terça-feira, 1 de setembro de 2009

Programas

A desvalorização dos programas eleitorais é a desvalorização da política. É o empobrecimento da democracia. É a cedência ao espectáculo mediático. É a submissão à parafernália de meios de encenação e de dramaturgia comunicacional. É a subordinação das escolhas politicas a opções sobre pessoas, carismas e idiossincrasias pessoais.
É-me indiferente se as pessoas lêem ou não os programas eleitorais. Menos ainda se as suas opções eleitorais decorrem do que cada força politica apresenta como programa. Mas um programa eleitoral é uma obrigação e um compromisso. Sela um contrato entre quem propõe e quem apoia. E se quem apoia o faz por outras razões que não as programáticas está no seu direito. Mas assina um cheque em branco.
Quem se dispõe a governar um país não pode deixar de apresentar as suas ideias e projectos para os diferentes sectores da governação. Se o não faz é porque não sabe ou porque desvaloriza essa realidade. Não é um ritual que se cumpre porque seria escandaloso não o fazer. Ou que se faz por fazer porque se percebe que não é por aí que o poder se conquista. Um programa eleitoral é um marcador de seriedade política.
Todo este arrazoado para entrar no essencial: as politicas propostas às próximas eleições legislativas no que respeita ao desporto. E não tanto para avaliar do mérito ou demérito das propostas, mas para perceber como é politicamente “pensado” o “país desportivo”.
O que encontramos é diverso. Nuns casos pura e simplesmente não é “pensado”. Assim se passa com o CDS/PP e com o BE. À extrema da direita e da esquerda o desporto não conta. Pelo menos não encontrámos qualquer referência programática ao desporto.
O PCP, um partido com experiência e responsabilidades no sector e que dispõe de quadros qualificados, opta por uma versão minimalista com breves linhas de referência e um conjunto de lugares comuns. Surpreende que tudo quanto consiga dizer em relação ao futuro seja tão pouco.
O PS e o PSD têm desenvolvimentos mais significativos designadamente o PS cujo enunciação exaustiva se aproxima de um programa de governo.
O programa do PS acentua e desenvolve a matriz que nos seus traços essenciais desenvolveu em onze dos últimos catorze anos. Com singularidades distintas, é certo, mas mais devidas aos titulares da governação que à substância das propostas. O modelo é o mesmo, reservando ao Estado um papel regulador e interventor e tocando a generalidade dos tópicos que têm constituído a sua agenda politica.
A proposta do PSD é um conjunto de princípios gerais cuja tradução politica se ignora o que seja, se é que existe algum conhecimento político que saiba traduzir os princípios enunciados, designadamente quanto ao papel do Estado.
A conclusão é relativamente simples: o PS diz o que quer e expõe-o de forma clara. O PSD limita-se a trabalhos mínimos não se percebendo se tem, se quer ou se sabe ser alternativa. O PCP reconhece-se em vulgaridades. E os outros têm mais que fazer.
As propostas reflectem a legislatura: hegemonia do governo (PS); ausência de oposição.
Pobre desporto que tão pouco engenho requer.

E.T. No Programa do PS lá está, uma vez mais, o “desporto para todos” que, por aqui, tinha sido, surpreendentemente, dado como extinto. Afinal a informação era falsa ou a fonte não era fidedigna. Vai dar ao mesmo.


47 comentários:

José Manuel Meirim disse...

Mas quem lê um programa eleitoral -ou mesmo de Governo - lê todos. Foi assim no passado e será assim no futuro. No final, pouco contam como parâmetro de avaliação de que quer que seja.
As dinâmicas políticas que o dia a dia acaba por impôr, fazem tábua raza do programado.
Conceda-se, no entanto, em abono da verdade, a correcção das leituras e suas diferenças - para nós sempre formais - que JMC faz dos diversos programas eleitorais que percorreu.

Anónimo disse...

Excelente artigo!

Permita-se-me que acrescente que o programa eleitoral do Bloco de Esquerda vai ao ponto de pretender que

As actuais teorizações dominantes e incontestadas reduzem o desporto ou ao combate de gladiadores profissionais ou a actividade física de responsabilidade individual destinada a moldar e disciplinar o corpo para a beleza e a saúde.

Esta abordagem do fenómeno desportivo, com tudo o que representa de preconceito contra o desporto moderno, faz lembrar estranhamente as concepções vigentes nos anos 30, designadamente as que Salazar Carreira fez consagrar no Decreto 21.110, que veio a constituir a Bíblia da política desportiva da Ditadura Nacional.

De facto, que diferença existe entre esta formulação do Bloco de Esquerda e a afirmação dos fascistas de que

A educação física não visa a formar atletas. Toda a educação física que visa a esta finalidade é uma educação às avessas. Os atletas marcam a decadência dos grandes povos. Grécia e Roma dos atletas são precisamente a Grécia e Roma da decadência. Demasiadas têm sido as vítimas.

Mais um pouco e o Bloco teria concluído triunfantemente - como os fascistas - que

Os desportos estão fora do génio do povo português.

Que estranha aproximação entre o programa do Bloco e as teorizações dominantes dos fascistas nos anos 30!!!!

Anónimo disse...

E lá está o Meirim a querer, deseperadamente, branquear a acção dos Partidos, colocá-los todos no mesmo saco, pretendendo que quem lê um Programa, lê todos!!!

Esta sistematica tentativa de tudo nivelar por baixo, esta obsessiva táctica da desvalorização do político, esta invectiva constante contra a classe política ou os políticos esteve na origem de movimentos políticos bem precisos no passado!...

Anónimo disse...

Então, que é feito da Dupla Estatulátrica, dos impetuosos Correia & Manageiro?

Bazaram deste blog?!!!!

Anónimo disse...

O que é pena é que o Nuno Fernandes não escreva sobre a qualificação que o Bloco de Esquerda faz do desporto de alto rendimento, chamando-lhe combate de gladiadores profissionais...

Era lindo se o fizesse!!

Anónimo disse...

