domingo, 19 de agosto de 2012

Pedido:período de nojo

Antes quem falava de desporto, particularmente de futebol e hóquei em patins, eram os funileiros, latoeiros, barbeiros, serralheiros e pedreiros, os operários, funcionários e artesãos dos mais variados misteres e ofícios. Falavam e discutiam sobre o assunto de modo apaixonante, encantatório e incandescente.
Os pseudointelectuais queriam-se distantes do fórum desportivo; rotulavam-no de ópio e alienação do povo. Mas os tempos mudaram e, aos poucos, descobriram que é muito rentável arengar e perorar acerca dele, usando o dialeto do ‘futebolês’: não custa nada, ninguém lhes pede responsabilidades e estão garantidos ganhos de grande notoriedade. E então vieram às carradas, por grosso e atacado, empinados como papagaios de pirata. Foi um ver se te avias! Cineastas, cirurgiões, musicólogos, sociólogos, professores feitos a martelo e à pressa e não sei quantos mais doutores na mestria do verbo fácil e da língua afiada entregaram-se a transformar o desporto em pantomina e gaudio circense.
Como se estes não bastassem, a toda a hora arribam ao espaço mediático nomes sonantes das mais diversas cátedras, incluindo até a da sexologia, quiçá ávidos de exibir presteza a fazer filhos em mulher alheia.
O que é que leva tais ‘sumidades’ a aceitar o convite para serem comentadores de uma área em que não são especialistas? Admitiriam elas que alguém cometesse a imprudência de se arriscar a dar palpites sobre a matéria em que são reconhecidos como peritos? O que é que move a eminente gente a engrossar e formatar a vox populi com estereótipos do senso comum? Terão tão ilustres e sapientes personalidades pelo desporto o respeito que a relevância social e humana deste fenómeno exige? Terão verdadeira consciência do papel que estão a cumprir, ao acumularem uma função para cujo desempenho nobilitante lhes falta conhecimento bastante?
Quem responder a estas perguntas e puser ao léu as razões e motivações de uma situação deveras aberrante e estapafúrdia fará simultaneamente um diagnóstico sobre o estado do nosso desporto.
É provável que, nos próximos tempos, esta estirpe de comentadores se mostre lesta e felina a cavalgar a onda do descontentamento doméstico; e queira encharcar os ouvidos e olhos da opinião pública com análises vulgares do comportamento lusitano nos Jogos Olímpicos findos e com uma ementa de receitas para os próximos.
Se têm alguma réstia de apreço pelo desporto e pelo nosso País, atendam este pedido: Os Jogos Olímpicos são uma ‘coisa’ sublime e maravilhosa; ninguém se deve masturbar à custa deles. Urge guardar um período de nojo e não proceder a balanços levianos daquilo que se passou em Londres, nem tecer malhas puídas no tocante aos Jogos do Rio.
Mais, o nosso futuro como nação independente não será longo, se não for suportado por uma estreita conexão com o Brasil. Os mastros das duas bandeiras devem estar cada vez mais juntos. Por isso mesmo a participação nos Jogos do Rio é parte de um amplo desígnio nacional, patriótico e político, devidamente concebido e assumido; não é para ser entregue a lucubrações de pacotilha.
A observância de um período de nojo recomenda-se também aos dirigentes, técnicos e atletas envolvidos no projeto londrino. Por favor, deixem baixar a poeira! Não deem bola a quem tudo sabe de todas as coisas e para elas debita sentenças, leis e certezas feitas, como um deus omnisciente sentado no pináculo da sua infinita sabedoria. Essa gente deve ficar a falar sozinha.
Haja bom senso! A conjuntura pede que a discrição dos que pensam, refletem e agem em profundidade, seriedade e serenidade se sobreponha ao diletantismo e prosápia dos que falam e se agitam por jactância, superficialidade e vaidade.

34 comentários:

Luís Leite disse...

Concordo com o essencial do texto de Jorge O. Bento.
Mas julgo que com um período de nojo não vamos lá.
É necessário mostrar a realidade desportiva que temos.
E compará-la com os outros países europeus da nossa dimensão.
E estudar o porquê da nossa incapacidade.
É preciso atirar com o barro à parede.
Depois, numa conjuntura mais que difícil, se verá como os políticos reagem.
O pior seria não tomar consciência da nossa triste realidade.
Mudá-la levaria décadas, se fizessem alguma coisa nesse sentido.
No Rio de Janeiro estaremos na mesma ou pior, obviamente.

joão boaventura disse...

