sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Endireitar as veredas para a "mudança de paradigma"

 "We cannot solve our problems with the same thinking we used when we created them." 
Albert Einstein


Mesmo diante dos indicadores desportivos, nos mais diversos níveis de prática, que nos colocam no fundo de qualquer ranking, podemos sempre invocar elementos que denotam evolução ou crescimento, ainda que sendo uma evolução na mediocridade. Quando não se definem objectivos ou metas propicia-se o exercício da teoria do copo meio cheio ou meio vazio, consomem-se páginas e páginas alinhando argumentos em favor de cada uma das perspectivas, em contraciclo com um valor elementar do desporto, a superação, onde existe sempre um resultado, uma medida, uma fasquia, ou uma distância a ultrapassar. 

Em tempos escrevi aqui que qualquer agente desportivo é avaliado, com excepção do dirigente. Assim, confesso que após Pequim saturei de alinhar neste exercício por rapidamente se tornar intelectualmente confrangedor mediante as comparações que se trazem a terreiro, as quais, amiúde, classificam-nos num outro ranking quiçá menos objectivo, mas porventura mais decisivo para o desenvolvimento desportivo deste país. O ranking da cultura desportiva.

Neste ranking, ainda sem ter terminado a participação olímpica em Londres começam a surgir resultados de alto nível, os quais, certamente, não ficarão por aqui, à medida que proliferarem as declarações sobre a falta de política desportiva, de orientações estratégicas, planeamento, desinvestimento na educação física e no desporto na escola, etc. 

Como a memória é curta tende-se a esquecer que neste país houve um PROIID, houve Opções Estratégicas para o Desenvolvimento Desportivo Nacional (2003-2013), houve um assinalável trabalho neste domínio para que as coisas fossem diferentes. Todos tiveram o mesmo destino.

Perante isto, das duas umas, ou se delimita a raiz do problema a montante, diluindo ilusões, e se assume que um processo de planeamento e uma politica pública, qualquer que elas sejam, não são planos mecânicos e guiões de uma peça, mas processos sociais evolutivos que dependem do quadro de valores de quem neles se envolve e executa para tornar efectivo aquilo que está no papel, ou mantem-se o sistema com os mesmos protagonistas a replicarem as mesmas declarações e o mesmo quadro de referência. E aí, ainda que um dia haja alguém capaz de implementar uma política desportiva efectiva, ou retocar aquelas que foram deixadas na gaveta, as eventuais vantagens serão sempre circunstanciais.

Entretanto, no contexto político e económico actual, com a cultura desportiva que a cada dia se expressa nas palavras e na conduta de dirigentes políticos e desportivos deste país, reproduzidas e amplificadas na grande maioria dos órgãos de comunicação social e do "jornalismo" que se faz neste domínio, estão reunidas as condições propícias para se continuar a privilegiar um modelo de gestão em detrimento de uma verdadeira política, nivelando o desporto pelo mais baixo denominador comum. Até daqui a quatro anos. 



18 comentários:

Luís Leite disse...

Faço minhas as palavras de João Paulo Almeida.
Espero pacientemente pelo fim dos Jogos Olímpicos para me pronunciar sobre o assunto.

Anónimo disse...

A análise de «resultados», apesar de todo o esforço positivista (agora, já nos dois modos: o quantitativo e o qualitativo) permanece um problema difícil por causa da subjetividade da pessoa humana.

Na Universidade onde trabalho fez-se sobre isso um Curso neste Verão. O Curso denominou-se exatamente “Métodos Avançados de Análise de Dados”. E o «objeto» onde recaíram foram as “Atitudes Sociais dos Portugueses”. Para os participantes exigimos duas condições: i) que pagassem 300 Euros; ii) e dominassem o software AMOS (Analysis of Moment Structures), o modelo designado por Hierarchical Linear and Nonlinear Modeling (HLM), sendo ainda requisitos, como é óbvio, possuírem «Noções de Análise Factorial» e de «Modelos de Regressão». Os formadores eram colegas portugueses e alemães (Univ. Colónia).

