Texto enviado por Luís Leite que se agradece
Não posso deixar de continuar a pugnar pela demonstração de quão falaciosa pode ser a política de apoio financeiro público a actividades supostamente desportivas mas que não passam de fingimento “politicamente correcto”.
Uma das características mais vincadas destes últimos Governos é a necessidade de efectivar políticas eleitoralistas.
O eleitoralismo levado ao extremo, passa pela propaganda (sobretudo) e efectivação (mascarada) de actividades que, sendo em tese politicamente correctas, se limitam a enganar o cidadão eleitor médio, naturalmente pouco culto e ainda menos informado.
Refiro-me à combinação, em determinados “eventos desportivos” de corrida pedestre com impacto nacional, distrital ou regional, de competições desportivas para federados, muitos deles profissionais, com outras pseudo-competições de massas em que o conceito de corrida se esbate progressivamente até chegar às denominadas “caminhadas” e, mais recentemente às “mini-caminhadas”.
Ao Poder e às organizações que vivem do financiamento público, interessa misturar tudo e vender o produto como se de uma mesma “coisa” se tratasse, já que o que interessa é a quantidade de pessoas envolvidas nos eventos, sendo a qualidade claramente secundarizada e apenas um pretexto para lançar a confusão falaciosa de que o povo agora já se “mexe”.
A corrida pedestre, tal como qualquer outra disciplina do Atletismo, tem níveis diferenciados de qualidade, resultado de diversos factores como o talento natural, a dedicação ao treino, o espírito de sacrifício, a vontade de auto-superação.
É completamente diferente “correr” uma meia-maratona a ritmos (por Km) de 2 minutos e 40 segundos, 4 minutos, 6 minutos ou 10 minutos.
Tal como correr os 100m em 10.20s, 12.00s, 15s ou 25s.
Ou saltar em altura 2,25m, 1,80m, 1,40m ou 0,60m.
Curiosamente, o populismo das organizações associa o “desporto” à “saúde” em tudo o que seja andar a pé, mesmo que a ritmos baixíssimos e de modo eventual, muito espaçado no tempo, com ou sem pretextos de atravessar pontes, etc. Mas não o faz com outras especialidades de pista, a um nível qualitativo semelhante mas muito menos visível.
É urgente esclarecer de uma vez por todas que mini-caminhadas, com ou sem sardinhadas, T-shirts e medalhas para todos não é Desporto.
É anti-Desporto. É a desconstrução do conceito de Desporto, que envolve necessariamente níveis competitivos de qualidade razoável. Valorizando e premiando os melhores.
19 comentários:
Caro Luís Leite,
Não poderia estar mais em desacordo com a afirmação de que "Desporto, que envolve necessariamente níveis competitivos de qualidade razoável. Valorizando e premiando os melhores".
Desporto é qualquer exercício corporal (como vem no dicionário) e não está, necessariamente, ligado a competição.
Na verdade, e suponho que nada de novo lhe estarei a comunicar, a alta competição (em qualquer desporto) não é, sequer, saudável.
Caro Luís Leite,
Não poderia estar mais em desacordo com a afirmação de que "Desporto, que envolve necessariamente níveis competitivos de qualidade razoável. Valorizando e premiando os melhores".
Desporto é qualquer exercício corporal (como vem no dicionário) e não está, necessariamente, ligado a competição.
Na verdade, e suponho que nada de novo lhe estarei a comunicar, a alta competição (em qualquer desporto) não é, sequer, saudável.
Pensar que Desporto é apenas a prática Desportiva competitiva, onde se luta para ganhar um lugar, ou melhorar uma marca é demasiado redutor e um verdadeiro atentado à promoção da prática desportiva! A mensagem que o país precisa, é precisamente a contrária, ou seja, que todos têm lugar em diferentes níveis de prática desportiva e em que a prática desportiva não competitiva é decisiva para a melhoria da qualidade de vida das pessoas e claro, para a sua saúde! Ainda bem que estes pensamentos só têm lugar em blogues e que quem manda nas Federações Desportivas e outras instituições percebe o importante papel que têm de assumir na resposta aos desafios que se lhes colocam na sociedade actual. Senão teríamos Federações retrógradas, paradas no tempo, sem capacidade de darem resposta aos desafios do futuro!
