quinta-feira, 31 de março de 2011

A Quinta das lágrimas e a esperança

Este cantinho à beira mar plantado está em depressão. Sente-se o povo assustado, amedrontado, amordaçado, incrédulo, insatisfeito, e mais não digo porque ando cansada, triste, com uma tendinite muito aborrecida, mas não deprimida. As elites, depois da derrocada final e sucessiva de mais 30 anos de falências, pensam em emigrar e levar com eles (apenas) os filhos talentosos, aqueles prodígios naturais, os outros podem ficar, alguém cuidará deles.

Se me permitem a ousadia, o desporto está igual! Um pouquito melhor, diria eu, se não tivesse raízes nesta atividade humana tão maravilhosa. Solidária, sofredora, mas tão enriquecedora, pedagógica e humanizante. Pena ter sido, ou ser, também, maltratada, mal gerida e culturalmente pouco assumida entre nós.

Vida esta tão estranha,

Mas eis que surge a esperança. E tal como a primavera vem tímida, mas a florir.

Então não é que os brasileiros amigos, irmãos, e sei lá mais eu o quê (que até me convenceram a aderir ao acordo ortográfico), os outrora colonizados, estão dispostos a dar uma ajuda e a comprar a divida aos “tugas”? Vivam o Lula e a Dilma..., pum! A ver vamos. Contudo, Coimbra rendeu-se aos seus encantos e fê-lo, certamente,

com um brilhozinho nos olhos...

Pode ser que escapemos desta, que o “banco mundial” não entre por aí e possamos continuar a conviver, a aprender, a partilhar o mundo - também desportivo. E sobretudo a vivermos mais uns anitos na paz do senhor e da senhora! Não tenho muitas dúvidas que terá de ser a trabalhar muito (mas não de sol a sol como diz a minha mãe, isto será apenas para alguns), a ouvir música, a ler (quiçá poesia, romances ou drama), e a fazer o que gostarmos – obviamente DESPORTO!!!

Cada um/a será livre, dentro de limites e condicionalismos, de fazer as suas escolhas, de tomar decisões e de lutar pelos seus interesses e aspirações.

Mãos à obra, que se faz tarde!

21 comentários:

Luís Leite disse...

Cara Maria José,

Se a Primavera ou o Brasil (em Coimbra) resolvessem os nossos problemas de endividamento público e privado, eu concordava com esse optimismo (eu não escrevi "otimismo") dependente de "muito trabalho".

A questão é outra.
Temos um regime político partidocrático que não se quer reformar, estamos numa Europa que se desagrega a cada dia e a(s) dívida(s) são de tal forma gigantescas e em crescimento exponencial que não há mesmo luz no fundo do túnel.
Aliás não há túnel. Há abismo.
Resta-nos o empobrecimento geral a curto/médio prazo.

Quanto ao Desporto, as perspectivas olímpicas para Londres são idênticas ou piores ao costume (0 a 3 medalhas).

Resta-nos o Futebol, com 3 equipas de quase só estrangeiros a disputarem uma taça europeia secundária.
E uma SN em que os jogadores, vindos de fora, se vão esquecendo de como se fala o português de Portugal.

E um "mexa-se" feito de "mini-caminhadas" esporádicas, grande desígnio (a fingir) quando tudo o resto falha.

Mas gabo-lhe o "otimismo" (temos que nos adaptar...

Armando Inocentes disse...

Cara Maria José:

Infelizmente é verdade! O povo (NÓS) anda assustado, amedrontado, amordaçado, incrédulo, insatisfeito, mas não aqueles que têm mordomias, que possuem reformas milionárias... que se vão aposentar na UE... que são gestores da banca ou de algumas outras empresas...

Sim, é verdade, de colonizadores passámos a colonizados. É um fato concreto que não sei que fato vestir hoje!! Mas antes tinhamos as lâminas para fazer a barba (ou desfazer) agora temos a gillette, antes tinhamos o berbequim agora temos o black & decker, antes tinhamos o blusão agora temos o kispo ou o anorak... Ainda bem que não retiraram o acento ao pobre do cágado!

Sim, é verdade, continuaremos a trabalhar e a PRODUZIR, enquanto outros trabalhadores (não sinónimo de que trabalhem) não precisarão de recorrer à esperança...

Chamam vários nomes a esta espécie de «progresso»: clivagens, estratos sociais, economia de mercado, bipolarização... yin e yang... agora são danos colaterais!

