sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Os espaços desportivos no direito à cidade

A génese do Bairro dos Olivais teve associada uma ampla discussão e participação, em históricas reuniões públicas entre a autarquia e os moradores, sobre a programação de equipamentos para aquela zona da cidade de Lisboa. É ainda hoje referido como um exemplo em matéria de participação comunitária no planeamento e gestão do território.

Neste sentido, a Piscina dos Olivais foi uma marca impressiva de um conceito que ainda hoje nos diz pouco – o direito à cidade.

Pela centralidade da piscina na vida da comunidade, constituindo-se ao longo de anos como uma referência de espaço público de sociabilidade, lê-se com agrado a noticia da recuperação daquela área desportiva da maior Freguesia de Lisboa, encerrada desde 2005, anunciada, quiçá simbolicamente, numa reunião de câmara descentralizada, com a participação de cerca de 100 munícipes, na Associação Desportiva Cultural da Encarnação e Olivais.

Sendo publicas as limitações financeiras da autarquia deseja-se, ainda assim, que este seja o primeiro passo de um plano de recuperação de alguns espaços desportivos da capital, que são património desportivo nacional e valiosas referências arquitectónicas e paisagísticas da cidade e do país.

Refere-se, nomeadamente, a Piscina do Campo Grande e o Pavilhão Carlos Lopes.

1 comentário:

Anónimo disse...

Acho interessante a abordagem que efectuou e já agora deixo aqui um contributo.
a piscina dos Olivais foi uma referencia não só social, em termos das populações das areas circundantes que a utilizavam no seu lazer como foi um marco na natação regional e nacional, onde bastantes records nacionais foram batidos e varios jogos de polo lá se realizaram.
Uma piscina excelente.
Como em tudo surgem alguns iluminados que acharam que em vez de reabilitarem o espaço o melhor é fachar. Talvez´`a espera de algum projecto imobiliário.
contudo e com alguma esperança nossa vimos construir a piscina do Jamor e o EUL. Pensamos agora vamos poder trabalhar a sério e desenvolver a natação. Mas não continuamos na mesma, sem podermos utilizar estes espços para aquilo que foram construidos, possibilitar o desenvolvimento das várias modalidades da natação.
Só por curiosidade para se utilizar aqueles espaços a Associação de Natação de Lisboa tem de pagar e bem.
Relembrando as palavras do Eng. A.G. aquando da inauguração do Jamor em que este seria um espaço preveligiado para a natação, mais uma vez se assiste a um espaço que serve para tudo, menos para aquilo que foi concebido, promover a competição e proporcionar a realização de provas das diferentes modalidades da natação.
Quanto aos Olivias aguardamos serena e pacientemente a evolução, pode ser que com esta camara as coisas sejam um pouco mais rápidas.
E que na realidade este espaço se abra à cidade à população.
JBarradas