Marcelo Rebelo de Sousa é presença constante na página web do Instituto do Desporto de Portugal. Há dois meses que, todos os dias, é novidade a sua presença na inauguração do primeiro relvado em Celorico de Basto. Lá está o professor, antigo presidente da Assembleia Municipal daquele município, lado a lado, com o recém (re) nomeado presidente do IDP - na altura ainda não nomeado - e o eterno presidente da Assembelia Municipal de Fafe, actualmente, por circunstância política, Secretário de Estado da Juventude e do Desporto. Peço desculpa, mas como diria o Bruno Nogueira este início era só para "prender" o leitor.
O que eu verdadeiramente queria frisar é a louca e perigosa corrida encetada pelo combate à dopagem no desporto. O Público de hoje dá conta da defesa da utilização da técnica GPS nos controlos fora de competição (um emissor num objecto pessoal de um praticante), com vista à localização dos atletas.
Uma atleta foi ainda mais longe: propôs que fosse colocado um chip debaixo da pele do atleta para uma maior eficácia na localização dos praticantes.
A questão que se deve colocar é a de saber até onde é legítimo - nesta difícil compaginação entre os direitos do praticante desportivo como pessoa (desde logo o respeito pela sua dignidade humana) e os interesses e valores desportivos a preservar (lealdade e igualdade na competição, desde logo) - os poderes públicos e privados desportivos jogarem mão de um conjunto de medidas que se intrometem crescentemente no espaço ( que deve ser bem reservado) da vida privada dos atletas.
Não haverá limites, tal como para o Buzzlighter?
1 comentário:
O Estado já se apropriou dos corpos há muito tempo.
Falta o tempo de os corpos o expulsarem.
Ou a Idade Média está próxima, ou corremos para o século XXII.
O tempo o dirá.
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