Na assembleia geral do Benfica, que ontem se realizou, "elementos das claques" exigiram à direcção explicações pelo "mau tratamento" de que dizem ser alvo, nomeadamente por parte dos responsáveis pela segurança do estádio.
Ao que parece, a essas claques, em dia de jogo, não lhes é permitido colocar as suas faixas e outros utensílios identificadores. Tudo, como «sanção» pela sua não legalização.
Arruaça, "empurrões aos jornalistas", insultos e a assembleia geral terminou.
Hoje seguiu-se a notícia de que o plenário dos órgãos sociais do Benfica "vai reunir de urgência" para analisar as questões saídas da sessão magna do clube. É que, adiantou o porta-voz do Benfica, o importante até não são os insultos, mas antes o essencial.
Ou seja, nas suas palavras "as questões a nível de segurança e organização das claques".
Muito bem.
Ficam no ar, no entanto, algumas questões a merecer resposta.
Quantas reuniões de urgência ocorreram no seguimento de actos violentos das claques que não tiveram por destinatários os dirigentes do Benfica?
A urgência é do tipo da que a Federação Portuguesa de Futebol geralmente emprega (veja-se a reacção ao gesto antidesportivo do selecionador nacional de futebol de 11 e o tempo decorrido para a divulgação do inquérito interno)?
A reunião é para ir mais longe na luta contra a violência no desporto ou, ao invés, é para oferecer resposta temporizadora, "consensual", às pretensões das claques?
E termine-se (por ora) clamando ao IDP, ao Secretário de Estado, ou a quem eles entenderem, para que haja uma informção total sobre o estado actual desse " processo de legalização".
Temos - todos - o direito a ser informados sobre o quê, o como, o quando e por quem. Doutra forma nada pode ser escrutinado.
E já sabemos que uma coisa é prometer uma nova lei, logo em 2005, renovar a promessa em 2006 e 2007, anunciá-la agora para 2008, e outra, bem diferente, é a realidade.
Chegará "não exibir as faixas"?
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