Sim, obviamente continuaremos a fazer DESPORTO, transmitindo valores e cultura, educando e formando, enquanto outros se continuarão a servir dele para uns outros continuarem a resignar-se ou a ser submissos...

Sim, é verdade que, como disse Sartre, ainda "estamos condenados a ser livres", a denunciar, a resistir...

Sim, mãos à obra que JÁ é tarde, com o mesmo denodo, o mesmo espírito, a mesma raça, a mesma determinação!

Anónimo disse...

Mãos à obra.
Para tal é preciso quem o queira fazer.
As pessoas competentes já emigraram os outros estão a pensar nisso.
Diz LL "Quanto ao Desporto, as perspectivas olímpicas para Londres são idênticas ou piores ao costume (0 a 3 medalhas)."

O Chefe de Missão nomeia o adjunto apenas 1 ano antes do Jogos....

josé manuel constantino disse...

Saúdo o seu post embora não a acompanhe no seu entusiasmo em relação a Lula da Silva. Que me desculpe mas ninguém responsável e no seu perfeito juízo diz mal ou calunia aqueles a quem pode precisar de vir a pedir ajuda. Uma coisa é estar consciente de que essa ajuda é de evitar pelas exigências que comporta. Outra é estar falido, saber que a margem de salvação é curta e começar por destratar aqueles de quem pode precisar. É o que o governo tem feito com o FMI . Lula da Silva veio ajudar à festa
Ao final da manhã soube-se que afinal o défice do Estado em 2010 é superior ao que foi anunciado para consumo interno. Quer coisa mais fatal para a descredibilidade externa do que baralhar/iludir as contas? E sobretudo perante quem pedimos dinheiro emprestado? Foi o mundo que mudou na ultima semana? É especulação dos mercados? É culpa da oposição? É o resultado da conspiração dos neoliberais que querem destruir o Estado Social? Ou é pura irresponsabilidade de quem governa?
Ao pé destes figurões o Paulo Futre e o chinês salvador dá-nos ao menos momentos de boa disposição.E a esperança pode estar em todos os lugares menos na Quinta dos Milagres,de resto um lugar do regime e da família advogado do regime.Música por música,esperança por esperança então prefiro voltar atrás e ouvir a Internacional!Ou se preferir a Luísa Basto na letra do Luís Cília!!!Ainda se lembra?

joão boaventura disse...

Estimada Maria José

Tenho muito respeito pelo seu estado de alma, perante o estado de alma deste país que pode traduzir-se pelo estado de alma desta canção irlandesa, relativa a uma fase negativa da vida dessa não menos periférica Irlanda, tão semelhante à nossa periferia no que ela encerra de desconsolo, desastre, iniquidade, irresponsabilidade, infantilismo governativo vitalício, e atracção pelo abismo, tradução fiel do Salmo, 41,8, "abyssus abyssum invocat".

A diferença reside na resistência irlandesa que conseguiu ultrapassar o pior cenário negro da sua vida no período de 1845-1850 conhecido ela designação The Irish Famine que vale a pena visionar, quanto mais não seja pelo visionamento dantesco que nele ocorreu, e a caminho do qual, pelo quadro que, entre nós, diariamente se vai divulgando, de famílias em insolvência pela dívidas acumuladas e postas na situação de "a caminho da pobreza" , a caminho da "sopa dos pobres".

Os irlandeses socorreram-se então dos únicos recursos, ou morrer de fome, ou exilar. Que é afinal uma das fugas possíveis que a Maria José ja fornece no seu texto: "As elites, depois da derrocada final e sucessiva de mais 30 anos de falências, pensam em emigrar e levar com eles (apenas) os filhos talentosos...". Muitos á o fazem ha muito. Há famílias que estão impossibilitadas de alimentar os filhos, porque os governos as põem nessa situação (desemprego, redução de salários) para aparecerem como os únicos salvadores a resolver os problemas. Como ? Pondo as cantinas das escolas, no período de férias, a fornecer comida às crianças deste país. Por isso um cidadão que assistia à entrada de Lula na Universidade de Coimbra, disse, ao ver o primeiro Ministro: "Lá vai o Sócrates, com aquele sorriso sarcástico".

Cara Maria José

Eça de Queiroz já tinha avisado que este país será, um dia, o primeiro da Europa com tendência a desaparecer. Escreveu-o em 1900, estamos em 2000, os sinais já os prenunciam. Para a Alemanha era menos um peso, menos um incompetente no quadro europeu, menos uma pedra na engrenagem da máquina Europa.

Cordialmente

Luís Leite disse...

