Platini, o homem do futebol europeu, na sequência da violência ocorrida em Itália, volta a afirmar a especificidade desportiva. Preparando-se para tentar introduzir, nas normas do futebol europeu, uma cláusula de nacionalidade europeia (máximo de cinco jogadores europeus oriundos de país membro da União Europeia por equipa que compita em campeonato de outro país), a reboque da eventual consagração da expressão "especificidade do desporto" no Tratado de Lisboa - sem sucesso, a nosso ver -, adiantou uma possível solução para a violência nos jogos de futebol: cada espectador deve levar uma criança.
Com esta ideia (?), Platini demonstra à saciedade onde radica a especificidade do desporto, ou, por ora, de um certo futebol.
Se não resultar, na lógica do agora adiantado, seguir-se-á o bébé ao colo e a mulher grávida.
Como bem se vê - e bem o afirma Platini -, a violência em Itália (só a modéstia o leva a referir apenas este país) é, antes de tudo - e do futebol - um problema social.
1 comentário:
Não se trata da especificidade do futebol, mas da especificidade da violência associada ao futebol, com a qual as UEFAS e FIFAS só têm responsabilidade verbal, o que lhes permitem ter as mãos livres para as esfregarem de contentamento por se situarem longe dos acontecimentos. A responsabilidade pura é com os Estados, os governos, as polícias, que estão dentro do panelão.
Conclusão: as UEFAS e as FIFAS, limitam-se a ver a fervura do caldeirão.
Wuanto às leis, valem o que valem, isto é, não resolvem o fundamental: a educação das pessoas, desde o berço. Dá muito trabalho. Educar para quê?se as leis resolvem tudo.
Por isso, as leis valem o que valem.
Também, se não houvesse violência de que é que a comunicação social viveria?
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