terça-feira, 20 de novembro de 2007

A graçola

A graçola, a propósito dos árbitros, produzida em público pelo secretário de estado do desporto pode ser só isso: uma piada, num meio onde o grau de exigência relativamente ao comportamento público é relativamente baixo, onde certas regras de civismo não fazem escola e as relações institucionais são substituídas por cumplicidades pessoais e convivências de vário tipo que confundem actos oficiais com larachas e outro tipo de liberalidades. Ou pode ter sido apenas um momento menos feliz para brincar e para procurar a graça fácil. O facto de ser só isto, uma brincadeira na hora errada e no momento menos próprio, não é nada comparado com a possibilidade de o não ser. O que é pouco provável. O desporto e a sua governação são politicamente irrelevantes, tratados com a maior das superficialidades pelo que graçolas destas e equivalentes - públicas ou privadas – não são incomuns e revelam apenas uma tendência : a da diversão.

2 comentários:

Anónimo disse...

E no meio da água do banho se vai a boa intenção de Joaquim Evangelista, Presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol, que quis criar um instrumento para premiar a boa governance dos clubes das ligas profissionais e a cujo lançamento se associou o Secretário de Estado do Desporto, Laurentino Dias.
Sintomático como é tão dificil lutar contra a maré.
Dá-se um bombom a quem souber qual o instrumento criado pelo SJPF e como funciona.
Fernando Tenreiro

Anónimo disse...

Quem esperava ou ainda espera que este impante governante do nosso bem-amado "desportolismo" pudesse ou possa vir a ter um aceno sério sobre o que tutela estava ou ainda permanece equivocado. Vejam o site superlativo daquele "majestático governaço" e arrepiem caminho!
Não há lá, nem nunca vai haver - salvo se o "Carmo cair em cima da Trindade" - uma única pronúncia sobre política desportiva à séria, como agora soi dizer-se. E já que vem ao caso vejam nesse afanoso sítio a última de "promoção da prática desportiva": "construindo ou implantando mais um campinhos por essas desprotegidas municipalidades...".
Por iso estas "solturas tolas e despropositadas" só podem ser, naturalmente, o fio condutor de um cérebro desfocado do respectivo "métier". E lembrem-se ainda as nomeações dos "donos da bola" para um Conselho Nacional do Desporto que quanto ao objecto do desenvolvimento do desporto é ente ausente em parte incerta (com as excepções decorativas honradas que só confirmam o "mister").