Estas reacções são bem reveladoras da razão pela qual este país chegou ao que chegou.
Sucessivos Governos de esquerda entenderam que o importante era mostrar que somos todos iguais e que temos todos os mesmos direitos, independentemente do mérito, da dedicação e do esforço.
Só que não somos todos iguais. Há uns que são mais iguais que os outros e ainda bem.
Defende-se, com estas políticas marxistas que conduzem inexoravelmente à miséria e à fome, como está provado historicamente, que através do facilitismo se promove a igualdade e o bem-estar colectivo.
Nada de mais falso.
O facilitismo, criador de ilusões populistas impraticáveis, só dá desemprego, incultura e miséria.
Sou, inequivocamente, pela meritocracia, única forma de um dia este país ter viabilidade.
Eu nem sequer falei em alta competição, a não ser para marcar as diferenças.
Obviamente também acho que a AC só faz mal à saúde, mas essa é uma opção livre que cada um pode fazer se tiver o talento e as qualidades referidas, num contexto de mercado.
Desporto é competição. Sem competição não há desporto.
Será que ainda não perceberam isto ou não querem mesmo perceber?
Pobre país que não aprende nem quer aprender, em que os políticos só querem esbanjar dinheiros públicos, enganando as pessoas com políticas eleitoralistas falsas!...
Caro Srº Luis Leite,
A alta competição não tem forçosamente de ser prejudicial à saúde! Das suas palavras entende-se que pouco deve perceber de treino e do quanto o treino (mesmo de alto rendimento) pode ser útil no desenvolvimento harmonioso de um ser humano, tanto nas suas competências psicológicas como mesmo coordenativas e fisiológicas. Claro que temos muitos exemplos de práticas de alto rendimento mal dirigidas que terão prejudicado os seus praticantes, mas não é nessas práticas que nos devemos rever. Procure perceber a diferença entre pessoas que se dedicam ao alto rendimento com processos de treino adequados, cuidados e conscientes e compare esses cidadãos com outros que proliferam pelos nossos hospitais públicos com problemas de saúde terríveis que em grande parte dos casos poderiam ser prevenidos por uma prática desportiva regular.
Essa mistura de correntes políticas, de miséria e fome e desemprego, com o tema inicial que propôs aqui levantar é absolutamente desastrosa! O Desporto é superarmo-nos constantemente a nós próprios através de práticas desportivas que colocam o corpo perante a necessidade de vencer cargas de treino que devem ser prescritas por quem sabe. O treino é por isso algo que deve ser regulado por pessoas que devem ter a competência necessária para saberem exercerem essa profissão. Assim, mais do que as questões regulamentares que atribuem a uma prática desportiva a vertente da competição, devemos é orientarmos a actividade pelo envolvimento de profissionais que cumprindo os princípios orientadores do processo de treino, melhoram a qualidade de vidas das pessoas, a sua saúde, o seu desempenho profissional em prol de uma sociedade que só tem a ganhar com esta intervenção.
Facilitismo é pensarmos que isto não é importante e que o Desporto apenas existe na vertente de rendimento. A competição, deve ser desde logo connosco próprios e com a nossa capacidade de nos superarmos, seja quando um miúdo vence a um colega de escola numa corrida, quando um atleta bate um recorde nacional ou quando uma pessoa obesa consegue com a sua prática desportiva obter uma perda de peso que lhe devolve saúde e bem estar.
Percebo que outras filosofias e sistemas políticos apenas se preocuparam ao longo dos anos em promoverem o desporto como meio de promoção de um país, de um regime e em que apenas se procurava o rendimento a qualquer custo, destruindo pessoas e atletas em prol de uma imagem de um determinado sistema. Mas não é essa prática desportiva que devemos querer, especialmente no nosso país, onde esperemos que as políticas desportivas se orientem numa harmonia crescente que dê resposta a todas as formas de prática desportiva. Para o bem de todos nós e para uma valorização do papel do desporto na nossa sociedade. Aliás um papel que nos cabe defender a quem está fortemente ligado ao Desporto, o que parece não ser o caso...
