quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Desporto escolar ? sim,mas... (I)


Texto da autoria de Francisco Sobral cuja autorização de publicação se agradece.

É certo e sabido. Sempre que o fiasco olímpico suscita o sentimento de frustração nacional, erguem-se (da imprensa, dos dirigentes desportivos, dos políticos e governantes em serviço) os protestos de confiança no desporto escolar como a primeira solução para atalhar a indigência do desporto português. Sucede que a frustração passa depressa, a futebolização retoma o seu império nos primeiros dias de agosto e às mais acesas opiniões e palpites acontece o mesmo que às chuvas de verão: mal caiem no chão ficam logo enxutas.
Mesmo assim vale a pena arrastar um pouco mais o assunto. E, para começo, nada melhor que apreciar a hipótese lançada pelo presidente do Comité Olímpico de Portugal, a saber: criar uma nova Mocidade Portuguesa, mas sem componente política como a “outra” tinha.
Digamos que, com este único tiro, o comandante Vicente de Moura deitou ao fundo três navios.
O primeiro tiro acertou em cheio na factualidade histórica. Pretendia o presidente do COP dizer que Portugal perdeu relevância desportiva – e, nomeadamente olímpica – após o desaparecimento da MP? Será que ouvimos ou lemos bem? Quantos atletas portugueses foram medalhados entre 1912 e 1972 e qual a contribuição direta da MP para esses resultados?
Vejamos.
A primeira medalha olímpica (bronze e única) é conquistada em Paris (1924) pela equipa de equitação. Entre Paris e Roma (1960), Portugal ganha bronze em Amesterdão (1928, esgrima, espada por equipas); bronze em Berlim (1936), de novo pela equipa de equitação; de Londres (1936), a vela traz uma de prata e a equitação ganha de novo o bronze, sendo a equipa constituída pelos mesmos cavaleiros que já haviam obtido igual classificação em Berlim, doze anos atrás! Em Helsínquia (1952), encheu-se o navio Serpa Pinto com a maior comitiva até então enviada por Portugal aos Jogos Olímpicos mas de lá veio apenas mais uma de bronze pela vela que, em Roma (1960), torna a dar mais uma medalha ao país, dessa vez de prata.
Ora até 1936, ano em que foi criada, não podemos creditar à MP nem uma só das três medalhas olímpicas conquistadas pelos cavaleiros e esgrimistas portugueses.
Em 1948, é questionável que a MP, cantando e rindo, tenha tido papel decisivo, ou sequer relevante, nas medalhas conquistadas em vela e equitação. Como já dissemos, a equipa de cavaleiros que ganha em Londres o bronze é a mesma que já sabia montar, e bem, em 1936, em Berlim. E quanto aos irmãos Bello, a sua experiência de mar já tinha mais de 12 anos, tantos quantos fazia então a Mocidade Portuguesa.
O que é notório, de 1924 a 1960, é que os medalhados olímpicos portugueses ou eram oficiais de um exército sem guerras para fazer (situação que, como sabemos, se alterou a partir de 1961 e lá se acabaram as medalhas dos nossos equitadores), ou que, pelos seus nomes de família, dispensavam bem o contributo de promoção do desporto que alguns ainda insistem em atribuir à MP, principalmente junto daqueles jovens que, despossuídos de meios, nunca montariam uma cavalo, nem empunhariam um florete, nem governariam um star…
O segundo tiro é de consequência ainda mais lamentável porque não resulta de um lapso de memória mas evoca uma retórica acanhada e irrealista do que é o desporto de excelência, o de hoje e o de sempre. O presidente do COP sabe, por inerência de função, que não há investimento no desporto sem uma componente política, seja ela qual for – de preferência outra que não aquela subjacente ao exemplo apresentado. Nenhum governo investe milhões no desporto só por… desporto. E nenhuma sociedade democrática assiste impávida aos milhões ou aos tostões investidos no desporto se não entender que esse investimento é socialmente justificado. Ora, antes mesmo dos milhões, aquilo de que carece o desporto português para sair da sua letargia é de política – de convicção política acerca da sua importância, convicção que tem de ser partilhada por governantes e governados. De contrário, o investimento não será senão esbanjamento – e disso já temos a nossa amarga conta – causador de estupefação e revolta.
Quero crer, por último, que as palavras do presidente do COP não são mais do que um desabafo a quente, uma frase infeliz que irrompeu da frustração compreensível do dirigente e do cidadão que, mais do que outro qualquer, a sente como cabeça que é do movimento olímpico nacional. Não deixa de ser, porém, o naufrágio do bom senso e da ponderação exigível ao titular da função, ao mesmo tempo que se reprova não ter manifestado a mesma ênfase e contundência críticas ao longo de um atribulado quadriénio de preparação olímpica.