Eu bem avisei o que ia acontecer. Fi-lo muito antes dos Programas terem saído.
O que J.M. Constantino constata, afinal, corresponde à totalidade do que «adivinhei».
Porém, em apenas dois casos, J.M. Constantino não diz a «verdade».
O Primeiro Caso:
--- Eu tinha afirmado que, passo a citar, “é ignorante do que é Desporto quem afirma que Desporto para Todos é um conceito errado”.
Portanto o J.M. Constantino está esquecido, quando afirma, “No Programa do PS lá está, uma vez mais, o “desporto para todos” que, por aqui, tinha sido, surpreendentemente, dado como extinto. Afinal a informação era falsa ou a fonte não era fidedigna.”.
Afinal não era falsa. O que ocorreu, e vem-me agora um incontido sorriso, foi J.M. Constantino não ter dado importância à fonte que «de facto sabe e tratou do assunto». Enganou-se na fonte.
O segundo Caso:
--- A outra não-verdade (mas esta é por causa da luta política que finge não estar a travar) é afirmar: “O programa do PS acentua e desenvolve a matriz que nos seus traços essenciais desenvolveu em onze dos últimos catorze anos.”.
Não é verdade. E sabe-o bem, embora seja difícil aceitá-lo (o que é compreensível).
De facto, como referi também em post anterior, pela primeira vez em Portugal, no domínio do Desporto, adoptámos uma estratégia de desenvolvimento completamente diferente das que tinham sido seguidas desde há 30 anos.
Os Programas saídos agora vêm demonstrá-lo com uma clareza absoluta. Neles, lá está o Desporto sempre e apenas cingido à Educação, ou a referência apenas ao «alto-rendimento e aos eventos internacionais». Está escrito em todos os outros Programas que o que conta é apenas a «Educação e o Alto-rendimento», e tudo se esgota aí. Não há visão, não estratégia, não há rumo.
Nos outros Programas o Desporto não é articulado e nem trabalhado de modo transversal com a Economia, o Turismo, com as Políticas Educativas e Sociais, com o sistema de Saúde, com as Autarquias, o Ambiente, o Território e as Cidades, e também sem estabelecer a premissa e o compromisso de uma “Parceria de Desenvolvimento”, estável e sustentada, com as Autarquias e o Movimento Associativo.
Não vale a pena agora, que os Programas estão escritos e foram apresentados publicamente, vir dizer que foi por esquecimento, ou por outra razão. Está lá à vista de Todos isto que acabo de referir. Não há mentiroso nem mal-intencionado que possa escapar a isso que lá está escrito.
É é afinal o que faz «a diferença» entre o nosso Programa e o dos outros.
Também, em post anterior, tinha explicado a diferença deste «modelo de desenvolvimento» que adoptámos desde 2005. E tinha dito que iria prosseguir para a próxima legislatura.
O que se comprova completamente que era fidedigno enquanto antecipação. E referi até, quais eram os Documentos programáticos feitos antes de 2005 que defendiam esse “modelo fechado e unifactorial causador das assimetrias e dos desequilíbrios que encontrámos em 2005”. Sabia que o PSD iria novamente defender esse modelo ultrapassado e bloqueador do desenvolvimento do desporto.
E está lá, exactamente como eu tinha dito. Sem tirar nem pôr.
O problema não foi de a fonte não ter sido fidedigna. O problema foi J.M. Constantino ter desvalorizado a fonte. Não acreditou que pudesse vir dali. Tomou as aparências do poder pelo poder real.

Anónimo

Anónimo disse...

Diz José Manuel Constantino

A desvalorização dos programas eleitorais é a desvalorização da política. É o empobrecimento da democracia.

Logo, irrequieto, acorre Meirim

Mas quem lê um programa eleitoral -ou mesmo de Governo - lê todos. Foi assim no passado e será assim no futuro.

Entre estas duas posturas está toda a diferença que vai entre quem respira a democracia (JMC) e quem convive, em estado de recorrente e obtusa perplexidade, com ela (JMM)...

Anónimo disse...

"Um programa eleitoral é um marcador de seriedade política".
Peço imensas desculpas mas o autor não está a ver bem o filme !!
Um programa eleitoral depende e vive em função da situação económica e da situação dos que detêm e usam o poder !
Até as leis se não cumprem ou se cumprem da forma que o legislador não quereria, por incompetência daquele !!
Um programa eleitoral sempre foi feito por indivíduos idealistas que nada têm a ver com a realidade e com a política, porque se o tiverem são "bués de mentirosos" !!!
Aliás, os programas eleitorais até são umas coisas muito aborrecidas porque durante o evoluir da coisa há sempre um tipo que tropeça numa ideia qualquer e vai logo para a AR dizer que afinal o que vem no programinha não foi cumprido !! Donde, os melhores programas eleitorais são aqueles com uma grande dose de abstracção porque assim sempre é possível ir gerindo a coisa como forem deixando e o tal chato já não encontra nada concreto para fazer "queixinhas" !!
Fico é admirado que após tantos séculos depois do 25A e de tanta prática política (?) ainda se fale e pense nestes termos !!
Fósseis !!

José Correia disse...

Programa Eleitoral do PS e Avaliação dos Resultados da Legislatura

Congratulo o JMConstatino por aqui lançar a discussão necessária sobre os Programas Eleitorais na área do desporto.

Quanto à análise do Programa do PS, como primeiro contributo para esta discussão, é necessário que se seja suficientemente exigente para com o partido que acaba de estar durante mais de quatro anos com o poder político na área do desporto.

Já escrevi no meu sítio que não acalentava a ilusão de o Governo, melhor dito a Secretaria de Estado do Desporto, vir a realizar um qualquer balanço da legislatura na realização da sua política desportiva. E isso porque me parecia que esse balanço deveria “…considerar um quadro de apreciação comparativa entre as efectivas realizações e resultados e os objectivos estratégicos assumidos para o mandato governativo” (sic).

Agora já se sabe que o Governo, tal como eu previra, não realizou qualquer avaliação do seu mandato, dos seus resultados, das suas realizações e política desportiva. Porque, como também referi naquela ocasião, tal exigência democrática impunha a existência prévia de “… elementos detalhados de estratégia e objectivos prévios…que são os únicos elementos que permitirão realizar um qualquer balanço que o Governo venha eventualmente a fazer”.

