Com menor ou maior impacto, com menos ou mais experiência, sabemos que existem naturais dificuldades comunicacionais entre as pessoas, nas associações, nos grupos, nas equipas, nas organizações, etc.
Possivelmente, nem todos nós temos a consciência da quantidade de informação contida numa mensagem que se ‘perde’ ou ganha outros significados desde do primeiro momento de um acto comunicacional até ao seu término, considerando que passa pela mensagem ser processada por um emissor.
Dividindo o acto comunicacional em seis pequenos passos:
- O que se quer dizer;
- O que se diz;
- O que o outro quer ouvir;
- O que o outro escuta;
- O que o outro compreende;
- O que o outro retém.
os exemplos que tivemos esta semana com a intervenção do Presidente do Comissão de Arbitragem Vítor Pereira, são notórios, talvez num primeiro nível, da clara má intenção que o ser humano pode atingir, em segundo lugar, do baixo nível que o dirigismo português nesta modalidade possui nos mais diversos cargos e hierarquias.
A partir do momento que um árbitro ou juiz erra, considerando que o faz involuntariamente (dispensa-se qualquer outro tipo de cenários), está claramente a ser imparcial, pois na sua análise condicionou injustamente um atleta ou uma equipa por outrem na tentativa de obtenção de um melhor resultado. O que se tem de fazer para combater esta ‘imparcialidade’ será outra ‘discussão’, como a formação, melhor treino, profissionalismo, maior capacidade de escolha, etc.
Devido à parca qualidade dos dirigentes e outros agentes desportivos, especialmente ao nível das competências softs, que se movimentam melhor na desorganização e num estilo de liderança que tenta dividir para reinar, aproveitaram-se de declarações com pouco ruído para o dimensionar. É caso para afirmar “Precisa-se de empatia. Urgente!”
Por muito que se invista em cimento, em formação ao metro para dirigentes, em receitas copiadas de um sítio para o outro, enquanto não existir o bom senso e a capacidade do dirigente em tentar no mínimo escutar as outras partes, seremos um país cheio de pessoas que preferem ser consideradas interessantes do que interessadas em criar valor.
Prefere-se uma soma negativa ou nula em qualquer abordagem sobre uma opinião ou fundamentação, do que uma perspectiva de construir. Arrisca-se a perder o pouco que se constrói e que se avança, porque o atrito é enorme. Infelizmente, é mais um exemplo de como a evolução é um passo complexo.
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Impacto Comunicacional
publicado por Rui Lança às 17:51 Labels: Arbitragem, Desporto profissional, Dirigentes desportivos
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1 comentário:
Mais um bom artigo para este blog.tem a profundidade certa em termos de exemplos ou científicos, para que as pessoas possam perceber.
Quanto ao exemplo da arbitragem, faz parte de uma estratégia de despachar quer o Vitor Pereira quer o Herminio.
É o país que temos infelizmente.
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