Longe! Li este lema no outro dia. Algo que em poucas palavras resume a razão de estarmos 'perto'. A ideia de se trabalhar em equipa é contagiante, talvez pela moda, pela imagem positiva que passa, mas que esconde as dificuldades de conjugar os inúmeros processos de grupo que compõem as equipas e as diferenciam de grupos ou aglomerados de pessoas.
Possivelmente em Portugal o local onde mais e melhor se trabalha em equipa é no desporto, especificamente, nas equipas desportivas. Mesmo em desportos individuais, em que um conjunto de técnicos trabalha para o objectivo comum, nem que se resuma a um atleta. Infelizmente, com o mediatismo de algumas modalidades desportivas vamos observando que alguns dirigentes desportivos pretendem sempre que o seu objectivo individual esteja à frente do seu grupo e utilizam estes canais como promoção apenas pessoal.
O próprio desporto na parte mais administrativa e de gestão não consegue seguir os exemplos das equipas desportivas e é difícil de perceber o 'porquê' de equipas a desenvolver processos claros e os seus dirigentes desportivos a remarem para locais diferentes, quando não opostos.
Robbins (2001) afirma que 80 % das organizações americanas fazem uso da equipa como forma de desenvolver as suas actividades enquanto na Europa a percentagem ronda os 84 %. Provavelmente o estudo Europeu não incluiu alguns países como Portugal ou então, a média indica-nos que em alguns países a média tem de ser bastante mais alta para compensar os outros valores inferiores em alguns países mais latinos, onde a prática é de uma menor inclusão das pessoas no trabalho desenvolvido e onde o compromisso entre as tarefas e as pessoas é baixo. As recentes formas como alguns assuntos têm sido debatidos, ou reformulando, como essa informação chega até ao público pelos meios de comunicação, faz-nos pressupor que se de democracia mas algumas entidades estão longe de praticar.
O desporto em Portugal – se for possível denominar todo um movimento desportivo em redor de algo semelhante a um sistema – podia e devia ser o sistema ou área social onde menos deveríamos observar comportamentos egoístas, desalinhamento, falta de comunicação e incapacidade para lidar com conflitos.
Mais na modalidade de Futebol, é verdade, resta saber se apenas por ter mais notoriedade, mas sendo um ‘mal’ transversal no desporto, assistimos a corridas tresloucadas de dirigentes em fuga para atingirem vitórias pessoais. Aqui fica a minha dúvida se conseguem ir mais rápido e se para algum lugar.
Possivelmente em Portugal o local onde mais e melhor se trabalha em equipa é no desporto, especificamente, nas equipas desportivas. Mesmo em desportos individuais, em que um conjunto de técnicos trabalha para o objectivo comum, nem que se resuma a um atleta. Infelizmente, com o mediatismo de algumas modalidades desportivas vamos observando que alguns dirigentes desportivos pretendem sempre que o seu objectivo individual esteja à frente do seu grupo e utilizam estes canais como promoção apenas pessoal.
O próprio desporto na parte mais administrativa e de gestão não consegue seguir os exemplos das equipas desportivas e é difícil de perceber o 'porquê' de equipas a desenvolver processos claros e os seus dirigentes desportivos a remarem para locais diferentes, quando não opostos.
Robbins (2001) afirma que 80 % das organizações americanas fazem uso da equipa como forma de desenvolver as suas actividades enquanto na Europa a percentagem ronda os 84 %. Provavelmente o estudo Europeu não incluiu alguns países como Portugal ou então, a média indica-nos que em alguns países a média tem de ser bastante mais alta para compensar os outros valores inferiores em alguns países mais latinos, onde a prática é de uma menor inclusão das pessoas no trabalho desenvolvido e onde o compromisso entre as tarefas e as pessoas é baixo. As recentes formas como alguns assuntos têm sido debatidos, ou reformulando, como essa informação chega até ao público pelos meios de comunicação, faz-nos pressupor que se de democracia mas algumas entidades estão longe de praticar.
O desporto em Portugal – se for possível denominar todo um movimento desportivo em redor de algo semelhante a um sistema – podia e devia ser o sistema ou área social onde menos deveríamos observar comportamentos egoístas, desalinhamento, falta de comunicação e incapacidade para lidar com conflitos.
Mais na modalidade de Futebol, é verdade, resta saber se apenas por ter mais notoriedade, mas sendo um ‘mal’ transversal no desporto, assistimos a corridas tresloucadas de dirigentes em fuga para atingirem vitórias pessoais. Aqui fica a minha dúvida se conseguem ir mais rápido e se para algum lugar.
Um voto que perante alguns desafios a curto prazo, os dirigentes possam aproveitar os momentos mais complexos e dar um passo sustentável em frente. Para que nada possa voltar atrás e muitas vezes, mais atrás do que se estava.
6 comentários:
Gostaria de ver algo escrito sobre o que se passou na FPA com o caso da má inscrição da atleta e da demissão (?) do seu Presidente.
Para além do tema ser aqui mal colocado este AM não engana sobre quem é...
Rui Lança tem razão: "o desporto em Portugal podia e devia ser o sistema ou área social onde menos deveríamos observar comportamentos egoístas, desalinhamento, falta de comunicação e incapacidade para lidar com conflitos."
Mas seria a mesma coisa?
Excelente tema para o caso mais flagrante a nível nacional,falo da federação portuguesa de futebol!
Então nao deveriam estar todos a "remar" para o mesmo lado???
será ganância,falta de comunicação?
Bem não sei, mas que algo vai mal lá isso vai...
Caro Armando Inocentes,
Claro que não seria a mesma coisa, a questão até poderia ser: será que se quer alterar algo? Interessaria a quem?
Cumprimentos,
Um (ou muitos) dos principais problemas do desporto português reside de facto na sua gestão e nos seus dirigentes.
Rainer Martens em Coaching Young Athletes mostra-nos alguns estilos de liderança.
Aqui ficam eles, mais ou menos numa adaptação:
O “pedra”: acredita que precisa de ser durão e fechado para manter a distância e a ordem;
O “sacana”: a ideia é não facilitar. “Se eu posso dificultar, para que facilitar!!??”;
O “anjo”: aquele que, na tentativa de ser amado por todos, veste a fantasia de anjo. É o “super compreensivo”;
O “mil facetas”: aquele que em cada momento está de uma forma, (mudança de humor) muitas vezes atingindo extremos, e nunca sabe o que vem pela frente;
O “ceguinho”: que finge dormir e fechar os olhos para coisas importantes;
O “falador”: falar, falar, às vezes sozinho… ouvir, nem pensar!!;
O “juiz”: é o dono da verdade, aquele que acusa e absolve. É o que diz: “eu não te disse!?”;
O “domador”: aquele que “tira” o sangue a todos;
O “psicotécnico”: na tentativa de resolver os problemas psicológicos de cada um, deita-os no divã… “dá-lhes conselhos”;
O “super-técnico”: veste a capa de super-homem e acredita poder sustentar o fardo de ser perfeito e jamais errar.
É só escolher. Em qualquer um dos casos, talvez seja por isso que muitas vezes sozinho vai mais rápido...
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