quinta-feira, 23 de outubro de 2008

O CND e a bandeira nacional

Em primeiro lugar, devo dizer que quase me sinto obrigado a pedir desculpa por colocar o post anterior um nível abaixo, retirando-lhe com este breve apontamento o seu patente protagonismo.
De todo o modo, porque no que antecede se fala muito em (muito) dinheiro, dir-se-ia que este texto vem, em alguma medida, a propósito.
Sobre o Conselho Nacional do Desporto, seus normativos, composição, funcionamento e resultados, já muito escrevi noutro local.
Hoje, algo motivado pelos resultados alcançados no último plenário, realizado terça-feira passada, destaco o seu logotipo.
Esse sinal distintivo do CND usado em cartazes, na página da Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, em pastas, cadernos de rascunho(??), folhas e for aí fora, é - não se duvide - apelativo, de bom gosto.
Adivinha-se uma inspiração, um ponto de partida, dado o carácter nacional do órgão: a bandeira nacional.
Nada mais adequado.
Contudo, uma visão comparativa mais atenta constata uma diferença.
O leitor verá com facilidade.
Terá sido opção consciente ou erro inconsciente? Ou vice-versa?
Ou será mais um sinal de que aquilo que nasce torto, tarde ou nunca se endireita?

12 comentários:

Anónimo disse...

Não percebi...

Anónimo disse...

Nem eu.

Anónimo disse...

Foi impresso ao contrário....

Tiago F. Pinho disse...

Talvez fosse um dia ventoso, aquele em que o designer olhou para o mastro.

Ou então fiaram-se numa bandeira colada à montra de um cafézito...

Seremos nós que estamos a olhar para o logo do lado errado do monitor??

Anónimo disse...

Não é para perceber
É para o blog encher
O autor escrever
O que não consegue perceber.

Anónimo disse...

Para quem não percebeu, é só perguntar à agência de comunicação que faz em exclusivo todos os trabalhos de Algés Praia.

E eu tenho de pagar, sem concurso, sem obedecer à Lei.

Bendita nova lei da contratação pública, sempre permitirá mais folga nas adjudicações directas, o problema é que os valores mesmo assim ultrapassam todos os limites.

Lá tenho de lhes continuar a pedir que indiquem mais umas empresas "amigas" para consultar.

Dos centros de Alto Rendimento, passando pelo Congresso do Desporto, até à bandeira ao contrário, são sempre eles, os mais "competentes" do mercado.

São pelo menos os mais caros, isso eu sei.

Eles comem tudo e não deixam nada...

Perceberam agora?

Infante Santo

José Correia disse...

A Administração Pública Desportiva em Portugal: um domínio obscuro por quanto tempo?

Há na nossa administração pública desportiva algo de surreal.

Vai-se ao Conselho Nacional do Desporto (CND), no site da Secretaria de Estado, e não se consegue a mínima informação sobre o conteúdo dos trabalhos e discussões, preparação dos temas, posições dos membros, documentos de trabalho, estudos, o que quer que seja. Só mesmo os documentos do governo que marcaram a agenda até hoje, mas sem se saber uma linha sobre a posição oficial, ou as oficiosas, do Conselho Nacional do Desporto, sobre esses projectos de diplomas.

Sobre o Regime das Federações Desportivas, vários meses depois da última discussão no CND sobre o projecto governamental respectivo não se conhece uma palavra, uma única linha sobre a posição final do CND e as individuais dos seus membros.

Este manto de obscuridade que existe sobre o trabalho e iniciativas do CND dá, portanto, para tudo. Para desculpar, para desresponsabilizar, para esconder, para que a opinião pública sobre o trabalho do CND e a condução da política desportiva seja reduzida a zero. Ou melhor à auto-congratulação do Governo que aparece, depois, finalmente, a legislar, ainda que passada uma quase eternidade sobre os prazos contemplados na Lei de Bases que ele mesmo fez aprovar.

Mas no site da Secretaria de Estado a ausência de documentos oficiais sobre o desporto, sobre a política desportiva, as suas grandes opções de desenvolvimento, as de apoio e incentivo ao movimento federativo, de promoção da prática desportiva por todas as faixas etárias e regiões nacionais, sobre tudo isto nada também. Melhor no site vêem-se só notícias de imprensa.

Como se pode avaliar, como se pode exercer o contraditório ou o escrutínio público e de cidadania perante o assim tão notadamente desconhecido ou não assumido devidamente?

E no site do Instituto do Desporto de Portugal (IDP) anunciam-se contratos-programa por todo o país, mas ao mesmo tempo documentos de apresentação de estratégia, objectivos e de fundamentação das actividades não existem também, nem se conhecem os critérios de decisão dos apoios concedidos aos diferentes clubes. Não existe no site do IDP qualquer documento ou estudo que fundamente ou descreva as orientações do que se vem fazendo desde há anos.

Perante o nada que é dito e apresentado tudo é, depois, possível porque inscrutinável e inavaliável. Não há nada que se possa tomar como linha de condução e, assim, nada ou quase nada se pode discutir, avaliar, em termos reais.

Há, por conseguinte, uma enormíssima falta de transparência na política e gestão pública do desporto em Portugal.