Confirmamos de novo que o facto de não ser habitual os governantes darem a conhecer o diagnóstico efectivo das suas realizações e resultados, isto é, a prestarem conta dos seus poderes e mandatos eleitorais se manteve com o Governo socialista na área do desporto. Basta ir constatar isso ao site da Secretaria de Estado do Desporto que mantém inalterado o hábito de ser apenas e simplesmente um boletim noticioso da agenda do seu titular. Nem os estudos que foram recentemente feitos são ali publicados e continuam apenas como meras notícias de imprensa.

Também dizíamos que “…para realizar esse balanço será necessário tomar em consideração dois elementos essenciais: um primeiro, é o conjunto de objectivos, metas, programas que o Governo estabeleceu, se possível recorrendo a documentos programáticos e estratégicos oportunamente produzidos e divulgados à comunidade nacional; um segundo, é o elencar das medidas de política e os programas que foram colocados efectivamente no terreno desportivo para darem dimensão e dinâmica à prática desportiva, desde os estratos populacionais muito jovens aos mais idosos. (...)

A Secretaria de Estado agiu sempre isoladamente no âmbito da orgânica governamental e não procurou as devidas relações inter-departamentais que uma eficaz política para o desporto justificaria” (sic).

O Programa Eleitoral do PS vem agora apresentar um conjunto de “compromissos genéricos” em várias alíneas. Fala do desporto escolar, do universitário, do federado, da relação com as autarquias, dos grandes eventos, do Programa Olímpico para Londres com o COP, de um papel para a Confederação do Desporto, e até de um Programa Nacional de Formação de Treinadores etc. Já posso imaginar o que será este Programa Nacional…! Com tudo ao molho e fé em Deus? Generalidades há-as de facto neste Programa do PS!

Mas quanto a números, quanto a dados e taxas de participação no desporto, quanto a programas de promoção do desporto pela população jovem e mais idosa, quanto à redução da discriminação de acesso das mulheres dos agora apenas 23% de federados, quanto a quadros de financiamento para o desporto e os Centros de Alto Rendimento, nada nem uma palavra nem uma cifra, por qualquer que seja. E sobre estudos no desporto continua, uma vez mais, o imenso vazio. Faz-se política sem estudar as realidades? Ou fazem-se uns estudos lá mais para 2013? E no final deixa-se mais uma vez o balanço dos resultados por fazer?

P.S.: E sobre o Programa para os Jogos de Londres quando será possível ver-se aquilo que foi contratado? Será que é domínio secreto ou sigiloso, ou mesmo matéria de segredo de Estado?

José Pinto Correia, Mestre em Gestão do Desporto

Anónimo disse...

Façamos um exercício. Vamos ao Programa Eleitoral do PSD e escolhamos algumas frases ao acaso:

Adoptaremos uma política desportiva que vise incrementar os hábitos de prática desportiva e de vida activa, com participação regular dos cidadãos em actividades desportivas.

Passaremos de uma política desportiva de desenvolvimento dirigido para uma de desenvolvimento assistido, na linha
do modelo europeu do desporto, devendo as organizações desportivas actuar tanto quanto lhes seja possível e os poderes públicos apenas quando seja necessário.

Inverteremos o excesso de centralismo ainda existente, reforçando a acção das autarquias locais na intervenção pública no desporto.

Promoveremos o progresso técnico e o aumento da competitividade no plano internacional, bem como o reforço da dimensão internacional do nosso desporto.

Valorizaremos os recursos humanos, com especial atenção às áreas da formação e ao reforço do enquadramento técnico.


Escolhemos estas frases, como se poderiam ter escolhido outras quaisquer.

E agora substituamos "desportivas", por culturais, de ciência, de juventude, de defesa do consumidor, agrícolas, comerciais, industriais ou o que se queira.

Resultado?

A matriz utilizada para definir a política desportiva bem poderia ter servido para definir qualquer outra política!

Percebe-se agora melhor porque é que este Programa bem poderia ter cabido apenas numa página A4...

Anónimo disse...

Faço votos para que o mestre Correia também faça uma "análise" - estatulátrica, se não for pedir muito... - dos Programas do PPD, do BE e do Partido dos Amanhãs que Cantam, para todos ficarmos (mais) esclarecidos...

Ah! Sem esquecer, claro, o do Partido-dos-Toucinhos do Céu-e-das Delícias-do-Mar!!! Como diria o Octávio Machado...vocês sabem do que estou a falar!...

Anónimo disse...

Ponto prévio: o Dr José Correia não sabe do que fala.
Ponto um: o site da Secretaria de Estado faz o levantamento da agenda e das notícias respeitantes à Secretaria de Estado. Se quer dados sobre estudos do IDP, orçamentos e estudos teóricos consulte-os no site do IDP, no Diário da República ou, se o desejar ardentemente, até pode solicitá-los pessoalmente nos endereços que constam no site da SEJD.
Ponto dois: o site da secretaria de Estado tem links para todos os institutos tutelados pela própria SEJD, assim como links para informação actualizada sobre as principais medidas levadas a cabo durante este mandato. Tem ainda, como deve saber, a mais actualizada base de dados sobre legislação desportiva e as ligações necessárias para aceder a todos os organismos na esfera do Desporto.
Ponto três: nunca nenhuma Secretaria de Estado teve uma comunicação tão acessível ao público em geral, servida pelo portal da juventude, portal do IDP, portal da FDTI e da Movijovem. Estes quatro organismos têm indíces de consulta, posso informá-lo, que só são superados pelo próprio portal do Governo.
Ponto quatro: no meio das baboseiras, esqueceu-se de falar uma linha que fosse sobre o anterior programa de governo - pode consultá-lo no site do PS - e sobre a maneira como esse próprio programa foi cumprido.
Ponto cinco: também se esqueceu de explicar que o programa de governo para os próximos anos está no site do PS e de José Sócrates e também se esqueceu de explicar que os restantes programas de governo estão nos sites dos outros quatro partidos e que são absoolutamente miseráveis. Só faltava, em nome da chico-espertice militante, vir arguir que o programa do PS deveria ser publicado num qualquer site do Governo.
Ponto seis: não diga que a SEJD não fez um levantamento de toda esta legislatura antes do final do mandato. A realidade pode vir a provar que, mais uma vez, como já é habitual, o Dr. José Correia não passa de um aprendiz do feiticeiro futurologista que dá pelo nome de José Manuel Meirim. Com a pequena diferença que nem sequer dá luta.