Já agora, porque não diz de facto o que o atormenta? Se tem algo a dizer contra os políticos ou contra alguma política em especial, porque mistura isto com conceitos do Desporto? Se se revê na política e procura assumir-se como alternativa, fale de política e deixe falar de Desporto quem percebe do que fala...
O que será que faz um anónimo menosprezar as minhas ideias e deduzir que eu "pouco devo perceber de treino, mesmo de alto rendimento"?
Aconselho-o a consultar a minha síntese curricular.
Durante várias épocas da minha vida, como atleta, como dirigente e especialista de Atletismo nas vertentes histórica e estatística, convivi com muitos (mesmo muitos) dos melhores atletas do mundo.
Garanto-lhe, com conhecimento de causa, que o a prática desportiva de alto rendimento faz mal à saúde, sejam quais forem as circunstâncias de acompanhamento técnico nas diversas áreas.
As pessoas não devem ser enganadas e fazer as suas opções livremente, desde que dentro da legalidade.
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui eu não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei em burro brabo
Subirei no pau de sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d'água
Pra me contar as histórias
Que no tempo de eu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
- Lá sou amigo do rei -
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada.
Manuel Bandeira
Caro João Boaventura,
Garanto-lhe que se pudesse também ía pra Parságada...
Isto aqui tá ficando meio louco mesmo...
Caro Sr. Arquitecto Luis Leite,
Desculpe, mas depois de ter visto o seu currículo ainda mais curioso fiquei e não resisto a deixar aqui uma questão: "Como vice-Presidente de uma Federação Desportiva como a de Atletismo, sentia-se confortável em promover uma prática desportiva de rendimento, sabendo que (segunda as suas palavras) estará sempre a prejudicar a saúde dos que se envolvem nessa prática?!" Será então que as práticas que envolvem prejuízo para a saúde é que são Desporto e as outras que contribuam para a formação das pessoas sem riscos de saúde, já não são Desporto? É assim que pensa?
É que se assim for, mais vale acabarmos com tudo isto e então estarei de acordo com o facto da classe política eliminar de uma vez por todas todo o tipo de apoios à prática desportiva de rendimento.
Sinceramente, ainda estou para ver algum estudo que mostre que quando pesados os benefícios e os prejuízos da prática desportiva de rendimento e ainda os benefícios de praticar desporto de rendimento ou não praticar desporto, que o saldo seja sempre negativo, ou seja que a prática desportiva de rendimento seja algo que não devemos promover, por ser negativa para a saúde dos nossos jovens! Uma vez que o seu curriculo é apenas um resumo, será que já fez algum estudo com estas características? Ou conhece algum? Se conhecesse seria muito interessante que nos pudesse mostrar...
É que é peremptório na sua afirmação: "a prática desportiva de alto rendimento faz mal à saúde, sejam quais forem as circunstâncias de acompanhamento técnico nas diversas áreas". Nesse caso, sou da opinião que devemos convencer o estado a acabar com qualquer tipo de apoio ao Desporto de Rendimento, até para não aliciarmos os nossos jovens para práticas desportivas que lhes serão negativas para a saúde.
Então passaríamos a envolver os jovens em actividades com outro nome, uma vez que as outras não são no seu entender práticas Desportivas e acabaríamos de vez com estas dúvidas do estado dever ou não apoiar o Desporto, pois nesse caso passarei a ser completamente contra!
Se o Desporto não é formação integral do indivíduo e o vai levar inevitavelmente a práticas que lhe vão prejudicar a sua saúde, como justificaremos o envolvimento do estado no apoio a actividades com estas características? Se me mostrar esses estudos, passarei então a dar toda a razão ao estado no fraco apoio que possa atribuir ao Desporto.