Caro Bento

O "Pedido de Nojo, salvo melhor opinião, deveria ter sido endossado aos deputados, aos políticos, aos Ministros, ao Estado, à Presidente da Assembleia da República, ao Presidente da República, e se daqui das terrenais poderosas criaturas nada resultasse, então, em última instância, a Deus... só para as envergonhar.

Sem ironia e com cordialidade

Anónimo disse...

O Professor Bento tem razão.
Devem todos ficar calados. Deixar cair a poeira porque ele seencarregará de falar por nós a fim de esclarecer todos os assuntos que tiverem deser esclarecidos.
A sua capacidade de escrita e de exposição de ideias dispensa qualquer qualquer comentário da nossa parte.Confiemos nele.
O que interessa é o Rio de Janeiro e como todos sabemos que o Professor Jorge Bento tem uma grande experiência brasileira. Mais de 150 viagens nos útimos anos.
Bem-haja Professor Jorge Bento

Anónimo disse...

Um Nojo I
É significativo que o artigo de Jorge Bento apareça como uma espécie de reacção ao artigo de Francisco Sobral. Bento, do alto da sua cátedra, sente-se no direito de mandar calar as pessoas que ainda se permitem pensar e manifestar as suas opiniões. E Bento instituiu a era do silêncio. O embaraço de Bento é que as pessoas, a começar pelas da FADE, não lhe concedem nem de direito nem de facto tal pretensão. E dizem-lhe: ‒ se queres instituir o silêncio cala-te primeiro tu, porque já estamos fartos de te ouvir.
Foi o “bom senso”, a “discrição”, e a “serenidade” de pessoas como Olímpio Bento que permitiram que um dirigente com a categoria de Vicente Moura estivesse no COP mais de quatro Ciclos Olímpicos, pervertendo o que de mais sagrado tem a ética dos valores olímpicos e da moralidade social.
Quando Bento pretende calar os críticos acusando-os de diletantismo e prosápia, agitadores por jactância, superficialidade e vaidade, devia começar por olhar para si próprio, para a sua situação de eterna liderança na FADE e a sua posição arruaceira perante o Reitor e a Universidade do Porto.

Anónimo disse...

Um Nojo II
Na lógica do faz o que eu digo… agora, Bento pretende calar as críticas a dezasseis anos de incompetência. É normal. Ele foi um dos grandes sustentáculos de Vicente Moura e bem o pode exibir no seu currículo. Dentro da própria FADE ainda não compreendemos como é que Olímpio Bento não propôs o Comandante para um Doutoramento honoris causa. Tal como o fez com o super-corrupto João Avelange.
Pedir discrição e bom senso aos que neste marasmo de neoliberalismo ainda pensam e reflectem é pretender mandar calar as últimas vozes de um desporto livre, como as de Vilas Boas, Alfredo Silva, Gustavo Pires, Francisco Sobral, José Manuel Meirim, Maria José Carvalho, João Almeida, José Constantino.
Caro Doutor Bento: Pode tirar o cavalinho da chuva.

Anónimo disse...

Ditosa Pátria que tal filho tem.

Anónimo disse...

Morreu oquerido-lider kim-jongil
Viva o querido líder Jorge Bento.

Anónimo disse...

