Passam 10 meses desde que mais de cem jovens de 32 diferentes países se reuniram em Paris, no Comité Olímpico Francês para discussão do White Paper. Decidiram, após 6 dias de análises e dinâmicas informais de discussão, apresentar uma visão, que na sua opinião, o White Paper continha ao nível de insuficiências, algumas incongruências ou matérias não abordadas.
Essa mesma declaração, a que decidiram chamá-la Pink Paper, foi apresentada ao Conselho Europeu e enviada através das entidades ISCA e ENGSO Youth para todos os Governos que constituem a União Europeia e os restantes países que estavam representados nesse “European Youht and Sport Forum”.
Abarco este evento como introdução, a meu ver, à parca (e sem grande (in)fluência) formação de jovens dirigentes desportivos em Portugal ou eventos deste género que envolvam a participação dos jovens dirigentes. Acontece esporadicamente, com apostas singulares de algumas instituições, como no caso de autarquias ou ONG’s, e por isso mesmo dificulta para que se atinja uma dinâmica que permita potenciar o conhecimento e a troca de experiências, bem como o verdadeiro impacto das formações, áreas, aprendizagens, etc.
Para além dos cursos técnico-profissionais ou da formação formal universitária (matéria que já foi abordada na Colectividade), pouca ou nenhuma oferta é percepcionada, quer como alternativa à educação formal, quer como uma aposta planeada por parte governamental, neste caso, a Secretaria de Estado da Juventude.
Através de consultas céleres no Conselho Europeu, a plataforma SALTO ou a ENGSO, somente para citar alguns exemplos, dão-nos uma perspectiva do movimento relacionado com o desporto e a formação de jovens dirigentes onde incluo voluntários em diversas áreas, coordenadores de projectos, treinadores de formação, dirigentes de ONG’s, etc.
A oferta deste tipo de formação assume uma pertinência, dado que ao formar-se jovens que já estão em posições de enorme importância para a pirâmide da prática desportiva e/ou dirigismo desportivo ou que podem vir a assumir, contribui-se para a criação de valor no presente e num futuro muito próximo. E não podemos obrigá-los a seguir pela via do ensino superior, até porque, e como já foi discutido na Colectividade, sabemos não ser ou ter resposta para diversas problemáticas.
Não se trata de uma corrida ou causa perdida, mas corre-se claramente atrás do prejuízo, utilizando uma expressão tipicamente desportiva. A formação não formal ou através de outros movimentos associativos ou de voluntariado, assume-se como uma prioridade. Para se ter uma ideia, o Reino Unido investiu no primeiro mandato de presidência do Primeiro-Ministro Tony Blair a verba de 23 milhões de libras em projectos que através do método da educação não formal e do desporto pretenderam formar jovens (até aos 30 anos) activos, interessados em dinamizar projectos que contribuíssem de alguma forma para uma sociedade mais consciente e activa, quer em temáticas directamente desportivas como o treino de outros jovens ou apresentação de projectos de programas para a implementação de valores como a ética, quer em temáticas relacionadas indirectamente como a obesidade, riscos sociais, etc.
Considerando que se entra (?) num novo mandato, aguardaremos para averiguar que alterações aparecerão comparando com o passado recente.
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Formação não formal de jovens dirigentes
publicado por Rui Lança às 11:46 Labels: Agentes desportivos, Dirigentes desportivos, Jovens e desporto
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1 comentário:
Boa temática. O silêncio (comentários) aumenta a ideia de que este tema ou passa despercebido ou então, alguém se acha tão culpado sobre este tema que nem comenta.
Enquanto se achar que no desoprto e jovens apenas se deve aopstar nos atletas...e não nos diriegntes jovens, nada avança.
Por isso mesmo o artigo devia ter ficado mais algum tempo na primeira linha e não ser desaparecer logo.
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