Caro anónimo das 18.59h:
1)Não compreendo a vantagem de se apresentar como anónimo, num local de debate franco e aberto, feito de experiências e conhecimentos pessoais;
2)Das suas palavras concluo tratar-se de alguém com pouco conhecimentos de desporto ou a pretender fazer passar-se por ingénuo;
3)Não é preciso ter acompanhado ou acompanhar de perto o alto rendimento, para saber que o desporto, quando levado até aos limites das capacidades humanas, faz mal durante a prática (sobretudo no treino) e não dá propriamente prazer nenhum, antes dá sofrimento; o treino muito duro é um investimento para colher medalhas, fama e dinheiro; pergunte aos melhores desportistas portugueses; pergunte por exemplo à Vanessa Fernandes, ao Nelson Évora e à Naide Gomes, por exemplo, o que têm sofrido física e psicologicamente, ao longo das suas carreiras, com o treino e com as lesões e as sessões diárias de fisioterapia ou até de submissão a intervenções cirúrgicas para recuperação;
4) Como afirmei, a prática desportiva profissional, em regime de alto rendimento é uma opção pessoal que os desportistas devem fazer ou não, em consciência; tem vantagens e desvantagens; faz mal à saúde e deixa sequelas para toda a vida; mas também dá fama e dinheiro, por vezes em quantidades astronómicas;
5) O desporto não se esgota no alto rendimento profissional, ao qual só acede uma minoria reduzidíssima dos desportistas; o desporto de média competição, se não for levado muito a sério não tem que fazer mal à saúde; mas um desportista nunca está satisfeito com o que já conseguiu; quer sempre mais;
6) Não acredito que a sua hipotética ingenuidade o leve a pensar que algum Governo de algum país vá algum dia pôr de lado a promoção e o financiamento do alto rendimento desportivo; os países também se medem pelas medalhas conquistadas e a população revê-se nos seus melhores desportistas; e a profissão de desportista é uma profissão como outra qualquer;
7) O desporto também é educativo e deve ser uma escola de virtudes;
8) O seu discurso é "politicamente correcto" mas distorcido da realidade e inconsequente.
Estou de acordo com os argumentos de Luís Leite, pois não é por acaso que temos uma denominada Lei de Bases da Actividade Física e do Desporto... porque só há desporto se se verificarem cumulativamente 3 condições: existir uma situação motora competitiva (competições a todos os níveis designando vencedores e vencidos), ser uma actividade codificada (com regras e regulamentos) e haver um sistema institucionalizado (organizado em torno de federações). Isto diz-nos Michel Caillat. Se recorrermos a Gustavo Pires, a sua opinião é semelhante embora o seu modelo introduza mais uma componente: o «projecto».
E se queremos que fale de desporto quem percebe do que fala, então vamos colocar essas pessoas a falar:
• “sem competição o desporto não existe” (Paula Brito)
• “a competição será sempre um elemento definidor e estruturante do conceito de desporto” (Jorge Adelino)
• “o desporto objectiva o máximo e visa a competição” (Go Tani)
• “o desporto baseia-se no resultado que se deseja cada vez melhor e este é, claro, a vitória” (Paula Brito)
• “não sabe melhor ganhar do que perder?!” (Olímpio Bento)
• “ganhar ou perder é igual? É óbvio que não!” (Jorge Araújo)
• “ninguém compete para perder” (Pedro Sarmento)
Sobre os resultados do desporto, da alta competição ou do alto rendimento, para além de vos remeter para casos concretos em http://karatedopt.blogspot.com/2011/02/morbilidade-fisica-e-moral-parte-i.html, vamos pôr a falar mais algumas pessoas que percebem de desporto:
• “a alta competição não faz bem a ninguém, talvez seja o lado mais perverso do desporto. Se calhar deve fazer pior ser-se marchador de alta competição que fumar durante alguns 50 anos” (Susana Feitor).
• “o treino é uma agressão. A alta competição pode ter contornos prejudiciais para os atletas.” (Gomes Pereira)
• “a alta competição é extremamente prejudicial para o atleta” (Rui Miller)
• “ninguém faz este desporto para ter saúde; fá-lo porque tem saúde.” (Manuel Sérgio)
• “preparo físico e saúde não são a mesma coisa” (Henry Solomon) • “o alto rendimento não se inspira na ideia de fomentar a saúde; mas isso não o autoriza a atentar deliberadamente contra ela.” (Olímpio Bento)
Mas não generalizemos nem caiamos em extremismos...
