Texto de Luís Leite cujo envio se agradece.
Retrato actual:
Um país mergulhado numa crise estrutural e financeira sem solução, por causa da inépcia de sucessivos governos, com fortíssimas responsabilidades para os últimos do PS.
Neste país, o Futebol, uma modalidade desportiva profissional, é “IMPORTANTE”.
Tão importante que:
Para se organizar um Campeonato da Europa se construíram estádios a mais, sem quaisquer estudos de viabilidade económica, que continuam a arruinar Municípios e Clubes;
Foi produzida, aprovada e promulgada legislação para impor um novo regime jurídico às Federações, mas o Futebol não cumpriu nem cumpre e o responsável do Governo foi fechando os olhos, porque o Futebol é um caso à-parte; e o governante não tira por completo a Utilidade Pública Desportiva porque, ao contrário do que a Lei (feita por ele) prevê, não se pode fazer isso ao Futebol, às Selecções Nacionais e aos 3 grandes nas competições europeias; o Governo desautoriza-se a si próprio, a bem do Futebol, coisa MESMO importante;
As Sociedades Anónimas Desportivas estão falidas, mas o Estado arranja maneira de fingir que não vê e o “totonegócio” transforma-se, num abrir e fechar de olhos, em “jeitosonegócio”;
Ao contrário de todas as outras empresas, para as do Futebol, “falir”, mesmo estando falido, não é falir; vai-se aumentando o capital, em vagas sucessivas, à custa dos fervorosos e indefectíveis sócios;
Os clubes portugueses, falidos, têm os seus plantéis com 80% de estrangeiros, sendo mais de 70% sul-americanos e alguns dão-se ao luxo de jogar com 9 ou 10 sul-americanos; os jogadores portugueses praticamente já não têm lugar nas equipas portuguesas que, estranhamente, já pouco (ou nada) têm de portuguesas;
A alienação pela “futebolite” continua a ser favorecida pelo Estado, desviando-se assim a atenção da população para o que é MESMO importante: a bola;
Muitas autarquias endividaram-se e endividam-se muito acima das suas possibilidades para salvar, continuadamente, os clubes profissionais da terra, faltando o dinheiro para tudo o resto;
Os clubes estão falidos, mas as gentes do futebol prosperam…;
O Futebol é uma das rampas de lançamento e promoção político-social preferidas; porque oferece uma visibilidade ímpar; se é comentador de Futebol percebe de Desporto e percebe de tudo e tem lugar no Conselho Nacional do Desporto e em Conselhos de Administração de empresas públicas;
Em vez de se ilegalizarem as claques desordeiras, estas são toleradas pelos Governos, mobilizando-se forças policiais preventivas e de intervenção que não existem para proteger a sociedade civil ordeira.
Em que é que ficamos:
Portugal ou “Portubol”?
Retrato actual:
Um país mergulhado numa crise estrutural e financeira sem solução, por causa da inépcia de sucessivos governos, com fortíssimas responsabilidades para os últimos do PS.
Neste país, o Futebol, uma modalidade desportiva profissional, é “IMPORTANTE”.
Tão importante que:
Para se organizar um Campeonato da Europa se construíram estádios a mais, sem quaisquer estudos de viabilidade económica, que continuam a arruinar Municípios e Clubes;
Foi produzida, aprovada e promulgada legislação para impor um novo regime jurídico às Federações, mas o Futebol não cumpriu nem cumpre e o responsável do Governo foi fechando os olhos, porque o Futebol é um caso à-parte; e o governante não tira por completo a Utilidade Pública Desportiva porque, ao contrário do que a Lei (feita por ele) prevê, não se pode fazer isso ao Futebol, às Selecções Nacionais e aos 3 grandes nas competições europeias; o Governo desautoriza-se a si próprio, a bem do Futebol, coisa MESMO importante;
As Sociedades Anónimas Desportivas estão falidas, mas o Estado arranja maneira de fingir que não vê e o “totonegócio” transforma-se, num abrir e fechar de olhos, em “jeitosonegócio”;
Ao contrário de todas as outras empresas, para as do Futebol, “falir”, mesmo estando falido, não é falir; vai-se aumentando o capital, em vagas sucessivas, à custa dos fervorosos e indefectíveis sócios;
Os clubes portugueses, falidos, têm os seus plantéis com 80% de estrangeiros, sendo mais de 70% sul-americanos e alguns dão-se ao luxo de jogar com 9 ou 10 sul-americanos; os jogadores portugueses praticamente já não têm lugar nas equipas portuguesas que, estranhamente, já pouco (ou nada) têm de portuguesas;
A alienação pela “futebolite” continua a ser favorecida pelo Estado, desviando-se assim a atenção da população para o que é MESMO importante: a bola;
Muitas autarquias endividaram-se e endividam-se muito acima das suas possibilidades para salvar, continuadamente, os clubes profissionais da terra, faltando o dinheiro para tudo o resto;
Os clubes estão falidos, mas as gentes do futebol prosperam…;
O Futebol é uma das rampas de lançamento e promoção político-social preferidas; porque oferece uma visibilidade ímpar; se é comentador de Futebol percebe de Desporto e percebe de tudo e tem lugar no Conselho Nacional do Desporto e em Conselhos de Administração de empresas públicas;
Em vez de se ilegalizarem as claques desordeiras, estas são toleradas pelos Governos, mobilizando-se forças policiais preventivas e de intervenção que não existem para proteger a sociedade civil ordeira.
Em que é que ficamos:
Portugal ou “Portubol”?
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