Portugal debate, aqui e acolá, a duração do mandato dos dirigentes das federações desportivas. Não olha, contudo, com a atenção devida, para além do seu reduzido território, dessa forma perdendo essa discussão argumentos e, acima de tudo, estratégias bem congeminadas.
Em Espanha, o presidente da respectiva federação de futebol, confronta aberta e agressivamente o Estado, tendo por base, não a limitação de mandatos mas a data definida para a realização do acto eleitoral federativo, estabelecida, em conjunto com outras normas procedimentais eleitorais, por acto público.
Os tribunais já foram chamados a intervir, em sede cautelar, e têm-se pronunciado em sentido contrário às pretensões do presidente da federação espanhola. Este, por sua vez, à semelhança, aliás, do que por cá vem sucedendo, procurou (e de certa forma obteve) o amparo do presidente da FIFA.
E, já que chegámos à FIFA, veja-se como Sepp Blatter, o paladino dos valores do futebol universal, traçou uma via bem inteligente para falecer no exercício do cargo.
Aproveitando o seu recente 72º aniversário, Sepp Blatter reafirmou, uma vez mais, a sua crença na “regra 6+5”, que quer ver aprovada até 2012.
Essa regra, foi já aprovada pela Comissão de Futebol da FIFA, a 4 de Fevereiro passado e expressa-se nos seguintes termos: uma equipa deve iniciar um jogo com pelo menos 6 jogadores que podem ser seleccionados para a representação nacional do país onde compete o clube.
Tal regra é manifestamente contrária ao direito comunitário, desde logo na sua vertente de afirmação da livre circulação de trabalhadores e julgava-se “enterrada” desde Dezembro de 1995, aquando da prolação do famoso Acórdão Bosman.
É sua intenção apresentar esta “regra” no próximo Congresso da FIFA (29 e 30 de Maio, Sydney).
Contudo, um porta voz da Comissão Europeia (já parece não ser necessário, nesta matéria, chegar ao Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias), veio já afirmar que Blatter está “a combater numa guerra que não pode vencer”.
Mas qual é a guerra a vencer?
Será o combate pela imortalização do poder?
Em Espanha, o presidente da respectiva federação de futebol, confronta aberta e agressivamente o Estado, tendo por base, não a limitação de mandatos mas a data definida para a realização do acto eleitoral federativo, estabelecida, em conjunto com outras normas procedimentais eleitorais, por acto público.
Os tribunais já foram chamados a intervir, em sede cautelar, e têm-se pronunciado em sentido contrário às pretensões do presidente da federação espanhola. Este, por sua vez, à semelhança, aliás, do que por cá vem sucedendo, procurou (e de certa forma obteve) o amparo do presidente da FIFA.
E, já que chegámos à FIFA, veja-se como Sepp Blatter, o paladino dos valores do futebol universal, traçou uma via bem inteligente para falecer no exercício do cargo.
Aproveitando o seu recente 72º aniversário, Sepp Blatter reafirmou, uma vez mais, a sua crença na “regra 6+5”, que quer ver aprovada até 2012.
Essa regra, foi já aprovada pela Comissão de Futebol da FIFA, a 4 de Fevereiro passado e expressa-se nos seguintes termos: uma equipa deve iniciar um jogo com pelo menos 6 jogadores que podem ser seleccionados para a representação nacional do país onde compete o clube.
Tal regra é manifestamente contrária ao direito comunitário, desde logo na sua vertente de afirmação da livre circulação de trabalhadores e julgava-se “enterrada” desde Dezembro de 1995, aquando da prolação do famoso Acórdão Bosman.
É sua intenção apresentar esta “regra” no próximo Congresso da FIFA (29 e 30 de Maio, Sydney).
Contudo, um porta voz da Comissão Europeia (já parece não ser necessário, nesta matéria, chegar ao Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias), veio já afirmar que Blatter está “a combater numa guerra que não pode vencer”.
Mas qual é a guerra a vencer?
Será o combate pela imortalização do poder?
1 comentário:
Blatter é Blatter.
Portanto, diz coisas blatterianas, isto é, coisas próprias da idade.
Blat, em inglês significa falar intempestiva ou impensadamente.
Blatter será o profissional da fala intempestiva e impensada.
Tudo na vida tem a sua lógica.
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