Anónimo disse...

Escreve Meirim, no comentário das 10:12

As dinâmicas políticas que o dia a dia acaba por impôr, fazem tábua raza do programado.

Tábua raza, não existe; o que existe é tábua rasa.

Se Meirim fosse apenas licenciado em Direito, talvez escrevesse sem erros. Mas tratando-se de um doutorado na FMH, são naturais estes erros ortográficos.

Mas há que corrigi-los.

Anónimo disse...

Respondendo ao Anónimo das 13:35

Entre estas duas posturas está toda a diferença que vai entre quem respira a democracia (JMC) e quem convive, em estado de recorrente e obtusa perplexidade, com ela (JMM)...

A diferença entre JMC e JMM não é eminentemente política; é, sobretudo, cultural.

Anónimo disse...

Está fazendo falta aqui de um Provedor do Colectividade Desportiva.

As eleições acendem muitos fogos nas cabeças desportivas.

O CD deve abrir um concurso para o lugar de Provedor do CD, para equilibrar a balança.

Anónimo disse...

A sugestão do Provedor é oportuna.Ate porque não são muitas cabeças.Algumas têm é a capacidade de se reproduzir dando a sensação que são muitas.

Anónimo disse...

A discussão está acalorada. Como convém.
Mas, para os «usos-campeões» que para aqui charlam, a coisa não devia ficar só pelas «palavras».
Há que ter a coragem de tirar consequências.
Então vamos lá às consequências.
Dizem tantas vezes aqui na Colectividade, sobretudo os doutos da economia, da gestão e do jurídico, que é pelo «mérito» que se devem fazer as escolhas. Que é «o mérito» e «os que sabem fazer melhor» que devem Governar.
Ora, tal como o J.M. Constantino constatou, e o J.M. Meirim confirmou, o melhor Programa é o do PS. Os outros não têm o mesmo merecimento.
Portanto, têm que ser coerentes com o que vêm dizendo.
Aqueles que defendem que quem tem mais mérito é que deve Governar, não poderão portanto de deixar de votar no Partido com o melhor Programa para o Desporto.
Porque senão, serão apenas uns fala-baratos, sem espinha dorsal nem coerência. Serão como aqueles que seguem de olhos fechados as siglas partidárias, como aqueles a quem costumam chamar de «boys e girls».
Assim é que se verá quem são os valentões morais, e os usos-campeões.
Terão essa coragem?

Anónimo

Anónimo disse...

Pretendem os brasileiros que o sonho de matar um bicho com muitas cabeças significará uma vitória sobre pessoas que vinham atrapalhando seu sucesso...

Nisso é que os sonhos se distinguem da realidade!

Anónimo disse...

Aos doutorados da FMH deve acontecer o mesmo que aos licenciados pela universidade independente,por vezes erram e não é só com o inglês.

Anónimo disse...

Há uns post’s atrás, nas idas horas atrás desta, um Anónimo ameaçou o insigne José Pinto Correia, Mestre em Gestão do Desporto.
Refiro-me ao que Mestre José Correia referia, escandalizado, em 1 de Setembro de 2009, às 14:24.
A ameaça era mais ou menos a seguinte, «veja lá Mestre se ainda terá que engolir a afronta que faz no seu post”.
Será que o Anónimo ameaçador terá razão? Será que também é um adivinho como eu?
Talvez sim, talvez não.
Não há nada como esperar para tirar a limpo.
Todavia, enquanto esperamos, também era curioso comparar os «diagnósticos que os vários Governos fizeram». Para, se o deste algum dia chegar, avaliar a comparação exigida pelo Mestre José Correia.

Anónimo Que Sorri

Anónimo disse...

Rápido e em força:

UM PROVEDOR DO CD

Urge! Urge! Urge!

A política obnubila a razão pura.

José Correia disse...

O Nome da Rosa ou Rosas Senhor!

O Portugal moderno, tecnologicamente da linha da frente, dá-se mal com a análise crítica, como aqui se vai podendo ver. E os arautos defensores do poder, do todo-poderoso Governo da época, vêem logo ostensivamente em cima de quem opina.

A liberdade é complexa de facto e ser dono da sua própria cabeça ainda é mais. Por isso, quem vem de pau e pedra só pode ter sido tocado no íntimo pelo singelo acto de opinar e pensar livremente.

Portugal parece que tem necessidade de novas mordaças, trinta e muitos anos depois de eu viver nas ruas de Lisboa o vinte e cinco de Abril.

No reino moderno, limitado pelos vistos e ditos, convive-se mal com as ideias alheias, sobretudo as de quem não tem qualquer enfeudamento partidário, mas nem por isso deixa de ser cidadão e ter opiniões políticas. E que vai continuar a exprimi-las em nome não da Rosa mas da Santa Liberdade. E a subscrevê-las pessoalmente, para sua completa responsabilidade, em nome, agora sim, de uma ética em que a honra e a responsabilidade individual são fautoras do bem público e de uma cidadania limpa e activa.

Os outros, aqueles que têm verbo agressivo fácil, quando acobertados pela horizontalidade da sua subserviência, e talvez também pelos benevolentes sumos do poder, a esses reafirmo uma vez mais a minha voz e pena de indivíduo que apenas é escravo da sua mente e consciência. Mas que entende, como o fazem as boas almas da política internacional, que os Governos têm o imperativo de se explicarem porque a República não tem donos.

E o Estado que veio muito e muito tempo depois da Nação também os não deve ter.

Por isso mesmo, folgarei no dia em que as políticas públicas no desporto sejam claras, conhecidas devidamente e delas prestadas as devidas contas ao Povo. Em nome não de uma qualquer Rosa temporária mas de “Um Governo do Povo, para o Povo e pelo Povo”. E da Liberdade sem limites ao pensamento, sobretudo aquele que incomoda os poderosos de épocas, tempos e lugares…!

José Pinto Correia, Mestre em Gestão do Desporto

Anónimo disse...

Siga as últimas notícias sobre o Dr. Papadas, no Pravda Ihéu!