(continua)



18 comentários:

Luís Leite disse...

Excelente texto de Francisco Sobral. Concordo totalmente (até agora).

Fernando Tenreiro disse...

Caro professor

Os seus dados e análise são úteis e acrescentam valor ao debate.

Porém, pelo que ouvi Vicente Moura não falou na produção de medalhas olímpicas pela Mocidade Portugesa.

Ouvi VM falar das quartas e dos sábados dedicados ao desporto.

Atentamente,

joão boaventura disse...

Caro Sobral

O ódio visceral de Salazar ao Exército nasceu do facto de na discussão do orçamento o Ministro da Guerra se ter oposto totalmente a qualquer corte na "democracia militar".

Com receio de outros 28 de Maios, regulamentou a tropa coo quis mas deu-lhes autorização, nos quartéis, para escolherem "as montadas desportivas" que quisessem para participarem em concursos hípicos, nacionais, internacionais e olímpicos.

Portanto, as medalhas olímpicas hípicas nasceram de um medo político.

Também tinham o tiro e a esgrima, mas aí não tinham visão nem destreza, nem vontade.

Relativamente às medalhas olímpicas nascerem da MP, importa realçar que a organização teve sempre em mente uma feição ideológica de ocupação de tempos livres.

Relembra-se que Salazar não autorizava funcionários participarem nos Jogos Olímpicos com licenças especiais de dispensa de serviço. Que descontassem no tempo de férias.

Mas gostei de te ler e de te apresentares ao serviço.

Um grande abraço

Fernando Tenreiro disse...

O curto texto do João Boaventura e a frase seguinte, são relevantes: "Relembra-se que Salazar não autorizava funcionários participarem nos Jogos Olímpicos com licenças especiais de dispensa de serviço. Que descontassem no tempo de férias."

Observa-se a dificuldade das Forças Armadas portuguesas em fazerem o que por exemplo os italianos faziam que era colocar os seus atletas na tropa para treinarem e serem campeões olímpicos.

Esta dificuldade das Forças Armadas em aderirem ao olimpismo vem até hoje como se pode observar nas palavras do nosso actual campeão do tiro.

Tem de trabalhar em Monte Real e depois treinar enquanto os seus competidores treinam profissional e exclusivamente.

Já Afonso dos Santos nos anos 50 o nosso campeão da Vela era excluído da equipa olímpica por ter um part-time no Algés e Dafundo e o seu concorrente italiano e futuro campeão olímpico estava na marinha de guerra italiana a treinar exclusivamente.

Já agora seria útil conhecer a posição de tantos comandantes, generais e outras patentes que o desporto português tem em abundância sobre a relação das Forças Armadas portuguesas e o desporto.

Porque será que ainda hoje as Forças Armadas portuguesas não dão emprego pleno aos nossos campeões olímpicos?

Admito que eu possa estar a cometer um grande erro.

Anónimo disse...

Atenção,
os dirigentes políticos e desportivos, como é hábito depois de cada desastre desportivo, começaram a manifestar a sua paixão de sempre pelo Desporto Escolar.
Agora é que vai ser...