O texto J.O Bento pretendeu ser uma voz defensora do Desporto enquanto «realidade e entidade autónoma», e de com isso congregar o sentimento de todos os que se sentissem nesse espírito. A bondade da intenção, porém, conduziu a uma crítica violenta. Que usou mais o ataque pessoal do que a reflexão sobre o conteúdo do que foi dito.
Como «recetor do texto», e no contexto da utilidade do mesmo para o Debate sobre o Desporto, há um aspeto mais interessante.
Se o Desporto é uma «realidade transversal», e uma aplicação de conhecimentos vindos de outros conhecimentos mais a montante, como poderá pretender ser apenas circunscrito à opinião de um tipo único de especialistas (que presumidamente seriam os únicos que perceberia dessa transversalidade)?
É esta desproporção, entre «o que o Desporto é» e a «restrição que se pretende para quem fala dele» que me parece motivo de debate.
No desporto intervêm a fisiologia, a biomecânica, a educação, o acompanhamento psico-social dos praticantes, a capacidade técnica dos treinadores, a vigilância da arbitragem, a contextualização social (demográfica, etária, económica, etc,), a organização burocrática, a gestão, a engenharia e a arquitetura das infraestruturas, o conhecimento da ética, a política, a reflexão filosófica e Humanista, etc., etc..
Ou seja, intervêm (para utilizar a Classificação das Áreas Científicas da UNESCO utilizada em Portugal pela FCT) as Ciências Naturais, as Ciências Exactas, as Ciências Sociais, e as Humanidades.
Mas não apenas no Desporto.
Por exemplo, a Física, a Química, a Matemática, a Fisiologia, a Biologia molecular não podem emitir opinião sobre a Medicina?
Ou noutro exemplo, seria o mesmo que a Gestão não pudesse emitir opinião sobre o modo de gerir um Banco e ao mesmo tempo sobre o modo de gerir uma empresa de Arte? Por exemplo, quando a mesma Pessoa faz essa gestão, como foi o caso de Rui Vilar na CGDepósitos e na FCGulbenkian. Só os artistas podem falar de Arte, ou só os acionistas dos Bancos podem falar dos Bancos?
Quando em 1997 fizeram essa pergunta ao Rui Vilar ele respondeu do seguinte modo: - “Há muitas definições de Gestão, mas gerir será sempre organizar e conduzir a combinação de meios (terrenos, edifícios, equipamentos) humanos, financeiros e técnicos (know how, patentes) com vista à realização de determinados fins (a produção de bens ou serviços). (...) Sendo os meios escassos e apenas parcialmente substituíveis entre si (o trabalho dos homens pode substituir-se parcialmente pelo das máquinas), gerir significa, também, procurar a combinação que permita o melhor resultado possível para uma dada quantidade e qualidade dos meios disponíveis. (...) É altura de perguntar o que é igual e o que é diferente (se diferença existe) na gestão das organizações culturais? O que acrescenta, elimina ou modifica o «fim» cultural face ao empresarial, beneficente, cívico, religioso [DESPORTIVO], ou outro? Gerir é sempre gerir. E poderia terminar aqui a minha intervenção.” (Rui Vilar, 1997 – ex-Presidente da Caixa Geral de Depósitos e da Fundação Calouste Gulbenkian).
Então, se é assim, quem são os «especialistas únicos do Desporto» a quem o texto apela?
Parece-me que no texto de J.O. Bento há uma desproporção entre «a realidade transversal do Desporto» e a «restrição de quem dele pode falar».
Mas J.O Bento tem razão quando afirma que responder a esta questão tem repercussões na prática da Governação, no Modelo Organizacional, no Planeamento estratégico, nos Planos Operacionais, e na opções de Reforma que propus na Folha A4, ou que Sobral Leal propôs para o Desporto Escolar, sobretudo na sua ligação entre as escalas que interferem na transversalidade da realidade desportiva.
Não é mais útil assim, do que o ataque pessoal?

Talvez

Luís Leite disse...

Aqui vai um contributo para o período de nojo.
O ranking de medalhas olímpicas em Jogos Olímpicos de Verão em função da população:


Rank Country Medals Population Population
per Medal

1 Finland 302 5,407,040 17,904
2 Sweden 483 9,490,683 19,649
3 Hungary 475 9,962,000 20,972
4 Denmark 179 5,580,516 31,176
5 Bahamas 11 353,658 32,150
6 Norway 149 5,005,700 33,595
7 Bulgaria 214 7,364,570 34,413
8 East Germany 409 16,111,000 39,391
9 Estonia 33 1,318,005 39,939
10 Jamaica 67 2,705,827 40,385
11 Switzerland 184 7,870,100 42,772
12 New Zealand 99 4,432,620 44,773
13 Australia 467 22,880,619 48,994
14 Cuba 208 11,241,161 54,044
15 Netherlands 266 16,731,770 62,901
16 Romania 301 19,042,936 63,265
17 Bermuda 1 64,237 64,237
18 Czechoslovakia 143 10,318,000 72,153
19 Trinidad and Tobago 18 1,317,714 73,206
20 Belgium 142 10,951,266 77,121
21 Great Britain 781 62,262,000 79,720
22 Iceland 4 319,575 79,893
23 France 670 65,350,000 97,537
24 Greece 110 10,787,690 98,069
25 Austria 86 8,452,835 98,288
26 Tonga 1 103,036 103,036
27 Virgin Islands 1 106,405 106,405
28 Slovenia 19 2,057,540 108,291
29 Latvia 19 2,070,371 108,966
30 Italy 550 60,776,531 110,502
31 Grenada 1 110,821 110,821
32 Netherlands Antilles 2 227,049 113,524
33 Mongolia 24 2,736,800 114,033
34 Yugoslavia 90 10,348,473 114,983
35 Belarus 78 9,461,400 121,300
36 Canada 278 34,771,400 125,076
37 United States 2,401 313,382,000 130,521
38 Poland 271 38,501,000 142,070
39 Germany 573 81,831,000 142,811
40 Lithuania 21 3,192,800 152,038
41 Ireland 28 4,588,252 163,866
42 Georgia 25 4,469,200 178,768
43 Croatia 23 4,290,612 186,548
44 South Korea 243 48,580,000 199,917
45 Slovakia 24 5,445,324 226,888
46 Czech Republic 43 10,504,203 244,283
47 Luxembourg 2 511,800 255,900
48 Suriname 2 529,000 264,500
49 Soviet Union 1,010 272,000,000 269,306
50 Armenia 12 3,268,500 272,375
51 Barbados 1 274,200 274,200
52 Japan 398 127,650,000 320,728
53 Kazakhstan 52 16,718,000 321,500
54 Uruguay 10 3,251,526 325,152
55 Azerbaijan 26 9,111,100 350,426
56 Russia 407 143,056,383 351,489
57 Spain 130 46,196,278 355,355
58 West Germany 204 72,562,666 355,699
59 Australasia 12 4,651,848 387,654
60 Ukraine 116 45,644,419 393,486
61 Qatar 4 1,699,435 424,858
62 Kenya 86 38,610,097 448,954
63 Portugal 23 10,561,614 459,200
64 Puerto Rico 8 3,725,789 465,723
65 Moldova 7 3,559,500 508,500
66 North Korea 47 24,052,231 511,749
67 Argentina 70 40,117,096 573,101
68 Namibia 4 2,324,000 581,000
69 Bahrain 2 1,234,571 617,285
70 Montenegro 1 620,029 620,029
71 South Africa 76 50,586,757 665,615
72 Germany 118 81,831,000 693,483
73 Guyana 1 784,894 784,894
74 Djibouti 1 818,159 818,159
75 Cyprus 1 838,897 838,897
76 Turkey 87 74,724,269 858,899
77 Serbia 7 7,120,666 1,017,238
78 Lebanon 4 4,259,000 1,064,750
79 Tunisia 10 10,673,800 1,067,380
80 Costa Rica 4 4,301,712 1,075,428
81 Israel 7 7,859,300 1,122,757
82 Panama 3 3,405,813 1,135,271
83 Taiwan 19 23,234,003 1,222,842
84 Iran 60 76,309,000 1,271,816
85 Mauritius 1 1,286,051 1,286,051
86 Singapore 4 5,183,700 1,295,925
87 Chile 13 17,402,630 1,338,663
88 Uzbekistan 21 29,123,400 1,386,828
89 Morocco 22 32,526,800 1,478,490
90 Gabon 1 1,534,000 1,534,000
91 Dominican Republic 6 9,378,818 1,563,136
92 Zimbabwe 8 12,754,000 1,594,250
93 Brazil 108 192,376,496 1,781,263
94 Kuwait 2 3,582,054 1,791,027
95 Mexico 62 112,336,538 1,811,879
96 Kyrgyzstan 3 5,477,600 1,825,866
97 Ethiopia 45 84,320,987 1,873,799
98 Botswana 1 2,038,228 2,038,228
99 Macedonia 1 2,057,284 2,057,284
100 Venezuela 12 27,150,095 2,262,507

Luís Leite disse...

(continuação)

101 Hong Kong 3 7,103,700 2,367,900
102 Colombia 19 46,475,000 2,446,052
103 Algeria 15 37,100,000 2,473,333
104 Tajikistan 3 7,616,000 2,538,666
105 Thailand 24 65,479,453 2,728,310
106 China 473 1,347,350,000 2,848,520
107 Egypt 26 81,927,000 3,151,038
108 Cameroon 5 19,406,100 3,881,220
109 Uganda 7 32,939,800 4,705,685
110 Malaysia 6 28,334,135 4,722,355
111 Haiti 2 10,085,214 5,042,607
112 Eritrea 1 5,415,000 5,415,000
113 Serbia and Montenegro 2 10,832,545 5,416,272
114 Ghana 4 24,223,431 6,055,857
115 Togo 1

Anónimo disse...

O fascismo começou assim.
"O texto J.O Bento pretendeu ser uma voz defensora do Desporto enquanto «realidade e entidade autónoma», e de com isso congregar o sentimento de todos os que se sentissem nesse espírito."
Alguém lhe passou procuração?

"A bondade da intenção, porém, conduziu a uma crítica violenta. Que usou mais o ataque pessoal do que a reflexão sobre o conteúdo do que foi dito."

De boas intenções está o inferno cheio.