A não perder!!!!!

José Manuel Meirim disse...

Hoje deu-me para escrever. Faço-o, porém a uma hora que não choque os anónimos que, também por esta via, controlam os meus passos e a minha vida. Às 3 horas e 30 minutos eles não gostam. Deve ser por estarem a dormir.
Depois de muito prestarem atenção ao meu nome, e com ele fazerem o que bem lhes apetece, um grupo de anónimos que nos visitam e que, não restam dúvidas a esse respeito, são meros operários partidários - hoje do PS,amanhã, quem sabe, do PSD - que vivem numa espécie de Admirável Mundo Novo, uma vez retirada que foi a sua capacidade pensante, é merecedor de um esclarecimento gracioso (para que fiquem a saber ainda mais da minha vida).
É público e notório, o meu quase inexistente respeito pelos Partidos Políticos e seus agentes. Não há que negá-lo; antes há que afirmá-lo, sem tibiezas, em nome próprio, aqui ou em qualquer outro local (não tendo a certesa - ai, não escrevi com z-, pela minha manifesta falta de cultura, acho que é a isto que eles chamam liberdade).
Se eu assim penso, por outro lado, nunca neguei a minha opinião a ninguém que me a solicite(vá lá saber-se que loucura move tais pessoas para serem levados a pedir-me opinião), mesmmo a agentes políticos.
Prova disso mesmo foi o envio de um conjunto de observações que formulei, a pedido de um deputado, no dia 19 de Janeiro de 2005, ao "Programa Eleitoral do Partido Socialista" para a área do desporto.
Talvez estes operários não o tenham feito. Compreende-se, são meros operários, e o dono da fábrica não confia totalmente nos seus serviçais.
Destaco, duas frases prévias a esse "contributo".
Primeira: " Já há muito que não tenho fé em «Programas de Governo»;
Segunda: "Vejamos, pois, o que entendi adiantar-lhe - como adiantaria, perante igual texto, embora de diversa proveniência política, se para tal fosse solicitado nos termos em que o fui por si".
Aos operários, desejo que votem PS nas próximas eleições, certo que, desta vez, terão porventura ajudado a elaborar o "Programa Eleitoral do PS". Aceitem os meus parabéns.

Anónimo disse...

Para o comentador noctívago das 23:12

Prova disso mesmo foi o envio de um conjunto de observações que formulei, a pedido de um deputado, no dia 19 de Janeiro de 2005, ao "Programa Eleitoral do Partido Socialista" para a área do desporto.

Ah! Então tinhas sido tu?!

É que há anos que esse deputado conta essa história em grandes gargalhadas, mas não dizia quem tinha sido o tanso...

Anónimo disse...

Esse pedido deve ter sido feito para aí a uns 1000 como o Doutor Meirim. Ou mais.
Mas aposto que o Doutor Meirim disse tanto como costuma dizer. Portanto, não se deve ter lá aproveitado grande coisa.

Anónimo

Anónimo disse...

Há um mistério que se tem que desvendar, a bem do Desporto Nacional.
Porque é que o Doutor Meirim tem tanto ódio ao Doutor Chabert?
Aqui há gato escondido com o rabo de fora...

Anónimo

Anónimo disse...

Para o Meirim das 23:12

Meirim, em alusão jocosa à sua falta de cultura

(não tendo a certesa - ai, não escrevi com z-, pela minha manifesta falta de cultura, acho que é a isto que eles chamam liberdade)

Meirim, agora sem consciência da sua manifesta falta de cultura

Se eu assim penso, por outro lado, nunca neguei a minha opinião a ninguém que me a solicite(vá lá saber-se que loucura move tais pessoas para serem levados a pedir-me opinião), mesmmo a agentes políticos.

Está melhor, está melhor.

Mas diz-se "que ma solicite" e não "que me a solicite".

Se me permite o conselho, tenha sempre à mão um Prontuário Ortográfico e um bom Dicionário da Língua Portuguesa.

E, sobretudo, releia Camilo.

Anónimo disse...

Peço desculpa por ter, mais uma vez, que intervir.
Infelizmente, para verificar que quase ninguém aceitou o desafio do post do J.M. Constantino.
Quase ninguém esteve a altura dessa interlocução.
Vamos, então, a isso.
Para além do evidente mérito da proposta do PS, e da falta de consideração pelo Desporto por parte dos outros Partidos Políticos, há uma outra questão que não foi abordada, mas que está implícita no post de J.M.Constantino.
Tem a ver com uma «diferença Política», que não tem directamente a ver com o mérito ou demérito das propostas.
É a «opção Política» entre quem defende uma perspectiva de «Serviço Público para o Desporto»; e quem defende uma perspectiva mercantilista e fisiocrata (ou seja, Liberal e Conservadora, do “laisser faire, laisser passer”). Entre aqueles que consideram que a intervenção do Estado é necessária para haver equidade, justiça e defesa dos mais desprotegidos. E aqueles que consideram que o Mercado resolve tudo, e que “o Estado deve estar quieto e não se meter na responsabilidade de desenvolver o País”.
Tanto o PS como PSD afirmam, nestas Eleições, como em nenhumas outras desde o 25 de Abril, essa Diferença. No caso do Desporto, o PS escreve “Serviço Público”, e o PSD escreve, “os poderes públicos apenas devem actuar quando seja necessário”. Mais claro não podia estar a referida Diferença.
Passemos agora a um exemplo prático, no Desporto, para verificarmos os efeitos nefastos desta Política do PSD, consubstanciada neste “menos Estado”.
Em 2005, no que se refere às infra-estruturas desportivas, havia mais de 80 Concelhos que não possuíam um campo de jogos relvado. Não havia uma rede de mini-campos em proximidade na quase totalidade dos Concelhos de Portugal. Não havia uma rede de centros de alto rendimento direccionados para cada modalidade desportiva, aproveitando os recursos endógenos que a diversidade territorial do nosso País permite.
Ou seja, o “menos Estado”, ou o “ó Estado não te metas nisto do Desporto, que nós resolvemos”, ao fim de 30 anos de Democracia, descambou nesta vergonhosa assimetria de oferta desportiva aos cidadãos, e a neste criminoso desequilíbrio territorial em equipamentos desportivos.
Se o Estado não tivesse intervido, como o fizemos desde 2005 a 2009, esta assimetria e esta injustiça continuava impune. Os «mais poderosos», aqueles que «têm mais influência mediática e política», que estão no Litoral, que são «mais ricos», etc., continuavam a conseguir acumular infra-estruturas nos seus Concelhos, em detrimento dos que continuavam a nada ter.
Este é apenas um exemplo, dos vários que encontrámos em 2005.
Mas há outra Conclusão a tirar aos comentários feitos ao post de J.M. Constantino.
Esses comentários mostraram uma realidade que conhecemos muito bem. Há muitos «especialistas em Desporto» que falam da perspectiva jurídica, económica, de gestão, dos quadros competitivos, etc., mas quase todos têm uma lacuna que os torna incapazes de perspectivarem é conceberem uma Política para o Desporto, e de serem capazes de fazer um “Programa de Governo”.
Falta-lhes competência técnica e científica para perspectivarem o Desporto como uma realidade multidisciplinar. Falta-lhes competência técnica e científica para perspectivarem o Desporto como um fenómeno simultaneamente biomecânico, social e cultural. Mas sobretudo, falta-lhes competência técnica e científica para perspectivarem o Desporto como um Factor de Desenvolvimento da Sociedade e da Pessoa Humana.
Principalmente, por os curriculae das Universidades e Faculdades de “motricidade, educação física e desporto” terem essa lacuna plasmada nos respectivos conteúdos curriculares.
O que demonstra a generalizada falta de preparação de muitos «responsáveis» e «teóricos» que gravitam á volta do Desporto…alguns deles muito mediáticos.