Luís Leite disse...

Nunca existiu em Portugal qualquer vontade política em conseguir bons resultados nos Jogos Olímpicos.
Também nunca existiu vontade política em ter desporto a sério na Escola Pública e na Universidade.
O Desporto em Portugal deve-se a uma estrutura federada, em geral extremamente débil e refém de interesses diversos, subsidiada pelo Estado a contragosto, na falta de patrocínios empresariais suficientes.
A nível das modalidades olímpicas, nunca passámos da fase da carolice, embora recentemente se tenha reforçado algum profissionalismo total por parte de alguns praticantes e treinadores de elite.
A política sempre apostou exclusivamente no Futebol e na inerente clubite (dada a falta de cultura desportiva das elites), enquanto fator de reorientação das emoções recalcadas.
O resto são negociatas.
Mas escusam de continuar com ilusões, porque tudo vai permanecer mais ou menos como sempre foi.

Anónimo disse...

E vocês que cá andam há tantos anos vão fazer alguma coisa? Ou apenas posicionarem-se para uma eventual comissão, grupo de trabalho ou comentador residente .....

Anónimo disse...

Neste verão, de ressaca pós-olímpica, são de saudar as opiniões refrescantes de Sobral Leal e de João Boaventura. Que alguém consiga ir além da contabilidade das não-medalhas de Portugal em contraste com as catadupas de medalhas dos “micro-estados”.
Agradeço, igualmente, a Vicente Moura por ter despertado a rapaziada desta letargia típica da "silly season". Tenho apreço por quem ainda vai tentando remar contra a maré, não fosse ele marinheiro. Em minha opinião VM não é louco, nem, muito menos, desprovido de argumentos. Para já, tem sido o único a esbracejar e a arremessar argumentos para a fogueira (ainda, infelizmente, em lume brando). Dos actores habituais, saem os argumentos habituais, a saber: o Estado não apoia com os dinheiros suficientes, o Estado não sabe o que quer, o Estado não tem política que se veja para o alto rendimento.
VM à sua maneira tem atirado com o argumento dos talentos e, sobretudo, com o argumento do desporto escolar. Para mim é um facto: VM não está totalmente desprovido de razão.
Quer chame a atenção para o desporto escolar extracurricular quer para a Educação Física curricular é óbvio que não sendo uma condição "sine qua non" para obter resultados de alto nível, é um contributo importante para a iniciação desportiva, para a criação dos fundamentos básicos da motricidade e para a criação de hábitos desportivos mínimos. Se formos um pouco mais ao fundo da questão podemos olhar para alguns dos principais modelos que dominaram ou dominam o desporto internacional: os EUA baseiam todo o seu desporto de alto nível na organização escolar federada - desde o Liceu até à Universidade. Todos os países de tradição socialista soviética ou maoista baseiam o seu desporto nas chamadas escolas desportivas. É pena que as "estatísticas" de Luis Leite não expliquem os porquês do sucesso de alguns dos micro-estados a que se refere. Uma das razões óbvias situa-se, em meu entender, na tradição que liga as suas organizações desportivas ao trabalho de base realizado em ambiente escolar (muitas dessas escolas dotadas de um "corpo docente desportivo"). Muitos desses “micro-estados” são oriundos do ex-bloco soviético.
É, igualmente, óbvio, no meu modesto entender, que , só por si, o desporto escolar, isoladamente, nada, mesmo nada, resolveria. S.Leal demonstrou-o com toda a clareza dos exemplos referidos. Cavaleiros e velejadores medalhados nada herdaram da MP ou das escolas que frequentaram. Talvez os cavaleiros tenham aprendido algum volteio mais elaborado no Colégio Militar. A perícia dos velejadores foi, certamente, construída na luta contra as ondas no estuário do Tejo.
Carlos Lopes, Rosa Mota, Fernanda Ribeiro, Armando Marques, Nuno Delgado, Nelson Évora, Rui Silva, Francis Obikwelu e outros, nada devem ao desporto escolar. Tiveram êxito sem passar pela peneira e pela “oficina desportiva” do Desporto Escolar. Como é que conseguiram chegar ao pódio sem passar pelos "pleitos" desportivos escolares?
(continua)

Anónimo disse...