O texto de Jorge Bento é que é um ataque pessoal aos direitos liberdades e garantias dos portugueses.
Devia ter vergonha bem como quem o defende.
Fascismo nunca mais.

Anónimo disse...

Sr.Luis Leite
Não brinque com coisas sérias.
A proposta do Doutor Jorge beto tem a maior respeitabilidade. Não compare tal proposta de alto significado democrático com as suas estatisticas que não interessam nada. Bem basta aquele que diz que o nojo é um nojo quando não é nojo nenhum. É entrgarmo-nos todos às mãos de um verdadeiro líder. Portugal necessita de lideres com o Doutor Beto. Como dizia o anónimo - ditoza pátria que tal filho tem.
Gonçalo Pais
(gestor desportivo)

Anónimo disse...

Consta que Jorge Bento já está ao serviço do Ministro Relvas. É só aguardarmos mais algumas horas ou poucos dias para que esta notícia seconfirme.
Se se confirmar vai certamente ser uma felicidade para o desporto nacional.
Mas uma pena para a FADE porque vamos ficar sem a liderança esclarecida e empenhada do Doutor Jorge Bento. S~~ao mais de vinte anos de experiência que não podemos perder assim de um momentopara o outro.
De facto Miguel Relvas é um ministro com grande visão.

Anónimo disse...

O Sr. Doutor Bento deve considerar que já não está na RDA.
A considerada RDA já não existe.
Apagou-se, desapareceu, implodiu.
Pergunto:
Será que o Doutor Bento teve uma das suas implosões cerebrais a que reverentemente temos de assistir nos CC da FADE?
Quem é que ele agora quer proteger?
Perdeu a vergonha.

Anónimo disse...

A administração do blogue deve colocar os comentários na ordem. Não se pode autorizar que blogueiros andem a brincar com o texto do Dr. Jorge Olímpico Bento.
Haja decência.
Não há o direito de misturar as estatisticas do sr. Leite com a RDA não se sabe de quem ou ainda pior com o querido líder da Coreia.
Sr. administrador do blogue, Ponha um ponto final nesta vergonha.
A COMISSÃO DE APOIO AO NOJO DO DR. BENTO

Anónimo disse...

Não concordo com a posição de Jorge Olímpio Bento. Mas é tão legítima como qualquer outra. Já me não parece sensato criticar a posição a partir de ajustes de contas sobre a vida da Faculdade .

Anónimo disse...

Obrigado Professor Sobral. O seu contributo permitiu uma boa reflexão sobre o desporto escolar mas, também, sobretudo, contactar de novo com as deliciosas prosas de um mui insigne seminarista. Quem o conhece e "levou com ele" ao longo de anos estava já roidinho de saudades. O próprio desporto olímpico faz apelos para que ele reate a sua intensa e competente actividade na comissão multidisciplinar de acompanhamento da preparação olímpica. Volte depressa.
Até temos pena que todas estas ironias contribuam para mais um longo período sabático de hibernação neste blog. Fazem-nos tanta falta estas opiniões livres. Luis Leite, por exemplo, o mais lesto na corrida ao "concordo totalmente" vai sentir a falta destas fundamentações teóricas para as suas profundíssimas "estatísticas" ou, melhor dizendo, "estudos olímpicos".
Que alguém tenha a coragem política para convidar todas estas insignes figuras para uma comissão de reestruturação do desporto português.
Um "estatístico", um "pedagogo" mais um "folha A4" e o desporto português teria, finalmente, o seu salto qualitativo. Aqueles que seguem o materialismo dialéctico acreditam que mais dia menos dia este salto vai acontecer. Este sim vai dar-nos uma medalha dourada. Esperem.

Anónimo disse...

Sr. Luis Leite
Peço-lhe que me ajude a compreender melhor a estatística com que nos presenteou.
Qual é o real significado do ordenamento dos países?
Portugal está em 63º lugar deste ranking, EUA 37º, Russia 56º,Espanha 57º,Quenia 62º, Argentina 67º,Africa do Sul 71º, Alemanha 72º, Brasil 93º, México 95º- entre outros. O que é que quer demonstrar com este ranking?
Ajude-me a comparar o nosso desporto com o desporto dos outros países através destes números.

Anónimo disse...