Caro Luís Leite,
despropositada e desfazada da realidade ligar a minha postagem sobre a diferença entre desporto e competição (se não se quiser chamar alta competição) ao marxismo. Caso desconheça, o que confio não ser o caso, o desporto em países dominados pelo marxismo (ou marxismo-leninismo) está mais perto da sua descrição do que da minha. O desporto, no comunismo a que se refere, é um instrumento de propaganda e nada mais que isso.
Uma vez mais, no entanto, restringir desporto a competição é o mesmo que restringir a uma árvore a floresta. A árvore é parte mas não é o todo.
Bom, depois dos esclarecimentos de todos os ilustres autores referenciados, nada mais me resta pensar a não ser que afinal não podemos concordar com a seguinte afirmação:
"O eleitoralismo levado ao extremo, passa pela propaganda (sobretudo) e efectivação (mascarada) de actividades que, sendo em tese politicamente correctas, se limitam a enganar o cidadão eleitor médio, naturalmente pouco culto e ainda menos informado."
Se o Desporto é apenas competição e com isso uma agressão inevitável à saúde, afinal só estamos a ser enganados pelas Federações Desportivas que devem assumir de uma vez por todas que o objectivo passa para organização de actividades não saudáveis, agressivas e lesivas e que o Estadão não deve patrocinar estas actividades. Esperemos que o bom senso de quem governa atribua os apoios a actividades não desportivas, pois não se pode entender como gastamos milhões num sistema nacional de saúde e depois ainda gastamos dinheiro em práticas desportivas competitivas que lesam a saúde de quem as pratica.
Vamos então chamar-lhe outro nome (uma vez que não são Desporto) e investir de forma séria e objectiva na promoção da saúde da população e deixemos actividades prejudiciais à saúde para quem quiser e tiver dinheiro para nelas investir! Percebo agora que o estado Português, está a investir verbas no Desporto que são socialmente muito questionáveis!
É tempo das Federações assumirem então esse papel e deixarem de receber apoios estatais para o desenvolvimento do Desporto de Rendimento. Uma sociedade evoluída não poderá dar-se ao luxo de apoiar actividades que pelo que vejo, inevitavelmente, destroem a saúde das pessoas...
As coisas que aprendi com esta troca de ideias!
Respondo primeiro a Kaiser Soze:
Você está desactualizado.
Ideias marxista-leninistas já só mesmo aqui no canto mais ocidental da Europa.
O resto da Europa tem estado a virar (e de que maneira) à direita e bem conservadora e liberal.
Resta o bloco de Poder PS/PSD (o PC e o BE não contam) que ainda não percebeu nada e não quer perceber...
Não consta que o profissionalismo no desporto tenha sido banido em toda a Europa porque faz mal à saúde...
Nós é que estamos e estaremos na cauda da Europa em medalhas olímpicas per capita...
Por culpa dos políticos, obviamente, que nada entendem de Desporto, mas têm que ser "politicamente correctos".
Respondo depois ao "anónimo" do costume:
Você ainda não percebeu mesmo nada de nada sobre Desporto.
Nem julgo que alguma vez vá perceber!...
Ou então (hipótese remota) está a gozar com o pessoal e então tem piada. Mesmo muita...
Caro Sr. Arquitecto,
Então você no texto que escreveu vem colocar-se contra a realização das ditas "caminhadas" e vem dizer que o estado não se deve desviar e distrair de reforçar o apoio ao Desporto de Rendimento, que se caracteriza por competição de qualidade. Depois vem dizer que com esse apoio o estado estará a promover práticas desportivas não saudáveis onde invariavelmente e inevitavelmente os praticantes se submetem a práticas destrutivas da sua saúde. Ainda por cima, mesmo que o Estado apoie actividades saudáveis para a população isso não interessa por não tem resultados desportivos, competição, rankings e regulamentos e depois nós é que estamos a "gozar"?! Então, numa fase tão complicada em termos sociais e financeiros, a mensagem que devemos dar para os cada vez mais escassos recursos é que se invista em práticas que procuram o Alto Rendimento, que refere ser em qualquer circunstância destrutivo para os seus praticantes?! Por favor, mas afinal quem está a gozar?! Vamos todos deixar que se use o dinheiro de todos nós nestas práticas que aqui colocou a nú de forma tão evidente?
