"As claques existem porque são apoiadas pelos clubes. E são apoiadas para apoiar, não insultar, ofender ou agredir"
Foram estas as palavras do presidente do Sporting na passada sexta-feira.
Se dúvidas houvesse sobre a instrumentalização de claques de futebol, já abordadas neste blog, estas palavras vêm dissipá-las.
No entanto, por vezes, o feitiço vira-se contra o feiticeiro, como tem ocorrido nos ultimos tempos com as claques dos três grandes.
Os desenvolvimentos sobre as investigações das mortes de seguranças de casas de diversão nocturna no Porto e a eventual ligação a elementos dos Super Dragões são um bom exemplo do envolvimento em fortes redes de influência e criminalidade criadas em torno de elementos das claques, que utilizam o futebol como uma fonte de negócio.
Recentemente tive oportunidade, num jogo grande, de assistir dentro do estádio à venda e tráfico de haxixe, de uma forma descarada, por elementos de uma claque, acompanhada por lançamentos de petardos e very lights para o relvado, com a polícia a assistir impávida áqueles actos.
À dimensão do nosso país, as claques de futebol dos maiores clubes são perigosos centros de lavagem de dinheiro, tráfico e contrabando. Escrevo-o com conhecimento de causa.
Não oiço dirigentes a pronunciarem-se sobre isto ou sobre a pilhagem de estações de serviço, destruição de autocarros e comboios, agressões a civis ou atitudes de propaganda política e ideológica de cariz xenófobo.
Lembro-me agora que nunca mais se ouviu falar das conclusões do inquérito à agressão ao àrbitro Tozé Coelho no 6.º jogo do playoff de basquetebol entre o Porto e a Ovarense...
Mas se uma claque boicota uma assembleia geral, não apoia a equipa ou devolve uma camisola a demonstrar o legitimo descontentamento e indignação sobre o desempenho dos seus jogadores... Cai o Carmo e a Trindade.
Em Itália onde esta pelicula já chegou a outros capitulos também "aos costumes disse nada" e nem o simbólico CONI escapou...
domingo, 16 de dezembro de 2007
Aos costumes disse nada
publicado por João Almeida às 12:10 Labels: Ética desportiva
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1 comentário:
pois os clubes lavam dinheiro e os homems lavam os quilhões não !
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