Isto apenas para dizer que nos últimos 20 anos a exigência e o rigor, por efeito da competição global, são completamente diferentes do eram em Portugal. Razão pela qual os atores, dirigentes, políticos, e funcionários recrutados para a Administração Pública Desportiva deveriam ter seguido este caminho de aperfeiçoamento. Alguns de nós fizemo-lo a contas dos trocos que nos sobravam do ordenado, e também á custa do descanso das férias. Os responsáveis políticos entretinham-se a mudar as pessoas ao sabor dos interesses partidários e das amizades com a conivência dos “dirigentes-máximos”. E isso também foi, para além das outras, uma lacuna que a «Gestão de Recursos Humanos» cometeu pela mão dos vários “dirigentes-máximos” que por ela passaram.

Análise de dados, análise de resultados, diagnóstico, planeamento, execução delineada … Sim, Sim… Conversas de vento e de filosofia barata.

Talvez

Anónimo disse...

João Almeida pode revelar boa vontade mas está enganado. Nas olimpíadas de Londres os resultados são bastante bons principalmente devido à liderança do presidente do Comité Olímpico Português Comandante Vicente Moura. São quase trinta anos de experiência e ele agora até está dar uma solução de êxito para o desporto português ganhar medalhas nas olimpíadas. A ideia de irmos buscar atletas a África parece muito boa. Com a experiência que Portugal tem de 500 anos de colonialismo pode bem almejar preparar alguns negros para nos representarem nas olimpíadas do Rio de Janeiro. E as federações até podem ficar descansadas porque Vicente Mour já se disponibilizou para continuar.
Gonçalo Pais
(gestor desportivo)

Luís Leite disse...

Análise de resultados?
Não preciso de recorrer à minha formação pós-graduada em Planeamento Urbanístico para contar medalhas e diplomas olímpicos e comparar com os países europeus, sobretudo aqueles que têm uma população semelhante à nossa.
Quando muito, posso introduzir um fator de correção decorrente do PIB per capita.

Quanto à análise e tratamento de dados, o que é preciso é que não sejam manipulados por razões políticas ou outras.
Como a aldrabice que o IDP fez com a Pordata quanto à contagem de medalhas, somando as obtidas em provas olímpicas com as obtidas em provas paralímpicas.
A isto chama-se desonestidade.

Luís Leite disse...

Caro gestor desportivo Gonçalo Pais:

Em Londres e no Rio de Janeiro não há Olimpíadas.
Há Jogos Olímpicos.
São os Jogos da XXX e da XXXI Olimpíadas.

Quanto ao cariz irónico do seu texto, não posso estar mais de acordo.

Anónimo disse...

Comandante que é comandante nunca desiste...!

Não devemos preocupar-nos porque já está tudo tratado como sempre aconteceu. O paradigma vai criar um novo paradigma. E deve estar praticamente pronto um novo plano para 2016-2020, tal como aconteceu em Pequim 2008 quando foi apresentado o de 2012-2016.

E como se constrói esse novo modelo? Ah aí é que a imaginação criadora entra em cena.

Primeiro garante-se novamente o leme da embarcação; depois escolhem-se uns tantos amigos para preencherem as cadeiras; terceiro negoceiam-se com o poder do dia mais uns milhões (ainda que menos do que podiam ser) para entrarem regularmente nos cofres; e por fim fazem-se ocasionalmente umas declarações sobre as nossas possibilidades próprias ou sobre capacidades que se possam comprar ali nas esquinas da lusofonia (é de salientar que este salto quântico no modelo é fruto de uma inteligência superior que já sublimou os espírito colonial da história nacional).

Portanto e em resumo, tudo está a caminho de se endireitar (agora que o governo gosta desta palavra e está no lugar geométrico dessa noção ideológica)e daqui a uns poucos meses teremos o navio pronto para rumar ao Rio em 2016; e como é de supor o comandante vai querer estar ao leme de tamanha cruzada que mudará para sempre o nosso paradigma.

Obra é obra...!

J. Manageiro da Costa

Anónimo disse...

Este Gonçalo Pais revela-se um 'ganda' brincalhão...

Anónimo disse...