Anónimo

Anónimo disse...

Prf. Dr. Meirim:

Essa sua falta de respeito pelos políticos nasceu antes ou depois de se ter vindo oferecer como assessor jurídico à secretaria de Estado da Juventude e do Desporto?

Anónimo disse...

Escreve o mestre Correia, às 22:48

E os arautos defensores do poder, do todo-poderoso Governo da época, vêem logo ostensivamente em cima de quem opina.

Não, mestre Correia! Não! Não é vêem (que é do verbo "ver"), mas vêm (do verbo vir).

É o que dá andar a tirar mestrados em gestão do desporto na FMH, sob o alto patrocínio de um doutorado que também dá erros ortográficos...

Anónimo disse...

Oh! mestre Correia:

Então Você não ia analisar os programas dos vários Partidos, ou a veia esgotou-se com o Programa do PS?!!!

Vá lá! Deixe-se lá desses seus complexos de gabinete-de-Belém-a-ser-escutado e faça lá uma daquelas suas análises estatulátricas!...

Anónimo disse...

“A Psicose e a Idolatria do Estado ou a Estatulatria”

Há agora de novo uma enorme predilecção pelo Estado, pelo seu papel salvador e omnipotente. O Estado é o Rei Sol, portanto.

Muitos em Portugal não concebem sem o Estado, não conseguem idear sem o Estado, o ente supremo tem de estar em todo o lado e velar por todos, fazer cumprir Portugal. Não é só uma ideologia, é uma idolatria e uma psicose do Estado.

Do berço à cova nada é possível sem o Estado. E por conseguinte no desporto tudo o que se faz ou pode fazer tem de ter a marca indelével do patrão Estado. Que será sempre bem governado e gerido, na defesa intransigente do tal “interesse público” ou da “vontade geral”. Ainda que haja intérpretes privilegiados dessa vontade, obviamente, que são os que inspiram e expiram Estado por todos os poros.

Isto é que é a "Estatulatria", ou sentido "Estatulátrico" da organização da vida económica, social, cultural e desportiva.

Mas houve há muito quem dissesse coisinhas contraditórias com esta mundivisão (está também na moda esta palavrinha) já no século dezanove. Passemos as palavras ditas então:

“O Estado é a grande ficção, através da qual toda a gente se esforça por viver à custa de toda a gente”. E mais ainda “Sob um pretexto ou outro, dirigimo-nos ao Estado. Dizemos-lhe: ‘Para estabelecer o equilíbrio desejado, gostaria de tomar um pouco do bem do outro. Mas isso é perigoso. Não poderia facilitar-me a coisa? Ou dificultar a indústria dos meus concorrentes? Ou emprestar-me gratuitamente capitais que retirou aos seus possuidores? Ou garantir-me o bem-estar que terei aos cinquenta anos? Por este meio, atingirei a minha finalidade com toda a quietude de consciência, porque a própria lei terá agido por mim, e terei todas as vantagens da espoliação sem os riscos nem o seu odioso!’ Que devemos pensar de um povo em que ninguém parece duvidar de que a pilhagem recíproca não é menos pilhagem por ser recíproca; que não é menos criminosa por se executar legalmente e com ordem; que nada acrescenta ao bem-estar público; que, pelo contrário, o diminui em tudo aquilo que custa esse intermediário dispendioso a que chamamos Estado?” (fim de citação).

Esta longa citação é de Fréderic Bastiat, filósofo da economia liberal e panfletário francês que viveu próximo da Revolução Francesa de 1789, e que não tinha dúvidas de que a sociedade não é naturalmente liberal, pois os mecanismos psicológicos que acima identificava pareciam empurrá-la noutro sentido.

O que ainda tem mais expressão nas sociedades do Sul da Europa, de raiz latina, onde se valoriza o carácter estatal da propriedade, a sobrevalorização do Estado, a recusa da troca, o espírito de clientelismo e de dependência, a conquista de mercados reservados, o medo da concorrência, numa palavra “a sociedade da desconfiança”. E onde se menorizam a iniciativa, a espontaneidade, a autonomia e a sociedade civil que é tributária imprescindível destes valores culturais.

Por isso tudo, Portugal é inequivocamente estatulátrico de ponta a ponta, ainda que aqui e agora apareçam um pozinhos e umas tentações pequeninas de escapar à psicose do Estado. Que no desporto passam apenas pela semântica do “desenvolvimento dirigido versus o desenvolvimento assistido”. Por isso, o Estado é o nosso Rei Sol do século vinte e um como já foi de todo o vinte…!