Estou completamente de acordo com a posição do Jorge Olímpio Bento. É tão legítima como qualquer outra. Em Portugal fala-se demais e trabalha-se de menos. O melhor é calar o país para que se possa trabalhar mais e melhor. E, já agora, mandem calar os sindicatos. Calem a oposição. Fechem a Assembleia da República. Instituam um tribunal para o delito de opinião. São opiniões tão legítimas como quaiquer outras.
E também estamos de acordo que não é sensato criticar as posições de Olímpio Bento a partir de ajustes de contas relativos à vida da Faculdade. É desnecessário. O Jorge transformou a FADE num espaço de liberdade e livre debate de ideias. Todos são livres de ter as suas opiniões como se comprova no excelente texto do Jorge Olímpio Bento.

Anónimo disse...

As medalhas no desporto

1 Sempre que se realiza uma grande competição desportiva, europeia ou mundial, a opinião pública dos vários países pede triunfos, medalhas.
Em alguns lugares do mundo isso faz sentido.
O Estado assume políticas, promove investimentos, atribui bolsas e estágios, garante emprego e, assim sendo, os cidadãos, que tudo pagam, têm legitimidade para questionar os resultados e assumir posições exigentes.
Infelizmente, essa não é a realidade portuguesa.
O Estado tem sido incompetente para enquadrar o movimento associativo. Não aposta no desporto escolar como forma de descobrir jovens talentos. Descura as suas responsabilidades como tutela que deve estabelecer objetivos, definir políticas. Limita-se a atribuir uns subsídios e lava as mãos dos resultados. São, aliás, assim as chamadas elites de "decisores" nacionais: convicções, empenhamento e responsabilidade não é nada com eles. Estão sempre do lado da análise e empenhados no projeto seguinte. Incompetência, portanto.
JOÃO MARCELINO
18 agosto 2012

Anónimo disse...

Sr. João Marcelino:
O Estado nos últimos anos passou para o desporto federado cerca de cinquenta milhões de euros. O que o desporto federado fez está à vista. O problema não é a incompetência do Estado, o problema é a falta de competência do desporto federado.
Mudar a situação?
Estamos de acordo. Vai é demorar muito tempo. É necessário alterar uma tendência congénita do desporto português para a asneira.
Basta ver as proposições do Sr. Vicente Moura enquanto os líderes desportivos estão calados e o nosso Olímpico Bento manda calar as hostes académicas.
Com consideração e estima.

Anónimo disse...

Claro que na prosa de Olímpio Bento se pode detetar uma atitude de superioridade moral. Claro que este tipo de atitudes é excelente para polemizar. O que é bom. Contudo, não interpreto o pedido de OB como um apelo à ausência do debate e muito menos de censura aos autores que escrevem neste blogue. O que Olímpio Bento nos diz é que os media perderam espaço de debate nobre. E se na politica, por exemplo, há muita coisa mauzinha, existem espaços de debate com qualidade. Ora, no caso do desporto não há. Os programas são todos de futebol e ouvir os intervenientes de cada um desses programa é uma dor de alma. O que Olímpio Bento diz é, calem-se porque poluem o ambiente! E, sem o dizer subentende-se que ele propõe que a palavra seja dada a quem sabe dos assuntos, sabe refletir, sabe pensar. E aqui estão incluídos os intervenientes deste blogue, desde logo JMC, LL, GP, OB, MJC,JMM, Folha A4, Talvez, Funcionário de estado etc. É aliás um erro, entrar no ataque pessoal e não aproveitar as divergentes opiniões que aqui surgem. Uma coisa é não estar de acordo, outra, é não reconhecer aos autores que citei acima a qualidade dos seus escritos.

Anónimo disse...

Não fazia ideia de que me pudesse meter a responder a este blogue que acompanho de vez em quando. Mas quando li a última blogada assinada por Olímpio Bento vi a vida a andar para trás. Como é possível que a quarenta anos da libertação dos cravos alguém em Portugal no pleno uso das suas faculdades possa pedir aos seus concidadãos uma auto-censura!
E ao ler Olímpio Bento recordei Marcel Proust e o seu título "Em Busca do Tempo Perdido". Foram perdidos estes quarenta anos de Abril. O país retrocedeu a 1973 ao tempo em que se escrevia com um garrote apertado na garganta?
É que ao ler Jorge Bento salta-me à ideia uma memória involuntária de outro tempo um tempo perdido para um país e várias gerações. Sabemos que Olímpio Bento é um especialista da pedagogia. Se a palavra especialista tem qualquer sentido ela perde-se no discurso sectário e impróprio do pedagogo. É uma pena que a "Coletividade Desportiva" acolha este tipo de articulistas. Mas também é bom que o faça porque temos de nos precaver contra os ventos totalitários que já se fazem sentir na nossa débil democracia.

Anónimo disse...