Prezado Sr. Lui´s Leite
Com todo o respeito, opiniões são opiniões. Eu não costumo brincar comcoisas sérias como são as olimpiadas - utilizo a fala brasileira. O Brasil também é um país como Angola ou Moçambique em que o Comité olímpico português pode buscarr alguns atletas. Como no futebol, aqueles que não forem apurados para as olimpiadas do RIO podem lutar por Portugal. Nesta ideia o presidente do COP está de vistas largas a pensar no futuro do desporto em Portugal. Portugal deve aproveitá-lo. É muita experiência. Comparando com o Doutor Alberto João Jardim ele não está lá à mais de 30 anos a fazer um bom cargo? OSr. Leite já foi ao Funchal?
Atenciosamente
Gonçalo Pais
(gestor desportivo)

Anónimo disse...

Senhores:
Lamento quenão tenam publicado o meu último comentário em defesa da acção do Vecente Moura presidente do comité olímpico português. publicam os comentários de opinião livre ou só os que dão jeito?
Gonçalo Pais
(gestor desportivo)

Anónimo disse...

Senhores:
Lamento quenão tenam publicado o meu último comentário em defesa da acção do Vecente Moura presidente do comité olímpico português. publicam os comentários de opinião livre ou só os que dão jeito?
Gonçalo Pais
(gestor desportivo)

Anónimo disse...

Mas a avaliação já não está feita? O Relatório «Oficial» já saiu, até, nos media. Não é o que adiante se transcreve?:

«Se queremos 10 ou 11 medalhas, rápidas, então temos de mudar de caminho. Há muitos atletas africanos que querem vir para a Europa e as medalhas aparecem»; 30 por cento dos atletas da Espanha não nasceram no território, são estrangeiros», afirmou o presidente do COP, Vicente Moura, em declarações ao jornalistas em Weymouth, local onde se realizaram as provas de vela dos Jogos Olímpicos de Londres.

Mais: «Vicente Moura diz que são precisas mudanças até 2016 para que Portugal não tenha uma «participação irrelevante» no Rio de Janeiro».

Ainda mais: «É necessário mudar de paradigma. É indispensável mudar de paradigma, sob pena de, daqui a quatro anos, Portugal ser um país residual nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Podemos restringir a prática desportiva, podemos restringir modalidades, mas temos de tomar opções, porque, se não tomarmos essas opções, caminharemos para a desgraça de termos uma participação irrelevante no Rio de Janeiro. E isso não pode acontecer porque a opinião pública portuguesa não aceita».

Ora, se o Relatório de Avaliação dos Resultados está feito, e é este que será oficialmente tomado em consideração, para quê «Outro»?

Desse modo, perante este «facto consumado», e para não fugir ao tema da «Avaliação de Resultados no Desporto», talvez seja mais interessante para a discussão dos «Objetivos do Desporto» e da sua avaliação e gestão, as descobertas que entretanto se vão sucedendo, e que implicarão inevitavelmente o conceito de Desporto, e a «Responsabilidade Pública» pela sua «Avaliação».

Isto porque vêm agora alguns cientistas norte-americanos dizer que desenvolveram um fármaco que reproduz os benefícios do exercício físico sem ser preciso ir ao ginásio, pelo menos em ratos de laboratório, de acordo com o estudo publicado esta semana na prestigiada revista CELL. "Temos exercício em comprimidos", afirmou um dos autores do estudo, Ron Evans, do Instituto Salk para Estudos Biológicos e do Instituto Médico Howard Hughes. “Ambas as drogas foram estudadas por investigadores para outros usos. A que imita os efeitos do exercício, chamada AICAR, está em fase avançada de testes em humanos para saber se pode prevenir uma complicação da cirurgia cardíaca de bypass”.

Assim, se o Desporto está condenado a não ser justificado pela Saúde, pelos Benefícios do Exercício, pelo Higienismo, nem pela motricicidade da habilidade motora ou da aptidão física, então para que servirá? E por que razão haveremos de justificar o seu benefício?
Essa justificação não andará próxima daquilo que referi sobre a Competição anteriormente?

Talvez

Luís Leite disse...

Prezado Sr. Gestor Desportivo:

Peço desculpa por ter considerado irónico o seu comentário sobre o Sr. Comandante.