Por isso, não aparecem, não podem aparecer, verdadeiras “comunidades de conhecimento sobre desporto”.

O Congresso do Desporto foi, como hoje já muitos dizem, apenas um show mediático que serviu esta obscuridade em que temos vivido.

Não será possível a um Governo que já tem quase cumprida uma legislatura de quatro anos apresentar nos respectivos organismos que lideram a política e gestão pública desportiva as orientações de desenvolvimento, os estudos em que fundamenta decisões, objectivos, programas e actividades?

E não será exigível democraticamente que os cidadãos, os desportistas e as respectivas organizações e os académicos, conheçam o que é o trabalho efectivo do Conselho Nacional do Desporto – o que inclui as actas respectivas, as discussões, os documentos apresentados, etc.?

Esta obscuridade em que temos vivido no desporto, melhor na administração pública do desporto, é inaceitável numa democracia madura que exige transparência, informação atempada e acessível, e uma cidadania activa e empenhada de todos – no caso, dos que se interessam pela causa do desenvolvimento do desporto em Portugal.

José Pinto Correia

Anónimo disse...

Será que temos o desporto de pernas para o ar??...

Ou será uma inflexão na politica desportiva....???

Não quero acreditar que Alges esteja crise exixtencial, ou tenha encomendado o trabalho a qualquer chinoca!!!!

Talvez queiram fazer passar a imagem que a politica desportiva, essa ,esta mesmo a mudar.....

Aquilo no fundo são so formas e cores..... o significado patriótico e nacinalista estamos nos a querer dar-lhe....

Aquilo meus senhores represnta o que é o CND,um conjunto de formas coisa e loisas, ponto final.

Anónimo disse...

Pinto Correia

Acertou, o Estado é isso mesmo.
Qual é a admiração, se já conhece o retrato?

Basta lembrar que foi Maquiavel quem introduziu o vocábulo Estado no dicionário, e está tudo dito, para mais, vindo de quem vem.

Convite à leitura do "Estado", perdão, do "Príncipe".

Anónimo disse...

Para o José Pinto Correia

Disse Você:

"Mas no site da Secretaria de Estado a ausência de documentos oficiais sobre o desporto, sobre a política desportiva, as suas grandes opções de desenvolvimento, as de apoio e incentivo ao movimento federativo, de promoção da prática desportiva por todas as faixas etárias e regiões nacionais, sobre tudo isto nada também. Melhor no site vêem-se só notícias de imprensa".

E tem toda a razão. Isto é o descalabro completo.

Para encontrar documentos como os que refere, a única possibilidade é mesmo a de consultar o site do IDP, no tempo do Constantino, ou o site da ex-Secretaria de Estado do Desporto e da Reabilitação, no tempo do Hermínio Loureiro!!!

Aí, sim!! Havia análises pujantes, programas originais, diagnósticos de arrasar, planeamentos magistrais!!!

Aí havia pensamento. Havia reflexão. Havia debate. Havia conhecimento. Havia desporto, em suma!!!

Ah! Que saudades!!!!!!............

Anónimo disse...

o simbolo é simples
o vermelho do lado direito realça o nome por cima que é lido em primeiro lugar
o artista poderia ter retirado intensidade ao vermelho colocando-o do lado direito, como na bandeira, e acentuando o tom do verde do lado esquerdo que obteria o mesmo efeito
Mas a minha opinião estética é que é um trabalho preguiçoso
Talvez esteja à experiência

Anónimo disse...

A nossa cultura contenta-se em comentar o fait-divers e no caso do desporto as intervenções como a que faz o Pinto Correia são menos frequentes.
Será por uma questão de formação económica.
Para os economistas os resultados económicos alcançam-se sobre realidades dispondo de recursos escassos.
A aplicação eficiente dos recursos escassos é vital para o país, as comunidades e os individuos poderem não só enriquecer, quando for caso disso, e também sobreviver.
A crítica de Pinto Correia ao funcionamento do CND já a fiz a um conselheiro.
A resposta que obtive é que os conselheiros representam todas as organizações desportivas e não desportivas relevantes da sociedade portuguesa e que ouvir esses conselheiros é suficiente para a formulação/conselho das políticas.
Desde o ex-Conselho Superior do Desporto que este comportamento existe.
Os resultados de política desportivo do passado mostram como os seus resultados são pobres.
Estamos a falar do modelo, não estamos a falar das pessoas.
Também poderiamos falar das pessoas e do mérito e da utilidade da sua presença no CND.

Voltando ao logotipo, no tempo da ex-Direcção-Geral dos Desporto de Mirandela da Costa o seu logotipo, um quadrado vermelho e azul, era conhecido na administração pública e na opinião pública. Ou seja, a relevância do logotipo relaciona-se com a dinâmica que a respectiva organização incute e que o logotipo é a imagem de marca instantânea de qualidade e relevância.
Quando se criam muitos logotipos a essencialidade da imagem transmitida também se perde.
Em determinada altura mudou o ministro e o quadrado foi flexibilizado e dizia-se na altura que o ministro, roberto carneiro, tinha dada uma palmada no quadrado.