Em Tempo: digam ao Mestre José Correia que quando usar a palavra “estatulátrico” não deixe de pôr as aspas. E se este texto lhe puder ser útil para saber do que trata essa tal idolatria, ele que o utilize futuramente também. Porque o conhecimento deve ser livre porque é um bem público puro, este sim…!

J. Manageiro da Costa

Anónimo disse...

"O Estado é o Euro/Dólar/Libra/Iene/etc"
Eu

Anónimo disse...

Para o Manageiro da Costa

Nada mais esclarecedor, sobre os fundamentos do que escreve, do que a invocação de Fréderic Bastiat, o qual, segundo o Manageiro, terá vivido próximo da Revolução Francesa de 1789 - quando na realidade nasceu apenas em 1801 e escreveu essas "pinoquices" (como lhe chamaria o Almada) apenas em 1848...

Tem que actualizar o seu discurso e passar a citar outros "rapazes" mais modernos e que disseram coisas idênticas, como por exemplo o Milton Friedman e os outros "Chicago Boys" - que, por coincidência, estiveram estreitamente ligados ao golpe de estado contra o Salvador Allende!

E, numa óptica mais paroquial, pode sempre citar também esse grande pensador lusitano que é o Pedro Passos Coelho.

Todos beberam na mesma fonte!

O que não se pode é esquecer que atrás dessas teorias estão sempre consequências muito precisas na acção política...

E há quem - como nós - se importe com estes pequenos detalhes.

Anónimo disse...

O Anónimo das 11.01 merece que lhe seja dito o seguinte. Hoje é Terça-feira, 02 de Setembro, ducentésimo quadragésimo quinto dia do ano. Faltam 120 dias para o final de 2009. Dia de S. Eleázer. Ontem foi um dia dedicado à Beata Beatriz da Silva, religiosa, e ao Beato Miguel Ghebré, mártir. Nos céus, a Lua encaminha-se para a Fase Plena: Lua Cheia, dia 04, às 17:03. O Sol nasce às 07:06 e o ocaso regista-se às 20:07. No porto de Lisboa, a preia-mar verifica-se às 03:16 e 15:27, a baixa-mar, às 09:02 e 21:30. Os nascidos nesta data pertencem ao signo Virgem, destacando-se o compositor alemão Johann Pachelbel (1653), os escritores Edgar Rice Burroughs (1875), criador de Tarzan, e Blaise Cendrars (1887), autor de "La Prose du Transibérien et de la Petite Jeanne de France", o pugilista Rocky Marciano (1923), o maestro japonês Seiji Ozawa (1935) e a actriz Lily Tomlin (1939).

Anónimo

Anónimo disse...

Diz o Manageiro, das 13:21

Do berço à cova nada é possível sem o Estado. E por conseguinte no desporto tudo o que se faz ou pode fazer tem de ter a marca indelével do patrão Estado. Que será sempre bem governado e gerido, na defesa intransigente do tal “interesse público” ou da “vontade geral”. Ainda que haja intérpretes privilegiados dessa vontade, obviamente, que são os que inspiram e expiram Estado por todos os poros.

Isto é que é a "Estatulatria", ou sentido "Estatulátrico" da organização da vida económica, social, cultural e desportiva
.

Estadolatria, homem!, não estatulatria.

Irra!

Anónimo disse...

... ... ...
Tudo é seco e mudo; e de mistura,
também mudando-m'eu fiz doutras cores:
e tudo o mais renova, isto é sem cura!
... ... ...
Isto passado, quando me disponho,
e me quero afirmar se foi assi,
pasmado e duvidoso do que vi,
m'espanto às vezes, outras m'avergonho.
... ... ...

Obras do Doctor Francisco de Sá de Miranda
Na Typografia Rollandiana
Com Licença da Real Meza Censoria
Lisboa, 1784
ou
Sá de Miranda (141-1558)
Obras Completas, vol. 1
Lisboa, Sá da Costa, 2003

Anónimo disse...

Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.

Eça de Queiroz

Anónimo disse...

Porque será que ninguém quer debater?
Porque optam por disputas de "alecrim e manjerona"?
Eu sou o Anónimo das 11:18 do dia 1 de Setembro, e das 11:01 do dia 2 de Setembro.
Porque será que fogem?

Anónimo

Anónimo disse...

Isto não é um espaço de Debate, é um espaço de Combate...de baixo nível.

Anónimo disse...

Ao Anónimo desesperado de 3 de Setembro de 2009, 13:28

Também alguém perguntava, há anos, por que é que ninguém respondia, e então tomou a atitude de se conformar, como pode ver aqui

Anónimo disse...

Caro Anónimo das 19:03 de 4 de Setembro, muito obrigado.
Eu sou, como disse, o “Anónimo desesperado de 3 de Setembro de 2009, 13:28”.
Em vez do disparate que fez, ao pôr o link “aqui”, podia ter mostrado capacidade para o tal debate proposto por J.M. Constantino.
Mas deixe estar, eu dou-lhe uma ajuda.
Leia o Jornal Público de hoje, dia 5 de Setembro de 2009, naquela parte que publica a “Análise ao Programa do PSD”, feita por vários especialistas. E tente descobrir o que dizem sobre “Desporto”.
Depois, se tiver tanta coragem como demonstrou ao pôr aqui o seu disparate do link “aqui”, diga-nos a todos o que lá está escrito.
Terá coragem?

Anónimo

Anónimo disse...

