelo seu "Chefe de Gabinete", jovem jurista, ex-estagiário no escritório de advocacia do Vice-presidente.
Coincidência ou a nostalgia do passado?
Infante Santo
Pela amostra que se vê no mundo gestionário e suas sequelas, parece não haver lugar para o reino da Gestão.
Tantos economistas, tantas universidades, tantos gestores. tantas teses, tantas licenciaturas, tantos doutorados...
... e o mundo tão mal gerido.
Este Infante Santo ganha-me aos pontos......
Complexo da Lapa
Caro Complexo da Lapa
Segunda consta, no corredores faz muito tempo e agora nos jornais, foste vendido.
Segundo o Presidente do IDP num processo complexo que ele próprio irá explicar em próximo episódio.
De acordo com os colegas da financeira, num valor muito abaixo do real valor do espaço.
E tu nada tens a dizer?
Sempre podias marcar uns pontitos....
Infante Santo
AO(ou à ) Infante Santo
A minha venda é um processo que até tenho medo de falar.Mas oh Infante Santo sabes onde para o dinheiro?É que o Lau anda a dizer que é para pagar as obras no Jamor.Outra coisa que só falar no nome me arrepio.Será que o Pedro da PCM sabe destas coisas? Ele não anda lá muito satisfeito como a coisa....
ex-Complexo da Lapa
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