Não se preocupe, porque ele vai continuar à frente do barco.
Será um barco a remos, batizado "Novo Paradigma", que irá para o Brasil carregadinho de africanos.
Que virá do Brasil carregadinho de medalhas daqui a 4 anos.
Mesmo que os africanos fiquem por lá.

Anónimo disse...

O que o chefe-da-Multinacional da Festa Quadrienal diz ao empregado-chefe-da-Filial é o «paradigma da Empresa»: «Ou você contribui com medalhitas para a Festa, ou então não tem cá lugar a deslustrá-la. Faça como quiser, não queremos saber do desporto desse sítio, olhe, mande vir de fora ou use corpos-de-aluguer.
E o empregado diz. Já disse.

É por isso que o jornal britânico Sydney Morning Herald (12Ago2012) na entrevista a Victor Conte, do ex-Laboratório BALCO, destaca a afirmação de que aproximadamente "60 por cento dos atletas nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 estão dopados".

Os Ideais morrem com o gigantismo. Nada que não esteja escrito do Édito de Teodósio que lhes pôs fim no século Primeiro.

Este tipo de paradigmas são aqueles que não mudam jamais o sintagma.

E, entretanto, o que dizem disto os Políticos que têm responsabilidade na Coisa Pública?

Talvez

Luís Leite disse...

Sr. Talvez:

Acha mesmo que o Presidente do IOC Jacques Rogge perde tempo a dizer seja lá o que for ao comandante do barco a remos?
Os Jogos Olímpicos são o maior evento mundial.
OK?

Luís Leite disse...

NÚMERO DE MEDALHAS DE PAÍSES EUROPEUS COM POPULAÇÃO IGUAL OU INFERIOR À DE PORTUGAL:

Hungria 17, Bielorrússia 12, Rep. Checa, 9, Dinamarca 9, Azerbeijão 9, Suécia 7, Geórgia 6, Irlanda 5, Croácia 4, Lituânia 4, Eslováquia 4, Eslovénia 4, Noruega 4, Arménia 3, Bélgica 3, Finlândia 3, Sérvia 3, Suíça 3, Bulgária 2, Estónia 2, Letónia 2, Moldova 2, Chipre 1, Montenegro 1.

Anónimo disse...

Bom texto, João. Totalmente de acordo. Até Brasil 2016.

Entretanto, vamo-nos deliciando com as novas e brilhantes “orientações estratégicas” para o desporto Português:

"Se queremos 10 ou 11 medalhas, rápidas, então temos de mudar de caminho. Há muitos atletas africanos que querem vir para a Europa e as medalhas aparecem". Vicente de Moura, Presidente do COP, em 10.08.2012.

(O Comandante que entra no “navio” quando algo de menos mal acontece, e dele é o primeiro a fugir quando as coisas correm mal. Dispara em todas as direções, como não fizesse ele parte do sistema, não gerisse ele milhões de euros por ciclo olímpico. . .)

Já em 2008, aquando dos Jogos de Pequim, um “reputado” Presidente de uma Federação sugeriu que era preciso promover o cruzamento entre pessoas de diferentes raças que vivem em Portugal, caso quiséssemos obter melhores resultados internacionais.

Ora, isto conduz-me a uma secreta esperança: o desporto português passar a vir ser tutela pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros e Ministério da Saúde – área do Planeamento Familiar. O que seria um alivio…

Anónimo disse...

Prezado Luís Leite, acho. Está na Cartilha da Empresa Multinacional que mencionou.
Só é escolhido para chefiar as Filiais os que cumprem as regras e a filosofia da Cartilha.
Os Governos obedecem às regras ou são expulsos da Cartilha da referida Empresa.
Razão pela qual não são “eleitos” mas sim “cooptados”.
Assistir a uma reunião dessa Empresa é uma experiência inolvidável, que, quem lá esteve, nunca esquece (comigo foram dois Chefes diferentes, em 1994 e em 2007). O modo como os Chefes dessa Empresa tratam os governantes dos vários países (uns mais do que outros, evidentemente) é um momento que revela e demonstra o que digo.
O negócio ultrapassou o poder dos Estados.
E é como muito bem diz, trata-se de organizar um “Evento”. Sobrtudo isso, e nada mais. Uma Festa Quadrienal serve e é construída, de fio a pavio, pelas estratégias das «marcas multinacionais» (desde as dos equipamentos desportivos, às da saúde, construção civil, media, etc.). Atrás desse “Evento” há outros interesses que se decidem a um nível Político acima do poder de 99% dos Estados (os fundos financeiros, e outros de igual jaez). E isso tudo, sem impostos, sem controlo de movimento de capitais, etc.. Tudo muito bem negociado com esses poderes-políticos-máximos (coitados dos ministros e secretários…).