E ainda falou na Vanessa, no Nelson e na Naide e do seu sofrimento físico e psicológico… Não sendo estes casos, exemplos de más práticas ou de infortúnios, mas como refere, apenas exemplos de todo e qualquer praticante desportivo de rendimento, porque razão vamos custear estas práticas desportivas? Porque razão vamos fomentar a prática desportiva de rendimento? Para formarmos mais casos destes com o nosso dinheiro?
Desculpem, mas se o caminho de qualquer praticante desportivo é este, então por favor, vamos parar com os investimentos estatais nestas práticas e vamos dirigi-las para o bem estar da população!
E deixemos estas aventuras para marcas desportivas que se queiram aproveitar destas formas de estar no "Desporto" ou dos próprios praticantes que se disponibilizem para investir na destruição da sua saúde!
Execelentíssimo anónimo:
Você é extraterrestre?
Quem é que lhe meteu na cabeça que Desporto = Saúde e bem estar?
Foram os ideólogos socialistas no Poder?
Mini-caminhadas são tão desporto como sardinhadas.
E podem fazer mal à saúde, tal como uma sardinhada.
Caminhada é convívio, não é Desporto.
Nem saúde, a menos que tenha sido um médico a prescrevê-las, mas não é dessas que eu falo...
Caminhar, todos caminhamos, desde que não tenhamos deficiência motora. Uns mais que outros. É uma função natural dos humanos.
Comer também comemos. Será que dar ao dente é desporto?
O sedentarismo não faz bem à saúde.
Passar fome também não.
Leia o que escreveu Armando Inocentes, já que não entende o que eu escrevo...
Luís Leite,
O facto de que os políticos não percebem de desporto deverá (e seguramente é) tão verdade como os supostos teóricos do desporto nada deverão perceber de política.
Reparo, aliás, que tem alguma dificuldade em encadear ideias umas nas outras.
Não fui eu quem trouxe para aqui o marxismo e muito menos disse que, hj em dia, domina algum país europeu (contudo, se acha que ele apenas se manifesta em Portugal, talvez se devesse informar melhor).
Por muito que se queira, é difícil perceber de tudo...a menos que o Nuno Rogeiro e o Marcelo Rebelo de Sousa já estejam em via de constituir escola.
Kaiser Soze,
1) Eu não tenho pretensões a perceber de tudo.
Antes pelo contrário.
Também não me considero um teórico de Desporto.
Sou uma pessoa que, desde que se lembra, gosta de Desporto e que tem não um, mas vários percursos e experiências na área do Desporto.
Também me interesso, obviamente, por outras 3 ou 4 áreas, em que tenho conhecimentos acima da média.
No resto, considero-me uma pessoa lida, viajada e com uma cultura geral abrangente, percebendo pouco da maior parte de outros temas ou assuntos, sobre os quais não me atrevo a opinar.
2) O marxismo, na versão soft social-democrata (que inclui o PS), é um luxo para países ricos e uma desgraça para os restantes.
Praticamente toda a Europa tem estado a virar à direita, pondo de lado as ideias igualitárias.
Porque perceberam que só com políticas realistas e liberais meritocráticas e solidárias é possível sustentar a população e manter a empregabilidade e a segurança social.
Na península ibérica, os Governos social-democratas PS continuam a enganar as pessoas com ideias eleitoralistas impraticáveis, próprias de países ricos, que nos atiraram para um abismo, a cujo fundo estamos condenados.
Não é preciso perceber de política nem de economia para entender isto.
Peço desculpa mas, por me encontrar fora, o último comentário foi enviado, por lapso, de outra conta Google, mas é da minha autoria.
Luís Leite
Enviar um comentário