Passadas as suspeitas sobre as obras efectuadas no campo do Real Massamá por funcionários e máquinas da autarquia de Sintra para proporcionar as melhores condições para a equipa de futebol profissional do Benfica treinar durante a fase de construção do seu estádio.
Tendo ainda como referência o apoio do Município de Sintra ao basquetebol profissional do Queluz, com lugar de assento a um elemento da autarquia na comissão de gestão do clube, a Câmara Municipal de Sintra volta a inovar nas suas políticas desportivas.
Desta feita, foi aprovada por unanimidade em reunião de câmara a compra dos terrenos ocupados pelo campo de futebol do Ginásio Clube 1º de Maio de Agualva por 310 mil euros, e entretanto penhorados às Finanças, como forma de regularizar as dívidas ao fisco do clube.
Segundo o vereador do pelouro do desporto "A câmara não vai resolver o problema fiscal do clube, mas comprar um terreno que permitirá desenvolver um projecto integrado sem prejudicar os interesses desportivos do Agualva".
A forma como alguns autarcas lêem as suas competências no desenvolvimento desportivo local ao optar por dar a mão a clubes falidos e premiar a má gestão desportiva, muitas vezes com uma discricionariedade absoluta nos critérios de apoio ao movimento associativo e contornando normas legais que comandam a acção da Administração começa a ser prática comum...
Nesta conjuntura o respeito e o labor em torno das reais e pungentes carências desportivas da generalidade dos cidadãos (eleitores e contribuintes) toma o lugar de excepção. A implementação de projectos de fomento da prática desportiva para a população, realmente geradores de valor desportivo local, promotores de desenvolvimento e com impacto nos hábitos de sedentarismo e nos índices vergonhosos de desportofobia deste país não são, em muitos casos, prioritários ou até importantes.
Continua-se a reproduzir os erros do passado e a construir a casa pelo topo. Continua-se a não prestar contas pelas opções políticas tomadas, ou quando se prestam não se procede de modo a serem realmente escrutinadas por quem as financia - os cidadãos. Tudo isto não é nada de novo.
Entretanto na Madeira tudo vai bem. Nada de novo! O Governo Regional deliberou a transferência gratuita e a título definitivo do Estádio dos Barreiros e terrenos anexos para a Sociedade Desportiva Marítimo, dados os relevantes fins de interesse público "sobejamente fundamentados, quer pelo facto de a própria Região Autónoma deter quarenta por cento do património desta sociedade, quer pelos seus pressupostos jurídicos"!!!!. Pena é que não sejam do conhecimento público as condições e encargos a que fica sujeita a cessão, conforme estabelece o artigo 2.º, n.º 3 do Decreto Legislativo Regional n.º 42/2006/M.
Tendo ainda como referência o apoio do Município de Sintra ao basquetebol profissional do Queluz, com lugar de assento a um elemento da autarquia na comissão de gestão do clube, a Câmara Municipal de Sintra volta a inovar nas suas políticas desportivas.
Desta feita, foi aprovada por unanimidade em reunião de câmara a compra dos terrenos ocupados pelo campo de futebol do Ginásio Clube 1º de Maio de Agualva por 310 mil euros, e entretanto penhorados às Finanças, como forma de regularizar as dívidas ao fisco do clube.
Segundo o vereador do pelouro do desporto "A câmara não vai resolver o problema fiscal do clube, mas comprar um terreno que permitirá desenvolver um projecto integrado sem prejudicar os interesses desportivos do Agualva".
A forma como alguns autarcas lêem as suas competências no desenvolvimento desportivo local ao optar por dar a mão a clubes falidos e premiar a má gestão desportiva, muitas vezes com uma discricionariedade absoluta nos critérios de apoio ao movimento associativo e contornando normas legais que comandam a acção da Administração começa a ser prática comum...
Nesta conjuntura o respeito e o labor em torno das reais e pungentes carências desportivas da generalidade dos cidadãos (eleitores e contribuintes) toma o lugar de excepção. A implementação de projectos de fomento da prática desportiva para a população, realmente geradores de valor desportivo local, promotores de desenvolvimento e com impacto nos hábitos de sedentarismo e nos índices vergonhosos de desportofobia deste país não são, em muitos casos, prioritários ou até importantes.
Continua-se a reproduzir os erros do passado e a construir a casa pelo topo. Continua-se a não prestar contas pelas opções políticas tomadas, ou quando se prestam não se procede de modo a serem realmente escrutinadas por quem as financia - os cidadãos. Tudo isto não é nada de novo.
Entretanto na Madeira tudo vai bem. Nada de novo! O Governo Regional deliberou a transferência gratuita e a título definitivo do Estádio dos Barreiros e terrenos anexos para a Sociedade Desportiva Marítimo, dados os relevantes fins de interesse público "sobejamente fundamentados, quer pelo facto de a própria Região Autónoma deter quarenta por cento do património desta sociedade, quer pelos seus pressupostos jurídicos"!!!!. Pena é que não sejam do conhecimento público as condições e encargos a que fica sujeita a cessão, conforme estabelece o artigo 2.º, n.º 3 do Decreto Legislativo Regional n.º 42/2006/M.
Ficámos também a saber neste país desportivo que a direcção do CAC Pontinha não vai realizar a 28.ª edição do Torneio Internacional de futebol juvenil da Pontinha em 2008 por falta de apoios...
Eu gostava que isto fosse um pesadelo, mas não é!
No Portugal do monopólio da via legislativa, produzida em relação inversa à sua aplicação, fiscalização e supervisão (veja-se o caso, neste dia especial, da legislação sobre eliminação de barreiras arquitectónicas, onde se "chutou para canto" o diploma de 97). No monopólio do doce conforto da regulamentação obscura e hermética ao comum dos mortais, onde há sempre uma omissão ou uma excepção oportuna e conveninente. Onde ainda há pouco tempo se tinha de pagar e escrever num papel timbrado para o Estado se dignar a responder-nos após um labiríntico percurso procedimental (valha-nos a obrigatoriedade de 10 dias que o CPA prevê nunca ter sido levada a sério), cidadão e Administração continuam, como no passado, de costas voltadas, salvo honrosas excepções onde o desporto não se inclui. Para exigir respeito é preciso dar-se ao respeito.
Nada de novo!
Eu gostava que isto fosse um pesadelo, mas não é!
No Portugal do monopólio da via legislativa, produzida em relação inversa à sua aplicação, fiscalização e supervisão (veja-se o caso, neste dia especial, da legislação sobre eliminação de barreiras arquitectónicas, onde se "chutou para canto" o diploma de 97). No monopólio do doce conforto da regulamentação obscura e hermética ao comum dos mortais, onde há sempre uma omissão ou uma excepção oportuna e conveninente. Onde ainda há pouco tempo se tinha de pagar e escrever num papel timbrado para o Estado se dignar a responder-nos após um labiríntico percurso procedimental (valha-nos a obrigatoriedade de 10 dias que o CPA prevê nunca ter sido levada a sério), cidadão e Administração continuam, como no passado, de costas voltadas, salvo honrosas excepções onde o desporto não se inclui. Para exigir respeito é preciso dar-se ao respeito.
Nada de novo!
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