Num período onde a cotação do preço do petróleo, o esgotamento dos combustiveis fósseis, a sustentabilidade e preservação do ambiente são temas na ordem do dia deparo-me, quando visito diversas instalações desportivas e analiso projectos de novos espaços, com a obstinação em soluções construtivas do passado, como que autistas a estes condicionalismos.
A recente legislação sobre eficiência energética nos edifícios, pouco veio acrescentar à forma como se planeia a gestão e se projectam espaços desportivos, apesar do estádio do Dragão ter recentemente recebido um prémio de certificação ambiental.
Na maior parte das instalações desportivas de uso público predomina um aproveitamento reduzido ou nulo da luz solar e um isolamento térmico e acústico deficitário, à margem dos recentes critérios legais. Se a isto associarmos sistemas de águas quentes sanitárias com caldeiras (a fuel, gasóleo, ou gás natural) com potência nominal bastante superior às exigências dos edifícios, bem como a insensibilidade de gestores, funcionários e utentes para estas questões, o custo/hora das instalações dispara de uma forma galopante.
Depois, considerando os argumentos invocados de inicio e atendendo às condições climatéricas priveligiadas do país, não se compreende a ausência de uma aposta efectiva em energias renováveis, cujos incentivos públicos até são consideráveis, nomeadamente no que respeita à biomassa, ao painéis fotovoltaicos ou aos painéis solares térmicos.
A recente legislação sobre eficiência energética nos edifícios, pouco veio acrescentar à forma como se planeia a gestão e se projectam espaços desportivos, apesar do estádio do Dragão ter recentemente recebido um prémio de certificação ambiental.
Na maior parte das instalações desportivas de uso público predomina um aproveitamento reduzido ou nulo da luz solar e um isolamento térmico e acústico deficitário, à margem dos recentes critérios legais. Se a isto associarmos sistemas de águas quentes sanitárias com caldeiras (a fuel, gasóleo, ou gás natural) com potência nominal bastante superior às exigências dos edifícios, bem como a insensibilidade de gestores, funcionários e utentes para estas questões, o custo/hora das instalações dispara de uma forma galopante.
Depois, considerando os argumentos invocados de inicio e atendendo às condições climatéricas priveligiadas do país, não se compreende a ausência de uma aposta efectiva em energias renováveis, cujos incentivos públicos até são consideráveis, nomeadamente no que respeita à biomassa, ao painéis fotovoltaicos ou aos painéis solares térmicos.
Não se compreende que o Programa de Modernização das Escolas do Ensino Secundário, a implementar pelo Ministério da Educação através da Parque Escolar, se limite à instalação de uma área média de 1.000 m2 de painéis foto-voltaicos (basicamente em coberturas e revestimento de empenas cegas), no mínimo em 2/3 do universo das escolas a intervencionar (332 escolas até 2015).
Actualmente a microcogeração procura integrar estas soluções e surge como um novo paradigma de sustentabilidade ambiental e energética, onde o consumidor produz a sua própria energia e vende a remanescente à rede e assim obtem dividendos do seu investimento inicial, com uma diminuição superior a 50% dos custos energéticos das instalações, prevendo-se uma descida dos preços de instalação com a consolidação deste sistema no mercado.
Os meus parabéns ao Município de Ilhavo que percebeu a importância da eficiência na gestão de dinheiros públicos e no desenvolvimento económico local, neste caso através de uma piscina municipal pioneira em microcogeração.
É bom que os nossos autarcas tenham em mente que o financiamento comunitário cada vez menos se dirige para soluções infra-estruturais, como nos anteriores quadros comunitários de apoio, e quando o faz privilegia soluções tecnologicamente inovadoras e sustentáveis.
Actualmente a microcogeração procura integrar estas soluções e surge como um novo paradigma de sustentabilidade ambiental e energética, onde o consumidor produz a sua própria energia e vende a remanescente à rede e assim obtem dividendos do seu investimento inicial, com uma diminuição superior a 50% dos custos energéticos das instalações, prevendo-se uma descida dos preços de instalação com a consolidação deste sistema no mercado.
