terça-feira, 14 de agosto de 2012

O importante é participar ou Portugal ao nível do Chipre,Gabão ,Guatemala e Montenegro


Texto da autoria de Luís Leite ,cujo envio se agradece

Nada de novo. Mais uma “participação digna”, seja lá isso o que for.
O desporto Olímpico português reforçou a sua média de uma medalha por participação em Jogos Olímpicos.23 em 23.
Número de medalhas conquistadas por países europeus com população igual ou inferior à de Portugal:
Hungria 17, Bielorrússia 13, Azerbeijão 10, Rep. Checa, 10, Dinamarca 9, Suécia 8, Geórgia 7, Irlanda 5, Lituânia 5, Croácia 4, Eslováquia 4, Eslovénia 4, Noruega 4, Suíça 4, Arménia 3, Bélgica 3, Finlândia 3, Sérvia 3, Bulgária 2, Estónia 2, Letónia 2, Moldova 2, Chipre 1, Montenegro 1.
Portugal na cauda da Europa, só à frente da Albânia e de alguns micro-estados.
Com uma medalha de prata, de mão dada com as potências desportivas Chipre, Gabão, Guatemala e Montenegro.
Não vos maço com estatísticas comparativas relativa à média das medalhas por participação olímpica, porque seria confrangedor e até traumatizante.
Concordo com Alfredo Silva quando escreveu que não adianta atirar dinheiro para cima do Comité Olímpico.
Até porque não há.
Só valeria a pena se em vez dos 15 milhões fossem 1500 milhões.
Ou “Ir buscar uns 10 africanos”.
Não há volta a dar-lhe.
Não liguemos mais a esta história dos Jogos Olímpicos.
O que é preciso é estar presente.
Basta levar um homem e uma mulher com alguns dirigentes olímpicos, como fazem tantos países.
Dediquemo-nos pois aos REFORÇOS dos nossos grandes clubes da bola e às questões da arbitragem.
Esqueçamos os Jogos Olímpicos.
Não somos capazes.

8 comentários:

Anónimo disse...

Julgo que Luis Leite coloca uma questão legítima, que está para além da minha crítica às repetições. Concretamente: Que alternativa há à inevitabilidade dos atletas, treinadores, dirigentes, políticos, e espectadores quererem que os J.O. continuem?

Isso obriga a colocar não apenas o problema da Política Pública de Desporto (sobre a qual já dei o meu contributo através de uma solução concreta relativa ao Modelo Organizacional e às Principais Medidas da Reforma), mas também qual vai ser a futura Orientação do COP.

As eleições realizam-se, se não me engano, em Março de 2013. E sobre elas o actual Presidente já disse que, passo a citar, “não cedo um milímetro a quem quer que seja até lá”. Ou seja, não deixa que os próximos se constituam alternativa.

Mas disse mais, afirmou que “o COP deve passar a controlar as Federações”, e que, “o COP deve restringir as modalidades que vão aos Jogos”. Ou seja, exige que os Governos (atual e futuros) se verguem à «olimpização do Desporto Português» que, diga-se em abono da verdade, é o mesmo que a «futebolização do Desporto Português», pois em ambos os casos está-se perante a luta de dois poderes hegemónicos sobre, não apenas a diversidade de práticas e modalidades desportivas que constituem a Cultura de cada Sociedade e de cada País, mas também sobre o Direito da maioria dos cidadãos/ãs que não têm corpo nem idade para irem aos Jogos serem apoiados pelo Estado.

Seria interessante debater, sobretudo por aqueles que defendem acerrimamente o Olimpismo, qual a «Orientação do COP que mais beneficiaria o Desporto Português», e qual o perfil da pessoa que deveria substituir o atual poder. Porque por aquelas declarações percebe-se que o atual Comandante quer salvaguardar um lugar que lhe permita mandar no futuro presidente e, portanto, continuar dirigir o COP.

Ou estarei errado?

Talvez

Anónimo disse...

Claro que ou mudamos muita coisa no pensamento e na acção ou os resultados olímpicos serão sempre mais do mesmo, mas caro senhor Arquitecto, este texto enferma dum mal muito comum aqui no rectângulo, isto é, travestirmos de completa e rigorosa uma análise que ou é parcial e enviesada e/ou então feita em cima do joelho...

Vejamos:
- A BLR neste momento apenas contabiliza 12 medalhas e não 13 (concedo que o texto tenha sido escrito antes da retirada da medalha à lançadora);
- A SRB tem 4 medalhas (1-1-2) e não 3;
- A GRE com 2 medalhas de bronze não consta do "estudo";
- Na mesma medida não constam da "análise" países (que dificilmente se encaixam na definição de micro-estados) como Malta, Macedónia, Islândia, Israel (se incluímos o AZE, então ISR também tem que entrar na análise) e ÁUSTRIA, que contabilizaram 0 (zero) medalhas em Londres.

E quanto ao rigor deste "estudo analítico" estamos conversados...

Tantos meses e anos, meu caro Arquitecto a prometer e a preparar a "análise contabilística" da participação olímpica lusa para depois "parir" isto...

Enfim


Anónimo disse...

Claro que está...

Luís Leite disse...

Caro Sr. Enfim:

O texto foi redigido no domingo à noite e foi baseado na lista que constava no site London 2012.

