Faleceu recentemente António Raio, uma das maiores glórias do hóquei em patins deste país.
A forma subliminar, quando não a ausência, de referência ao falecimento de desportistas nos jornais desportivos de grande tiragem é preocupante e lamentável.
O jornalismo desportivo, talvez mais do que outros tipos de jornalismo, contribuiu durante décadas para consolidar a identidade dos cidadãos com as maiores referências desportivas da nação, e foi crescendo à custa da mediatização dos seus feitos, em particular no hóquei em patins onde Raio se notabilizou nas primeiras conquistas internacionais.
É evidente que estas são notícias que não se coadunam com a voragem das vendas, mas o respeito pelo passado e pela memória desportiva de um país não tem preço.
Mais do que informar trata-se de reconhecer e atribuir, na ultima hora, o devido destaque àqueles que reservaram um lugar na história desportiva de Portugal e na memória de várias gerações.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
Respeito pela memória
publicado por João Almeida às 01:53 Labels: Agentes desportivos, História do desporto
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1 comentário:
Accionada a memória, recuperei a minha indignação aquando do falecimento de Livramento.
No dia seguinte, o Público "enchia" a primeira página com uma espectacular fotografia de Livramento.
Os jornais desportivos, por seu turno, relegavam registos quase inexpressivos para as páginas finais dedicadas "às modalidades".
Curiosamente, a modalidade em causa é - ou talvez melhor dito, foi - uma modalidade bem portuguesa onde se registaram êxitos desportivos que preencheram a vida de muitos de nós.
Mesmo assim, viu-se devorada pela premência informativa de algum incidente ocorrido em treino de um dos "grandes" ou algo de similar teor.
José Manuel Meirim
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