Os meus parabéns ao Município de Ilhavo que percebeu a importância da eficiência na gestão de dinheiros públicos e no desenvolvimento económico local, neste caso através de uma piscina municipal pioneira em microcogeração.
É bom que os nossos autarcas tenham em mente que o financiamento comunitário cada vez menos se dirige para soluções infra-estruturais, como nos anteriores quadros comunitários de apoio, e quando o faz privilegia soluções tecnologicamente inovadoras e sustentáveis.
É bom que a gestão e manutenção dos equipamentos sejam preocupações desde a fase de projecto, e que este não seja um mero projecto de obra.
É bom que se produzam indicadores fidedignos da oferta de espaços desportivos, pois prevejo surpresas se os confrontarmos com os níveis de procura.
Infelizmente pululam neste país “elefantes brancos” e algumas patologias do síndrome da obra feita, onde os encargos de gestão e manutenção são matérias acessórias e deixados para depois.
A este propósito mão amiga fez-me chegar o exemplo de um ginásio em Hong Kong onde os aparelhos de exercício estão interligados com o sistema eléctrico central.
A energia mecânica produzida pelos utilizadores nos aparelhos é convertida em energia eléctrica através de dínamos! E armazenada através de baterias!
“Cada pessoa em exercício moderado pode produzir cerca de 50 W de energia/hora. Se uma pessoa passar uma hora a correr numa máquina, ao fim de um ano terá gerado cerca 18200kWh e evitado a libertação de 4300 litros de CO2 para a atmosfera”
Infelizmente pululam neste país “elefantes brancos” e algumas patologias do síndrome da obra feita, onde os encargos de gestão e manutenção são matérias acessórias e deixados para depois.
A este propósito mão amiga fez-me chegar o exemplo de um ginásio em Hong Kong onde os aparelhos de exercício estão interligados com o sistema eléctrico central.
A energia mecânica produzida pelos utilizadores nos aparelhos é convertida em energia eléctrica através de dínamos! E armazenada através de baterias!
“Cada pessoa em exercício moderado pode produzir cerca de 50 W de energia/hora. Se uma pessoa passar uma hora a correr numa máquina, ao fim de um ano terá gerado cerca 18200kWh e evitado a libertação de 4300 litros de CO2 para a atmosfera”
“No pain, no power”
5 comentários:
Caro João,
Não posso estar mais de acordo...
E suspeito que na origem do problema está o facto de sustentabilidade rimar com popularidade apenas fonéticamente...
Com já tantas evidências, não parece óbvia a necessidade de incentivar e promover a adopção de medidas de eficiência de gestão nas instalações desportivas?
Quando é que acaba a euforia da quantidade e "posse", e se passa à qualidade e racionalidade?
Quando é que acaba a proliferação de cerimónias públicas para firmar "muita parra e pouca uva", e se passa a ter metas objectivas e critérios selectivos para apoios consequentes?
Talvez quando houver mudança...
É que neste momento, pensamento estratégico que olhe para além da resenha de imprensa da semana, não se vislumbra...
Passou-vos algum exemplo pela cabeça?
Olá Carla
Gostava de ter boas respostas para a pertinência das tuas questões. Mas não prevejo mudança alguma.
Quanto ao que me passa pela cabeça, talvez sejam efeitos da quadra natalicia que me levam a acreditar num futuro diferente. Sempre digo que, por vezes, surgem algumas surpresas.
Que o Pai Natal te oiça...
Olá João!
É um enorme prazer poder ler as tuas 'crónicas' ou 'opiniões', como queiras chamar! O Prof. Meirim já me tinha alertado para a excelente qualidade das mesmas. Muitos parabéns! Um grande abraço e a continuação de bons posts.
rl
Olá Rui
Obrigado pelas tuas palavras.
Abraço
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