Um país que escolhe como Primeiro Ministro um indivíduo mentiroso todos os dias, que se chama Sr. José Pinto de Sousa, que se intitula Engenheiro (Eng. José Sócrates) sem o ser, não merece mais do que desaparecer.
O indivíduo em questão, só poderia usar o título de Engenheiro se estivesse inscrito na Ordem dos Engenheiros, o que é impossível, porque a sua pretensa licenciatura não é reconhecida pela Ordem nem nunca poderá ser.
Aliás, a instituição foi fechada pelo Ministério da Ciência e do Ensino Superior por irregularidades e vigarices de toda a ordem.
Emigrar ou EMPOBRECER MESMO: É só optarmos!
Fujam, que vem aí o FMI!

Maria José Carvalho disse...

Meus Caros:

Como devem ter lido eu escrevi vivam o Lula e a Dilma. Como neste espaço gosto de escrever "textinhos" e nao "textões", não pude escrever tudo. Mas certamente o JMConstantino e os demais ilustres comentadores e leitores se apercebem das diferenças entre as dois governantes e as consequências das suas actuações e convicções. O que será o futuro? Quem nos ajudará e como? Deixo essa matéria para o JMC e para o JB, porque a VIDA deles é superior à vida e têm uma capacidade visionária e política que eu não tenho.

Quanto ao otimismo, provavelmente nasci assim e a vida depois ajudou, sobretudo porque tenho tentado sigo um dos conselhos chineses:

"Há apenas duas coisas com que você se deve preocupar. Se você está bem ou se está doente. Se você está bem, não há nada com que se preocupar. Se você está doente, há duas coisas com que se preocupar: se você vai se curar ou se você vai morrer. Se você vai se curar, não há nada com que se preocupar. Se você vai morrer, há duas coisas com que se preocupar: se você vai para o céu ou se vai para o inferno. Se vai para o céu, não há nada com que se preocupar. Agora, se você vai para o inferno, estará tão ocupado em cumprimentar velhos amigos que nem terá tempo para se preocupar.
Então, para que se preocupar?

Bjinhos, sempre portuenses, mjc

Maria José Carvalho disse...

Permitam-me ainda o seguinte: quanto à musica ou às musiquinhas, essa era uma conversa muito longa. Gosto de música irlandesa, gosto daquele povo. Amo a musica portuguesa, mas também de muitos outros países. Quanto a preferências, bom...como portuguesa que sou, gosto do Tony Carreira (150 mil a ouvi-lo é qualquer coisa...), gosto do Marco Paulo (que voz...) e também da Luisa Basto. Amo a Amália, a Mísia o Carlos do Carmo, o Ricardo Oliveira, enfim...panos para muitas mangas.
Mais bjinhos e um bom dia para todos/as, mjc

joão boaventura disse...

Estimada Maria José

Eu não sou futurólogo pelo que não consigo ver o futuro, mas apenas interpretar os sinais que se nos vão deparando pelo caminho, passo a passo.

O ser pessimista tem uma vantagem, a de não ficarmos surpreendidos com os sinais negativos no fim do percurso que acompanhamos.

O ser optimista tem a desvantagem de ficarmos desiludidos com os sinais não esperados no termo do caminho.

Quanto aos conselhos dos chineses parecem-se com os que os meu pai me dava. Quando me via preocupado perguntava-me se o problema que me apoquentava tinha solução.

Se eu dizia que tem, respondia-me:
- Então resolve.
Se eu dizia que não tem, dizia-me:
- Então está resolvido.

Daqui perfilhei a ideia de que devemos adoptar um optimismo pedagógico e um pessimismo didáctico.

Dito isto, a Maria José abraça o optimismo pedagógico, e eu, o pessimismo didáctico, enquanto o futuro nos vai surpreendendo.

Cordialmente

Kaiser Soze disse...

Cara Maria José,

Apesar de não partilhar, por natureza e não por convicção, com o optimismo em geral - talvez por influência do fado, que, ainda assim, não aprecio por aí além - acho que será sempre preciso quem veja mais claridade do que escuridão, mesmo quando quase tudo é sombra. A vida é equilíbrio (por assim tem a morte) e ele é necessário.

Ou seja, discordo de quase tudo que escreveu mas, ainda assim, ainda bem que o fez.