Quando defende com tanto denodo essa Empresa Multinacional, sobrelevando a sua importância à do interesse do Estado Português, isto é, daquilo que deveria ser o ritmo e a adequação à escala do interesse das cidadãs e cidadãos portugueses, está a pôr-se ao lado do Mais Forte. Pode portanto sorrir dos Mais Fracos, com conforto e sem receio.
Na minha pouca opinião, o que é necessário perceber são a escala, a proporção, e o benefício. Por exemplo, podíamos dizer que: «o Desporto Português precisa tanto dessas medalhas como esse Olimpismo precisa de Portugal (isto é, dos seus atletas, clubes, Escola, instituições desportivas, dirigentes, etc.).
O benefício do Desporto consegue-se para os cidadãos de qualquer comunidade/país sem ser necessário alcançar as Medalhas dessa Empresa. Mas afirmar isto não é possível a quem está avençado, ou subserviente a esse Poder. Ou quem do Desporto não tenha outra ideia (conceito, perspetiva, ou política) senão essa.
O Estado Português deve ter coragem de iniciar uma Política de Desporto não comandada por interesses alheios ao Desporto, fazendo-o equivaler a esse “Evento Quadrienal”. Porque essa coragem seria a que beneficiaria mais as portuguesas e os portugueses. Participar e ir lá não deviam ser os objetivos nem as metas principais da Política de Desporto para Portugal.
A Mudança devia começar, como propus na Folha A4: i) na substituição do atual «modelo disperso» pelo «modelo concentrado»; ii) a saída do Estado da administração direta do Desporto através da constituição da «Agência para o Desenvolvimento do Desporto» (entidade não-Estatal); iii) diminuição de 60% em 12 anos das verbas atribuídas para a preparação Olímpica, distribuindo os recursos do Estado pela formação desportiva, assente no associativismo desportivo de base e na Escola; iv) promover a excelência da competição a nível social e cultural através da reorganização dos «quadros competitivos», sobretudo nas escalas de proximidade dos cidadãos/ãs, a nível local, regional, e nacional; v) fazer a reforma organizacional da Administração Pública Desportiva de acordo com estes Objetivos que enunciei.

Isto para não se dizer que critico sem apresentar uma alternativa, ou se critica apenas por criticar.

A este propósito é curiosa a entrevista de ontem do Nélson Évora, quando se refere aos Governos… e as reações violentas que já provocou.

Lembro que o Chefe da Filial, há quatro anos atrás, propunha que Portugal organizasse os J.O. em Lisboa... Uma espécie de TGV para acelerar o futuro (ou a definitiva bancarrota).

Talvez

Anónimo disse...

(fonte Sapo Desporto c/ Lusa, 12Ago2012)

Londres 2012: Estado 15,1M€. 28 pontos. 1 medalha, 9 diplomas. Comitiva 76 pessoas (eram 77 com Carolina Mendellblatt).

Pequim 2008: Estado 12,14M€. 28 pontos. 2 medalhas, 6 diplomas. Comitiva 77 pessoas.

Atenas 2004: Estado 11,93M€ 44 pontos. 3 medalhas, 10 diplomas. Comitiva 63 pessoas.

Ou,

Grã-Bretanha: Londres 2012. Preparação custou 640M€. 542 atletas. 64 medalhas (10M€ por medalha; e, 1,18M€ por atleta).

Portugal: Londres 2012. Estado com a preparação 15,1M€. 1 medalha (15,1M€). Custo por cada Diploma 1,67M€.

O que não dizem os números?

Talvez