A realidade é outra.
O texto de J.O.Bento é igual ao de Sobral Leal num ponto. Falam para um País que não existe. Nem existirá, pelo menos, nas próximas décadas. Equivalem ao mesmo que Vicente de Moura disse há 4 anos, ao propor que Portugal organizasse uns J.O. em Lisboa. Ou às Medalhas de L.Leite.
Por exemplo, ao se impor o Desporto Escolar há que ter em consideração a realidade.
Em primeiro lugar, há que contar com a vontade dos jovens-cidadãos. Não se pode tomar como certo, ou como uma «obrigação», e muito menos impingirem-lhes os ideais alheios, neste caso de sucesso desportivo (ele/a querem de facto fazer uma carreira de alto rendimento desportivo? Ou foi-lhes imposto por quem lucra mais, e pretende usar-se da sua imaturidade e inexperiência? Qual decisão? E quem tem o direito de decidir numa idade precoce como aquela a que o texto de Sobral Leal, e outros, aqui se referem?).
Em segundo lugar há que avaliar se a atual perca de importância da «Educação Física e Desporto» no projeto educativo (ao deixar de contar para a classificação escolar) contribui para quê?
E, em terceiro lugar há que perceber que Portugal não é um País nem uma sociedade igual às que o texto escolheu para exemplos e modelos.
O texto de Sobral Leal fala para um País que não existe. Nem existirá desse modo daqui a 30 anos. O texto de Sobral Leal fala como se a Fição fosse a Realidade, propõe soluções para a Utopia do «como devia ser».
Nem sequer fala, ou propõe soluções, para aquilo que será na próxima geração a que pertencerão os próximos «potenciais jovens de alto rendimento portugueses» (data em que a maioria dos comentadores deste Blog, incluindo Sobral Leal, já terão mais de 80 ou 90 anos).
Esta é que é a Realidade que conta. Para que os comentários, as propostas, e os contributos aqui ditos tenham credibilidade é necessário que não percam o contacto com esta realidade concreta. É o mesmo pecado de descontextualização que comete sempre F.Tenreiro, razão pela qual o PROIID e outros iluminados projetos são inviáveis e meras fantasias sem possibilidade de aplicabilidade ao concreto da realidade portuguesa. Os exercícios teóricos de J.M.Constantino (por exemplo «de 2004 a 2013»!) vão pelo mesmo caminho.
A realidade em Portugal, hoje, e nos próximos 20 anos, é completamente diferente daquilo que Sobral Leal refere neste texto.
Observemos de facto a realidade de hoje, para se fazer o teste: Consultem o Anúncio de Procedimento n.º3263/2012 no D.R. nº158, II.ª série, emitido em 16 de Agosto de 2012 pelo Município de Lagoa. Vejam bem como a realidade é no terreno quanto à prestação do desporto em Portugal.
Pois é.
O texto de Sobral Leal parece impoluto, e um contributo coerente. Mas confrontado com a prática, e com a realidade, não passa de mais uma quimera ou de mais um sonho num dia de verão. Porque foi criticado J.O Bento, e o não foram Sobral Leal, J.M.Constantino, L.Leite e F.Tenreiro que cometeram o mesmo erro?
Ou não?

Talvez

Anónimo disse...

Caro Senhor das boas intenções, recordo-lhe que "primeiro levaram os judeus, mas ninguém disse dada porque não eram judeus...Depois, perseguiram os comunistas,... e como ningué era comunista...
"
Ninguém, nem o próprio JOB se pode sentir no direito de dizer quem tem o direito a exprimir opinião. Sejá lá quem for.
Se deixar passar em claro o artigo de Jorge Bento é um atentado à democracia, tentar desculpá-lo com conversa da treta é um atentado à inteligência.

Anónimo disse...

O Sr. Talvez, talvez tenha razão:
O país não existe,o Vicente já não existe, o desporto e a educação física já não existem, o Francisco Sobral também já não existe e o Olímpio Bento a continuar da maneira que está, o melhor era também deixar de existir.
É, como diz o Francisco Sobral, uma questão salutogénica.

Luís Leite disse...

Depois de ler isto tudo só me resta lembrar os Romanos:

"Há um país lá nos confins do Império que não se governa nem se deixa governar."

O debate, por um lado é salutar.
Mas por outro, é revelador do "estado de conflito" em que navegam as elites do Desporto em Portugal, por via de interesses antagónicos que geram opiniões discordantes.

Ninguém se entende...

Anónimo disse...

Para o senhor da treta. O Brecht já o lemos e já o esquecemos. De virgens púdicas feridas, está Portugal cheio.