Penso que a explicação é muito simples: tinham talento, tiveram a sorte de encontrar os melhores treinadores nos clubes mais acolhedores e com mais tradição desportiva de rendimento, viveram numa época em que as suas federações tinham dinheiro para lhes proporcionar um quadro competitivo nacional e internacional mínimo e tiveram a sorte de ser contemporâneos de outros atletas, nacionais, que os ajudaram a fazer o seu caminho para o pódio.

Não será necessário referir qual foi a principal fonte de financiamento destes casos de sucesso.
O principal problema do desporto português é que nunca conseguiu reproduzir numa escala mais alargada os micro-modelos de sucesso dos seus melhores atletas. O caminho do nosso sucesso está debaixo dos nosso pés. Estudem-se, com alguma profundidade, os nossos sucessos olímpicos mais recentes e encontrarão muito material inspirador para trabalhar para o sucesso futuro.
Voltando ao tema Desporto Escolar, julgo que todos os contributos que a escola pode (poderia) trazer ao desporto português, terão de ser assumidos pela estrutura associativa (clubes, associações e federações). Treinar mais e melhor e cada vez mais cedo jamais será um objectivo cumprido na nossa escola. É aqui que VM falha no alvo. É sabido que alguns dos nossos melhores praticantes foram descobertos na escola e recomendados, pelos seus professores, ao desporto federado. É sabido também que, na maior parte dos casos o contributo da escola terminou aí. Se aumentássemos o número de casos como estes já o contributo da escola se faria notar pela positiva.
A grande questão, como diz S.Leal, é política. Mas, primariamente, é uma questão política do foro interno da organização desportiva. Não podemos esperar pelas definições ou indefinições políticas do Estado, com todas as oscilações partidárias/governamentais. Terão os actuais e passados dirigentes desportivos (COP, CDP e Federações) sido capazes de dar algum contributo palpável neste domínio? É óbvio que não. O seu contributo foi nulo. Reivindicar políticas não é certamente o melhor contributo para elas verem a luz do dia. Passar o tempo a afirmar que o dinheiro é escasso não contribuirá para abrir as bolsas do ministério das finanças. Os nossos ouvidos estão cheios dos mesmos discursos repetidos anos a fio. Qual foi o contributo desses discursos para a definição da política desportiva? Nulo.
Obrigado Vicente Moura pela oportunidade que nos deu para reflectir sobre estes assuntos, mesmo com a ingenuidade que caracteriza algumas das suas intervenções.
Saia de cena com a consciência tranquila. Provavelmente aqueles que se preparam para lhe suceder dirão coisas mais rebuscadas. Vão ser, de certeza absoluta, mais tácticos e, muito certamente, menos ingénuos. Cá estaremos para ver os brilhantes resultados que vão obter.
Tenha uma vida longa e com saúde para ver o resultado das práticas do seu sucessor em 2016, 2020...

Oxalá

Luís Leite disse...

O anónimo da 1:02 equivocou-se ao ler e interpretar o que escrevi.
Os micro-estados europeus NÃO TÊM sucesso porque têm menos de 500.000 habitantes.
Nem pretendem ter.

Quanto ao Sr. Oxalá, ou não conhece V. Moura ou é amigalhaço dele.
O Sr. Comandante limita-se a reagir ao número de medalhas (não) alcançadas.
Nos intervalos nunca falou sobre estes assuntos.
Limita-se a perder a cabeça durante os Jogos e depois põe-se a pensar: o que é que eu vou dizer a esta gente?
E depois diz assim umas coisas...

Anónimo disse...

