Porque um país pobre, carente de boas práticas sociais e de boas referências humanas, não pode promover a cultura do desperdício e da ignorância dos seus melhores feitos. Porque a história das organizações desportivas faz parte da narrativa do nosso desenvolvimento organizacional a que nem todos atendem, porque não a viveram ou não a estudaram. Porque a reintegração profissional de ex-atletas é um problema que me preocupa e que a ele já me reportei neste espaço, atrevo-me a sugerir a leitura de um texto hoje publicado, clarificador destas e de outras questões, do qual transcrevo dois recortes:
“Assim, as questões que se colocam relativamente à vocação e missão do IDP devem ser analisadas com conhecimento de causa, sobretudo quando se sabe que para além das meras burocracias é a história dos portugueses e do País que está em causa. Ora, as organizações para além da sua eficácia que pode ser traduzida nos mais variados rácios de gestão, representam, antes de tudo, a vida e a dedicação de muitas pessoas que, ao longo dos tempos, se lhes entregaram de alma e coração.”
“Os ex-atletas, são detentores de uma história que deve ser preservada e transmitida. Eles são portadores de uma série de experiências e de situações vividas que fazem parte de um património colectivo que dá pelo nome de cultura desportiva. Divulgar este conhecimento é de fundamental importância não só para generalidade das pessoas enquanto praticantes desportivos potenciais, como para o sucesso das organizações.
“Os ex-atletas, são detentores de uma história que deve ser preservada e transmitida. Eles são portadores de uma série de experiências e de situações vividas que fazem parte de um património colectivo que dá pelo nome de cultura desportiva. Divulgar este conhecimento é de fundamental importância não só para generalidade das pessoas enquanto praticantes desportivos potenciais, como para o sucesso das organizações.
Por isso, o enquadramento de ex-atletas em projectos de promoção social só por ignorância ou má fé pode ser visto como uma espécie de caridade, como o discurso da nomenclatura quis fazer passar para a opinião pública. Quando o Estado directa ou indirectamente através das mais diversas organizações “utiliza” grandes atletas para promoção de políticas públicas, não está a fazer caridade está a tirar partido de um investimento em tempos realizado. As medalhas nos Jogos Olímpicos, Campeonatos do Mundo e Europa custam muito dinheiro. Faz algum sentido o Estado realizar avultados investimentos na formação e treino de atletas, para depois, pura e simplesmente, os ignorar? Só um país inculto, desleixado e perdulário, se deixa cair em tal situação.”
3 comentários:
O mal permanece.
Por norma pede-se fair play aos atletas.
Chegou o momento de pedir fair law ao Estado.
Cara Maria José
É essa a diferença entre legalizar e legitimar.
É mais fácil legalizar e mais difícil legitimar.
cara Profª
achei bem interessante sua colocação de cultura desportiva e que a vivência e a experiência de ex-atletas não podem ser subestimadas em detrimento da (necessária mas não essencial) formação acadêmica
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