Por outro lado, esta resistência demonstrada pelos dias que correm à globalização (é sempre assim. Quando a coisa aperta o nacionalismo ressurge - o que é diferente do patriotismo) não me parece que faça sentido. Podemos não gostar de chuva mas não é por isso que ela deixa de cair. É para isso que temos "kispos", para evitar a molha e mantermo-nos, ainda assim, quentes; é necessário tirar o melhor partido do que temos e não rejeitar o que nos rodeia porque, se assim não for, apenas ficaremos molhado.

PS. quanto ao acordo ortográfico, não o adoptarei. Não é só uma questão de orgulho - ainda que também o seja. É que, factualmente, o português escrito "novo" entra em desacordo com a fonética que os Portugueses usam.

Ctos.

josé manuel constantino disse...

Requisitei ontem na livraria um livro de Roger Scrubon intitulado As Vantagens do Pessimismo(ed.Quetzal).
E tenho registado no meu caderno da apontamentos uma decclaração do José Saramago em que ele diz que "os unicos interessados em mudar o mundo são os pessimistas ,porque os optimistas estão encantados como o que existe."Sei que não é o caso da nossa distinta blogger,que não está contente com o que existe mas tem esperança na mudança.É isso que nos separa.

Armando Inocentes disse...

Caro João Boaventura:

Curioso é que, o meu pai, que era Transmontano, me dizia que os problemas não existem! Se possuem solução, então não são problemas. Se não possuem solução, então não vale a pena enunciá-los, logo não são problemas.

Quanto ao optimismo e ao pessimismo, ambos possuem as suas vantagens desde que nenhum deles seja fundamentalista. E aqui lembro-me de uma frase que aprendi com o Prof. Gustavo Pires: "só a mudança é imutável".

Portanto, optimistas ou pessimistas, uma coisa é certa: que isto irá mudar, sim! Só não podemos predizer se para melhor ou para pior...

Um abraço a todos (optimistas e/ou pessimistas!)

Maria José Carvalho disse...

Bom dia João Boaventura,

Há aturas em que me surpreendo quando reflito ou me perguntam “quais as pessoas que, num dado momento, gostaria de conhecer".
Raramente penso nos grandes “cromos” nacionais ou mundiais.
E sempre fui assim.
Quando jogava e as minhas colegas queriam conhecer os/as mais distantes, os hipoteticamente inacessiveis, eu procurava conhecer e privar com quem estava mais perto de mim. Assim continuo a pensar e a sentir.
Isto para lhe dizer que acredito que o João não é futurólogo, mas para mim seria um enorme prazer passar uns bons pares de horas a falar consigo acerca do futuro.
Obrigada pelo que me tem enviado e pelo que consigo tenho partilhado e aprendido. Ben haja o pai que teve (e naturalmente, também a mãe).
Um bom domingo, de quem abraça o otimismo pedagógico (gostei, desta expressão e nunca tinha pensado em mim assim), mjc

Maria José Carvalho disse...

Caro Kaiser Soze,
Não sei quem o Kaiser é, não sei se está relacionado profissionalmente com o desporto, e, diga-se que também não necessito de o saber.
O importante é que, ainda que virtualmente – grande chatice... -, possamos comunicar e divertir respeitando a liberdade de expressão individual.
Ainda bem que discorda de quase tudo o que escrevi, pois é frequente isso ocorrer com os homens “carneiros” com que me vou relacionando. Não, não ligo especialmente aos signos, mas que me têm divertido imenso aos longo dos anos têm! Ainda bem que pensamos de forma diferente e que o Kaiser é homem e eu sou mulher!
Provavelmente tem razão em algo que referiu indiretamente, eu gosto muito mais da claridade (não me sinto bem no escuro), gosto da transparência e não da opacidade, gosto da frontalidade e não da cobardia, gosto mais de praia e de sol, apesar de também apreciar os montes, a neve, a saraiva, e o frio...
Concordo plenamente consigo “é necessário tirar o melhor partido do que temos..”!!
Por último sou muito patriota, ainda tenho muito orgulho em ser portuguesa e em ter nascido e viver no Porto. Aprendi e comecei a ser assim quando aos 13 anos sai de casa sozinha (juntando-me a umas equipas) para conhecer os montes e fazer desporto. Reafirmei este estar e sentir quando aos 16 anos tive de fazer frente a um grande desafio: ser a única jogadora que não era de Lisboa a integrar a equipa que se dizia nacional. Pensará para os seus botões que nada lhe interessam estas histórias e terá razão, contudo gostaria que tentasse entender o que senti na pele, o que chorei (baba e ranho..., sem que me vissem) para “vingar” num espaço agressivo e adverso, para o qual me convocaram e que eu comecei a gostar pela paixão que o desporto provocava em mim e pelas maravilhosas amizades que fui partilhando.
Mas como era (e é) maravilhoso voltar sempre para o meu poiso, para a minha cidade, que em cada regresso tinha ainda mais encanto e aconchego!!
Não sei também se compreenderá o que é sentir num qualquer recôndito sitio deste planeta, que o fato de termos vestida uma camisola (ou fato de treino) portuguesa - fosse de clube ou da seleção- era motivo, como foi, para em algumas circunstâncias ter chorado agarrada a pessoas que não conhecia, mas que vinham até nós para matar as saudades de Portugal.
Já vão longas as memórias e hoje é domingo...divirta-se e desculpe qualquer coisinha!!