Finalmente começam a dar razão a Vicente Moura. A salvação do desporto português está na refundação da Mocidade Portuguesa. Foi a MP que nos deu dirigentes com a categoria de Vicente Moura, Luis Santos, Mário Saldanha e tantos outros que com muito sacrifício e para bem do desporto português estão há trinta anos a mandar nas federações.
Desejamos que Vicente Moura como de costume dê odito por não dito e se apresente para mais quatro anos a comandar o olimpismo em Portugal. O país necessita e os portugueses desejam.
As gentes de bem do desporto deviam fazer uma comissão para a re-eleição do Vicente Moura.

Gonçalo Pais
(gestor desportivo)

Anónimo disse...

Conta comigo, Gonçalo!!!

Anónimo disse...

Esperem então por aqueles que aí vêm. Daqui por uns tempos acredito mesmo que ainda vão desejar o regresso do comandante.
Sr.Luis Leite, não sou nem um amigalhaço de VM, nem tão pouco um profundo conhecedor, como você, da natureza e personalidade do referido senhor. O que estou convicto é da ingenuidade de VM ao aceitar o papel de depósitário (temporário) dos dinheiros públicos em trânsito para as federações. Provavelmente desempenhou este papel de fiel depositário (temporário) dos fundos da P.Olímpica apenas por vaidade. Vaidade de poder dizer que a P.Olímpica estava nas mãos do COP. Estava? Não estava de todo. Cada federação fez as suas próprias opções técnicas de gestão dos meios financeiros, obviamente de acordo com os critérios, de selecção de atletas, que definiu com o COP. Afinal quem é que no fim é responsável pelos resultados - bons ou maus - obtidos nos jogos? O COP? VM?
As federações são as únicas entidades responsáveis pelos resultado.
No fim do JO's quem deveria assumir os resultados eram os presidentes das federações apoiadas financeiramente durante a olimpíada. Quantas vozes de presidentes, para além de Mário Santos, se fizeram ouvir no fim dos JO? Nenhuma. Tivessem obtido medalhas, revoltar-se-iam se VM viesse apropriar-se do seu sucesso desportivo (como já aconteceu). Com menos sucesso até agradecem que VM faça as despesas. VM em vez de lhes passar a palavra caiu, mais uma vez, na ingenuidade de tecer comentários sobre os resultados e até sobre as políticas que deveriam ser seguidas. Em três tempos, aqueles que deveriam reflectir sobre o assunto e sobre as suas responsabilidades, passam a crítico do comandante e das suas ideias mais ou menos irreais.
Em minha opinião nada disto é justo. Pena é que VM, de quatro em quatro anos, se ponha a jeito para ser açoitado como principal responsável de tudo o que corre menos bem.
Oxalá

Luís Leite disse...

Sr. Oxalá:

VM, embora não sirva para nada no processo de preparação olímpica, é o responsável pela qualidade da presença da mesma perante o Governo e a opinião pública.
Claro que as Federações são responsáveis pelos resultados.
E são premiadas ou penalizadas na olimpíada seguinte, em função dos mesmos.
VM não é ingénuo.
Faz o papel de vítima, porque é a única saída que tem.
E deu-lhe um jeitão que não tivessem sido pré-definidos objetivos pelo Governo.
A quem também não interessava a definição de objetivos.
Não se fala mais nisso.
Temos o campeonato a começar e os presidentes do FCP e do SLB a insultarem-se mutuamente.
É isso que interessa...

Luís Leite disse...

Sr. Oxalá:

VM, embora não sirva para nada no processo de preparação olímpica, é o responsável pela qualidade da presença da mesma perante o Governo e a opinião pública.
Claro que as Federações são responsáveis pelos resultados.
E são premiadas ou penalizadas na olimpíada seguinte, em função dos mesmos.
VM não é ingénuo.
Faz o papel de vítima, porque é a única saída que tem.
E deu-lhe um jeitão que não tivessem sido pré-definidos objetivos pelo Governo.
A quem também não interessava a definição de objetivos.
Não se fala mais nisso.
Temos o campeonato a começar e os presidentes do FCP e do SLB a insultarem-se mutuamente.
É isso que interessa...