Caro Anónimo das 19:03 de 4 de Setembro, não fique triste.
Vou dar-lhe uma outra ajuda, além da do Jornal Público.
Se ler com atenção o que escrevi nos tais post’s de «11:18 do dia 1 de Setembro» e de «11:01 do dia 2 de Setembro», e noutros anteriores, verá o cerne da questão.
Nesta «legislatura 2005-2009» foi introduzida uma nova orientação, se quiser, «ideológica», na governação do Desporto em Portugal.
Essa nova «doutrina» é-o porque mexe (pela primeira vez de modo diferente de há 30 anos) numa das relações básicas daquilo a que chamamos «realidade desportiva», ou Desporto para simplificar.
Tudo começa em 2004, na preparação do «Programa de 2005». Nesse «Programa de 2005», como poderá constatar, o Desporto ficou pela primeira vez num Capítulo e numa Parte da Governação diferente da dos outros programas todos de todos os outros Partidos desde 1974.
Isso é, apenas, a prova do que dizemos.
Na base dessa mudança doutrinária está uma mudança que introduzimos. Introduzimos, por um lado, uma nova «relação entre desporto e actividade física»; e, por outro, fizemos que essa nova relação comunicasse com o exterior. Ou seja, que essa relação interior (desporto vs. actividade física) fosse obrigada a estabelecer uma interdependência com o exterior (com o Desenvolvimento da Sociedade, concebido no âmbito da Estratégia do Desenvolvimento Sustentável – ENDS 2007-2015 e QREN 2013).
O Programa de 2005, e mais uma vez o Programa de 2009 espelham com clareza essa opção doutrinária ou ideológica de concepção do que é e do que deve ser o presente e o futuro do Desporto. Foi o que foi feito de 2005 a 2009. E é o que está lá escrito que faremos a partir de 2009. Ou seja, mais uma vez apresento a prova, para que não seja uma mera especulação ou um jogo de palavras sem comprovação.
Esta «relação» a que me refiro antecedeu  repito, antecedeu e orientou  a ordem dada para se fazer a “Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto”. É exactamente por isso que ela ficou com o nome daquilo que queríamos chamar a atenção do ponto de vista ideológico ou doutrinário. E não lhe chamámos apenas «Lei de Bases do Desporto» ou «Lei de Bases da Actividade Desportiva», etc..
Mas há mais.
Posteriormente ao tal acto legislativo da LBAFD, houve outra grande iniciativa deste Governo, apresentada publicamente em Dezembro de 2008, onde foi novamente introduzida essa opção ideológica e doutrinária. Nessa iniciativa, lá está outra vez, o mesmo tipo de relação entre «desporto vs. actividade física», e toda essa «relação interior» com o exterior da Sociedade.
Como vê, era este debate de ideias e de orientações concretas, postas em leis e obras durante 2005-2009, que seria útil debater. Porque foi isso que orientou os Programas de 2005 e, também, o de 2009.
Como vê, não fujo a este debate que J.M. Constantino pôs neste post “programas”. Venho ao Blog, e ponho cá o meu contributo.
Percebe?

Anónimo

Anónimo disse...

Hoje é o dia da minha «despedida» do “Colectividade Desportiva”.
Esta será a última mensagem ou post que enviarei.

É um bom dia para terminar. E “Programas”, do Chefe do “Colectividade Desportiva”, um bom sítio para pôr a lápide.
A legislatura 2005-2009 está no fim. O «futuro político do Desporto» foi também apresentado, pois os Programas para a próxima legislatura já foram publicados.

Assim, terminou o meu trabalho. Está terminada a «tarefa». Porque o «resultado» foi totalmente alcançado.

Agora, já posso contar (à vontade) a «história» da minha participação.

Ela deveu-se a um motivo.
O «motivo» foi, porque, há cerca de um ano e meio, este Blog poderia ter-se tornado num «problema político». Contra isso tracei um plano. E executei, fase por fase, o planeado. O «resultado a alcançar», de anulação desse potencial problema, está cumprido. Cumprido porque o Blog actualmente fala apenas consigo próprio. São as mensagens que colocamos e controlamos que fazem aumentar ou diminuir o número de participações. Quem era «perigoso» que fosse a jogo foi completamente silenciado/a por esta acção. Basta verificar no «histórico» do Colectividade, no período a que me refiro, para comprovar na prática o que afirmo.
Consegui provocar este contributo para a «inoperância política» até ao dia de hoje, que coincide com um tempo em que já se está em plena «campanha eleitoral». No qual já ninguém ouve ninguém, e os Blogs deixam de ter influência, porque o excesso de informação e o alarido emocional fá-los transformarem-se em caixas de ressonância partidárias. Portanto, a anulação foi feita até à meta final. Agora, por mais que escrevam, já não podem causar «dano político». De facto, tirando o Prof. J.M. Constantino, os outros onze Bloguistas não estiveram á mesma altura. Estiveram, como disse alguém, «na Lua».

Portanto, o meu “Anónimo e os seus Heterónimos” despedem-se de V. Exas., insignes doze escritores da “Colectividade”, incluindo as Senhoras e os Senhores.

Tive muito gosto.

Anónimo

Anónimo disse...

Presunção e água benta cada um toma a que quer....é o que se oferece dizer ao comentário da despedida.

Anónimo disse...

Ao Anónimo auto-despedido.

Perante estes considerandos apressados:

“Essa nova «doutrina» é-o porque mexe (pela primeira vez de modo diferente de há 30 anos) numa das relações básicas daquilo a que chamamos «realidade desportiva», ou Desporto para simplificar.
… … …
Introduzimos, por um lado, uma nova «relação entre desporto e actividade física»; e, por outro, fizemos que essa nova relação comunicasse com o exterior. Ou seja, que essa relação interior (desporto vs. actividade física) fosse obrigada a estabelecer uma interdependência com o exterior (com o Desenvolvimento da Sociedade, concebido no âmbito da Estratégia do Desenvolvimento Sustentável – ENDS 2007-2015 e QREN 2013).”

Gostaria de ser esclarecido porque foge ao meu entendimento qual seja claramente a “nova doutrina”. Não bastam as palavras para transmitir ideias.
Assim como não está muito clara a obrigação da relação interior estabelecer a interdependência com a exterior (com o desenvolvimento da Sociedade).
Anteriormente a essa nova doutrina nunca se operou nenhuma interdependência com o exterior ?
E depois acresce:

“O Programa de 2005, e mais uma vez o Programa de 2009 espelham com clareza essa opção doutrinária ou ideológica de concepção do que é e do que deve ser o presente e o futuro do Desporto.”

Desde o Estado Novo que se tem espelhado, em cada decénio, com muita clareza uma opção “partidária ou ideológica de concepção do que é e do que deve ser o presente e o futuro do Desporto.”
Ficava-lhe grato se pudesse abrir uma excepção e reabrisse o seu dossier.
Se não estiver disponível, eu saberei compreender.