Considerar que o texto de OB é um atentado à democracia é levar cada palavra do dito à letra. Por muito que lhe custe o texto de OB é um texto que interpela e agita. Um artigo é feito de muitas artes. conseguir formalizar estas duas já não é nada mau.

Anónimo disse...

Pergunta-se ao autor do Blogue:
A moderação dos comentários é para evitar alarvidades e insultos ou para fazer censura dos comentários que, simplesmente, não lhe agradam?

Anónimo disse...

Sr. Luís Leite, os participantes deste bloguecomeçam a pensar que o Sr. para além de se baralhar nas estatístivas atrapalha-se completamente nas ideias. Não existe luta nenhuma entre elites ou o que quer que seja que pretenda inventar. Nem existe estado nenhum de conflito a menos que o queira promover. Não estamos no domínio do futebol da 1ª Liga.
Trata-se tão só da posição de alguém que, não tendo qualquer limite ou controlo daquilo que escreve, se "passou da cabeça" e sem o mínimo de pudor sugeriu auto-censura aos comentadores do blogue. Com que objectivos? A seu tempo saberemos. Nada mais.
Sr.Luís. Sugeria-lhe, porque até já foi aqui reconhecido como o campeão dos comentários super rápidos, que pensasse ou pouco mais naquilo que diz. Porque, senão, para ser coerente com o que diz, a pedido do Sr. Bento, devia entrar em período de nojo e estar calado. Nada mais.

Anónimo disse...

Completamente de acordo.
Aqueles que concordam com Bento que entrem em período de nojo.
Calem-se.

Luís Leite disse...

Anónimo das 8.11h:

Baralhado é você, porque não leu o que escrevi:
"Julgo que com o período de nojo não vamos lá".

Existem, obviamente, conflitos de interesses pessoais, tanto políticos como universitários, relacionados com o exercício do poder.

Anónimo disse...

Ex.mo Sr. Luis
Considere uma pequena recomendação deste seu admirador Gonçalo Pis.
O que o nosso colega comentador disse é que o Sr. Leite baralha, não disse que o Sr. Leite é ou está baralhado. É completamente diferente.
Em contra posição dizer que o comentador é um baralhado como o Sr. Luis o faz parece-me que é quer estar a baralhar ainda mais aquilo que já está excecivamente baralhado. Não acredito que seja falta de desconsideração.
Aceite os mais respeitos cumprimentos deste seu admirador.
Gonçalo Pais
(gestor desportivo)

jorge bento disse...

Resposta aos ‘anónimos’

Durante alguns dias estive ausente nas terras de Miranda do Douro, entregue ao gozo de um cachico de calaceirice. Nas arribas do Douro internacional contemplei várias espécies de abutres, com porte bem mais cívico do que o de exemplares que proliferam noutras paragens. E em Sendim vi um cartaz deveras instigador, apelando à preservação do burro do planalto mirandês com os seguintes dizeres: “Estes são os únicos burros em extinção”.
Por favor, visitem aquelas terras! Verão como é belo e sábio o Portugal profundo.
Agora chegou a hora de regressar à vida citadina e retomar a rotina do dia-a-dia. Nesta inclui-se a consulta da internet. Mais uma vez fico deslumbrado perante a profusão de ‘comentários’ (?) surgidos a pretexto (não por causa dela!) de uma reflexão, da minha autoria, elaborada no passado dia 14 e enviada para uma pessoa que gere este blogue com o pedido de a inserir nele.
A educação manda responder aos que se deram ao trabalho de regurgitar tanta coisa indigesta e podre, acumulada sabe-se lá onde. O problema está em que os ‘anónimos’ pertencem ao mundo dos mortos, como dizia a mitologia grega. Estar morto, acrescentou Fernando Pessoa, é não ser visto, é andar escondido. Contudo, formulando cristãos votos de que os ‘anónimos’ ou ‘mortos’, tanto faz, possam ressuscitar, vou cumprir o dever de lhes responder. Obviamente a resposta é parca, porque o gasto da cera deve ser seletivo consoante a natureza dos defuntos.
Bom, o que é preciso é que falem de nós, nem que seja para dizer bem. Viva a liberdade de opinião! Mesmo tendo em conta que, a coberto dela, há gente pirética que se entrega à prática da deturpação e falsificação, da cabala e da intriga, da infâmia e da ofensa, do ódio e do rancor, da vingança e difamação. Em todo o caso é um preço que vale a pena pagar.
Cumprida a obrigação, não responderei a qualquer reação.