sábado, 2 de maio de 2009

Simple as that

Após o recente relatório do Instituto de Assuntos Europeus (INEA), apoiado pela FIFA, o qual suportava um conjunto de argumentos sobre a compatibilidade da regra 6+5 com o direito comunitário, temeu-se – à semelhança de ocasiões anteriores – uma postura timorata e cautelosa do comissário Figel.

A ocorrer, isso provocaria certamente uma oportunidade politica e uma vaga de fundo para a FIFA reforçar os seus propósitos nesta matéria na agenda da política desportiva europeia, fragilizando o regulador comunitário. Especialmente se tivermos em consideração as posições do parlamento britânico entretanto reportadas.

No entanto, as declarações do comissário europeu para os assuntos do desporto, não trazendo nada de substancialmente novo a esta discussão, não podiam ter sido mais inequívocas e oportunas:

At this stage, it seems to me that the report by INEA is not adding new significant insights into this debate. The main idea behind the report is that the 6+5 rule would not infringe EU law, as it is not based on nationality, but on the eligibility to play for a national team. However, the Commission remains of the opinion that the 6 + 5 Rule, even when it is re-phrased to refer to “those eligible to play for the national team”, still ultimately implies as a result a quota-based system based on nationality, because obviously only nationals could play for the national teams.

The European Commission is the defender of EU law, and as such, cannot agree to an illegal system. So, as long as FIFA keep on proposing the 6 + 5 rule as it is currently formulated, the Commission will not be able to endorse the application of the rule within the European Union.

It’s as simple as that: the 6 + 5 rule cannot apply within the EU.”

Leia a entrevista na integra aqui.

4 comentários:

Anónimo disse...

A UE e a FIFA sabem muito bem como as leis podem ser franqueadas,

e estão a assistir ao assalto, mem às escâncaras

há brasileiros naturalizados portugueses, alemães, espanhois, and so on

Para quê, tanto barulho com as exclusões quando elas são vencidas pelas inclusões?

Não haverá coisas mais importantes a tratar do que os nacionalismos tardios?

Batalheiro disse...

Então é simples, a regra é criada na mesma e na europa acabam as selecções! Faz-se uma seleção da UE para jogar com o Brasil, Argentina, etc...

ft disse...

o batalheiro deveria dizer
'simple as that'

Anónimo disse...

Batalheiro

Com o senão de que depois, o Blatter (mais a Uefa), alargaria a fórmula química do "6+5" para as selecções continentais.

E caímos no mesmo pecado original.
É uma fixação... como a minha, evidentemente.

Uma fixação cria sempre outra fixação.