Nota: Eu terei de adotar o acordo ortográfico, e pensava como o Kaiser até ao momento que submeti um artigo a uma revista brasileira indexada e me “obrigaram a aderir ao tal acordo. Dirá “ossos do oficio” ... pois é!

Att,
Maria José Carvalho

Maria José Carvalho disse...

Caro Amigo JMConstantino

O meu prazer e consolo é saber que existem muitas mais coisas que nos unem do que as que nos separam.
Não leve a mal o que lhe vou solicitar, e que faço frequentemente aos/às estudantes, depois “faça-me um resumo desse livro”... já, já não o comprarei pois só título já me provoca urticária...ah..ah..

Bjinho, mjc

Caro Armando Inocentes:

Um abraço otimista na perspectiva de nos conhecermos no dia 20 e 21 de Maio da Faculdade de Desporto da UP.
Vai ser giro assistirmos, também com a sua preciosa colaboração, ao evento que os estudantes (os tais que muitos doutos dizem ser rasca) a "brilharem" na organização desses 2 dias.

Até lá e um bom domingo, mjc

Armando Inocentes disse...

Um poema de um pedagogo de eleição para quem adopta um optimismo pedagógico (MJC) e também para quem adopta um pessimismo didáctico (JB):


Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.

Chegamos? Não chegamos?

Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos,
basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria
ao que desconhecemos
e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

─ Partimos. Vamos. Somos.


Sebastião da Gama
"Pelo sonho é que vamos"
Lisboa, Ed. Ática, 1992

Maria José Carvalho disse...

Armando, é isso mesmo...!! Partimos, vamos, somos!
Obrigada pelo momento poético. Uma boa semana para si, mjc

Kaiser Soze disse...

Cara Maria José,

fiquei com a impressão que algo se "perdeu na tradução", o que, na verdade, não é de suma importância.

Como bom Carneiro, contudo: não estou ligado profissionalmente ao desporto. Fui, contudo, internacional português em duas modalidades e no que concerne às adversidades de ser portuense minoritário compreedo-a na perfeição...bem como no sentimento de ouvir o nosso hino.

Ctos.

joão boaventura disse...

Caro Constantino

Em contraponto, e em contrapeso, ao livro adquirido sobre “As vantagens de ser pessimista”, tenho o prazer e a veleidade de oferecer a leitura da referência, titulada de Aprenda a ser optimista, do psicólogo Martin E. P. Seligman.

De resto, o ser optimista ou pessimista, é, como a arte, uma questão de gosto, de sensibilidade. Em suma, uma opção que o destino nos proporciona.

Um abraço

josé manuel constantino disse...

Obrigado João.
Primeiro vou ler o que requisitei.Depois este que me envias.


Abraço.

Maria José Carvalho disse...

Bom dia Kaiser Soze,
Fiquei mais descansada.
Independentemente do que faz profissionalmente, o ter “suado as estopinhas”, e logo em duas modalidades e ao mais alto nível, permitirão um grau minimamente satisfatório de entendimento entre nós (penso eu de que..).
Sabe, e entenda o que de seguida escreverei apenas como um desabafo, ao longo de muitos anos fui aumentando a sensação que muitas vezes ao falar com certos homens (e tb com mulheres) era o mesmo que falar para as paredes. A maioria das vezes “ouvir, ouviam… escutar, escutavam”, agora perceberem-me … fiquei (e ainda fico) com sérias dúvidas. E o contrário certamente também aconteceu e estou certa que continuará a acontecer. Agora menos, pois “já gasto menos saliva” e já me reservo um pouco mais quanto aos homens (e também quanto às mulheres) com que “passo” o meu precioso tempo.

Até breve, mjc
(vou aproveitar a generosidade do João Boaventura e vou incrementar o meu otimismo pedagógico com a leitura que recomendou...).