Anónimo disse...

Deve haver muita gente que é de opinião que Vicente Moura foi um dirigente de alta categoria. Exerceu a presidencia com profissionalismo e até foi pago por isso. Um autêntico profissional.
Se houvesse algum sentimento de gratidão, todos aqueles que viveram à custa de Vicente Moura estavam agora a preparar-lhe uma festa de homenagempor trinta anos de pesados sacrifícios. Mas não. Eles já andam entretidos com o grande ministro Relvas a preparar seu futuro deles.
Gonçalo Pais
(gestor desportivo)


Anónimo disse...

Repito, por outras palavras, o que já afirmei:VM assumiu uma responsabilidade que se resume à boa distribuição dos dinheiros que passam pelo COP a caminho das federações. Os resultados são produzidos no âmbito das federações e não no COP, logo quem tem que responder pelos resultados são os responsáveis federativos. Apesar disso ninguém deve tirar o seu cavalinho da chuva. VM poderá responder pelos resultados após ouvir (ou ler) os pareceres federativos, nunca antes. O COP não tem treinadores, não tem atletas, não tem planos de preparação, não tem médicos nem massagistas. Infelizmente inventou-se este modelo sublime de preparação olímpica no qual o COP desempenha, apenas, o papel de entreposto financeiro, limitando-se a acrescentar mais um patamar burocrático ao que havia antes e que se limitava à relação DGD,INDESP,IDP etc/federações.
VM não deveria ir muito mais além do que a tutela vai nestes momentos. Nós demos o dinheirinho, porque é que não nos deram medalhinhas?
Repito que VM foi/é ingénuo ao querer justificar os resultados como o foi, mais ainda, quando afirmou que durante o ciclo se tinha realizado a melhor preparação de sempre. O que sabe ele de preparação de atletas? Foi a melhor preparação apenas porque os fluxos financeiros COP Federações correram como planeado?
Quem tem que, primariamente, formular objectivos são os treinadores e os atletas e não o presidente do COP. Esse faz seus os objectivos desportivos fundamentados tecnicamente.
Diz o ditado "cada macaco no seu galho". VM tem saltado demasiado nos galhos que não são os seus, enquanto os macaquinhos que lá deviam estar andam de férias a assobiar para o ar e a planear o ataque ao lugar do comandante. Obviamente, tal como no pós-Pequim, esse galho vai partir-se e quem parte a cabeça é, de novo, VMoura.
Não se admirem se, brevemente, ouvirem/lerem opiniões dos principais responsáveis pelos resultados (presidentes, dtn's etc) a zurzirem em VM. Não se admirem, são só manobras de diversão e de contra-informação para distrair a malta do essencial. A verdade é que todos querem melhorar os resultados. Provavelmente poucos sabem como o fazer. Provavelmente quase nenhum quer mudar o que quer que seja na sua casa. A culpa reside sempre na casa dos outros. A nossa casa é o abrigo das virtudes.
Oxalá

Anónimo disse...

Este gonçalo pais pseudo gestor desportivo de rio maior ou vrs antónio vem para aqui tentar passar atestedos ao pessoal...
Quando souber:
Como foram arbitrados os vencimentos da comissão executiva;
Como e quando foi dado conhecimento ao movimento associativo destes vencimentos;
O que foi solicitado ao movimento asociativo para evitar que tenham de devolver estas verbas;
O que versa o relatório de auditoria da IGF sobre estas verbas, dos dinheiros de bolso de Pequim, da devolução de uns largos milhares exigida a um determinado praticante;
Do mail de candidatura do seu delfim a informar ir concorrer à presidência...
Quando souber sobre isto tudo, Volte (mas quando se informar devidamente) aqui à antena mas faça o favor (não a nós mas ao seu amigo VM) de parar de dizer baboseiras sobre o comandantes !!!