Vejamos então:

A Bielorrússia contava 13 medalhas;
A Sérvia tem de facto 4 medalhas;
A Grécia tem uma população superior a Portugal, pelo que não entra na lista.
Malta e Islândia são micro-estados, porque têm menos de 500.000 habitantes.
A Macedónia foi de facto uma falha minha (tem 2 milhões).
Quanto à Áustria, não foi incluída intencionalmente, já que é um país essencialmente alpino, com 201 medalhas em Jogos de Inverno, que são prioritários. Foi uma opção minha.
Israel é um país asiático, embora em várias modalidades compita em Campeonatos Europeus, por razões de segurança. É um caso especial.

Obviamente isto não é nenhum "estudo analítico".
Foi feito à pressa, sim.
Também não é uma "análise contabilística", nem passei meses e anos a preparar coisa nenhuma.

Peço desculpa pela "falta de rigor".

Não me parece adequada a utilização de alguns termos como " travestirmos" ou "parir".

Sou uma pessoa séria e independente.

Anónimo disse...

O ataque cerrado a L. Leite não responde a nada de concreto que não seja o mesmo do mesmo. É igual ao que critica. Não responde àquilo que referi como sendo o que de facto conta após as próximas eleições do COP.

Quando estava no ativo, e após não sei quantas audiências e papéis de pedidos de «Exas. do Desporto Português», que vinham sempre ao mesmo, inclusive os deste mesmo olimpismo cá da aldeia, com um Colega e Amigo, decidimos criar um algoritmo para detetar o conteúdo daquilo que queriam. Afixei em frente à minha mesa de trabalho, coladas na parede, as equações necessárias e começámos o desafio. Ao fim de dois meses conseguíamos em 10 a 12 operações decompor todas as propostas e pedidos dessas Exas., por mais díspares os diferentes assuntos fossem, e independentemente das páginas que os documentos tinham. Os Políticos até me quiseram comprar o algoritmo, mas respondi que ainda era capaz de fazer a coisa com 6 a 7 operações, e ficava por cobrar para a próxima maré.

Ora isto vem a propósito deste ataque a L.Leite. Porque foi referido “a falta de rigor na análise contabilística das medalhas”. Ora isso das medalhas é música para entreter jovens inexperientes.
A questão é outra. É a da tentativa de «Olimpização do Desporto Português». Isto é, a tentativa de restringir as modalidades apoiadas pelo Estado, prejudicando o Desporto que Todos os cidadãos de todas as classes etárias e condições funcionais têm direito pela Constituição, tentando transformá-las em combustível para a «Disneylandização Circense do Desporto» que o atual Olimpismo persegue em nome dos bons lucros económicos de uma restritíssima minoria que controla o negócio olímpico.

Em «8 medidas concretas» punha-se na ordem esse caminho de servilismo e subserviência que os sucessivos Governos aceitam.

Repare-se no seguinte: i) Há poucos dias houve uma alteração legislativa, que passou desapercebida a esses que adormecem, ou são dóceis, e que ocorreu no direito à utilização dos “símbolos olímpicos” em território português, e que prepara o desafogo económico à custa do Estado Português; ii) antes tinha ocorrido a luta com o Estado pelo controlo das decisões jurídicas em causa própria, a propósito do Tribunal Arbitral; iii) antes, tinha sido a mesma luta em causa própria relativa às decisões Olímpicas sobre o doping/dopagem; iv) e recentemente, como referi, foi o desejo explícito do controlo das Federações pelo COP/COI.

Ao aplicar o algoritmo vemos, com a nitidez que só a gloriosa invenção da matemática permite, o ritmo e o processo. Reparem nos tipos de controlos e nessas lutas aparentemente dispersas que a ação do COP tem prosseguido. Está quase a conseguir manietar o Estado, e a fazê-lo fazer a Política de Desporto que nenhumas eleições democráticas, nem quaisquer Programas de Governo, conseguirão alterar. Está quase a conseguir gozar na cara dos Políticos e do Estado Português.
Repito, bastariam 8 medidas (ou 8 pequenas alterações ao status quo vigente) para pôr na ordem este abuso olímpico. Não para acabar com a importância e a possibilidade de Portugal participar nos J.O. mas para negociar seriamente as contrapartidas que são mutuamente vantajosas. E que por o serem obrigariam a um respeito negocial que agora não há.

O texto do L. Leite serve para falar disto, da docilidade e da subserviência do Estado Português perante quem atualmente comanda o Olimpismo, e não de trocos miúdos. São questões que a aparência olímpica do espetáculo sabe muito bem esconder.
Ou não?

Talvez

Anónimo disse...

O LL é sério e independente, têm é limitações.

Comparar o valor desportivo por uma medalha é parvoíce e cientificamente errado.

Comparar o desporto do Gabão com Portugal não ºe sério.

Pela mesma lógica superamos a Austria?

Limite-se a fazer isto tipo de análise ao atletismo.

Enfim 2.



Anónimo disse...

Meus Senhores:
Enquanto brincam às estatísticas o Sr. Relvas, o tal que se fartou de estudar, está a tratar, à sua maneira, das questões do desporto nacional.
Preparem-se para assistir a mais um filme de terror produzido pelo PSD e realizado pelo Sr. Relvas cujo título será: "QUEM MANDA NO DESPORTO SOU EU".
Brevemente serão divulgados os nomes dos actores principais e o dos figurantes. Preparem-se para surpresas.

Quem te avisa...

Luís Leite disse...

Estes senhores Talvez e Enfim não perceberam o sentido irónico e provocador do meu post.
Sem deixar de ser sério.
Esperava comentários mais interessantes de pessoas deste planeta.